Helibras nacionaliza 20% de aeronave de uso militar
A Helicópteros do Brasil (Helibras), sediada em Itajubá, no Sul de Minas, rompeu os 20% de nacionalização da aeronave EC-725, um helicóptero de uso militar, com 50 unidades encomendadas pelas Forças Armadas em um contrato de 1,9 bilhão de euros.
Atualmente, 14 empresas nacionais estão em processo de transferência de tecnologia com companhias estrangeiras para se tornarem fornecedoras da Helibras nesse projeto. Outras 23, também brasileiras, suprem as demandas da fabricante de aeronaves.
No setor, considera-se taxa de nacionalização o valor dos produtos fornecidos por fabricantes locais no total da aeronave, e não apenas o peso. A mão de obra utilizada já atingiu 100% de nacionalização, de acordo com a Helibras. Pelas cláusulas contratuais, o último helicóptero terá 50% de conteúdo local e estará à disposição das Forças Armadas em 2017. O contrato foi fechado com o Ministério da Defesa em 2008.
Do lote de 50 aeronaves que serão usadas pelo Exército, Marinha e Aeronáutica, 14 já foram entregues. Este ano, a primeira com montagem integral no Brasil foi recebida pelas Forças Armadas. Até então, parte da montagem era realizada na França.
No último dia 16, uma comitiva da Helibras visitou a sede da Toyo Matic, em Bragança Paulista (SP), para validar a produção do primeiro punho do rotor do EC-725 feito pela fornecedora brasileira.
“Este foi o último evento de nacionalização que tivemos. Mas outros tipos de equipamentos devem começar a ter fabricação nacional em breve, como é o caso do cone da cauda e do projeto de capacidade para equipamentos de missão, que formam a aeronave básica, com equipamentos como o radar”, disse o diretor de inovação da Helibras, Vitor Coutinho. Ele adiantou que o modelo civil da aeronave, o EC-225, terá duas unidades à disposição do mercado em 2015 para atender o transporte entre as plataformas de petróleo.
Eurocopter escolhe fornecedora brasileira
A Toyo Matic, mais nova fornecedora nacional da Helibras, foi selecionada diretamente pela Eurocopter (agora Airbus Helicopters), na França, como apta ao suprimento das demandas do EC-725. A companhia já fornece para o setor aéreo de peças estruturais a componentes mecânicos e hidráulicos com diversas aplicações, especialmente em ligas de alumínio, aços inoxidáveis e titânio. Entre seus clientes, está a Embraer.
“O processo de seleção foi bastante criterioso, contando com avaliação dos equipamentos, atendimento a tolerâncias, propostas de processo de fabricação, entre outros. Inclusive, a proposta oficial (Industrial Review) foi apresentada nas instalações da Airbus Helicopters, em Marignane, na França”, disse, em entrevista por e-mail, a coordenadora de engenharia da Toyo Matic, Tatiana Sakuyama.
A empresa prefere manter em sigilo o quanto investiu no projeto do EC-725 e o valor do contrato com a Helibras. De acordo com Tatiana Sakuyama, os equipamentos destinados à usinagem já estavam disponíveis, e foram necessárias apenas algumas adequações, como a climatização de máquinas e a preparação de uma área de montagem (processos especiais qualificados exclusivamente para este projeto). “Além disso investimos em fabricação de ferramentas especiais, e a elaboração do programa foi feita 100% aqui, respeitando os parâmetros definidos no processo pelo cliente”.
FONTE: Hoje em dia
FOTOS em caráter meramente ilustrativo
COLABOROU: Augusto
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20% dos CUSTOS ou de peças??
mdanton
29 de setembro de 2014 at 14:26 #
O texto é bem claro:
“No setor, considera-se taxa de nacionalização o valor dos produtos fornecidos por fabricantes locais no total da aeronave, e não apenas o peso.”
Eu dava um dedo para botar as mãos nestas planilhas bunda de pinguim.
Grande abraço
Nacionalizaram 20% dos problemas ?
Bom negócio.
O$ france$eS e$tão adorando.
“…..bunda de pinguim.”
Ué Juarez …. e o Billy ?
Nacionalizaram 20% do EC-725? Considerando o “custo brasil”, pelas contas ele está então 8% mais caro.
Obrigado Augusto! Já esperava isso, mas fiquei na dúvida…