F-5B FAB 4805 na Base Aérea de Santa Cruz - foto Nunão 30 de maio de 2012 - Poder Aéreo
F-5B – FAB 4805 – exposto na Base Aérea de Santa Cruz – foto Nunão

 

Modernizado em 2006, o supersônico é a principal aeronave utilizada na defesa aérea brasileira

A Força Aérea Brasileira (FAB) completa  neste sábado (28/02) 40 anos do recebimento dos primeiros caças F-5 em Palmdale, nos Estados Unidos, onde foi fabricado. As três primeiras aeronaves, destinadas ao treinamento de pilotos, chegaram efetivamente ao Brasil em março de 1975 na Base Aérea de Belém e depois foram deslocadas para a Base Aérea do Galeão.

Com duas turbinas a jato e possibilidade de atingir uma velocidade de até 1.316 km/h, a chegada dos caças representou um avanço para a defesa aérea do país, com a viabilidade de executar missões de interceptação, patrulha aérea de combate e escolta, reconhecimento aéreo e socorro em voo. Atualmente, as aeronaves já cumpriram quase 285 mil horas de voo pela FAB.

Naquele ano (1975), o governo federal adquiriu 42 caças F-5. O traslado das aeronaves dos Estados Unidos para o Brasil foi efetuado por militares da FAB com apoio de um C-130 Hércules em uma operação denominada Tigre.

F-5 Tiger II e A-27 Tucano na BASC em 2003 - foto Nunão - Poder Aéreo - Forças de Defesa
F-5E, F-5F e A-27 Tucano do 1º/14º GAV sobrevoam a BASC em 2003 – foto Nunão

 

“É importante que todos os militares envolvidos na Operação Tigre estejam conscientes de que o sucesso desta Operação é também a afirmação do poder aeroespacial”, disse na época o chefe da missão, Major-Brigadeiro Rodolfo Becker Reifschneider, ressaltando a importância que as novas aeronaves teriam para o Brasil.

Ao longo desses 40 anos, o F-5 participou de diversas missões para a segurança do País, a exemplo da Guerra das Malvinas, quando aviões ingleses foram interceptados por caças brasileiros e obrigados a pousar. Já na Copa do Mundo, em 2014, as aeronaves também foram utilizadas para a defesa do espaço aéreo e de pontos estratégicos nas cidades-sede.

PAMA-SP 2012 - 22set - F-5EM FAB -  foto 2 Nunão - Poder Aéreo
F-5EM da FAB sobrevoa o PAMA-SP em setembro de 2012 – foto Nunão

 

Modernização – Com a aposentadoria dos Mirage, em 2013, o F-5 passou a ser a principal aeronave para defesa aérea do espaço aéreo brasileiro. Para isso, os F-5 passaram por um processo de modernização, com início em 2006 e conclusão em 2013, que incluiu a troca do radar, dos sistemas de bordo e dos armamentos. A aeronave conta hoje com equipamentos como um sensor de mira acoplado ao capacete, que pode ser utilizado para guiar os mísseis com o movimento da cabeça do piloto.

Hoje, modernizados, os F-5 integram quatro esquadrões da FAB: o Pampa, sediado em Canoas (RS); o Pacau, sediado em Manaus (AM); o Jambock e o Pif Paf, sediados em Santa Cruz (RJ).

FONTE: FAB (Agência Força Aérea)

NOTA DO EDITOR: a velocidade indicada no texto pode variar segundo o modelo (por exemplo, os primeiros F-5B, de motorização menos potente) e a altitude. Apesar da nota indicar quatro esquadrões operadores, na prática o Jambock e o Pif Paf só se mantêm separados em seus códigos-rádio e alocação de pilotos para fins de tradição e competitividade interna, pois a dotação de pilotos e aeronaves é semelhante ao Esquadrão Pampa (já o Pacau opera com uma dotação reduzida, tanto de pilotos quanto de aviões).

Para saber mais sobre os lotes de F-5 adquiridos pela FAB ao longo das décadas, o histórico da aeronave, sua manutenção, operação e assuntos relacionados, confira abaixo uma pequena parcela de tudo que já publicamos aqui sobre o caça – a grande maioria dos links é de matérias exclusivas do Poder Aéreo. Leitura e conhecimento para aproveitar durante o fim de semana inteiro!

VEJA TAMBÉM:

F-5F ex-jordânia FAB 4812 em carreta no PAMA-SP em 1dez2012 - foto Nunão - Poder Aéreo cópia

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Edcarlos Prudente

É para ser comemorado ou lamentado?!

Clésio Luiz

Complementando o que escrevi sobre a matéria do Rafale, o F-5 é provavelmente o projeto mais eficiente de caça que já existiu.

Nunca se conseguiu fazer tanto com tão pouco.

Nunca se teve tanto desempenho com tão pouca potência;

Nunca se carregou tanto armamento para tão pouco peso;

Nunca se conseguiu tão baixo peso com tão poucos materiais compostos (se é que ele tem algum).

Fico feliz que o primeiro deles esteja aqui conosco, e que possa ter uma aposentadoria digna num museu coberto.

Iväny Junior

A única coisa que não gosto nos F-5BR é o padrão de camuflagem, principalmente quando comparado com estes agressors.

http://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads/2009/05/f-5n-1.jpg

http://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads/2009/05/f-5n-2.jpg

O segundo padrão se assemelha inclusive com a camuflagem do M2000. Gostaria que fosse adotada aqui.

Outra coisa que me dá uma pontinha de desgosto é a instalação do Grifo no lugar do EL/M-2032. Pode ser até um preciosismo, mas prefiro o radar do F-16I.

Saudações a todos.

Guilherme Poggio

Como o Clésio escreveu, o 4856 é figurinha carimbada, dessas que qualquer museu gostaria de ter. Em agosto ele completará 43 anos… voando!

Iväny Junior

Poggio, tem um comentário meu preso na moderação porque tem 2 links.

NOTA DOS EDITORES: COMENTÁRIO LIBERADO.

Jorge Alberto

Boa colocacao Clesio Luiz….

Lastimavelmente, o F-20 nao foi adiante….

Seria o Caça sino-paquistanês JF-17 o seu “substituto?

Iväny Junior

Obrigado editores.

Leonardo Pessoa Dias

Esta é a demonstração de como se faz whiskey com o limão. Imagino que as palavras abaixo irão gerar uma revolução no Forum… Peço desculpa aos editores de antemão: Analisando o contexto geopolítico regional dos últimos 40 anos, e também considerando todas todas as críticas possíveis, vejo que a estratégia foi acertada. Garantimos, minimamente, o elemento persuasivo regional com células muito limitadas, o que a meu ver potencializou esta capacidade ainda mais, culminando no convite ao Red Flag. Verdadeiro reconhecimento de proficiência e alcance a um patamar operacional que poucas Forças Aéreas desfrutam. Somente o tempo poderá provar se as… Read more »

Kojak

Creio ter visto um F 5 com um “narizão” com o radar EL/M-2032 quando foi dada a partida para escolha do radar.

Alguém tem essa foto por favor ?

“Vinda longa e próspera”

Kojak

Adoro esses vetores,

“Iväny Junior
28 de fevereiro de 2015 at 15:58 #”

Show !

“Vinda longa e próspera”

Iväny Junior

Kojak

Aquelas três camuflagens são demais. A que eu mais gosto é a marrom “desértica”, mas aqui acredito que não camuflaria muito, rsrsrsrs

Abração.

Mauricio Silva

Olá. Ampliando o escopo do tópico e em razão de algumas postagens, até que ponto hoje em dia uma camuflagem é eficiente? Levanto essa questão uma vez que os combates a curta distância (onde a camuflagem pode ser efetiva) estão se tornando mais raros (a distância de combate tem aumentado progressivamente, com o aumento do alcance dos sensores de detecção e dos meios de enfrentamento, como os mísseis). Não seria, hoje em dia, a pintura das aeronaves de combate mais “decorativas” do que efetivas para dificultar a detecção? Não estaria o uso ainda corrente da camuflagem em aeronaves mais voltado… Read more »

Kojak

Iväny Junior

Caro colega

estamos em maus lençóis.

Caso não venham os 6/12 G C/D urgentemente, vai complicar muito para frente. 12 será o mínimo ideal.

Vamos acabar pagando G NG-BR unit a preço de Rafale ou mais e ficaremos com pouquíssimas células do Mike em condições.

Urgente colocar os “jordanianos” a 100%.

Uma pena o off nos A 1 M, complica mais.

Vamos ficar “a pé”.

Quem viver verá.

Abraços

Kojak

“NOTA DO EDITOR

Leitura e conhecimento para aproveitar durante o fim de semana inteiro!”

85 (Oitenta e cinco) temas/tópicos, “durante o fim de semana inteiro” ?

Eu gosto de ler todos comentários, leitura dinâmica lógico, sempre há informação(ões) importante(s).

Férias não seria mais adequado ? (rs)

Abraços

“Creio ter visto um F 5 com um “narizão” com o radar EL/M-2032 quando foi dada a partida para escolha do radar.

Alguém tem essa foto por favor ?”

Iväny Junior

Mauricio Silva Eu acredito que as camuflagens ainda têm seu devido valor. Várias forças utilizam além da camuflagem normal que se “funde” visualmente ao ambiente, a camuflagem dissimuladora, que, simula um cockpit no ventre da aeronave, que por sua vez, consome pequena fração de tempo de atenção do inimigo, o que é fatal no campo de batalha. Abaixo um exemplo. http://www.hyperstealth.com/ADP/cf-18-g.jpg Em um combate ar-ar na arena visual, talvez os olhos sejam melhores guias do que os sensores. Pode não ser a melhor forma de defesa, porém, ainda é bastante utilizada porque você tem que utilizar tudo o que pode… Read more »

Iväny Junior

Kojak

Espero que funcione tudo a contento. O contingente de F-5 cobrindo tudo até que cheguem os jaguares Gripens C, que sejam adquiridos também e modernizados por aqui mesmo.