Marinha Francesa testa Rafale no padrão F3R, com mísseis Meteor
Segundo nota divulgada pela Marinha Francesa na segunda-feira, 8 de dezembro, pilotos do centro de experimentações práticas da Aviação Naval (centre d’expérimentations pratiques de l’aéronautique navale – CEPA) participaram de uma campanha de avaliação do padrão F3R do caça Rafale. Na campanha realizada entre os dias 1 e 4 de dezembro, a primeira do tipo para revisão da aptidão de emprego desse novo padrão do caça, foi avaliado em especial o míssil ar-ar Meteor, em voos para testar o sistema de direção de tiro em contexto operacional, visando propor aprimoramentos.
A n0ta foi acompanhada da foto acima, que mostra um caça Rafale M (variante da aeronave para emprego em navios-aeródromos) equipado com dois mísseis ar-ar Meteor, quatro mísseis ar-ar Mica, um míssil de cruzeiro Scalp e dois tanques subalares de 2.000 litros cada um.
Graças ao maior alcance do míssil Meteor em conjunto com a capacidade de detecção do radar de varredura eletrônica ativa (AESA) do caça, o Rafale F3R vai dispor de uma capacidade de interceptação única. Além dos equipamentos utilizados pelo padrão F3 atualmente em serviço, o F3R empregará o novo casulo (pod) de designação de alvos por laser, para missões ar-solo, e um novo casulo para reabastecimento em voo, indispensável nas operações do grupo aeronaval. A previsão de entrada em operação na Marinha Francesa é 2020.
FONTE / FOTO: Marinha Francesa (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em francês)
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O FBW mais os canards operaram milagres nos caças delta: Se antes um Mirage III ou MiG-21 precisava de longas pistas para decolar, voava mal à baixas velocidades e passava longe de um porta-aviões, agora foi tudo resolvido.
O Rafale M é o caça naval.
configuração “de respeito” para decolar de um NAe…
Isto sim é um caça de respeito!
Aliás, este vídeo recente da simulação de um ataque nuclear pelo Rafale é show: https://www.youtube.com/watch?v=Acxj1DNBqe0
Rafale-M RF3-plus ++/12*15%25$@… 🙂
Os franceses acrescentam um pod na configuração da aeronave e “mudam” o padrão dela, pra dizer que estão evoluindo o caça…
Depois reclamam que essa bicheira não vende, rsrsrs… Tratam todo mundo como idiota, hehehehe…
Mudando de assunto, o SCALP-EG é uma das poucas armas francesas que realmente são de admirar, em ora tenha participação inglesa no projeto.
Lembrando que a proposta da Dassault ao Brasil NÃO contemplava tal arma…
ótimo vídeo Augusto
Vader, o novo padrão também incorpora um radar AESA, inexistente nas especificações anteriores do Rafale M.
Assim, creio que é válido noticiar que é um novo padrão.
E, já que alguns colegas deixaram suas impressões pessoais sobre o Rafale, devo dizer que, quando a 5ª geração de caças for o padrão dominante nos céus, eu sentirei muitas saudades da estética impecável do Rafale.
Aparência pode não ganhar guerra, mas ajuda bastante a criar interesse sobre a aviação.
Caro Pangloss, o Rafale F3 já incorporava radar AESA. Esse “novo” padrão incorporou um pod.
Sds.
Vader,
Até onde me lembro, Rafale F3 tem com PESA (primeiros de produção do padrão) e com AESA (os mais recentes da linha de montagem). O F3R vai além com outros adendos e integrações, que não são só “um pod” (ainda que não seja muito mais que isso):
http://www.aereo.jor.br/2014/01/10/formalizado-contrato-da-versao-f3-r-do-rafale/
Vader e Nunão,
A menos que a memória (ou a falta dela) esteja me traindo, eu só me recordo de notícias dando conta da operação de Rafale F3 AESA na Armée de l’Air, e não na Marine Nationale.
Aliás, se a Força Aérea Francesa é a Armée de l’Air, e o Exército Francês é a Armée de Terre, por que razões a Marinha Francesa não se chama Armée de la Mer? Será apenas para evitar o cacófato?
Pangloss:
http://www.aereo.jor.br/2014/06/03/marinha-francesa-recebe-primeiro-rafale-m-do-quarto-lote/
Quanto à questão do nome, historicamente Marinha é Marinha, e Exército é Exército, e esses nomes não foram criados outro dia… Forças Aéreas (sejam elas derivadas do Exército, da Marinha ou de ambos) vieram muito depois.
Vale lembrar que a USAF (sim, a maior Força Aérea do planeta) foi criada oficialmente em 1947. Até lá, ainda era USAAF, sendo que o primeiro A é de Army.
Nunão,
Corrija-me se eu estiver errado, mas “armée” em francês, significa “armada” (particípio passado do verbo “armar”, no gênero feminino), ou, derivando um pouco, “exército”.
Assim, “Armée de Terre” é a “armada/exército de terra”.
“Armée de l’Air” é a “armada/exército do ar”.
E “Armée de la Mer” seria a “armada/exército do mar”, ou de qualquer outro parônimo.
Armée é, no frigir dos ovos, Exército.
E Marine é Marinha.
Também se usa Armée para designar Forças Armadas, de forma mais geral, mas isso é hoje.
Acho que sua premissa envolveria uma cronologia de fatos ao contrário, ou alguém dar nome a algo tradicional, no passado, pensando com a cabeça de hoje. Não se volta no tempo para desfazer os nomes das coisas, mas explica-se no tempo o fato de certas coisas terem certos nomes.