França comemora 50 anos do alerta de dissuasão nuclear
Exposição na Base Aérea de Istres contou com jatos Rafale, Mirage 2000N e C135 atuais, além de outros equipamentos de hoje e do passado, como o Mirage IVP
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Em nota divulgada em 7 de outubro, a Força Aérea Francesa destacou a comemoração dos 50 anos da primeira missão de alerta de dissuasão nuclear, por parte das Forças Aéreas Estratégicas (FAS – forces aériennes stratégiques). A celebração foi feita num ensolarado 3 de outubro, na Base Aérea 125 de Istres, e contou com a presença de centenas de veteranos das FAS, militares e civis da Defesa, sendo presidida pelo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas (CEMA – chef d’état-major des armées), general Pierre de Villiers e contando com a presença do general Denis Mercier, chefe do Estado-Maior da Força Aérea Francesa (CEMAA – chef d’état-major de l’armée de l’air).
A primeira missão do tipo foi realizada a partir da Base Aérea 118 de Mont-de-Marsan em 8 de outubro de 1964, envolvendo um avião reabastecedor C135F e um jato Mirage IVA, este último armado com uma bomba AN11.
Na celebração, foram entregues a Cruz do Valor Militar (Croix de la valeur militaire) ao Esquadrão de Caça 1/91 Gascogne baseado em Saint-Dizier (nota do editor: unidade equipada com o Rafale e que realiza a missão de dissuasão nuclear com míssil ASMP-A) e para o Grupo de Reabastecimento em Voo 2/91 Bretagne, baseado em Istres. Foi uma reconhecimento pela participação de ambos no recente conflito do Mali, ilustrando a participação de unidades das FAS em operações aéreas exteriores desde a década de 1970.
A Força Oceânica Estratégica (force océanique stratégique – FOST) completa o dispositivo de dissuasão nuclear francês, que entre 1971 e 1996 teve um componente balístico superfície-superfície assumido pela Força Aérea Francesa. As FAS são responsáveis pela postura permanente do componente aeroembarcado de dissuasão, fundamentalmente estruturado pela Força Aérea Francesa de maneira ininterrupta nos últimos 50 anos.
Nas comemorações, destacou-se a exposição de materiais na área de estacionamento do Esquadrão de Defesa Terra-Ar 1/95 Craux. Entre os equipamentos, estavam expostos um jato Mirage IVP, um avião de reabastecimento em voo C135, jatos Mirage 2000N e Rafale B das FAS em configurações nuclear e convencional, um helicóptero Fennec representando as Medidas Ativas de Segurança Aérea (MASA – mesures actives de sûreté aérienne), lançadores Mamba do míssil Crotale de Nova Geração (NG) de defesa terra-ar.
Também estavam presentes fuzileiros-comandos do ar, que completam o dispositivo. Está marcada mais uma celebração na Escola Militar (École militaire) em 20 de novembro deste ano.
FONTE / FOTOS: Força Aérea Francesa (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em francês)
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http://www.youtube.com/watch?v=eHtc7nNyU-o
Dúvida: Porque o C135. Possui o “Flying boom” se os aviões franceses são “probe and drogue”?
Phacsantos
11 de outubro de 2014 at 14:05
http://theaviationist.com/wp-content/uploads/2013/02/Mirage-2000-refuel.jpg
https://www.youtube.com/watch?v=4C1Ee8RBbUc
Phacsantos, A cesta é adaptada à lança do sistema Flying Boom. Pode-se dizer que assim é possível abastecer em voo tanto aeronaves com o receptáculo para a lança quanto as que têm o probe para a cesta. Isso é importante em num ambiente da OTAN, com o qual a França está acostumada a décadas, em que há aviões de combate com um ou outro sistema. Porém, até onde sei a configuração para a missão tem que ser decidida antes, no solo. O que não me lembro mais é o porque de não se ver esses C-135FR com casulos sob as… Read more »
Continuando:
De qualquer forma, a França já anunciou no início deste ano que vai adquirir dois A330 MRTT numa configuração mais simples (por razões financeiras) do que a que realmente deseja, para iniciar logo o processo de substituição de seus C135, e no Livro Branco de Defesa há a intenção de ter uma frota de 12 MRTT para substituir os 14 C135.
http://www.defensenews.com/article/20140221/DEFREG01/302210021/French-AF-Take-2-MRTT-Versions
Rogério, obrigado pela foto. Mas minha dúvida está mais relacionada com o que o Nunão está dizendo.
1º) Ok. Atende à Otan e pode-se adaptar para probe and drogue.
2º) Porque não usar os casulos e deixar o flying boom pra quando for preciso, já que 100% das aeronaves francesas são probe and drogue? Afinal, as missões de reabastecimento são, em sua maioria, pela França e não pela Otan, correto?
É como uma pessoa que mora em SP comprar um carro com opção de tração 4×4 mas, mesmo andando 99% do tempo na cidade, usar esse recurso constantemente…
Ué, e o A 400M ?
off topic:
Interessante exercícios sobre o Báltico, com Gripen, F-15 e C-27. Chamou a atenção duas coisas: a belíssima imagem do F-15 vista por trás e a dificuldade que o piloto do C-27 tem em visualizar o F-15 em curva. Segue:
https://www.youtube.com/watch?v=dGT1U3USWGs
Off topic:
https://www.facebook.com/IDFspanish/photos/a.529236180436829.141839.527237257303388/949516081742168/?type=1&theater
Nunão,
com relação a dúvida sobre os flying boom com cesta dos C-135 franceses, já vi algumas fotos sim deles com pods nas asas disponibilizando assim e pontos para REVO.
E tem uma matéria aki do PA de um exercício da FAS sobre o Oceano Índico…
Acho que nesse ai da foto da comemoração é que não foi instalado, acho até que foi as presas e a tinta da pintura comemorativa secou no voo rsrsrs
http://www.aereo.jor.br/2014/04/23/cacas-rafale-exercitam-missao-de-longa-duracao-da-franca-ao-oceano-indico/
Grande Abraço
Aqui com 3 M-2000
http://www.militaryimages.net/photopost/data/525/C-135_FR_and_Mirage_2000_s_-_French_Air_Force.jpg
Marcos
vídeo legal, gostei.
Mas você poderá despertar os mais selvagens instintos Spartanicos. (rs).
A título de curiosidade, o Mirage III também operou na missão nuclear na França, mas com bombas nucleares “taticas”.
Clésio Luiz
12 de outubro de 2014 at 12:33
http://fas.org/man/dod-101/sys/ac/row/mirage-3-12p06.jpg
Aliás, belo painel do Spartan.