Saab seleciona AEL Sistemas como fornecedor do novo Gripen no Brasil

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Display WAD

A Saab, empresa de defesa e segurança, selecionou a AEL Sistemas como fornecedora para o caça Gripen NG no Brasil. A AEL Sistemas irá fornecer o Wide Area Display – WAD, um display panorâmico, e o Head-up Display – HUD, um display digital ao nível dos olhos do piloto, que integrarão os Gripen NG adquiridos pelo Brasil, como parte do contrato FX-2. O desenvolvimento do WAD e do HUD começou em janeiro de 2015. A Saab e a AEL também assinaram um acordo para a transferência de tecnologia.

O novo programa de sistemas aviônicos será executado ao longo de quatro anos e inclui desenvolvimento, integração e produção em Porto Alegre (RS). A integração do sistema será feita pela Saab e pela Embraer.

O WAD para as aeronaves Gripen NG do Brasil é um display único inteligente, com capacidade multifunção e totalmente redundante com imagem em cores, tela grande (19×8 polegadas) com apresentação contínua de imagens e controles touch-screen de última geração. Essa é a principal fonte de informações de voo e de missão no cockpit.

A AEL também vai desenvolver o novo HUD para os caças Gripen NG do Brasil. O HUD oferece informações essenciais de voo e missão ao piloto, ampliando seu campo de visão fora do cockpit.

“A incorporação desses produtos avançados da AEL no Gripen NG do Brasil aprimora ainda mais a aeronave. Este acordo também mostra nosso compromisso contínuo para desenvolver e produzir o Gripen em estreita parceria com a indústria brasileira”, disse Ulf Nilsson, chefe da área de negócios de Aeronáutica da Saab.

“Estamos orgulhosos em fazer parte do desenvolvimento do Gripen NG e de poder apresentar as mais recentes tecnologias de monitores, computadores e software em um caça de última geração. Tenho certeza de que isso irá aumentar ainda mais a contribuição bem-sucedida da AEL para as Forças Armadas brasileiras”, afirmou Sérgio Horta, presidente da AEL.

Uma extensa campanha de testes de voo será realizada em cooperação com a AEL nas instalações da Saab em Linköping, na Suécia, para demonstração e validação do novo equipamento.

O contrato de transferência de tecnologia com a AEL será focado no desenvolvimento da interface homem-máquina (HMI) para caças avançados, juntamente com workshops para manutenção de aviônicos. As atividades no âmbito do contrato irão começar no segundo semestre de 2015 na Saab, em Linköping, e irão incluir cursos teóricos e treinamentos práticos.

DIVULGAÇÃO: Saab/Publicis Consultants

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Wellington Góes

A SAAB selecionou foi?! Ah tá!!!

É inegável que o WAD é um grande avanço tecnológico quanto a aviônicos, mas é ai que está a minha reticências. Seria interessante para ser aplicado, por exemplo, quando de uma modernização do próprio Gripen e/ou de outras aeronaves como o A-1M e A-29M, servindo assim de laboratório para um melhor aproveitamento e evolução operacional.

É o que eu acho.

Até mais!!! 😉

Nick

No meu entender, e uma das opções de “nacionalização” (já que AEL é Elbit) do Gripen era os aviônicos, e a AEL já tem o WAD disponível, por que não?

O WAD como tático será bastante útil aos pilotos, e é isso que importa.

[]’s

Corsario137

Caro Wellington, Permita-me discordar. Eu até entendo o teu raciocínio, afinal a FAB ficou durante tantos anos defasada tecnologicamente que, estado da arte virou sinônimo de modernização. Concordo que para se manter atualizado, as modernizações devem sempre vir, mas existe outra forma de se manter atualizado sem precisar delas: concepção de projeto. Nossos ALX, F-5 e AMX modernizados já nos tiraram do mundo analógico e nos levaram a nova geração de aviônicos. Até a chegada nos Gripen E/F essa doutrina já estará mais do que enraizada na FAB. Para irmos além, para o que está acontecendo de novo, para o… Read more »

Corsario137

Desculpe se fugi um pouco do tema. Foi um apanhado por tudo que tenho lido por aí…

Soldat

Off topic:

“Foguete brasileiro é lançado com sucesso na Europa”

E o melhor “foi desenvolvido pelo Brasil em Parceria com a Alemanha”.

Deu certo graças aos Alemães…Hehehe……

joseboscojr

Soldat,
Mas é um foguete “experimental” (para fazer experimentos), com 2 t, suborbital. Já lançamos vários dele.
Diferente do que estamos desenvolvendo com os Ucranianos ou do VLS.

joseboscojr

E baseado no fato do avanço nazista na área de foguetes, haja vista o V-2, e na dispersão dos seus engenheiros após a SGM, todo foguete que existe no mundo é, de algum modo, com parceria alemã.

Soyuz

Existem várias formas de se ler esta notícia. O Gripen NG é uma aeronave em desenvolvimento e como tal, itens que irão compor a sua aviônica como o HUD e WAD estão em aberto. Situação similar à do programa KC-390 no passado quando seus sistemas também estavam “em aberto”. Nada mais natural que a Elbit e outros fabricantes apresentem propostas. O que é perigoso ao meu ver é acreditar que estes equipamentos fornecidos pela AEL, sejam de fato tecnologia brasileira, porque definitivamente não são. Estes hardwares são tão brasileiros quanto os helicópteros da Helibras são “made in brasil” ou quando… Read more »

Wellington Góes

Olá Corsário, entendo sua posição, concordo com parte dela, mas discordo em outra. Tenho uma visão mais parecido ao colocado pelo Soyus e o qual já compartilhei aqui, ou seja, tornar este Gripen E/F brasileiro e segundo AMX. É inegável que haverá ganhos tecnológicos, o problema é se os ganhos operacionais da FAB compensarão frente a outras opções um pouco mais racional. Como eu escrevi anteriormente, não sou contra o WAD, sou contra em utilizá-lo (bancado uma empresa estrangeira para desenvolvê-lo, diga-se de passagem) diretamente nos Gripens. A minha opção de usar outro vetor como laboratório, foi pensada no sentido… Read more »

Corsario137

Caro Welington,

Compreendo seus argumentos, mas devemos lembrar que a USAF já está colocando o WAD na ponta de lança da sua aviação de combate, o F35.

Corsario137

Caro Soyuz,

Concordo plenamente porém no final pra mim dá na mesma. Se não fosse o WAD mas 3 MFDs como no ALX, a aviônica seria ELBIT do mesmo jeito. É uma compra de prateleira, com a diferença que tem uma filial do fabricante no Brasil.

eparro

Corsario137 26 de fevereiro de 2015 at 14:07 # Soyuz 26 de fevereiro de 2015 at 16:07 # Meus caros, desculpe lá se não acompanho vossos raciocínios e peço paciência. Mas o conhecimento que será obtido/usado da AEL-Elbit é tão estrangeiro/nacional quanto o conhecimento que será obtido/usado da SAAB. Assim como o conhecimento do radar, da integração com os armamentos e de tudo o mais no Grippen. Não seria isto a tal da ToT? Não é assim que conseguiremos assimilar este conhecimento (mesmo que parcial, mas aí é outro caso). O problema que vejo é que aquele que será adquirido… Read more »

Wellington Góes

Se não me falha a memória, a Rockell Collins estabeleceu parceria com uma empresa nacional para encaminhar alguns projetos. Parece que foi adquirida ao como 49% desta empresa, assim ela não perde o selo de Empresa Estratégica Nacional, ou seja, não perde os benefícios advindos disso. Por isso que a AEL, Omnys, Helibras, Focal, dentre outras não são consideradas como EEN.

Até mais!!! 😉

Kojak

Tenho um raciocínio mais simples: 1.- AEL/ELBIT tem expertise na área que atuam e são sérios; 2.- Empresas Israelenses não tem hábito de deixar seus parceiros e clientes na mão e 3.- Estão preocupados com continuidade no futuro ? Bison, C 130, KC 767 ER MRTT, Hélis e muito mais agradecem. Quem tem capacidade de atualizar o passado, tem capacidade de atuar no futuro. F 16I, Mísseis, Iron Dome e por ai vai …… Os caras assumiram partes do F 35 “Adir”, inclusive eletrônica, armas etc … Os G NG-BR serão um bom aprendizado em muitas áreas. Basta o GF… Read more »

Soyuz

Kojac Eu também acredito que as indústrias de eletrônica para defesa de Israel sejam sérias. Como são sérias das dos EUA, Inglaterra, Itália, Suécia entre outras. A questão ao meu ver deve ser analisada sob outra ótica. Considerando que a tecnologia da Elbit/AEL representam compras de prateleiras, ao credenciarmos a mesma solução tecnológica como “nacional”, estamos cerceando a concorrência e isto nem sempre é bom técnica e economicamente. O exemplo perfeito disto é o que acontece com a Helibras. Quando consideramos um Esquilo, Pantera ou Super Puma um helicóptero nacional, estamos limitando a concorrência o que implica em decisões tecnicamente… Read more »

Kojak

Soyuz Resumindo “A Saab, empresa de defesa e segurança, selecionou a AEL Sistemas como fornecedora para o caça Gripen NG no Brasil. A AEL Sistemas irá fornecer o Wide Area Display – WAD, um display panorâmico, e o Head-up Display – HUD, um display digital ao nível dos olhos do piloto, que integrarão os Gripen NG adquiridos pelo Brasil, como parte do contrato FX-2. O desenvolvimento do WAD e do HUD começou em janeiro de 2015. A Saab e a AEL também assinaram um acordo para a transferência de tecnologia. O novo programa de sistemas aviônicos será executado ao longo… Read more »

wfeitosa

Vejo que há muitas críticas sobre TOT e parcerias gringos e brasucas … Os diletos colegas me permitam externar a minha humilde opinião… Alguém acredita que o sujeito lá na França, em Israel, USA, China ou mesmo na Russia vá entregar o que ele tem de melhor, que é o conhecimento, em troca de punhado de cruzeiros? Se você acredita nisso, então o cenário é o seguinte: este sujeito estaria ganhando um troco pra perder um cliente imediato, perdendo um outro tanto de potenciais clientes no futuro e pra piorar as coisas do lado dele, ainda traria para o mercado… Read more »

Marcos

Resumo: estamos fazendo compras de prateleira com a AEL e ainda bancando um aprendizado para eles.

Wellington Góes

Pois então Marcos, esta é a questão. Vale lembrar que os que excretam a Helibras por fazer a mesma coisa, apoiam a AEL (ou se omitem) na mesma situação. Pra mim AEL, Helibras, Omnys, ARES, CELMA, dentre outras, estão tudo no mesmo balaio. Estamos nos tornando experts em bancar empresas estrangeiras a desenvolver produtos que não serão necessariamente brasileiros, assim como fazemos com o setor automotivo. Nada contra empresas estrangeiras virem pra cá montar fábricas e ganharem dinheiro com o nosso mercado, mas que venham com dinheiro próprio ou bancadas por dinheiro dos governos dos seus países e não disputar… Read more »

Kojak

“Marcos
28 de fevereiro de 2015 at 8:38 #

Resumo: estamos fazendo compras de prateleira com a AEL e ainda bancando um aprendizado para eles.”

Certo! Quem sugeres no lugar ?

“Wellington Góes
28 de fevereiro de 2015 at 14:25 #

que deveria ser injetado em empresa brasileira (ou de maioria de capital nacional).”

Qual por exemplo ?

Mauricio R.

“…estamos fazendo compras de prateleira com a AEL e ainda bancando um aprendizado para eles.”

Descobriste a pólvora, depois troque “AEL”, por “EMBRAER”; que dá no mesmo.

Estamos pagando para que empresas privadas aprendam fazendo, sem correrem riscos.
Assim é fácil.

Rinaldo Nery

Na penúltima revista FA há uma extensa entrevista com o Cel R1 Vilela, gerente de negócios da AEL, onde ele afirma que o WAD em questão foi desenvolvido por engenheiros brazucas. Isso não é ToT? Ele mentiu?