Gripen E terá pilones da Exelis com ejeção pneumática de mísseis
Equipamento destinado às estações da parte inferior da fuselagem do caça será fornecido pelas instalações britânicas da empresa americana Exelis
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Segundo nota divulgada pela empresa americana Exelis (sediada em McLeon, Virginia, e com instalações em outros países) e reportagem da UPI, os caças Gripen E da sueca Saab serão equipados com pilones lançadores de mísseis com sistema de ejeção pneumática, em contrato que será conduzido pelas instalações britânicas da Exelis, em Brighton.
Os equipamentos serão desenvolvidos e fornecidos à sueca Saab sob um acordo de longo prazo. Os chamados PMEL (pneumatic missile eject launcher pylons) permitirão a ejeção de mísseis ar-ar Meteor e AIM-120 AMRAAM a partir das estações da parte ventral (inferior) da fuselagem do Gripen E.
Segundo o vice-presidente e diretor geral da área internacional de soluções em visão noturna e comunicações da Exelis, Ken Harrison, trata-se de “uma grande oportunidade para nós de partir da experiência da Exelis em transporte e ejeção de armamentos e continuar a crescer no mercado de ejeção de mísseis ar-ar”.
A empresa divulgou que a assinatura do acordo com a Saab desencadeou um contrato imediato de projeto e desenvolvimento, que inclui a entrega e fornecimento de diversas unidades para testes de voo. Um contrato posterior de produção inicial deverá cobrir o suprimento de 214 unidades do PMEL à Saab.
Ainda segundo a nota divulgada pela Exelis, o acordo de longo prazo cobre toda a vida operacional do Gripen E, incluindo modernizações no sistema. A Exelis é descrita como uma empresa diversificada e global que atua em áreas como a aeroespacial, defesa, informação e serviços, com 50 anos de experiência em fornecer soluções acessíveis e críticas, entre as líderes em áreas de posicionamento, navegação, sensores, gerenciamento de tráfego aéreo, processamento de imagens, sistemas de comunicação e informação. Atualmente, foca no crescimento em áreas como redes críticas, ISR, guerra eletrônica e aeroestruturas compósitas.
IMAGENS (em caráter meramente ilustrativo): Saab
NOTA DO EDITOR: os pilones sob a fuselagem do Gripen E, previstos para diversos tipos de cargas externas e aptos a disparar mísseis ar-ar, são três. Dividindo-se a quantidade informada de 214 unidades para um possível contrato de produção inicial por três, chega-se ao número aproximado de 71 – ou seja, esse contrato de produção inicial seria, hipoteticamente, suficiente para equipar os 70 caças (60 confirmados e 10 adicionais) pretendidos unicamente pela Suécia.
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Pergunta:
Estes pilones não poderiam ser desenvolvidos no Brasil? Faço essa pergunta porque a um tempo atrás se divulgou a capacidade brasileira de produzir tais pilones para dos F-5M e A-1M, ou isto não é verídico?
Até mais!!! 😉
Wellington Góes, Sobre experiências passadas, segundo extensa reportagem do programa AMX publicada na revista Forças de Defesa número 9 (página 58), na divisão de trabalho entre brasileiros e italianos coube à Embraer “projetar e fabricar asas, tomadas de ar do motor, estabilizadores horizontais (somente para os protótipos), pilones subalares (“cabides de armas”) e tanques externos de combustível.” Na página 57 da mesma reportagem assinada pelo editor Guilherme Poggio, há ilustração assinada por ele que mostra a divisão do trabalho, com os itens sob responsabilidade da Embraer marcados em verde. Quanto ao Gripen, no caso dos pilones subalares das versões C/D… Read more »
Olá.
“Dividindo-se a quantidade informada de 214 unidades para um possível contrato de produção inicial por três, chega-se ao número aproximado de 71 – ou seja, esse contrato de produção inicial seria, hipoteticamente, suficiente para equipar os 70 caças (60 confirmados e 10 adicionais) pretendidos unicamente pela Suécia.”
Em outras palavras, é um equipamento/solução para o modelo da Suécia. Para o modelo brasileiro, somente se houver uma nova contratação.
Mas imagino que o nosso fornecedor seja outro, como a própria Denel.
SDS.
Meio que off topic, mas vendo esta animação do Gripen na primeira foto me veio uma duvida que tive apartir de alguns sites sobre o PAK-FA T50, mtos comentários sobre arrebites não stealth, realmente há esta diferença entre arrebites não stealth e arrebites stealth nos caças, vejo que uns são mais ressaltados que outras, mas é dificil achar uma imagem de perto do T50 pra comprar com o F22 -F35., alguem tem alguma ideia do assunto?
sds
GC
Galeão, Interessante questão que você levanta, e imagino que faz isso devido à ilustração do alto da matéria, que deixou talvez bem mais evidentes rebites e parafusos do que são na realidade. Quanto aos rebites e furtividade, deixo para algum especialista comentar. Porém, acho necessário que se faça, inicialmente, uma diferenciação entre o que você pode estar chamando de rebite. Para unir os painéis externos à estrutura de uma aeronave, pode-se utilizar rebites ou parafusos, os primeiros preferencialmente quando o painel deva ficar permamentemente fixado à estrutura, e os segundos quando for removível. Seja na imagem do alto da matéria,… Read more »
Realmente é muito dificil manter o foco na procura dos rebites nestas ultimas fotos 🙂
Mas nestes dois sites vc ve alguma coisa do que eu to falando.
http://theaviationist.com/2013/09/03/pak-fa-close/
http://www.ausairpower.net/APA-2010-01.html
Neste ultimo ele ainda cita no texto. Será que estes benditos influenciam no RCS?
sds
GC
Roberto e Nunão
Obrigado pelas explicações, talvez as pessoas que escreveram não sabiam disso, que existem somente estes dois tipos, talvez o F22 utiliza os que são escareados e algum fulano chamou isso de rebite stealth.
sds
GC
Fernando “Nunão” De Martini, 2 de março de 2015@18:27
“Nas fotos abaixo, por exemplo, eu não consigo sequer ver onde esses malditos rebites e parafusos estão. É preciso muita concentração, foco e força de vontade pra vê-los.”
Nunão,
nas fotos 2 e 3 percebe-se que está arrebitado. Pelo menos eu vi, hehehe. Cravação perfeita!
Mas voltando ao assunto dos rebites, às vezes precisa-se de geradores de vórtices e opta-se por colocar rebites boleados com dupla função, usando-se rebites escareados no resto da aeronave para diminuir o arrasto.
a imagem 2 é de um mockup
Me referi a imagem 2 do comentário do Nunão.
Fernando “Nunão” De Martini 2 de março de 2015 at 18:27
Vendo o endereço … gripen/feb.jpg pude perceber clara e exatamente a diferença de um rebite (o mais discreto) e parafuso (o mais saliente).
Perfeito “Nunão”!
Sobre os rebites, quem os fabrica ?
https://www.hilti.com/ ??
E os parafusos ??
Parece insignificante né ?
Mas ……………..
Mas afinal, estes serão os que equiparão os nossos ou só os Gripens suecos? Se equiparão também os nossos e a estória de aprender fazendo? Ou precisamos reaprender a fazer isto também?
Até mais!!! 😉
Wellington, Acho que uma discussão ampla sobre “aprender fazendo” ou “reaprender”, como você parece estar indicando no seu comentário, não pode ficar restrita a informações sobre um único item, sob pena de se concluir que, se tal item não entrou, então o processo como um todo está errado. Afinal, há diversos itens que deverão entrar no que se resume como aprender fazendo e outros certamente não, pois em nenhum momento se aventou a possibilidade de se produzir aqui até o mais ínfimo parafuso da aeronave (isso sem qualquer demérito aos parafusos aeronáuticos, itens que têm seu próprio valor e que,… Read more »
Roberto, obrigado pelas suas considereções, seus posts são bem exclarescedores, obrigado por compartilhar de seus conhecimentos.
Estes parafusos são os que eu acostumo ver tambem em avioes civis, mas nao sabia que avião militar como caças utilizavam os mesmos, pois acredito que os esforços seriam muito maiores.
sds
GC
Nunão, o ponto em que eu quero chegar é, pra que reinventar a roda? É claro e lógico que não é preciso fazermos do fio ao pavio, ou do parafuso ao foguete, mas se já temos expertise nisso, por que não nós mesmos fazermos os nossos baseados nos que já são feitos, por exemplo, pela Denel (que é parceria da Mectron)? Afinal, os pilones deles já estão certificados para diversos armamentos o qual temos interesse e estamos co-desenvolvendo como o A-Darter, ou num futuro próximo como o Marlin (míssil BVR já ofertado pelos sul’africanos). Vale lembrar também, que o Meteor… Read more »
“Wellington Góes em 03/03/2015 as 19:15” Wellington, Não sei onde está a polêmica. Eu concordo contigo, que não há por que reinventar a roda quando não é preciso. A não ser que você esteja polemizando com outros leitores. Porém, acho por bem ressaltar duas coisas que, na minha visão, você não está levando em conta em seus argumentos (e aí tanto faz com quem você esteja polemizando, estou apenas buscando esclarecer esses pontos abaixo): 1 – em nenhum momento a matéria em questão (ou mesmo a nota do editor) fala do Brasil, e sim da contratação pela Saab de uma… Read more »
Dinheiro não é problema, segundo os eleitores do PT.
Além do mais, se a SAAB escolheu outro fornecedor que não o tradicional, pode ter certeza que ou é mais barato ou é melhor.
No mais os sistemas de ejeção dos pilones não são requisitos do FX2. Isso é apenas uma commoditie, como bem definido pelo Tenente Brigadeiro Saito.
Nunão, obrigado pela intervenção, mas vos digo, o meu objetivo é entender se esta aquisição será também para os nossos Gripen E/F e não polemizar com este ou aquele comentarista da trilogia. Faço essas perguntas pois, afinal, os Gripen E e F não estão desenvolvidos e, em tese, boa parte que será desenvolvido para um cliente (Suécia), será desenvolvido para o outro (Brasil), afora a questão do WAD. Se sim, irão equipar os nossos caças, a minha pergunta faz sentido sim, afinal uma das principais (se não a principal) justificativa da FAB para escolher o Gripen era aprender fazendo, é… Read more »
Nos links que o Nunão postou está tudo no perfeito lugar. Não consigo enxergar rebites nos dois aviões. Se tinha um caça na foto eu não vi. rsrsrsrs
Wellington, A ejeção (e não lançamento por trilhos) pelas estações da fuselagem se deve ao fato de serem na fuselagem, e não devido ao tipo de míssil. O mesmo Meteor que é lançado das estações das asas por trilhos será lançado das estações da fuselagem por ejeção. As questões envolvidas são aerodinâmicas. De resto, como já escrevi, não vi menção até agora a pilones no que a FAB desejou desenvolver e/ou produzir ou no que a Saab ofereceu, mas é claro que essa informação detalhada a esse ponto só circula em setores específicos interessados. A matéria abaixo trata do que… Read more »
Exatamente Nunão. Como eu disse, o desenvolvimento de pilones que trabalhem por ejeção não foi a princípio objeto do FX2, ou seja: a FAB e/ou indústria bélica nacional não tem interesse em aprender a produzir localmente tal item. Considerações sobre capacidade nacional neste caso são completamente irrelevantes.
Mas a bronca do Wellington é que a SAAB, soberanamente, escolheu um fornecedor anglo-americano. Fosse russo ou chinês não haveria polêmica…
Sério Vader? É isso mesmo? Quer dizer então que agora deu pra ler mentes?! Porque nenhuma palavra sobre russos ou chineses eu toquei aqui. Desencana!!! Mas em parte estás certo, pra quê selecionar mais um fornecedor anglo-estadunidense se existe outro fornecedor mais afeito e maleável aos nossos interesses? Se a SAAB está selecionando para o projeto Gripen NG, então está selecionando para às nossas aeronaves, ou estou equivocado no raciocínio só porque não está explicito/escrito na matéria? Ou a SAAB vai selecionar um pilone diferente de um cliente para outro? Acho que não. No mais, não sou nenhum chapa-branca (ainda… Read more »
Wellington, não é preciso ler mentes para saber como algumas pessoas pensam: é só ter memória e usar a lógica para reconhecer seus métodos, padrões e ideologias. Vc viu só como eu estava certo? 😉 É batata, até você reconhece… 🙂 No mais, a SAAB não tem obrigação alguma de selecionar um fornecedor russo ou chinês, provavelmente de qualidade técnica, logística e/ou comercial duvidosa, apenas para saciar a paúra antiamericana daqueles que vêem conspirações até em um mísero pilone de míssil. Ainda mais quando isso não é exigência do contrato mantido com seus clientes. Pode discordar das FFAAs, da lógica,… Read more »
kkkkkkkkkkk Tá bom Mãe Diná, ou seria Freud?!?!?! kkkkkkkkkkk
Sem mais!!!! 😉