Boeing e Embraer inauguram centro conjunto de pesquisa em biocombustíveis para a aviação no Brasil

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Colaboração apoia o papel do Brasil no desenvolvimento de biocombustíveis sustentáveis e contribui para atingir as metas ambientais da indústria de aviação

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 14 de janeiro de 2015 – A Boeing e a Embraer inauguraram hoje o Centro Conjunto de Pesquisa em Biocombustíveis Sustentáveis para a Aviação, um esforço colaborativo para consolidar o estabelecimento da indústria de biocombustíveis de aviação no Brasil.

No Centro Conjunto de Pesquisa Boeing-Embraer, instalado no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP), as empresas coordenarão e financiarão pesquisas com universidades e outras instituições brasileiras. As pesquisas terão como foco o desenvolvimento de tecnologias para preencher lacunas na criação de uma indústria de biocombustíveis sustentáveis para a aviação no país, como produção de matérias-primas, análises técnico-econômicas, estudos de viabilidade econômica e tecnologias de processamento.

“A Boeing e a Embraer, duas das principais fabricantes de aeronaves do mundo, estão unindo forças de forma inédita para realizar mais avanços na indústria de biocombustíveis sustentáveis de aviação do que seria possível ser feito por uma única empresa”, diz Donna Hrinak, presidente da Boeing Brasil e da Boeing América Latina. “O Brasil é pioneiro na indústria de combustíveis sustentáveis e será um dos protagonistas no estabelecimento da indústria de biocombustíveis e no apoio à conquista das metas ambientais da indústria de aviação”, completa a executiva.

“Nosso objetivo é apoiar trabalhos de desenvolvimento e amadurecimento do conhecimento e das tecnologias necessárias para estabelecer no Brasil uma indústria de biocombustíveis sustentáveis para a aviação, de alcance global”, declara Mauro Kern, vice-presidente executivo de Engenharia e Tecnologia da Embraer. “O Brasil mostrou que tem potencial e já é referência na indústria de energia limpa, tendo criado as muito bem-sucedidas indústrias de etanol e de biodiesel”, explica o executivo.

A colaboração da Boeing com a Embraer na área de biocombustíveis é liderada pela Boeing Pesquisa e Tecnologia Brasil (BR&T-Brasil), um dos seis centros internacionais de pesquisa avançada da Boeing. O BR&T-Brasil trabalha com a comunidade brasileira de pesquisa e desenvolvimento para expandir as capacidades e cumprir as metas econômicas e de desenvolvimento tecnológico do país e, ao mesmo tempo, apoiar a criação de tecnologias inovadoras e de custo acessível para as unidades de negócio da Boeing. Além dessa colaboração no Brasil, a Boeing possui projetos ativos de desenvolvimento de biocombustíveis nos Estados Unidos, Oriente Médio, África, Europa, China, Japão, sudeste asiático e Austrália.

O Centro Conjunto de Pesquisa Boeing-Embraer é o mais recente de uma série de esforços colaborativos realizados por Boeing, Embraer e parceiros brasileiros na área de biocombustíveis sustentáveis para a aviação. Juntas, Boeing, Embraer, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) promoveram uma série de workshops no Brasil entre 2012 e 2013 e, em 2014, publicaram um estudo detalhado – chamado Plano de Voo para Biocombustíveis de Aviação no Brasil, que identificou as lacunas que desafiavam o estabelecimento dessa indústria. Essas lacunas serão parcialmente preenchidas pelo novo Centro Conjunto de Pesquisa Boeing-Embraer. Em 2014, as duas empresas assinaram um acordo de cooperação para conduzir e financiar pesquisas e para compartilhar a propriedade intelectual desenvolvida por meio do centro.

A Embraer também colaborou com diversas iniciativas voltadas à produção de um biocombustível de aviação economicamente viável e que atenda os rígidos requisitos da indústria. Em 2011, a Embraer e a GE, fabricante de motores, concluíram testes de voo sob uma ampla variedade de condições com um E170 movido a ésteres e ácidos graxos hidroprocessados (HEFA). No ano seguinte, um E195 da companhia aérea Azul voou durante o congresso Rio+20 utilizando bioquerosene à base de cana de açúcar desenvolvido pela Amyris.

Estudos mostram que biocombustíveis sustentáveis para a aviação emitem uma quantidade menor de carbono, de 50% a 80% inferior, ao longo de seu ciclo de vida do que o combustível de aviação fóssil. Mais de 1.600 voos comerciais com uso de biocombustível de aviação já foram operados em todo o mundo desde 2011, quando o uso desse tipo de combustível foi aprovado.

DIVULGAÇÃO: Ketchum

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HMS TIRELESS

Impressionante como a cooperação EMBRAER – Boeing vem crescendo e se sofisticando. Até dá para sonhar em como seria se o SH tivesse ganho o FX-2, embora eu tenha ficado muito contente com o Gripen. E ainda tem neguinho que fica poluindo outros espaço seja com sandices do tipo ” A EMBRAER é capacha dos EUA” ou então com choramingos pelo fato da empresa ter se recusado a receber o ministro fanfarrão russo.

Vader

Muito bom. É a Boeing cumprindo o que prometeu, mesmo tendo perdido o FX2 da FAB.

Depois a ___________ sai dizendo que americano é que não cumpre o que promete…

Bom deve ser francês, que se recusa a cumprir o que assinou; que o digam os indianos…

COMENTÁRIO EDITADO. PEDIMOS, MAIS UMA VEZ, NÃO FICAR ROTULANDO GRUPOS / PESSOAS DE MANEIRA DEPRECIATIVA (AINDA QUE SEM O USO DE TERMOS DE BAIXO CALÃO), POIS ISSO COSTUMA FAZER A DISCUSSÃO VIRAR DE FOCO E GERAR VERDADEIRAS BOLAS DE NEVE DE TROCAS DE OFENSAS QUE NÃO CONTRIBUEM PARA O DEBATE.

eparro

Que ótima notícia!

Mais uma ação com vistas à Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, neste caso de parceria empresa-universidade.

Vai ficar melhor quando houver uma real “política de governo” para pesquisa, desenvolvimento e inovação.

Kojak

Eu vejo a foto dela, Donna Hrinak, as lágrimas escorrem…. rsrs ….. calma pessoal ….. O G NG/BR foi uma boa escolha.

“HMS TIRELESS
15 de janeiro de 2015 at 11:00 #”

Concordo.

O Brasil tem muito a ganhar com a proximidade tecnológica com os USA em todas as áreas.

A matéria fala por si.

Marcos

A Embraer é o que é hoje graças aos EUA, não só em transferência de tecnologia, como em compensações comerciais e compras diretas, sem nhê, nhê, nhê.

Oganza

É bem simples:

A Boeing veio para o Brasil fazer negócios e não negociatas… simples assim.

Bem diferente de alguns que ao falar, fazem biquinho.

Ps.: Mas nunca se esqueçam: Quem é o maior produtor e único país do mundo que levou e está levando a sério a produção, comercialização e a adoção de combustíveis renováveis? ÉÉÉ eles mesmo, us americanu malvadu.

Slogan da última campanha feita aki:
– Planting corn is being patriotic.

Grande Abraço.

Iväny Junior

Sustentabilidae é a nova política mundial. Ainda bem.

Kojak

“Oganza 16 de janeiro de 2015 at 21:58 # Ps.: Mas nunca se esqueçam: Quem é o maior produtor e único país do mundo que levou e está levando a sério a produção, comercialização e a adoção de combustíveis renováveis? ÉÉÉ eles mesmo, us americanu malvadu.” Em Dezembro de 2008, em plena crise com a quebra do LB e suas enormes sequelas, o Professor Delfin Neto foi na Band num Domingo a noite e afirmou algo assim: “Vocês pensam que os USA ficarão de braços cruzados assistindo tudo isso ? Eles vão reagir, jogarão a TaJ a 0%, investirão centenas… Read more »

Kojak

Conclusão:

Somente um exemplo, no álcool da celulose nos colocaram no bolso, partindo do bagaço celulólico.

Pt saudações.

Kojak

“Planting corn is being patriotic.”

Cerca de 60 Usinas de Álcool fechadas etc ……

E vem mais ……….

Kojak
Oganza

Kojak, pois é… e segue o baile… só cueca, pois as minas já se arranjaram e só ficamos nós, com a latinha quente, meio choca e pedindo pra tocar Raú… com sorte chegaremos em ksa. Mais mané ainda é o usineiro que faz álcool, esperando o governo, ao invés de fazer melaço com os preços do açúcar batendo recorde atrás de recorde já uns bons quase 10 anos. Quem entrou no álcool se ferrou… depois tentou voltar para o açúcar e se ferrou com São Pedro… continuou no açúcar mas nunca sanou as dívidas… O Pro-Álcool, Flex… blá blá blá… Read more »

Rafael Oliveira

Bom, com o novo pacote de maldades (CIDE, PIS, Cofins sobre a gasolina), a tendência é os usineiros colocarem a cabeça para fora da água. Acredito que uma falha dos usineiros foi não terem investido em produção de energia elétrica – mas comentar depois do cenário estar claro é fácil. Difícil era prever isso há 5 anos. Mas acho que também faltou dizer que o sucesso do etanol americano se deve muito mais ao protecionismo dos EUA (subsídios para os produtores locais e impostos pesados para as importações) do que qualquer outra coisa. Enfim, uma estratégia que quando usada pelo… Read more »

Oganza

Rafael, “Difícil era prever isso há 5 anos.” – Não era não!!! Tem muito usineiro que está rindo a toa. Eles foram akeles que não caíram no conto da Petrobras, no papo de “Arabia Saudita Verde”… etc… Eu conheço pessoalmente 2 e eles fizeram uma análise bem simplória mas correta. Quando foi lançado o programa dos carros Flex eles pensaram: Com a Petrobras “produzindo mais”, o GF segurando o preço dos combustíveis e o álcool faltando na entre-safra… BINGO… vai faltar açúcar… que naturalmente já é de 1,5 a 2% mais rentável que o álcool. 🙂 Onde eles jogaram as… Read more »

Rafael Oliveira

Eita Oganza, já concordamos mais, rsrsrs. “Difícil era prever isso há 5 anos.” – estava me referindo à produção de energia elétrica a partir do bagaço da cana de açúcar. E claro que eu pressuponho que os recursos para investimento são escassos, de forma que o usineiro tenha que fazer escolhas. Sobre confiar no GF, apesar de não ser algo com o que me simpatize, muitos setores só sobrevivem seguindo o GF, tal como o automobilístico. “Enfim, uma estratégia que quando usada pelo Brasil é criticada” – Aí você está mudando o foco. Referia-me apenas à intervenção do Estado na… Read more »

Oganza

Rafael, ops… fui eu quem não te entendi por completo, minhas desculpas. Ps.1: acredito que toda medida de protecionismo é válida se vc tem acima de tudo um plano e a confiança em duas coisas: 1 – Na competência da iniciativa privada que está sendo “protegida” em “aproveitar” tal medida para evoluir, crescer e se tornar de fato competitiva. 2 – “Nos Governos” futuros que iram criar um ambiente favorável e de independência para que as “conquistas” evolutivas sejam aplicadas de forma perene com as medidas protecionistas sendo levantadas dentro de um cronograma/plano. Ps.2: estou falando de Mercado/Industria e não… Read more »

Rafael Oliveira

Que é isso, Oganza, não precisa pedir desculpas.

Entendi melhor agora seu ponto de vista e reconheço que tem bastante fundamento.

Abraço!!!