Completados os testes de voo do demonstrador Neuron na França
Último e centésimo voo da campanha na França, em fase dedicada a testes de furtividade, ocorreu em 26 de fevereiro. Próximos voos do demonstrador de drone de combate Neuron serão na Itália e na Suécia, países que estão entre os seis parceiros do programa liderado pela francesa Dassault
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Em nota divulgada nesta segunda-feira, 9 de março, a Direção Geral de Armamento da França (DGA – Direction générale de l’armement) informou o término de sua campanha de testes de voo do demonstrador de drone de combate Neuron. A campanha, que em sua última fase estava voltada a testes de furtividade, chegou ao fim em 26 de fevereiro, quando se realizou também o 100º voo do aparelho. Esta fase vinha sendo cumprida desde o final de outubro de 2014 pela DGA em Istres, juntamente com ensaios industriais por parte da empresa francesa Dassault Aviation.
O Neuron deverá continuar realizando testes de voo até o final do ano, primeiro na Itália e depois na Suécia. A fase da campanha francesa terminada agora visou medir as assinaturas radar e infravermelho do aparelho, de forma a se atestar sua furtividade, confrontando-o com diversos tipos de sensores instalados em terra e no ar, assim como a cabeças de busca de mísseis. Segundo a nota divulgada, “preciosos ensinamentos foram obtidos sobre a furtividade desse tipo de aeronave.”
O programa Neuron foi iniciado em 2006 e o primeiro voo deu-se em Istres, em 1º de dezembro de 2012. O projeto é uma cooperação de empresas de seis países, na qual a Dassault francesa é a líder. As outras cinco empresas (e países) são a Alenia Aermacchi da Itália, a Saab sueca, a Airbus Defense & Space da Espanha, a HAI da Grécia e a Ruag suíça.
Para o Ministério da Defesa da França, o Neuron representa um esforço em dar continuidade e manter conhecimento na área de aviões de combate, sejam eles no futuro dotados de pilotos em seu interior ou remotamente pilotados, visando assim manter a autonomia da Europa nesta área. A experiência da França com o Neuron, ainda segundo a nota, já está sendo explorada no projeto do futuro sistema aéreo de combate franco-britânico, cujos estudos industriais foram lançados em 5 de novembro de 2014.
A Dassault também divulgou nota nesta segunda-feira a respeito do 100º voo do aparelho e das fases da campanha de testes, esclarecendo que a primeira delas foi dedicada a abrir o envelope de voo (incluindo provas com a baia de armas aberta), testar o sensor eletro-óptico da aeronave e avaliar o desempenho do sistema de enlace de dados (data link). Já nesta segunda fase, finalizada agora, a maior parte dos voos foi dedicada s a confrontar a aeronave com sistemas operacionais, que buscaram detectá-la por meios eletromagnéticos e de infravermelho.
A nota da empresa afirma que essas confrontações com a aeronave, em sua configuração totalmente furtiva disponibilizada pela Dassault, produziram os resultados esperados nos testes conduzidos sob a égide da DGA, reforçando que os dados e lições obtidos no campo da furtividade serão referência em futuros projetos. A empresa também destacou que, ao longo de toda a campanha de testes, tanto o Neuron quanto seus sistemas associados demonstraram disponibilidade e confiabilidade exemplares.
FONTE / FOTOS: DGA e Dassault (compilação, tradução e edição do Poder Aéreo a partir de originais em francês)
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How much ?
A parte Grega será paga ?
Com azeite e queijo de cabra, recomendo !
Kojak, por favor, dá pra “soluçar” um pouco menos nos comentários?
Depois de um tempo em que gentilmente atendeu ao nosso pedido de evitar séries de comentários seguidos com uma frase ou duas ao invés de condensar tudo num só, você voltou a dar esses seus auto-denominados “soluços cerebrais” em matérias recentes.
Agradecemos a compreensão.
Uma coisa a se comentar é que como a Airbus também é dona de uma parte das ações preferenciais da dassault, ela tem acesso ao programa e é participante indireta.
O velho conceito de pesquisa e desenvolvimento. Por esse prisma, gosto.
“Fernando “Nunão” De Martini
9 de março de 2015 at 11:56 #”
Dedesscucullpapa.
Com certeza vai ser cabuloso. Alguém sabe dizer como anda o UCAV da US NAVY? Ele está em desenvolvimento já faz bastante tempo. Lembro que estava fazendo testes em navio aeródromo já.
Ivany,
“Airbus também é dona de uma parte das ações preferenciais da dassault, ela tem acesso ao programa”.
A Dassault tem seu capital formado apenas por ações ordinárias.
E, ainda que assim não fosse, a característica de ação preferencial é em relação aos dividendos e não ao acesso a informações da empresa.
Aliás, qual sua fonte de que a Airbus, por ser acionista, tem acesso a esse tipo de informações da Dassault?
Att.
Rafael Oliveira
Um dos princípios da concorrência de mercado aberto é a tomada de controle de um concorrente por outro. Um dos exemplos é a montadora Land Rover que já passou por vários conglomerados automobilísticos que aprenderam sua expertise off-road e a venderam.
Se não foi pra estar dentro dos negócios da dassault, a Airbus não adquiriria uma grande parte de uma empresa com sério risco de vida. Sobre as ações em si, vi uma matéria do financial times (salvo engano) quando da discussão da concorrência dassault x airbus na Índia.
Saudações.
A Europa desunida assim será vencida. A França encerra a campanha de testes de seu nEUROn sem jamais saber se ele passará de um demonstrador. Sem l’argent, é pouco provável. A Grã Bretanha tem seu próprio projeto, também finalizado (esqueci o nome). Da Alemanha, nada se fala. Os três grandes da Europa seguem competindo quando deveriam cooperar e se unir. Depois reclamam da concorrência do Tio Sam (França, principalmente) no que toca aos preços dos armamentos e plataformas. Acho que depois do fracasso relativo do Eurofighter, do qual a França escapuliu em prol de seu caríssimo Rafale, convenceu os europeus… Read more »
Ivany,
Esse é o ponto.
A Airbus não tem o controle da Dassault. Então, em regra, ela não tem acesso a certas informações da empresa o que somente teria em caráter excepcional (acordo com o controlador, por exemplo) e, por isso, eu perguntei se você tinha alguma fonte desse acesso aos programas.
Até prova em contrário, a Airbus tem acesso aos programas da Dassault tanto quanto eu tenho aos da Embraer, da qual sou acionista minoritário.
Até mais.
O UCAV britânico é o BAe Taranis Milorde!
Verdade Tireless, valeu!
Rafael Estou procurando o estatuto da dassault, porém, segundo o próprio FMI, em geral, um acionista a partir de 30% de ações passa a ter poder decisório, e isso requer conhecimento. Um indicativo do poder da Airbus dentro da dassault são os dois últimos parágrafo da matéria do le monde que eu traduzi pra inglês: “On the occasion of the creation of Airbus Group in May 2013, the state has reduced its share in the Franco-German group, he had acquired in July 2013, one share of Dassault Aviation, giving it a right of first refusal and the obligation to be… Read more »
Ivany,
O que o FMI acha ou deixa de achar é irrelevante, já que ele não regulamenta a atuação das sociedades anônimas.
Quanto ao texto acima, ele apenas narra alguns “direitos” da Airbus em relação à Dassault. Não se pode inferir mais do que isso.
Portanto, por ora, não vejo nenhuma “prova” de que a Airbus tenha acesso aos programas da Dassault.
Até mais.
Ainda bem que essas “Aeronaves do Futuro” não serão tripuladas…
…já imaginaram um dogfighter entre elas? Caraca, são todas iguais rsrsrs nunca um piloto ali dentro saberia visualmente quem é quem… 😀
Ps.: Os Europeus sempre terão Yankees malvaduuus… mas será que da próxima vez eles responderão? Enfim… especulações sem sentido, ou não!!!
Grande Abraço.
Rafael
Cada um pensa o que quiser. Seria ingenuidade pensar que a Airbus colocou o dinheiro nas ações da dassault apenas pra passear.
Oganza e Vader Eu entendo que o mercado está expandindo em alternativas custo-benefício (estão aí FC-1, J-10, Gripen e KAI-50), porém ficando cada dia mais restrito em produtos de ponta, no segmento de defesa em geral. A Europa terá cacife de pular direto da quarta para a sexta geração? Pelo baixo índice de alistados nas forças, com certeza é uma solução atraente pra eles. Mas pensando em amplo mercado, a dcns fez um porta-aviões nuclear pequeno e está com o mercado interno praticamente congelado (basta ver a idade da maioria das belonaves francesas), a dassault ainda tem esse neuron. A… Read more »