FAB completa 40 anos do recebimento dos primeiros caças F-5
Modernizado em 2006, o supersônico é a principal aeronave utilizada na defesa aérea brasileira
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A Força Aérea Brasileira (FAB) completa neste sábado (28/02) 40 anos do recebimento dos primeiros caças F-5 em Palmdale, nos Estados Unidos, onde foi fabricado. As três primeiras aeronaves, destinadas ao treinamento de pilotos, chegaram efetivamente ao Brasil em março de 1975 na Base Aérea de Belém e depois foram deslocadas para a Base Aérea do Galeão.
Com duas turbinas a jato e possibilidade de atingir uma velocidade de até 1.316 km/h, a chegada dos caças representou um avanço para a defesa aérea do país, com a viabilidade de executar missões de interceptação, patrulha aérea de combate e escolta, reconhecimento aéreo e socorro em voo. Atualmente, as aeronaves já cumpriram quase 285 mil horas de voo pela FAB.
Naquele ano (1975), o governo federal adquiriu 42 caças F-5. O traslado das aeronaves dos Estados Unidos para o Brasil foi efetuado por militares da FAB com apoio de um C-130 Hércules em uma operação denominada Tigre.
“É importante que todos os militares envolvidos na Operação Tigre estejam conscientes de que o sucesso desta Operação é também a afirmação do poder aeroespacial”, disse na época o chefe da missão, Major-Brigadeiro Rodolfo Becker Reifschneider, ressaltando a importância que as novas aeronaves teriam para o Brasil.
Ao longo desses 40 anos, o F-5 participou de diversas missões para a segurança do País, a exemplo da Guerra das Malvinas, quando aviões ingleses foram interceptados por caças brasileiros e obrigados a pousar. Já na Copa do Mundo, em 2014, as aeronaves também foram utilizadas para a defesa do espaço aéreo e de pontos estratégicos nas cidades-sede.
Modernização – Com a aposentadoria dos Mirage, em 2013, o F-5 passou a ser a principal aeronave para defesa aérea do espaço aéreo brasileiro. Para isso, os F-5 passaram por um processo de modernização, com início em 2006 e conclusão em 2013, que incluiu a troca do radar, dos sistemas de bordo e dos armamentos. A aeronave conta hoje com equipamentos como um sensor de mira acoplado ao capacete, que pode ser utilizado para guiar os mísseis com o movimento da cabeça do piloto.
Hoje, modernizados, os F-5 integram quatro esquadrões da FAB: o Pampa, sediado em Canoas (RS); o Pacau, sediado em Manaus (AM); o Jambock e o Pif Paf, sediados em Santa Cruz (RJ).
FONTE: FAB (Agência Força Aérea)
NOTA DO EDITOR: a velocidade indicada no texto pode variar segundo o modelo (por exemplo, os primeiros F-5B, de motorização menos potente) e a altitude. Apesar da nota indicar quatro esquadrões operadores, na prática o Jambock e o Pif Paf só se mantêm separados em seus códigos-rádio e alocação de pilotos para fins de tradição e competitividade interna, pois a dotação de pilotos e aeronaves é semelhante ao Esquadrão Pampa (já o Pacau opera com uma dotação reduzida, tanto de pilotos quanto de aviões).
Para saber mais sobre os lotes de F-5 adquiridos pela FAB ao longo das décadas, o histórico da aeronave, sua manutenção, operação e assuntos relacionados, confira abaixo uma pequena parcela de tudo que já publicamos aqui sobre o caça – a grande maioria dos links é de matérias exclusivas do Poder Aéreo. Leitura e conhecimento para aproveitar durante o fim de semana inteiro!
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- ‘Warm up’
É para ser comemorado ou lamentado?!
Edcarlos Prudente,
Se estiver em dúvida, é só ler as matérias sugeridas ao final e refletir a respeito para tirar sua própria conclusão. Há coisas para lamentar, mas também para comemorar, dependendo do estado de espírito ou do ponto de vista de quem lê.
Na minha opinião, o saldo é muito mais positivo do que negativo.
Complementando o que escrevi sobre a matéria do Rafale, o F-5 é provavelmente o projeto mais eficiente de caça que já existiu.
Nunca se conseguiu fazer tanto com tão pouco.
Nunca se teve tanto desempenho com tão pouca potência;
Nunca se carregou tanto armamento para tão pouco peso;
Nunca se conseguiu tão baixo peso com tão poucos materiais compostos (se é que ele tem algum).
Fico feliz que o primeiro deles esteja aqui conosco, e que possa ter uma aposentadoria digna num museu coberto.
A única coisa que não gosto nos F-5BR é o padrão de camuflagem, principalmente quando comparado com estes agressors.
http://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads/2009/05/f-5n-1.jpg
http://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads/2009/05/f-5n-2.jpg
O segundo padrão se assemelha inclusive com a camuflagem do M2000. Gostaria que fosse adotada aqui.
Outra coisa que me dá uma pontinha de desgosto é a instalação do Grifo no lugar do EL/M-2032. Pode ser até um preciosismo, mas prefiro o radar do F-16I.
Saudações a todos.
Como o Clésio escreveu, o 4856 é figurinha carimbada, dessas que qualquer museu gostaria de ter. Em agosto ele completará 43 anos… voando!
Poggio, tem um comentário meu preso na moderação porque tem 2 links.
NOTA DOS EDITORES: COMENTÁRIO LIBERADO.
Boa colocacao Clesio Luiz….
Lastimavelmente, o F-20 nao foi adiante….
Seria o Caça sino-paquistanês JF-17 o seu “substituto?
Obrigado editores.
Esta é a demonstração de como se faz whiskey com o limão. Imagino que as palavras abaixo irão gerar uma revolução no Forum… Peço desculpa aos editores de antemão: Analisando o contexto geopolítico regional dos últimos 40 anos, e também considerando todas todas as críticas possíveis, vejo que a estratégia foi acertada. Garantimos, minimamente, o elemento persuasivo regional com células muito limitadas, o que a meu ver potencializou esta capacidade ainda mais, culminando no convite ao Red Flag. Verdadeiro reconhecimento de proficiência e alcance a um patamar operacional que poucas Forças Aéreas desfrutam. Somente o tempo poderá provar se as… Read more »
Creio ter visto um F 5 com um “narizão” com o radar EL/M-2032 quando foi dada a partida para escolha do radar.
Alguém tem essa foto por favor ?
“Vinda longa e próspera”
Adoro esses vetores,
“Iväny Junior
28 de fevereiro de 2015 at 15:58 #”
Show !
“Vinda longa e próspera”
Kojak
Aquelas três camuflagens são demais. A que eu mais gosto é a marrom “desértica”, mas aqui acredito que não camuflaria muito, rsrsrsrs
Abração.
Olá. Ampliando o escopo do tópico e em razão de algumas postagens, até que ponto hoje em dia uma camuflagem é eficiente? Levanto essa questão uma vez que os combates a curta distância (onde a camuflagem pode ser efetiva) estão se tornando mais raros (a distância de combate tem aumentado progressivamente, com o aumento do alcance dos sensores de detecção e dos meios de enfrentamento, como os mísseis). Não seria, hoje em dia, a pintura das aeronaves de combate mais “decorativas” do que efetivas para dificultar a detecção? Não estaria o uso ainda corrente da camuflagem em aeronaves mais voltado… Read more »
Iväny Junior
Caro colega
estamos em maus lençóis.
Caso não venham os 6/12 G C/D urgentemente, vai complicar muito para frente. 12 será o mínimo ideal.
Vamos acabar pagando G NG-BR unit a preço de Rafale ou mais e ficaremos com pouquíssimas células do Mike em condições.
Urgente colocar os “jordanianos” a 100%.
Uma pena o off nos A 1 M, complica mais.
Vamos ficar “a pé”.
Quem viver verá.
Abraços
“NOTA DO EDITOR
Leitura e conhecimento para aproveitar durante o fim de semana inteiro!”
85 (Oitenta e cinco) temas/tópicos, “durante o fim de semana inteiro” ?
Eu gosto de ler todos comentários, leitura dinâmica lógico, sempre há informação(ões) importante(s).
Férias não seria mais adequado ? (rs)
Abraços
“Creio ter visto um F 5 com um “narizão” com o radar EL/M-2032 quando foi dada a partida para escolha do radar.
Alguém tem essa foto por favor ?”
Tem um capitulo dedicado ao F 5, mas o documento todo é interessante:
https://books.google.com.br/books?id=Evi27zSfxZcC&pg=PA97&lpg=PA97&dq=F+5+radar+EL/M-2032&source=bl&ots=xG1jGD1iKE&sig=Wm0jrWfKswj3trTvQp87MmQlE1Y&hl=pt-BR&sa=X&ei=vOrzVPOGOoLksATynoDABA&ved=0CHAQ6AEwDQ#v=onepage&q=F%205%20radar%20EL%2FM-2032&f=false
Mauricio Silva Eu acredito que as camuflagens ainda têm seu devido valor. Várias forças utilizam além da camuflagem normal que se “funde” visualmente ao ambiente, a camuflagem dissimuladora, que, simula um cockpit no ventre da aeronave, que por sua vez, consome pequena fração de tempo de atenção do inimigo, o que é fatal no campo de batalha. Abaixo um exemplo. http://www.hyperstealth.com/ADP/cf-18-g.jpg Em um combate ar-ar na arena visual, talvez os olhos sejam melhores guias do que os sensores. Pode não ser a melhor forma de defesa, porém, ainda é bastante utilizada porque você tem que utilizar tudo o que pode… Read more »
Kojak
Espero que funcione tudo a contento. O contingente de F-5 cobrindo tudo até que cheguem os jaguares Gripens C, que sejam adquiridos também e modernizados por aqui mesmo.