Ataques de Rafale e Mirage 2000D a alvos do EI, no Iraque
Nos últimos dias, ocorreram novos ataques de jatos franceses em apoio a tropas iraquianas que lutam contra o Estado Islâmico, e foi completado o efetivo de seis jatos Mirage 2000D na Jordânia
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Em notas divulgadas na sexta-feira, 19 de dezembro, o Ministério da Defesa da França informou que a chegada de mais três jatos Mirage 2000D da Força Aérea Francesa à Jordânia, juntando-se a outros três que já começaram a operar em missões a partir daquele país contra alvos do Estado Islâmico (EI) no Iraque, a chamada força “Chammal” (nome da operação francesa na região) continua a apoiar cotidianamente as forças iraquianas em luta contra o EI, autoproclamado Daech.
No dia 12, jatos de combate do dispositivo francês realizaram três ataques no Norte do Iraque, próximo a Mossoul, destruindo depósitos de munição do EI. No dia 15, uma patrulha foi solicitada a destruir um alvo de oportunidade nos contrafortes do monte Sinjar, no Noroeste do Iraque, onde combatentes iraquianos, curdos e yézidis defendem a zona contra ataques do Daech. Já no dia 16, outra patrulha de jatos franceses foi solicitada a destruir um objetivo na região de Mossoul.
No dia seguinte, 17 de dezembro, dois jatos franceses participaram de um “raid” de 17 aeronaves da coalizão de países que atua em apoio às tropas iraquianas, na região do monte Sinjar. O raid visou a destruição de uma linha de defesa do EI e a neutralização de cerca de sessenta objetivos. Os aviões franceses realizaram um voo de 3 horas e 20 minutos de duração nessa missão (nota do editor: pela duração da surtida, conclui-se que eram jatos Mirage 2000D baseados na Jordânia, bem mais próximos de seus objetivos do que os caças Rafale baseados muito mais ao sul, nos Emirados Árabes Unidos, cujas missões são bem mais longas devido à maior distância dos alvos).
Também no dia 17, pousaram em base da Jordânia três jatos Mirage 2000D da 3ª Esquadra de Caça de Nancy, num voo de traslado teve a duração de 5 horas. Com esse reforço, a parte aérea da “Operação Chammal” francesa passou a contar com seis jatos Mirage 2000D na Jordânia, além de nove caças Rafale, um reabastecedor C-135FR e um avião de patrulha marítima Atlantique 2 (este da Marinha Francesa) nos Emirados Árabes Unidos. No mar, a fragata antiaérea Jean Bart da Marinha Francesa integra o grupo aeronaval americano nucleado no navio-aeródromo USS Carl Vinson.
FONTE / FOTOS: Ministério da Defesa da França (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de originais em francês)
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Compridinha a chama da pós-combustão no M53. É quase o comprimento da aeronave.
Foi feito pensando em razão de subida e desempenho à grandes altitudes, onde oferece mais empuxo que o F100 e ainda é mais resistente à fluxos de ar turbulentos. Tudo isso para tentar interceptar possíveis incursões do MiG-25R com o Super 530, tarefa nada fácil. Pagou o preço com um consumo específico mais elevado que seus contemporâneos americanos e soviéticos.
Eu acredito que seja válido pra frança manter seu esquadrão de Mirage 2000 operacional, mas, a decisão aí precisaria ser de negócio. O Rafale precisa de Propaganda, e portanto deveria ser a única plataforma utilizada (pelos alvos, caças não são as plataformas ideais para a missão de todo o modo). Já pensou se certo país do oriente médio, que opera m2000 e tinha escolhido rafale para a nova frota (e que o contrato não foi assinado ainda, diga-se de passagem, pra variar) resolve que é melhor modernizar os mirages do que comprar rafales? Enfim, este assunto já foi debatido em… Read more »
“…manter seu esquadrão de Mirage 2000 operacional” Seu não. Melhor colocar no plural: seus esquadrões. Só de Mirage 2000D são três esquadrões, operando numa esquadra (equivalente a ala, coisa que os franceses tinham deixado de lado e voltaram a oficializar, recentemente, com as racionalizações em curso de meios e bases). Se não falho em escrever de cabeça, também há dois esquadrões de Mirage 2000N. E mais um esquadrão de Mirage 2000-5 E, por fim, um derradeiro de Mirage 2000 C/B, empregado em conversão operacional (mas que também cumpre alerta de defesa aérea no sul da França). Ou seja, a frase… Read more »
Estou me referindo ao esquadrão nancy, nunão. Ao que me parece, é o único a ir de mirage2000 pra guerra.
Ivany,
Nancy é o nome da base. Os esquadrões de Mirage 2000D lá são três (Navarre, Champagne e Ardennes), formando a chamada 3ª Esquadra Aérea de Caça.
Guardadas as devidas proporções o Mirage 2000D é o Tornado da Armée de l’Air. Foram construidos mais de 80 2000D e há pelo menos 60 destes ainda operacionais na BA 133 Nancy Ochey. O 2000D ainda vai voar durante um bom tempo, lembro que estão sendo modernizados.
Coisas da frança, uma esquadra com 6 caças.
6 caças?
Você esqueceu de colocar um zero, à direita.
Segundo o texto são 6 mirage 2000D.
“Com esse reforço, a parte aérea da “Operação Chammal” francesa passou a contar com seis jatos Mirage 2000D na Jordânia, além de nove caças Rafale, um reabastecedor C-135FR e um avião de patrulha marítima Atlantique 2 (este da Marinha Francesa) nos Emirados Árabes Unidos. No mar, a fragata antiaérea Jean Bart da Marinha Francesa integra o grupo aeronaval americano nucleado no navio-aeródromo USS Carl Vinson.”
Ivany,
6 caças Mirage 2000D são os que estão desdobrados.
Ou seja, representam um destacamento desdobrado na Jordânia de uma esquadra composta por três esquadrões, baseada em Nancy.
Assim, não se pode dizer que são “uma esquadra com 6 caças”.
A esquadra (no caso, a 3ª Esquadra Aérea de Caças) é composta por três esquadrões de cerca de 20 aeronaves cada um, o que dá uns 60 caças.
Resumindo:
3ª Esquadra em Nancy = 60 caças
Destacamento da 3ª Esquadra na Jordânia = 6 caças
Enfim quando voam juntos, o pequeno numero de caças é na prática um esquadrão, embora tenham vindo de 3 esquadrões distintos que incorporam uma esquadra no país de origem.
Não, Iväny.
Os 6 caças fazem parte de um ou mais esquadrões, que formam uma esquadra, mas são um destacamento e não uma esquadra, seja na prática, seja na teoria.
E é exatamente assim que são chamados, de destacamento (em francês, détachement).
Ou seja, não são uma “esquadra com 6 caças”. A esquadra está em casa e no teatro de operações está o destacamento.
“Le 17 décembre 2014, trois avions Mirage 2000D de l’armée de l’Air ont atterri en Jordanie pour compléter le détachement Air français engagé dans l’opération Chammal.”
Nunão
Eles estão operando em conjunto, como uma pequena unidade. O termo de esquadra e esquadrão é amplamente difundido porque a forma coloquial foi adotada em alguns países, e, em outros, permaneceu a norma formal do termo.
Como esquadrão, estou dizendo que é uma pequena unidade de combate e apoio que obedece a um comando específico, de forma genérica.
Difundido diversamente*