Voa protótipo biposto PV6 do Tejas
Aeronave é a versão final do modelo biposto e incorpora todas as modificações resultantes da campanha de 2.500 horas de ensaios de voo
–
A versão final do modelo biposto (treinador) do jato de combate leve Tejas realizou seu primeiro voo neste sábado, 8 de novembro. O voo do exemplar denominado PV-6 é considerado um marco no programa indiano LCA (Light Combat Aircraft – avião de combate leve) desenvolvido localmente pela Índia. A informação foi divulgada pelo jornal Economic Times e pelo site Livefist.
O avião decolou às 13h36 (hora local) pilotado pelos capitães Vivart Singh e Anoop Kabadwal. Trata-se do 16º Tejas que já voou como parte do projeto que vem sendo desenvolvido há mais de duas décadas. O exemplar PV6 absorveu todas as principais modificações advindas das 2.500 horas de testes de voo do programa, sendo o seu último protótipo antes da produção em série do caça. O PV6 está equipado com um novo sistema de comunicação, radar, sensores de guerra eletrônica e sistemas de navegação para pouso automático.
O programa do LCA Tejas é o maior projeto que a Organização de Pesquisa e Desenvolvimento de Defesa (DRDO – Defence Research and Development Organisation) trabalha, e foi iniciado em 1983. Nesse meio-tempo, o programa teve que superar inúmeros desafios, muitos deles devidos a sanções após os testes nucleares indianos de 1998. A Força Aérea Indiana encomendou 40 exemplares do LCA Tejas Mk1, e pretende adquirir uma versão mais avançada (Mk2) em desenvolvimento pela DRDO e pela empresa estatal aeronáutica HAL, para equipar cinco esquadrões adicionais.
No ano passado, o Tejas recebeu sua liberação para operação inicial (IOC) e espera-se que, nos próximos meses, receba a certificação final (FOC) para iniciar os voos operacionais.
Segundo o site Livefist, que divulgou a imagem acima, o Ministério da Defesa da Índia pronunciou-se sobre esse primeiro voo do PV6, que teve como objetivo checar a funcionalidade dos dois postos de pilotagem, similares aos da versão de produção do biposto. Todos os sistemas funcionaram como esperado durante o voo de 36 minutos de duração.
Ainda segundo o ministério, o PV6 é o segundo modelo biposto e tem capacidade de empregar todas as armas ar-ar e ar-solo requeridas pela Força Aérea Indiana para receber a FOC.
FONTES / FOTO: Economic Times e Livefist (compilação, tradução e edição do Poder Aéreo a partir de originais em inglês)
VEJA TAMBÉM:
- Tejas enfrenta novos atrasos
- O Tejas será tão barato quando o JF-17, segundo a Índia
- Pesquisador indiano defende Tejas Mk-II ao invés da compra do Rafale
- Tejas realiza disparo de míssil IR, integrado ao radar de controle de tiro
- Tejas poderá equipar 14 esquadrões da Força Aérea Indiana, com cerca de 300 caças
- Tejas pronto para o combate, só em 2015
- Desfile de Tejas, à moda indiana
- ‘Deltas’ da Índia: sétimo Tejas de produção finalmente voa…
- O Rafale é bom, mas é hora do Tejas ocupar o hangar do MiG-21
- Tempo para completar 360 graus: Tejas, Raptor, Eurofighter e Gripen
- Início da operação do Tejas sofrerá atraso de mais um ano
- Índia quer integrar míssil Derby ao Tejas
- Ensaios em voo do Tejas
- Tejas: turbulência à frente
- ‘Capacidade e desempenho do Tejas serão próximos aos do Gripen NG’
- F414 escolhido para o Tejas
- Força Aérea Indiana está “suficientemente feliz” com o Tejas
Ta ai um programa em que quando finalmente vier a ser operacional… talvez já seja quase obsoleto, em se comparando com outros vetores.
O Tejas, salvo engano meu, começo a ser criado no início dos anos 80… e ainda não é operacional. Aliás, vai demorar um bocado ainda para ser.
Sds.
Errata: Começou e não “começo” !
Sds.
Amigos, se os protótipos fizeram dois voos de 01:00h de ensaio por dia, foram 1.250 dias, ou seja, 3,42 anos voando TODOS OS DIAS.
Não foi meio demorado não?
Em outra matéria alguém havia comentado sobre a incompetência da indústria aeronáutica indiana. Começo a concordar…
Pô Rinaldo não esculacha os Hindus !
Divide isso aí por 16 protótipos…
Mas a notícia mostra mesmo o atraso do projeto dizendo que é claramente uma aeronave de instrução com controles duplicados nas duas posições.
Espero que nosso Gripen F seja desenvolvido como uma aeronave também de combate e não só de treinamento….
O Hawker Hunter do célebre Sir Sidney Camm, só se encontrou na versão FGA 9.
Pelo menos os caras lá toparam o desafio, por aqui a toda poderosa e intrometida Embraer fugiu da raia….
Mauricio R. 9 de novembro de 2014 at 0:39 #
Não teria sido uma bela decisão da EMBRAER em não se meter em “fria”!
De conhecer seus limites e de aguardar momentos mais oportunos.
Mesmo porque já estava num esforço, nada despresível, que é construir o KC-390.
“De conhecer seus limites e de aguardar momentos mais oportunos.
Mesmo porque já estava num esforço, nada despresível, que é construir o KC-390.”
Pois não se faça de rogada, desembarque imediatamente do F X-2.
O Brasil agradece!!!
E aproveita e leva a AEL, junto!!!
Mauricio R. 9 de novembro de 2014 at 1:02 #
Mas se não a EMBRAR quem poderia assimilar a tal TOT para executar a produção dos Grippen por aqui?
E quem disse que a Embraer tem a capacidade e a competência p/ assimilar a tal da ToT do Gripen???
Pq já vimos esse filme no F-5, no A-4 e no A-1, a Embraer se enrola sózinha e aí ficamos dependendo dos bons préstimos de Tio Jacob.
E ele cobra caro.
Por outro lado a SBTA, joint-venture da SAAB c/ a INBRA, irá fabricar as estruturas do Gripen, então não é nem um pouco impossível que essa mesma empresa faça a integração de sistemas das células montadas aqui no Brasil.
A Embraer não faz falta a esse projeto, nunca fez.
Mauricio R. 9 de novembro de 2014 at 1:27 # Se a EMBRAER não tem como assimilar a TOT sem a ajuda do “tio Jacob”, você acredita que a INBRA teria? Você acredita mesmo que a INBRA teria capacidade e competência para assimilar a TOT do Gripen e sem os bons préstimos de mais ninguém. Fabricar estruturas é uma coisa mas integrar todos os sistemas das células de um avião, “inovador” para o conhecimento detido atualmente, deve ser muito diferente, mais custoso e mais demorado, pois partiria do “zero”, digamos assim. Desculpe a insistência no tema, mas sou absolutamente leigo… Read more »
Não foi falta de recursos. Esse Tejas está lembrando o F-35.
🙂
[]’s
“Pq já vimos esse filme no F-5, no A-4 e no A-1, a Embraer se enrola sózinha e aí ficamos dependendo dos bons préstimos de Tio Jacob”.
E a continuada insistência, intere$$aria a quem? Existe essa possibilidade?
“Você acredita mesmo que a INBRA teria capacidade e competência para assimilar a TOT do Gripen e sem os bons préstimos de mais ninguém.” A SAAB que crioua a tecnologia que permitiu a concepção do Gripen, é sócia da Inbra na SBTA, não há ninguém mais adequado em assistir a ToT, que o próprio detentor da tecnologia usada. “Fabricar estruturas é uma coisa mas… Interessante pois há matéria aqui no AEREO, em que a Inbra está contratando profissionais p/ passarem de 18 a 24 meses na Suécia assimilando isso. Não vejo aonde está o problema, se é que realmente no… Read more »
Mauricio R. 9 de novembro de 2014 at 10:04 #
Agradeço os esclarecimentos e a paciência.
Caros Colegas pra mim a SAAB está se demonstrando muuuuito inteligente e está, já a algum tempo, costurando muuuito direitinho os seus parceiros no Brasil quando percebeu como estava planejada politicamente a tal ToT do FX-2. No “edital” estava escrito ToT para a industria brasileira e não para uma empresa específica rsrsrs. Então ela se antecipou e começou a fazer as parcerias antes do resultado do certame colocando sobre sua política e sua agenda algumas empresas chave. Foi o caso da Akaer, a primeira de todas, que foi contratada para o projeto das estruturas e testes de tenções. Agora é… Read more »
Oganza 9 de novembro de 2014 at 13:35 #
Bem interessante essa sua linha de raciocínio.
Mas como diria o Mané: “Mas seo Oganza, já combinaram isso com a EMBRAER”?
eparro,
Só para pensar:
O que se tem para combinar? Nada.
O que ela pode fazer para se opor a isso? Nada
Mas por que? Por que essa divisão/ordem de trabalho não é achismo e muito menos fantasia, é um fato.
Essa é a divisão de trabalho que está no contrato já assinado e divulgado as 4 ventos, inclusive aki no PA.
Eu apenas os coloquei em perspectiva.
Depois eu mando a conta 🙂 Grande Abraço.
Oganza,
O raciocínio é legal, mas não vejo nenhum dos 2 finados turbohelices da SAAB, ressucitando em condições de brigarem por mercado, contra os ATR e Q-400; novos e usados.
A SAAB vai precisar de um ac novo e mto melhor, se quiser entrar nessa briga.
Tb concordo que não há necessidade alguma, de combinar coisa alguma c/ a Embraer, é chegar chegando e entrar.
Pois é Mauricio,
eu só não sei o quão finado estão tais turbohelices, acho que nunca foi declarado seu óbito… rsrs.
De qualquer forma, é uma maneira não da SAAB preparar sua lojinha, mas do SAAB Group colocar seus produtos no mercado da doméstico brasileiro e da AL.
Gostaria muito de ver esse caldeirão mais apimentado.
Grande Abraço.