Pilotos brasileiros iniciam nova fase de treinamento no Gripen
Brasileiros ficam na base sueca até final de abril; na volta, vão transmitir o que aprenderam sobre o caça que vai voar no Brasil
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Os capitães Gustavo Oliveira Pascotto e Ramon Santos Fórneas, da Força Aérea Brasileira, os primeiros pilotos brasileiros que estão em treinamento na Suécia para pilotar o caça supersônico Gripen, entraram na fase de voos solos, sem instrutores.
As missões da nova fase começaram no final de janeiro. Os voos partiram da Base Aérea de Satenäs, escola de pilotos conhecida como F-7, na região central da Suécia, onde estão desde novembro.
No primeiro voo solo da dupla, as duas aeronaves realizaram manobras em uma área sobre o Mar do Norte e a costa oeste da Suécia. Após o pouso, eles foram recepcionados por todos os pilotos da Sétima Ala da Força Aérea da Suécia.
Os pilotos da FAB já voavam os jatos Gripen desde o dia 10 de novembro de 2014, mas, até o primeiro voo solo só haviam cumprido missões na companhia de instrutores.
Para o capitão Ramon Fórneas, a performance do Gripen é excelente. “É um avião com acelerações e retomadas muito rápidas”, disse.
Pioneiros. O treinamento na Suécia termina no final de abril, quando eles estarão aptos para cumprir missões de combate com os caças Gripen da Força Aérea da Suécia. Pascotto e Fórneas são os primeiros a desvendar o caça sueco que vai originar a versão NG comprada pelo Brasil.
“O Gripen é uma plataforma que vai integrar toda a nossa doutrina de emprego. A palavra chave é integração. Tudo tem fusão de dados. É como se nós juntássemos a performance do Mirage, os sistemas de combate do F-5 e o sistema de reconhecimento do A-1 em uma só aeronave. Mas muito melhor”, disse Pascotto.
Para ele, o que mais chama a atenção no Gripen é a capacidade de integração de dados. “Dados do datalink são compartilhados com o radar. Dados do radar são compartilhados nos mapas táticos de navegação, sem sobreposição”.
Entre 2019 e 2024, o Brasil deve receber 36 unidades de jatos Gripen NG. Em contrato assinado em outubro do ano passado, o Brasil encomendou 36 caças fabricados pela empresa sueca Saab, para renovar a frota de combate da FAB.
A Força Aérea da Suécia treina uma média de 30 pilotos por ano, em treinamento considerado puxado. “O treinamento é intenso, mas o Gripen é um avião fácil de usar, disse a O VALE o coronel Michael Cherinet, comandante da Base de Satenäs, a maior da Suécia.
Seleção. Pascotto e Fórneas foram selecionados entre mais de 240 pilotos de esquadrões de caça. Fórneas é piloto do F-5 da Base Aérea de Santa Cruz, no Rio, e Pascotto também pilota F-5 e é da Base Aérea de Anápolis (GO).
Saiba mais
O programa F-X2
Contrato assinado em outubro do ano passado prevê a compra pelo Brasil de 36 caças Gripen NG da sueca Saab para uso da FAB
Valor
O valor do contrato é de US$ 5.400 bilhões e inclui transferência de tecnologia para produção de aeronaves no Brasil. Acordo nesse sentido com a Embraer deve ser assinado em março deste ano
Entregas
Os aviões começam a ser entregues pela Saab a partir de 2019. As últimas entregas serão em 2024
Pilotos
Os pilotos brasileiros Ramon Fórneas e Gustavo Pascotto foram selecionados para voar o Gripen na Suécia e serão responsáveis por trazer para o Brasil os conhecimentos detalhados do novo caça
Treinamento
Os pilotos brasileiros chegaram à Suécia em 3 de novembro e devem ficar em treinamento até o final de abril. Eles estão na base aérea de Satenäs, a maior da Suécia
Tecnologia
Embraer será co-responsável
O contrato de US$ 5,4 bilhões para a compra de 36 caças Gripen NG prevê transferência de tecnologia da Suécia para o Brasil. A Embraer, de São José, será a co-responsável pelo desenvolvimento completo do Gripen no Brasil, inclusive do processo de certificação da aeronave. O Gripen é fabricado pela Saab e é um dos caças mais modernos do mundo.
Utilidade
Caça será usado na defesa do território
O caça supersônico Gripen NG (New Generation) encomendado pela FAB (Força Aérea Brasileira) para a sueca Saab será usado em missões ar-ar e ar-terra, em qualquer tipo de condições meteorológicas, na defesa do território brasileiro e do espaço aéreo. O custo da hora de voo do Gripen é US$ 4.700. Serão 28 unidades de um lugar e 8 de dois lugares.
Prova de fogo
Centrífuga foi desafio para dupla
Uma semana após chegarem à Suécia, os pilotos enfrentaram testes específicos, como a centrífuga, e foram aprovados. Ramon Fórneas e Gustavo Pascotto tiveram que ficar 15 segundos em uma centrífuga que projeta nove vezes a força da gravidade, para adaptar o organismo dos pilotos a uma aeronave de alta tecnologia como o Gripen, que voa duas vezes a velocidade do som.
FONTE: O Vale (reportagem de Sheila Faria)
FOTOS via FAB
COLABOROU: Felipe
Os Dijon Boys do século XXI……………….
Sinceramente, acho super acertada a opção da FAB pelo modelo sueco………….. vai cumprir a missão com maestria, tem o custo de hora voo menos caro de todos os concorrentes do FX-II (embora imagino que seja bem mais que os US$4700 anunciado acima), tem um propulsor moderno, potente e confiável, radar (Raven ES-5) que promete ser uma das referências do mercado……… e toda a gama de armamento americano e europeu….
“BRASILEIROS FICAM NA BASE SUECA ATÉ FINAL DE ABRIL; NA VOLTA, VÃO TRANSMITIR O QUE APRENDERAM SOBRE O CAÇA QUE VAI VOAR NO BRASIL”.
Vão transmitir o que aprenderam sem avião? No quadro negro mesmo? Ou os Gripen C/D estão chegando?
Augusto 22 de fevereiro de 2015 at 12:43 #
Boa questão!
Esta também é minha curiosidade.
É o que eu ia perguntar, Augusto!
Mais: a equipe de manutenção vai iniciar treinamento quando?
É isso ai Colegas ai de cima, cadê ?
Discordo, Roberto.
Pilotar aviões é exatamente como andar de bicicleta.
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“Nunca vou aprender direito”. 🙁
🙂
Abraço,
Justin
Augusto,
Pare de fazer pergunta complicada!
“Roberto F Santana em 25/02/2015 as 17:54 …Tudo para uma coisa que so vira daqui a cinco anos! Esses pilotos vao chegar aqui e vao ter que, durante longos anos, ditar a teoria de uma pratica que naturalmente vai se esvanecer, um `feeling` que se perde, uma proficiencia que some.” Roberto, Acho que você está raciocinando só com o Gripen NG. Este, de fato, é previsto para entre quatro e cinco anos pra frente (em algum momento de 2019). Mas bem antes disso pretende-se colocar em operação modelos C/D, e foi divulgado que é dentro desse planejamento que esses dois… Read more »
Não há nada que o jeitinho brasileiro não dê jeito:
http://i.dailymail.co.uk/i/pix/2011/06/29/article-2009603-0CC9AE3400000578-614_634x466.jpg
Nota-se que o piloto da esquerda acionou o pós-combustor. rsrssss
Roberto, até onde sei não vai ser de graça!