Com desdobramento de Mirage na Jordânia, principal papel do Rafale contra o EI será de reconhecimento
Caças Rafale ainda poderão bombardear alvos, porém de forma suplementar a seis jatos Mirage 2000D, que passarão a ser o principal meio francês de apoio às tropas iraquianas em combate contra o grupo Estado Islâmico
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Nota divulgada pelo Ministério da Defesa da França na sexta-feira, 21 de novembro, deu alguns detalhes sobre o esperado desdobramento de jatos de combate Mirage 2000 na Jordânia, que serão empregados nos ataques aéreos contra forças do Estado Islâmico (EI, também chamado de Daech) no Iraque. Esse reforço à Operação Chammal, que é a parte francesa na coalizão que colabora com a luta das forças terrestres iraquianas contra os combatentes do EI, será composto de seis jatos de ataque Mirage 2000D.
Diferentemente dos caças nove caças Rafale e de um reabastecedor C-135R (da Força Aérea Francesa), além de um avião de patrulha marítima Atlantique 2 (da Marinha Francesa que realiza reconhecimento sobre os resultados dos ataques). que operam a partir dos Emirados Árabes Unidos, os jatos Mirage operarão bem mais perto de seus objetivos, a partir da Jordânia.
Já se somam oito semanas de operação, e o desdobramento de Mirage faz parte de uma adaptação e reforço do dispositivo visando o longo prazo. Assim, ao longo das próximas semanas, e conforme acordo com autoridades jordanianas, os seis jatos Mirage 2000D serão desdobrados assim que a infraestrutura para recebê-los seja implementada naquele país.
A chegada dos jatos Mirage 2000D ao teatro de operações será combinada a uma mudança no padrão atual, em que os caças Rafale são o principal meio de ataque aéreo francês contra alvos do EI. Essa tarefa de apoio aéreo em proveito de tropas iraquianas passará aos seis jatos Mirage e, paralelamente, os caças Rafale continuarão a operar, porém mais voltados a operações de reconhecimento em profundidade, com o emprego do casulo de reconhecimento (pod) RECO NG. Eventualmente, estarão prontos para engajar alvos em missões de bombardeio, como meio suplementar, segundo a nota do ministério.
FONTE / FOTOS (em caráter meramente ilustrativo): Ministério da Defesa da França
Tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em francês.
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E sobrou para o velho e confiável Mirage 2000.
Mais até do que confiável, o Mirage 2000 é um caça MONOMOTOR e, por isso, muito mais BARATO que Le Jaquê! O Rafale é plenamente apto a jogar bomba em terrorista sem antiaérea (e qual não é né?). O problema dele é o de sempre: o CUSTO de sua operação. Pra essa missão uma dúzia de STs daria conta do recado a um custo 100X menor. É a França pedindo arrego do custo de seu caça de alta performance. Mais uma vez ele vai pro TO, mostra serviço (se é que se pode chamar de serviço jogar bomba no EI)… Read more »
Quando no século passado o Rafale foi pensando para guerras de alta intensidade, elas não durariam mais que um ou dois meses, portanto, custo de operação não era relevante.
Hoje a realidade é a guerra contra o terror, que leva anos, décadas.
Só quem tem cacife e equipamento apropriado pra ficar jogado mísseis guiados e bombas em terroristas, insurgentes, piratas, narcotraficantes e hordas de zumbis mutantes, por décadas, são os States.
HMS Tireless, Mas o “velho e confiável Mirage 2000” é um excelente caça, monomotor e mais ou menos do tamanho do Gripen. O Mirage 2000 D, versão usada para as missões de ataque a partir da Jordânia é um caça-bombardeiro totalmente adequado a missão, considerando a operação dentro de um raio de 1.000 quilômetros. Está tudo certo com o HI LO MIX a francesa… … ou seria “haut bas mélange”. O problema é que empresas como Dassault e Lockheed Martin negam este conceito, prometendo as portas do paraíso com o tal do faz tudo para vender avião mais caro. Mas… Read more »
Em tempo, um mapa com a posição das bases aéreas jordanianas:
http://www.ordersofbattle.darkscape.net/site/maps/map_files/jordan_afnbases.gif
Os vetores mais efetivos dessa guerra ao EI são as aeronaves não tripuladas. Fazem seu trabalho de forma silenciosa, sem estardalhaço da imprensa e a baixíssimo custo. Permanecem mais tempo on station do que qualquer caça e transformam o tempo de reação em tempo de decisão. Basta querer, o alvo está sempre na mira. O “low” dos EUA são os brinquedinhos da General Atomics.
Algum tempo atrás quando debatíamos sobre qual seria a escolha do FX2, os defensores do Rafale chegaram a criticar a missão do Gripen na Líbia que era de reconhecimento como “missão inferior relegada a aviões inferiores” pois não tem maiores capacidades de combate etc.
E agora?!