Cerimônia marca entrega da frota completa das aeronaves de patrulha da FAB
As aeronaves P-3AM Orion foram recebidas a partir de 2011
A Base Aérea de Salvador (BASV) realizou na quarta-feira (19/11) a formatura militar de entrega da frota completa das aeronaves P-3AM Orion. A cerimônia marca para a Força Aérea Brasileira (FAB) o fim do ciclo de recebimento dos novos equipamentos de patrulha. O evento foi presidido pelo Comandante da Aeronáutica Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito e contou com a presença de autoridades civis e militares, além de representantes da Airbus Defence and Space e da ATECH, empresas responsáveis pela modernização das aeronaves P-3AM. Em julho deste ano foi entregue a última aeronave, o FAB 7206, completando a frota de nove aviões.
O processo de reaparelhamento foi iniciado em março de 2000. Adquiridas dos EUA, as aeronaves passaram por um processo de modernização na fábrica da Airbus Military, em Sevilha, na Espanha. Os sistemas foram atualizados e integrados em um sistema tático de missão, operado por uma tripulação de até 12 militares.
O Esquadrão Orungan (1º/7º GAV), sediado na BASV, já participou de missões de busca e salvamento, reconhecimento eletrônico, patrulha marítima, em especial nas áreas de plataformas de petróleo, e de antissubimarino, com destaques à participação na Operação Joint Warrior, no Reino Unido em 2013, e na Operação Fraterno, na Argentina em 2014. Desde 2011 até hoje, o Esquadrão também formou novos tripulantes entre militares vindos de várias unidades da FAB.
Pontuando o sucesso alcançado pela Unidade Aérea em missões no território nacional, em águas jurisdicionais ou no exterior, o Brigadeiro do Ar Carlos José Rodrigues de Alencastro, Comandante da Segunda Força Aérea (II FAE), afirma que o P-3AM é uma das melhores aeronaves de patrulha marítima do mundo. “Seus tripulantes encabeçam a fila de militares de alto valor, que se orgulham da máquina que voam. Eles sabem da imensa responsabilidade da missão de ser o guardião do Pré-Sal e que agora passam a vislumbrar novas capacidades e recursos”, finalizou.
FONTE: FAB
Oh Glória, ó pai… louvado seja por este milagre que esperamos há tantos anos….
Caro meste Soyuz não se emocione demais, pois muito em breve estas células vão ter que parar, as primeiras com certeza no final de 2015.
Grande abraço
Realmente, apesar da idade das aeronaves a FAB tem muito que comemorar, não ao acaso são usadas por varias forças aéreas e marinhas pelo mundo. Por esse motivo e mais o fato desses P-3AM da FAB terem sido reformados e modernizados, é que me vem uma grande curiosidade, por que nunca vi imagens do interior deles, será que é por motivos de segurança? De modo que não se saiba na real o quanto são bons…. ou não? Mas como disse, são bons no que fazem, e no futuro, não seria nada mau serem substituídos por Kc-390, até lá, vamos usa-los… Read more »
Joner se vc digitar P3 AM da FAB no google vc verá imagens do interior da aeronave.
Sds. creio q aqui tbm tem no PA
Tem foto aqui sim, basta digitar palavras-chave como ” P-3 interior ” no campo busca do blog e aparecerá no topo da lista de matérias, com foto divulgada pela FAB.
No início, a própria imprensa (ou pelo menos parte dela…) era impedida de entrar no P-3AM, mas pouco depois liberou geral e o público de eventos aéreos da FAB pode conhecer o interior das aeronaves. Só não pode, creio que até hoje, tirar foto lá dentro.
juarezmartinez, boia tarde!
Alguns dos P3 vão precisar parar em 2015 por fadiga da célula = retirado de vôo ou simplesmente para ‘reforma’?
juarezmartinez: boia = boa! Desculpa.
Excelentes aviões.
Processo de aquisição muito longo e vieram muito tarde. Deveríamos ter optado por eles logo depois da aposentadoria dos P-16, mas faltaram recursos.
Os estudos do seu substituto já deveriam estar a pleno vapor.
Acho que este programa é uma somatória de “brasilidades”. Seu maior mérito foi ter impedido a vitória do P-99, uma solução que só interessava à Embraer na medida que era uma aeronave ruim para cenários ASW e ASuW (pouco alcance e comprometimento do desempenho quando armada com torpedos e misseis). Ao mesmo tempo, o grosso das missões de patrulha são de esclarecimento marítimo dentro da zona econômica, algo que o P-3 pelo pequeno número de células e pelo custo maior de hora de voo não é ideal. Então caberia sim, uma espécie de hi-lo mix (como a França faz) entre… Read more »
Ok, logo após escrever eu vi as fotos, obrigado.
Mas aproveitando a idéia do kc 390 substituir os P3 no futuro, existe alguma situação que o kc 390 ficaria devendo?.
Joner, eu não vejo muito sentido em substituir o P-3 pelo KC-390 no futuro. No que se pretende fazer (um jato de transporte tático com capacidade REVO, SAR etc), não vejo nenhuma missão em que o KC-390 fique a dever frente aos requisitos que levaram à sua configuração final, e já são várias missões. Mas para patrulha marítima e AEW, por exemplo, creio que adaptações do E190 (e para AEW já há concepção da Embraer) seriam mais eficientes na missão. Uma comparação interessante: o Hercules (até a versão H) e o P-3 têm os mesmos motores, mas o P-3 é… Read more »
Então, caros colegas, a solução talvez seja economizar o “bem armado” P3 e voar com uma alternativa mais barata. Nós temos à disposição? Daria tempo de preparar?
Zampol,
Os bimotores P-95 Bandeirulha continuam cumprindo a missão de esclarecimento marítimo. A alternativa mais barata é efetivar a modernização deles até se viabilizar um futuro substituto, tanto para eles quanto para os P-3 (ou um substituto diferente para cada um deles, um mais voltado a esclarecimento, eventualmente ASuW e missões mais próximas à costa, e outro para missões mais longas e ASW / ASuW).
O uso de ARP para poupar o emprego de aeronave tripulada em alguns tipos de missão, notadamente vigilância e esclarecimento, também seria algo muito válido.
Ok nunao, obrigado.:)
Sim Nunão, ARP seria o ideal mesmo: haver os técnicos em estações à terra reduziria o custo da operação em modo abrupto. A aeronave seria dimensionada somente para os equipamentos úteis à missão.
O problema é possuir a capacidade de comunicação para pilotar remotamente e obter as imagens da analisar. É muita coisa para o nosso estágio atual, as distâncias são proibitivas.
Também, quem mandou ter um “marzão” territorial desses?
Agora tem que cuidar!
Zampol, Para missões de esclarecimento e vigilância mais próximas à costa, já faz um tempo que a Embraer tem promovido por aí (não sei se isso inclui a FAB) uma versão do jato executivo Phenom 300, que é bem menor, muito mais em conta para adquirir, menos complexa em equipamento de missão e tem hora de voo bem mais barata que o modelo P-99 baseado na plataforma ERJ-145. Porém, não sei como se compararia em alcance e tempo de missão frente a um P-95 Bandeirulha. Lembrando também que algumas missões deste último envolvem voos mais baixos por serem ostensivas, ou… Read more »
Zampol, Complementando o que escrevi antes, já vi referência ao P-95 ter uma autonomia de 9 horas de voo. Já um Phenom 300 (a não ser que receba algum tanque na fuselagem à custa de espaço interno e capacidade de carga) tem alcance normal divulgado de 1.971 milhas náuticas (com seis ocupantes) e velocidade máxima de cruzeiro de 450 nós – ou seja, isso dá um pouco mais do que quatro horas de voo. Sobre E175, não sei se seria vantajoso. Vejo mais sentido focar mais perto dos extremos, o maior possível (E190/195) para uma configuração mais completa ou “hi”… Read more »
Eu estava pensando em perguntar esatamente isso: qual seria a plataforma ideal para esses tempos bicudos.
Acho que o Brasil pode, e deve, projetar alguma coisa nesse sentido (como já fez no passado cm o Bandeirulha).
Precisamos de um aviãozinho (mesmo que desdentado) para patrulhar e fazer o “dedo-duro”, que custe pouco e caiba nos bolsos das nossas FA (uma espécie de patrulheiro de 6a. Geração).
Parece que nossa indústria (Embraer) hoje dispõe de algumas alternativas interessantes.
O 175 não poderia ser também um candidato?
“Parece que nossa indústria (Embraer) hoje dispõe de algumas alternativas interessantes.
O 175 não poderia ser também um candidato?”
Para qual mercado em potencial???
Pq vender 10-20 células a FAB não alavanca nada, vide as parcas vendas de ATR e C-295 nesse mesmo mercado.
Mais barato e fácil substituirmos os atuais P-3A por P-3C excedentes americanos e os P-95 pelos ATR.
Mas trocando a aviônica de missão, por um produto derivado do Siconta.
Mauricio R., boiei agora. Realmente você acha que trocar P-3A por P-3C, e ainda modernizá-los (ou pelo menos adaptá-los aos sistemas BR) seria mais barato e fácil? A plataforma do Electra já deu o que tinha que dar a muito tempo. Melhor algo que se encontre peças no mercado. Mesmo se pegarmos os P-3C mais novos que existem, não vão demorar tanto para dar baixa quanto células novas de outra plataforma. Seria dinheiro jogado fora, pois já estaríamos procurando substitutos quando os P-3C modificados começassem a operar.
Eu sou a favor de substituir os Bandeirulhas por ARPs. Um bichinho desses tem uma autonomia que não pode ser batida por aeronaves tripuladas, e ainda por cima custam menos para operar.
Podem até serem equipadas com armamento leve, como os Bandeirulhas. Acho que não seria difícil construir um aqui ou produzir algumas dezenas de um modelo israelense sob licença.
Já para o serviço de gente grande pode-se escolher outro vetor. Aí depende de como a FAB vê a operação conjunta com os ARPs. Talvez até uma aeronave menor que o P-3, porém mais veloz, dê conta do recado.
Só para se ter uma ideia da diferença entre um cargueiro e um airliner para a função de patrulha, vejam a diferença de desempenho do P-3C e do C-130H, com motores da mesma potência: C-130H x P-3C com os motores Allison T56, 4,600 shp: velocidade máxima: 592 x 750 km/h velocidade de cruzeiro: 540 x 610 km/h A autonomia do C-130H é menos da metade do P-3C, mas este provavelmente leva bem mais combustível. O KC-390 x Lineage 1000 (versão com maior alcance da família E-Jet): velocidade máxima: 850 x 890 km/h alcance máximo: 6.019 x 8334 km. Esse comparativo… Read more »
Por último, na espera de um comentário do cmte Nery que voa a família E-Jets, precisaria conhecer o estado atual dos sensores e como possa ter evoluído a técnica de esclarecimento/vigilância para saber o perfil da plataforma ideal: qual a altitude e velocidade ideais, por exemplo?
Se a missão pode ser cumprida a quotas velozes e econômicas, porque voar baixo com hélice?
Aldo Ghisolfi 22 de novembro de 2014 at 17:34 #
juarezmartinez, boia tarde!
Alguns dos P3 vão precisar parar em 2015 por fadiga da célula = retirado de vôo ou simplesmente para ‘reforma’?
Trocar longarina de asa.
Grande abraço
“A plataforma do Electra já deu o que tinha que dar a muito tempo. Melhor algo que se encontre peças no mercado.” _RJ_, Execto Espanha e Brasil, todos os P-3 reformados nos últimos anos foram da versão “C”, então não vejo isso de que a plataforma já deu o que tinha que dar; mto pelo contrário. Até pq o início de sua substituição pelo P-8A, na US Navy é bem recente. Por outro lado não vejo razão alguma p/ a FAB bancar o desenvolvimento de uma versão baseada em algum dos E-Jets, não há demanda de mercado que sustente isto.… Read more »
Juarez, as longarinas das asas já foram trocadas na Espanha. Cumprimos um boletim do fabricante e pagamos 14 milhões de dólares por essas trocas.
O CASA 295 tem uma versão de patrulha bem interessante.
O E190/195 tem a capacidade máxima de 13.120 kg de combustível, com um consumo horário de 2.000 kg em altitude de cruzeiro.
On station, normalmente, uma aeronave de patrulha reduzirá a velocidade. O E-99 reduz para 180 KIAS, reduzindo consideravelmente o consumo horário.