MUSAL pintura P-47 Thunderbolt aviao FAB

A Força Aérea Brasileira divulgou comunicado em homenagem ao dia do material bélico da aeronáutica. Criada há dois anos, a data comemora a primeira missão do 1° Grupo de Aviação de Caça como Unidade Aérea Independente, em 11 de novembro de 1944.

“Naquele dia, entre os bravos heróis daquela Unidade, destacava-se um Oficial que permaneceria todo o tempo em terra, mas não menos combatente: o 2° Tenente Especialista em Armamento Jorge da Silva Prado, Chefe das Seções de Armamento e Material Bélico”, descreve o segundo parágrafo da nota.

Confirma o comunicado assinado pelo Ten. Brig. Ar. Hélio Paes de Barros Júnior na íntegra:

“No dia 11 de novembro de 1944, nos céus do Velho Continente, o 1° Grupo de Aviação de Caça realizou sua primeira missão como Unidade Aérea Independente, constituindo a primeira Esquadrilha de P-47 composta exclusivamente por pilotos brasileiros.

Naquele dia, entre os bravos heróis daquela Unidade, destacava-se um Oficial que permaneceria todo o tempo em terra, mas não menos combatente: o 2° Tenente Especialista em Armamento Jorge da Silva Prado, Chefe das Seções de Armamento e Material Bélico.

O Tenente Prado era jovem, tinha na época 20 anos, e foi o responsável por gerir todo o armamento empregado pelo 1° Grupo de Aviação de Caça, na campanha da Força Expedicionária Brasileira durante a Segunda Guerra.

Mas Prado não estava sozinho. Sob o seu comando, estavam os ex-monitores da Escola de Especialistas, João Ribeiro Casas Costa, João Pereira Leite e Francisco de Assis Barreto, os quais, aliando experiência e conhecimentos técnicos, foram muito além apenas do remuniciamento e da manutenção dos equipamentos.

Com inteligência e uma gestão primorosa, eles mudaram procedimentos, adaptaram o projeto das aeronaves e desenvolveram soluções criativas para os sistemas bélicos do P-47.

Fruto deste trabalho de equipe, em terra e no ar, a FAB destacou-se nos céus da Itália, e cumpriu, mercê da tenacidade e do profissionalismo de seus homens, a sua missão.

Passados 70 anos daquele glorioso dia para a Força Aérea Brasileira, é importante trazermos à memória as histórias dos que nos antecederam, para que sirvam de inspiração no enfrentamento aos desafios que se descortinam.

Dignificar a memória e a experiência daqueles heróis é nosso dever de honra. Manter a visada em direção ao futuro é nossa obrigação de ofício.

Assim, desde 16 de março de 1945, quando foi criado o Depósito de Material Bélico da Aeronáutica e então nasceu o que hoje conhecemos como o Sistema de Material Bélico da Aeronáutica (Sismab), muitas experiências foram acumuladas e muitas transformações foram incorporadas, acompanhando as ações modernizantes da Força Aérea.

No transcorrer deste caminho, chegamos a um sistema que, apesar de maduro, tem imensos desafios à sua frente, face às suas responsabilidades e intrínseca importância para o País.

No cenário atual, o avançado estágio tecnológico dos materiais bélicos exige de nós uma incessante busca pelo conhecimento.

A Força Aérea precisa de profissionais cada vez mais bem qualificados, preparados para manejar bombas guiadas a laser – como o Kit Lizard II, mísseis de quinta geração – como o A-Darter, sensores de última geração – como os sistemas Litening e Recclite de designação laser, sistemas para interferência radar como o SKY SHIELD, além do uso de sistemas de visão noturna e tantas outras tecnologias de defesa.

Para isso, o Sistema de Material Bélico da Aeronáutica, dirigido por seu órgão central, a Dirmab, e operacionalizado pelo Parque de Material Bélico da Aeronáutica do Rio de Janeiro, é composto por 32 remotos e 277 operadores, tendo como responsabilidade o planejamento, a supervisão e o controle das atividades de aquisição, manutenção, distribuição e suprimento de itens bélicos para toda a Força Aérea Brasileira.

Desta maneira, neste dia especial, faz-se mister reconhecer o trabalho diuturno dos abnegados homens e mulheres integrantes do Sismab, que vêm desenvolvendo uma gestão eficiente, sólida e engajada, como forma de cumprir os objetivos do Comando da Aeronáutica e, em última instância, colimar as metas estabelecidas na Estratégia Nacional de Defesa do Brasil.

Neste sentido, mediante o exemplo dos Especialistas que atuaram junto ao 1° Grupo de Caça, o trabalho do efetivo do Sismab não se encerra apenas em adquirir e manter equipamentos.

Esse esforço avança no constante treinamento dos seus recursos humanos para absorver novos conhecimentos, de modo a incorporar as mais avançadas tecnologias em uso no mundo, bem como no fomento à Base Industrial de Defesa.

Porquanto, uma Indústria de Defesa genuinamente Nacional é pilar importante na garantia da “liberdade tecnológica” do País e, essa independência resulta no fortalecimento, cada vez maior, da capacidade dissuasória nacional, importante elemento na manutenção da paz.

O Sismab é a essência do apoio à capacidade de combate do Poder Aéreo Nacional. Traduz-se no sabre de nosso Brasão, representando sistemas bélicos modernos, gerenciados por homens e mulheres preparados e motivados.

Por final, dirijo-me diretamente aos profissionais do Sistema de Material Bélico da Aeronáutica, ensejando os meus mais sinceros parabéns pela contribuição e empenho nessa atividade, tão importante para garantir uma Força Aérea operacional e preparada para o cumprimento de sua missão, qual seja, em essência: Manter a soberania do espaço aéreo com vistas á defesa da Pátria.”

Rio de Janeiro, 11 de novembro de 2014

Ten Brig Ar Hélio Paes de Barros Júnior
Comandante-Geral de Apoio

FONTE: Força Aérea Brasileira, via portal Brasil

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