Primeiro F-35A australiano faz seu voo inaugural
Voo da primeira de 72 aeronaves do tipo que equiparão a RAAF foi realizado pelo piloto de testes da Lockheed Martin, nos Estados Unidos
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Na terça-feira, 30 de setembro, o Ministério da Defesa da Austrália divulgou imagens do voo inaugural do primeiro caça F-35A da encomenda australiana. O voo foi realizado nos Estados Unidos na segunda-feira, dia 29.
O avião denominado AU-1, juntamente com o segundo F-35A de uma frota de 72 que a Austrália deverá receber, havia feito seu “roll out” das instalações do fabricante Lockheed Martin em Fort Worth, no Texas, em 24 de julho.
A aeronave foi voada por duas horas pelo chefe de pilotos de testes da Lockheed Martin, Alan Norman, que realizou uma série de checagens. O AU-1 tem previsão de entrega à Força Aérea Real Australiana (RAAF) ainda neste ano, e deverá ficar baseado na Base Aérea de Luke (Arizona, EUA) para treinamento dos pilotos australianos e países parceiros.
Os jatos F-35A são destinados a substituir a frota de caças F/A-18 A/B Hornet da RAAF, transformando esta numa força com capacidade de caças de quinta geração. A indústria australiana já tem contratos mais de 412 milhões de dólares referentes ao programa do F-35.
FONTE / FOTOS: Ministério da Defesa da Austrália (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)
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É curiosa essa notícia. Tem vários meios de comunicação estão reportando que, devido a problemas do software, haverá atraso nas entregas do F-35.
“The Director of Operational Test and Evaluation (DOT&E) predicts delivery of warfighting capabilities could be delayed by as much as 13 months. Delays of this magnitude will likely limit the warfighting capabilities that are delivered to support the military services’ initial operational capabilities—the first of which is scheduled for July 2015—and at this time it is not clear what those specific capabilities will be because testing is still ongoing.”
http://rt.com/usa/f35-jet-software-delay-233/
Olá.
Acredito que a “entrega” se refira ao uso dos aparelhos para treinamento e não que missões de combate.
Ou seja, apesar de “entregues”, os aparelhos não estão prontos para missões da RAARF.
Minha interpretação.
SDS.
Mauricio Silva, 1 de outubro de 2014 at 14:32 No inicio eu também pensei nisso, mas… “Initial results with the new increment of Block 2B software indicate deficiencies still exist in fusion, radar, electronic warfare, navigation, electro-optical target system, distributed aperture system, helmet-mounted display system, and datalink,” Gilmore’s report said. http://rt.com/usa/f35-jet-software-delay-233/ Com essas deficiências, até para treinamento, o F-35 possui limitações. Segundo a matéria, o software só ficará pronto de em novembro de 2015. Due to the high number of technical problems, the 2B software overhaul would not be finished until November 2015 – 13 months later than originally planned,… Read more »
É por aí, Maurício.
O que a notícia trazida pelo Júlio Costa diz é sobre atrasos na entrega de capacidades de combate (delivery of warfighting capabilities), não dos aviões em si, cujas entregas prosseguem no padrão em que estão.
E, como é dito na nota do MD australiano, o primeiro F-35A da RAAF a voar terá como função inicial, a partir da sua entrega oficial, o treinamento dos primeiros pilotos australianos e parceiros na Base Aérea de Luke (nos EUA) tal qual diversos outros que operam ali.
Vale lembrar também que o prazo para IOC citado na matéria do link, de julho de 2015, é referente à versão B encomendada pelo USMC e pela RN.
No caso da versão F-35A, à qual pertence a aeronave australiana, essa capacidade inicial é prevista só para 2016.
Provavelmente se o prazo de IOC do F-35B for postergado para 2016, como diz o link, os prazos das versões seguintes ficarão ainda mais longe do que já estão.
Nunã 1 de outubro de 2014 at 15:40
No inicio eu também pensei nisso, mas as deficiências do software não é só no sistema de combate.
“Initial results with the new increment of Block 2B software indicate deficiencies still exist in fusion, radar, electronic warfare, navigation, electro-optical target system, distributed aperture system, helmet-mounted display system, and datalink,” Gilmore’s report said.
http://rt.com/usa/f35-jet-software-delay-233/
Com essas deficiências, até para treinamento, o F-35 possui limitações.
A Block Development Approach From the program’s outset, the software team has focused on developing six key software releases known as Blocks: Block 1A/1B – Block 1 comprises 76 percent of the more than 8 million source lines of code required for the F-35’s full warfighting capability. Block 1A was the ready for training configuration while Block 1B provided initial multi-level security. Block 2A – Block 2A is currently released to the F-35 fleet. It provides enhanced training including functionality for off-board fusion, initial data links, electronic attack and mission debrief. Under Block 2A, nearly 86 percent of the required… Read more »
Júlio, Não estou colocando em questão as limitações do F-35A que atualmente está sendo entregue. Elas existem e há diversas notícias aqui a respeito. Estou apenas comentando a interpretação do que está escrito no link que você colocou em seu primeiro comentário, que não se refere a atrasos nas entregas de aeronaves, que é o que eu e o Maurício entendemos que você quis dizer, em seu comentário lá em cima, quando escreveu que “haverá atraso nas entregas do F-35”, mas colocou um link sobre atrasos para atingir a IOC. Até onde sei, as aeronaves continuarão a ser entregues, mesmo… Read more »
Nunão, Realmente, eu me expressei mal. Sim, você está certo. No link que eu postei não cita qualquer defeito ou limitação do hardware da aeronave. Mas eu o pus o link acima porque nele reporta que o desenvolvimento do software está incompleto e irá atrasar. O software é o cérebro da aeronave. Pelo o que eu li, ainda não foi corrigido problemas referente a sistemas fundamentais, como; navegação, radar, data-link e fusão de dados dos sensores. Dito isto, ao meu ver, não faz sentido entregar essas aeronaves aos clientes, ao menos no atual estágio. Mas foram os aussies que compraram… Read more »
Nunão 1 de outubro de 2014 at 15:40 Só completando The report also gives new detail on the strong linkage between Block 2B and Blocks 3i and 3F. Block 3i supports the US Air Force IOC (objective August 2016, December 2016) and basically re-hosts Block 2B’s capabilities on a the new Technology Refresh 2 integrated processor, which is installed on Lot 6 and later F-35s. Block 3F provides full operational capability (that is, compliant with the key performance parameters established when the program started) for Navy IOC, with an objective of August 2018 and a threshold of February 2019. It… Read more »
Lord Vader com a palavra, com todo meu respeito !
Uai… tirando as variantes “C”, esse é o primeiro F-35 “A” que diminuiram os “remendos” em silvertape… 😀
Tá melhorando… tá chegando lá… 🙂
Sds.
O que uma parte dos críticos do F-35 se recusa a perceber é que 98% dos problemas apresentados pela aeronave hoje são de SOFTWARE, vale dizer: podem e SERÃO corrigidos enquanto se trabalha em outros elementos do pacote, e a um custo mínimo em comparação com problemas de hardware que, este, está finalizado e congelado. O F-35 valerá cada centavo, cada lágrima de congressista, e cada suadeira dos militare quando estiver pronto. Será uma total quebra de paradigma e, ainda que atrase ainda mais, ainda que só esteja plenamente operacional em suas 3 versões (lembrando que são quase 3 aviões… Read more »
Lord Vader
obrigado.
Meu Tio David colabora e certamente está somando.
Por falar em RAAF, vc’s já deram uma olhada nas bases Australianas que receberão os Lightining? Tindal e Williamtown, são incríveis e se comparadas as brasileiras alem de serem ENORMES são incrvelmente bem aparelhadas. Uma rápida olhada (de leigo) no Google Earth da para identificar os depósitos de combutível, depósitos de armas, área de testes de motores, áreas de dispersão, grande variedade de rotas para taxiamento, hangares e hangaretes… tudo “protegido” com barreiras de contenção e escudos contra estilhaços… IMPRESSIONANTE. Somamos a isso o fato de que está na conta de aquisição do F-35 mais de 1,5 bilão de dólares… Read more »
Oganza, Vale acrescentar ao seu comentário que já publicamos aqui matérias com belas imagens de Tindal. Se você digitar Tindal no campo busca, aparecerão algumas dessas matérias, e recomento especialmente a “Pitch Black 2014 na hora do rush” e a “Super Hornets da USN treinam com Hornets da RAAF na Australia”. Vale também lembrar que Williantown e Tindal são justamente bases onde hoje operam os Hornets, que serão substituidos pelos F-35, assim como Amberley, base dos Super Hornets, abrigava os jatos que foram substituídos por estes, os F-111. São relativamente (quando pensamos no tamanho da Austrália) poucas bases que concentram… Read more »
Oganza, os ¨Aussies¨ tem a China do outro do mar. Essa é a diferença. E na Segunda Guerra foram bombardeados pelos japoneses. Viveram na pele.
Rinaldo Nery…
sim… sim… estou atento ao contexto histórico e a situação atual, mas isso não diminui o mérito do que foi, está e será feito segundo o cronograma deles.
E apesar de vários percalços pelo caminho (como o da implantação da Rede Jindalee), eles seguem em frente sem perder o foco.
Vlw… Grande Abraço
Nunão,
Vlw… acabei de vim da busca que recomendaste…
Lindas imagens (salvei todas 🙂 na pasta “Extruturas/Bases/Exercícios), são uma outra pespectiva com relação ao Earth, mas totalmente identificáveis…
…legal ver as extruturas de contenção nos hangares tb…
Bem legal.
Grande Abraço
Roberto,
é a bendita portinhola de difíciu abertura? Ou é o sistema todo?
Grande Abraço.
Roberto,
entendi, com certeza, realmente poderia ser mais simples… até nos carros nós destravamos o tanque de dentro do carro rsrsrsrs…
Vai entender os motivos dos caras… tô com vc.
Grande abraço.
É hot pit refuel, quando se trata de reabastecimento sem corte do motor.
Duas matérias sobre o assunto, publicadas aqui:
http://www.aereo.jor.br/2010/12/09/treinamento-de-hot-pit-refuel-com-os-a-10-da-usaf/
http://www.aereo.jor.br/2013/04/19/cacas-gripen-a-caminho-da-frisian-flag-reabastecimento-no-solo-em-4-minutos/
Caro Oganza! É evidente que, como tu bem colocaste, para se avançar tanto em defesa é necessário um governo sério e também levar em conta o TO Aussie, como o Cel Nery comentou, agora temos que ter também um força aérea focada na operação, como é a deles e se olharmos o orçamento deles é menor do que o nosso(ahh claro tem as pensões no nosso) mas e o resto: Estrutura física menor, porém com muito mais qualidade, menos bases, bases maiores, menor número de esquadrões com maior número de aeronaves por esquadrão, padronização, racionalização de meios. É bem simples,… Read more »
Juarez, nunca tinha atentado para essa questão da distribuição de bases levando em conta suas estruturas, funções e a flexibilidade delas e dos esquadrões a elas ligados. Sempre olhei para as bases brasileiras e sua distribuição de uma maneira mais geométrica, com o raciocínio de “espalha-las” de forma equidistante e “fechando” todas as brechas… como se eu estivesse em um tabuleiro de WAR Percebo agora o quanto esse meu raciocínio era infantil, pois nunca pensei em suas estruturas, equipamentos e principalmente na logística necessária para mante-las e torna-las mais eficientes dando assim flexibilidade a força. Estava dando uma olhada na… Read more »