C-295 da Força Aérea Espanhola faz primeira missão em pista não preparada
Aeronave, denominada T.21 no Ejército del Aire, realizou primeira missão de transporte ao aeródromo de Bambari, na República Centro-Africana, com pista considerada curta demais para o C-130 Hércules
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Em nota divulgada na terça-feira, 11 de novembro, a Força Aérea Espanhola (Ejército del Aire) informou sobre o início das operações de aeronaves de transporte tático C-295 (T.21 na denominação daquela força) em substituição aos C-130 Hércules (T.10) a partir do Gabão. No caso, um C-295 da Ala 35 substituiu o Hércules da Ala 31 no segundo contingente em Libreville, naquele país, representando uma mudança que ultrapassou a simples substituição de pessoal do chamado “Destacamento Mamba”.
A mudança de aeronave respondeu a uma solicitação das Forças Francesas que realizam a Operação Sangaris na República Centro-Africana, e que necessitam dispor de transporte aéreo capaz de operar em pistas não preparadas (de terra) de comprimento que não permitia operações com o C-130 Hércules que formava parte do Destacamento Mamba espanhol.
Trata-se de pistas com cerca de 1.500 metros de comprimento, dos aeródromos de Bambari Ndélé e Bria, nas quais se realizou reconhecimentos por parte de tripulantes, estabelecendo-se os tipos de apoios a solicitar, proteção de forças em terra e segurança. Feitos os estudos e assegurados os apoios por parte dos franceses, comprovou-se a viabilidade de operar o C-295 nas pistas, com o primeiro voo Bangui-Bambari realizado no último dia 4.
FONTE / FOTOS: Força Aérea Espanhola (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em espanhol)
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Pista não preparada!
Como diria Papai Noel: ho, ho, ho…
Essa pista ai é mais limpa que muita concretada.
https://www.youtube.com/watch?v=LVh8BQeFt9c
Marcos, você mostrou um tremendo fail do DHC-4. Esse vídeo aqui serviria para provar seu ponto:
http://www.youtube.com/watch?v=CLnfoeY77LI
Isto é a “pista não preparada” do padrão europeu.
Tive o prazer de conversar com um aviador que estava na primeira turma a operar o C295 no Brasil. As estórias que ele contou foram bem interessantes. A que mais chamou atenção foi sobre o pouso curto. Operador de Buffalo que era, acostumado a operar nas pistas da Amazônia, foi ter instrução de pouso curto no CASA com o espanhol. O espanhol demonstrou o pouso curto e todos se entreolharam, acharam o pouso do instrutor completamente inaplicável na nossa realidade. Com a permissão do instrutor, ele demonstrou o jeito que considerava correto, para o susto do espanhol, que não acreditou… Read more »
Off-topic: http://g1.globo.com/politica/noticia/2014/11/brasileiro-suporta-9-vezes-forca-da-gravidade-para-voar-no-gripen-assista.html
Acho que seria legal essa matéria por aqui. Talvez gerasse boas discussões!
bmbahia,
o que seria essa “agressividade” na qual vc se referiu ????
fazer aterrissagens perigosas ?!?!
Provavelmente ele se referia ao grau de arredondamento antes do toque. Acho que no pouso curto “brasileiro” siginifica “à moda naval”.
A explicação do colega é que o espanhol era muito pouco preocupado com o ponto de toque e um tanto relaxado na frenagem, apesar de não “alisar” nada.
Eles foram lá é mostraram o estilo Arara. Toca na faixa e pé no freio com reverso no talo. O gringo, que não era piloto de prova, ficou impressionado em saber que aquilo era o cotidiano daquele pessoal.
O avião é bom, segundo ele, mas não foi feito para a rusticidade amazônica. Mas tem que dar um desconto, o olho dele brilha cada vez que fala do Buffalo.
Se bem que aquelas pistas utilizadas pelo Buffalo já foram melhoradas pela COMARA. Agora há poucas pistas ¨críticas¨ . Se for muito crítica vai de CARAVAN, ou de Black Hawk.
Quando abriram a pista de Caramambatai levaram o trator esteira como carga externa de H-60L.
Exato, Rinaldo.
O avião não aguenta e não tem a performance do Buffalo, então mudanças ocorreram na forma de trabalho nestes casos específicos.
Não me lembro o nome, mas ele comentou de uma pista que era no limite para o Buffalo e passou a ser atendida de helo com a mudança. Creio que hoje ela já seja homologada para o uso dos CASA.
Ano que vem meu filho estará lá no 1°/9° GAV. Daí teremos informações mais precisas.
Voando o Euro Bambi, como diz o Juarez. kkkkkkkkkk
Minha última missão na FAB foi implantar o simulador na BAMN.