Su-35, Gripen e F-16 são finalistas em concorrência na Indonésia

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Su-35 - foto 4 Sukhoi

Segundo notícia divulgada pela agência chinesa Xinhua, a Indonésia selecionou três aeronaves finalistas para a concorrência que visa substituir os caças leves F-5E/F Tiger II em serviço há 30 anos, e que equipam o 14º Esquadrão da Força Aérea Indonésia, baseado em Madiun.  A “short list” inclui os caças Sukhoi Su-35 da Rússia, Saab JAS-39 Gripen da Suécia e Lockheed Martin F-16 Block 52+ dos Estados Unidos.

A informação, segundo a Xinhua, foi dada na quinta-feira passada pelo general Moeldoko, comandante das Forças Armadas da Indonésia, durante a feira de defesa “Indo Defense”, que está sendo realizada no país. O general afirmou que “ainda é preciso decidir. Consideramos o Gripen além do Su-35 e do F-16, e também consideramos aspectos políticos para decidir.”

Atualmente, a Indonésia opera 16 caças F-5 E/F Tiger II, sendo 12 monopostos (E) e 4 bipostos (F), fabricados pela Northrop dos Estados Unidos e entregues na década de 1980. Os aviões passaram por processo de revitalização ao longo de suas vidas úteis.

Gripen NG com seis mísseis e tanque central - foto Saab

Ainda segundo a Xinhua, o JAS-39 Gripen, fabricado pela empresa aeronáutica sueca Saab, é visto como o mais provável substituto dos caças F-5. Um modelo similar já está em serviço na Tailândia, onde também substituiu o F-5. Além da Suécia, o caça é empregado pela República Tcheca, Hungria, África do Sul, Grã-Bretanha e será operado pelo Brasil (nota do editor: no texto original, a Xinhua já incluía a Força Aérea Brasileira como operadora atual do modelo).

O diretor-presidente da estatal de aviação indonésia PTDI (PT Dirgantara Indonesia), Budi Santoso, disse que seu país requer transferência de tecnologia em cada compra de aeronaves de um outro país. Segundo Budi, “se você quer vender aviões para a Indonésia, você precisa não apenas vender exemplares, mas o processo de montagem deve ser realizado na Indonésia.”

F-16 com tanques conformais armamento ar-solo e pod - imagem Lockheed Martin

Ele acredita que, com a montagem sendo feita de forma doméstica, o país poderia se tornar capaz de aprender tecnologias avançadas na fabricação de caças a jato, em benefício da independência de sua indústria de defesa. Além disso, “facilita a manutenção das aeronaves”, completou o executivo.

Com crescimento econômico acentuado na região, a Indonésia vem adquirindo equipamento militar avançado desde 2010, com alocação de grandes fundos para modernizar os sistemas de defesa do país e cumprir a sua doutrina de “força mínima essencial”.

FONTE: Xinhua (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)

FOTOS (em caráter meramente ilustrativo): Sukhoi, Saab e Lockheed Martin

COLABOROU: Sandro

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