apresentação dados investigação CENIPA avião Ed Campos - foto J Cruz Ag Brasil

ClippingNEWS-PAO Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) descartou algumas das hipóteses sobre o que teria causado o acidente aéreo que vitimou, no dia 13 de agosto do ano passado, em Santos, São Paulo, sete pessoas – entre elas o então candidato à Presidência da República Eduardo Campos. Uma das possibilidades com as quais trabalham os investigadores é a de falha humana ou operacional, mas isso só poderá ser confirmado com o avançar das investigações.

Coordenador da investigação, o tenente-coronel Raul de Souza informou que até o momento “não há conclusão” sobre o acidente e que, terminada a fase de coleta de dados, “nenhuma hipótese foi criada” sobre o acidente com a aeronave PR-AFA. Apesar de, até o momento, a Aeronáutica não ter apresentado oficialmente algo mais conclusivo sobre a causa do acidente, o chefe do Cenipa, brigadeiro Dilton José Schuck, disse que, nas investigações primárias, constatou-se que, apesar de habilitada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a tripulação da aeronave (piloto e copiloto) “não tinha concluído o treinamento específico de transição” da aeronave Cessna C-560 para o modelo envolvido no acidente (C-560 XLS+).

Segundo o brigadeiro, uma portaria da Anac publicada no dia 3 de julho de 2014 previa a necessidade desse treinamento. “Mas isso pode apontar apenas uma condição de risco e não pode ser apontado como a causa do acidente”, enfatizou Schuck, pouco antes de informar que o piloto, após arremeter o pouso, “fez trajeto diferente do previsto na carta [de voo]”.

No balanço apresentado hoje pelo Cenipa, o tenente-coronel descartou algumas hipóteses sobre a causa do acidente. Segundo Raul de Souza, não houve colisão com aves nem com veículos aéreos não tripulados (Vant), como drones. As investigações indicam ainda que o primeiro impacto ocorreu na parte de baixo da aeronave. Também foi descartada a ocorrência de incêndio durante o voo ou colisão com obstáculo em voo.

Na segunda fase de investigações, iniciada após a coleta de dados, as informações obtidas serão analisadas e as conclusões finais sobre o acidente só serão apresentadas ao final da terceira fase. Segundo as autoridades, não há ainda previsão sobre quando isso ocorrerá.

FONTE / FOTO (P. Peduzzi / J. Cruz): Agência Brasil

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Kojak

Assisti toda a entrevista.

Como ele “mergulhou” invertido ?

Justin Case

Kojac, bom dia. Uma das situações comuns durante eventos de desorientação espacial ocorre quando o piloto inclina o avião involuntariamente mais do que 90 graus. Isso faz com que o nariz baixe e, se o piloto mantiver a carga normal de 1 G o avião entrará em uma espiral descendente, aumentando a velocidade. Sem informação visual (e sem olhar o horizonte artificial), a sensação é de que o avião está nivelado ou subindo. A única informação incompatível com o sentimento do piloto é o aumento da velocidade, que pode demorar a ser percebido. Acho que comentei isso logo após o… Read more »

Justin Case

Sorry, “Kojak”.

Kojak

“Justin Case
28 de janeiro de 2015 at 7:13 #”

Obrigado Brigadeiro.

Justin Case

Oops! Fui promovido.

Jurandir

Falha humana ou operacional. Até eu sabia disso.