Acidente com EC725 Caracal francês em Burkina Faso, em treinamento noturno
O Ministério da Defesa da França informou a ocorrência de um acidente com um helicóptero EC725 das Forças Armadas Francesas em 29 de novembro, durante um voo de treinamento noturno, em Burkina Faso (África). Infelizmente, um soldado morreu e dois outros membros da tripulação ficaram feridos. O acidente, segundo a nota, não tem qualquer relacionamento com ação de combate, e as causas serão determinadas por investigação.
Os feridos foram imediatamente transportados a N’Djamena (no Chade) para as instalações militares cirúrgicas da base “Sergent-chef Adji Kosseï”. O militar francês morto, segundo nota publicada posteriormente, é o agente técnico (ajudante) Bajja Samir do 4º Regimento de Helicópteros das Forças Especiais. É o segundo militar francês morto desde o início da chamada Operação Barkhane, em que a França, em conjunto com aliados de Burkina Faso, Nigéria, Mali, Mauritânia e Chade, visa combater grupos terroristas da região do Sahel-Sahara, na África.
FONTE/FOTO (de arquivo): Ministério da Defesa da França (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em francês)
NOTA DO EDITOR: não foi revelado se o EC725 acidentado é da Força Aérea Francesa (Armée de l’air) ou do Exército Francês (Armée de terre), pois o mencionado 4º Regimento de Helicópteros das Forças Especiais, apesar de ser subordinado ao Exército, também tem em sua dotação algumas aeronaves Caracal da Força Aérea. Vale frisar que a nota sobre o acidente foi publicada tanto pelo Ministério da Defesa quanto pelo Exército da França, mas não pela Força Aérea.
Vamos aguardar para ver qual foi a “situação do problema”…
Grande abraço
Algumas informações (e mais links) da Aviation Safety Network, lembrando que as fontes são os próprios usuários da rede:
http://aviation-safety.net/wikibase/wiki.php?id=171743
RIP Combatente.
Nossa, mas nem tem água em Burkina Fasso…
🙂
PS: falando sério: condolências às famílias dos vitimados pela Kombosa Voadora. Um acidente desse tipo é sempre algo a se lamentar.
Gente,
nessa eu me arrisco a dizer que a Komboza foi vítima da Sílica do Sahel, que na verdade se comporta mais como uma defesa anti-aérea natural do que qualquer outra coisa.
Ps.: Aposto que pode ter sido os filtros mal feitos da Komboza que falharam. Esse problema reduziu a disponibilidade a menos de 25%.
Grande Abraço.
Olha ai o que pode ter derrubado o Cracal:
http://www.latribune.fr/entreprises-finance/industrie/aeronautique-defense/20140625trib000836995/airbus-helicopters-quand-le-caracal-mord-la-poussiere-au-mali.html
Grande Abraço.
Oganza,
Relembrando que já discutimos esse assunto da poeira e dos filtros em post do ForTe. Para quem quiser rever o debate a respeito:
http://www.forte.jor.br/2014/11/07/exercito-frances-substitui-helicopteros-puma-por-nh-90-em-missao-no-mali/
Porém, por enquanto isso só pode ser especulado (ou apostado, como no seu PS).
Nunão,
verdade, tinha me esquecido de onde e quem tinha me dado o link da matéria que noticiava as dificuldades encontradas nekele TO.
Bem lembrado.
Grande Abraço.
Monsier Jardino,
Por favor, pode traduzir o texto abaixo?
A qui la faute ? A personne. En accord avec le client, Airbus Helicopters a conservé pour le Caracal le même système de filtration que celui du Cougar, un hélicoptère pourtant développé dans les années 80 et doté d’un moteur moins puissant (Makila 1A1). Certains estiment qu’à l’époque le ministère avait voulu déjà faire des économies et éviter de payer des équipements plus solides et donc plus chers.
Sorrier, le ciel è plain de etouille.
rommelqe,
hahahaha boa… 😀
Oganza o tempo é senhor de todas as verdades, as vezes ele cobra o preço de vidas humanas, espero que esta conta não chegue por aqui.
Grande abraço
Amigos,
Alguém sabe se pouso noturno na poeira faz parte do treinamento dos nossos pilotos de helicóptero?
Me parece um cenário muito crítico como possível causador de desorientação espacial.
Abraços,
Justin
Justin Case, o problema ai não é só a “desorientação espacial”, é o aquecimento dos motores, que mesmo com filtros, eles não “respiram” direito, aquecem e boooom antes de se livrar da poeira. Os Britânicos vão para o Texas e Arizona todos anos para treinar as técnicas lá no deserto. Tenho um amigo que foi piloto do British Army da 1ª Guerra do Golfo e ele me conta uma ou outra coisinha. Nelas, os pilotos são instruídos que não é seguro elevar-se verticalmente até sair da nuvem de poeira, sendo o mais seguro elevar-se e “atacar” a nuvem frontalmente até… Read more »
Navegação de helicópteros no deserto. Thierry Sabine foi um motociclista de rally francês que idealizou e organizou o que seria o rally mais famoso do mundo, o Paris-Dakar. Mas uma de suas maiores contribuições foi a “forma” como ele imaginou os resgates por helicópteros no deserto para aquela época, 1979 (ano do primeiro Dakar) As buscas naqueles dias sempre se encerravam quando a noite caia, com os helicópteros ficando impedidos de voar a baixa altitude por não existir uma navegação de precisão disponível. Então Sabine criou/imaginou uma técnica apelidada de “Suivez le Guide”, algo como “siga o chefe”. O “Suivez… Read more »
Senhores,
Sobre pousos com o chamado “brown out”, quando os rotores levantam poeira, além de medidas de segurança para voos noturnos em áreas desérticas, uma matéria do próximo número de Forças de Defesa que está para sair trata de operações reais de helicópteros em região bem “quente”, abordando alguns desses assuntos.
Aguardem para breve.
PS – Justin, não sei se faz parte, mas se não faz, creio que deveria fazer.
O pessoaql do 5º do 8º não treinava em função das limitações operacionais do H zão, com a introdução do BH com over power bom e filtros anti pó passarama atreinar, isto é feito em Saicã.
Grande abraço
Esperando as causas do acidente.
A frança teria interesse em cobrir uma falha da maquina que matou um militar seu? Talvez se fosse da legião estrangeira…
Mas é interessante notar que o NH90 substituiu o caracal no Mali…
Juarez,
ignorância pura, mas onde é/fica Saicã?
Grande Abraço.
Deixando de lado um pouco esse acidente, o que França faz nesta região do mundo em prol da estabilidade regional e fantástica.
Um país com muito menos recursos que os EUA, mas mesmo assim exercendo função de “gente grande” em área altamente instável.
É preciso dar os devidos créditos aos franceses.
Poggio,
Crédito?
Isso não é altruísmo não, isso não é só uma “decisão” é uma necessidade estratégica que se chama AREVA e que consome mais de 80% de um certo minérizinho radioativo, que se não prestar atenção e ficar bobando vc tropeça nele de tanto que tem… 🙂
Mas eles estão certo uai, os croissants tem que garantir o aquecimento.
Enquanto nóis faz dança da chuva 🙁
Grande Abraço
Saicâ é uma área de treinamento do Exército, onde a FAB possui um estande de tiro. Fica no pampa gaúcho, próximo à cidade de Cacequi, a oeste de Santa Maria.
Foi lá onde os A-1 do 3°/10° GAV lançaram as primeiras bombas LGB, com kit de guiagem Lizard.
Justin conhece como a palma da mão.
Vlw Rinaldo,
o Rafael Oliveira postou lá no Forte uma matéria de um acidente entre um Leopard e uma caminhonete que ocorreu em Saicã agora em novembro.
Ps.: O Sr. de 79 anos dono da caminhonete passa bem, apesar do seu veículo ter virado tapete.
Grande Abraço.
Falando em heli’s, chegou o último Sabre.
http://www.fab.mil.br/noticias/mostra/20953/REEQUIPAMENTO—FAB-completa-frota-de-helic%C3%B3pteros-de-ataque