C-295M português no Mali - foto Força Aérea Portuguesa

47 militares portugueses envolvidos na missão das Nações Unidas

A Força Nacional Destacada no Mali continua ao serviço das Nações Unidas na missão de manutenção de paz daquele país. Durante as primeiras semanas da MINUSMA (United Nations Multidimensional Integrated Stabilization Mission in Mali), coube ao destacamento português operar com a aeronave C-295M em vários aeródromos da zona norte, entre eles o da vila de Kidal.

A missão está a decorrer desde o dia 12 de janeiro e, além da aeronave da Esquadra 502 – “Elefantes”, conta com 47 militares portugueses (41 da Força Aérea e 6 do Exército).

A FND vai estar no Mali durante quatro meses para realizar missões de transporte, apoio sanitário e lançamento de carga.

Esquadra 502 comemora 60 anos – Parabéns aos “Elefantes”  

Os “Elefantes” são um dos símbolos da Força Aérea, servindo ao longo destas seis décadas com inestimável brio, cumprindo para além da Missão.

C-295M - foto Força Aérea Portuguesa

A origem da Esquadra 502 remonta ao ano de 1937, altura em que foi capacitada com os aviões JUNKER JU52, que realizavam um vasto leque de missões desde transporte aéreo-geral a bombardeamento noturno. Com a criação da Força Aérea Portuguesa como ramo independente das Forças Armadas surgiu a Esquadra 32. No ano de 1971 recebe os primeiros Nord “Noratlas”, continuando os Junkers a voar até 1972. Com o desenvolvimento do conflito nos territórios ultramarinos, a Esquadra 32 desempenhou um importante papel no apoio à missão da Força Aérea.

Esquadra 502 Elefantes - imagem Força Aérea PortuguesaEm 1974, com a chegada dos C-212 Aviocar em substituição dos Noratlas, a Esquadra 32 sediada na Base Aérea n.º 3 (Tancos) passa então a ter a designação de Esquadra 502. Com o fim da guerra em África, a Esquadra 502, conhecida como “Elefantes”, passou a operar em destacamento permanente na ilha de Porto Santo em missões de apoio à população local. Em 1988 inicia-se o destacamento aéreo de São Tomé e Príncipe que operou durante 20 anos, efetuando um total de 5500 horas de voo e o transporte de 50 mil passageiros.

Com a reestruturação da Força Aérea, a Esquadra 502 transita para a Base Aérea n.º 1 (Sintra). Em 2007, a Esquadra 711, na Base Aérea n.º 4 (ilha Terceira, Lajes) cessa a atividade com o Aviocar, tendo então os “Elefantes” iniciado o Destacamento Aéreo dos Açores.

No início de 2007, uma nova página abre-se na história da Esquadra 502, aquando da assinatura de doze aeronaves EADS C-295M, para substituírem o C-212 Aviocar. Sete destas aeronaves estão configuradas para Transporte Aéreo Tático e as restantes cinco para Vigilância Marítima. Em 2009 dá-se a transferência da esquadra para a Base Aérea n.º 6 (Montijo), onde em fevereiro aterra o primeiro C-295M.

C-295M português de vigilância marítima da Esquadra 502 Elefantes - foto Força Aérea Portuguesa

A Esquadra 502 na atualidade realiza missões de Transporte Aéreo-geral, Transporte Aéreo-tático, Apoio Logístico, Vigilância Marítima, Busca e Salvamento, Evacuações Aero-médicas, Lançamentos de Tropas Aerotransportadas, lançamento de carga aérea e Transporte de Altas Entidades. Atualmente está em ação em sítios tão distintos com o Mali, os arquipélagos da Madeira e dos Açores e em Portugal Continental.

FONTE / FOTOS: Força Aérea Portuguesa (foi mantida a grafia original dos textos)

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Groo

OFF: Drone chinês armado cai na Nigéria.

http://www.liveleak.com/view?i=a94_1422428108

Clésio Luiz
Wellington Góes

Gosto desta aeronave, já tive algumas oportunidades de entrar nela (C-105 Amazonas), acho também que há mercado interno (militar e civil) para uma empreitada de montagem local. Apesar de ainda não possuir uma versão civil, o seu antecessor menor tinha, então o caminho para homologações e certificações não seria tão difícil assim. De repente, se a FAB/MD/GF quisesse resgatar o antigo projeto do Brig. Bueno de fomentar uma nova industria aeronáutica produzindo/montando aeronaves turboélices (já que a Embraer ambandonou este mercado) que viesse atender às demandas da FAB (e parece que do EB também, apesar de eu ser contrário a… Read more »