F-22 estaria entre as aeronaves que participaram das ações contra o EI na Síria

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F-22 - foto USAF

Segundo o site da ABC News, entre os meios empregados nos ataques realizados na noite de segunda para terça-feira (23/9) a alvos do Estado Islâmico na Síria, estaria o caça furtivo F-22 Raptor. A informação foi dada por uma autoridade de defesa dos EUA, e segundo a reportagem da ABC, isso representa a primeira vez em que o caro e controverso avião foi utilizado numa operação de combate.

A informação também foi dada pelo Wall Street Journal e, a partir desta fonte, destacada pelo site Defensetech. Segundo a reportagem deste último, provavelmente o F-22 da USAF (Força Aérea dos EUA) foi empregado para penetrar e atacar sofisticados sistemas de defesa aérea de origem russa da Síria, entre outros alvos.

O Wall Street Journal informou que as autoridades não informaram que alvos foram atacados pelo F-22, dizendo apenas que a aeronave foi utilizada na fase final dos ataques que duraram diversas horas. Uma dessas fontes afirmou que “a decisão foi tomada (para empregar o caça) e é uma decisão única e significativa para a Força Aérea dos EUA”. Foi destacado por militares a capacidade do F-22 de evitar detecção pelos avançados sistemas de defesa aérea da Síria foi uma das razões para seu emprego, mas que a capacidade da aeronave voar mais alto e mais velozmente que outros caças também permite que lance suas bombas guiadas de 1.000 libras de uma distância muito maior que outros aviões.

F-22 em reabastecimento em voo - foto USAF

A reportagem do Defensetech relembrou que o analista Mark Gunzinger, do Centro para Análises Estratégicas e Orçamentárias de Washington, já havia dito em entrevista no ano passado que “a Síria não é a Líbia” e que “suas defesas aéreas são mais formidáveis”. Ele também disse, na ocasião, que o uso do F-22 poderia ajudar a suprimir ameaças e apoiar a capacidade de penetração, o que seria “uma boa ideia.”

No ano passado, foi relatada pelo chefe do Estado-Maior da USAF, Mark Welsh, uma perseguição a caças iranianos sobre o Golfo Pérsico, realizada por um F-22, o que foi o primeiro engajamento divulgado do caça frente a forças militares iranianas. O incidente ocorreu em março de 2013, quando um F-4 iraniano voou a 16 milhas de distância de um drone Predator, até que um F-22 escoltasse o drone para uma zona segura.

Já a missão sobre a Síria, na noite de segunda para terça, seria de um tipo mais significativo de uso do jato, marcando o primeiro emprego do mesmo em ataques aéreos. Em sua configuração ar-solo, o F-22 Raptor pode carregar pares de bombas guiadas por GPS de 1.000 libras, do tipo GBU-32 JDAM, assim como mísseis ar-ar Amraam e Sidewinder. Com aprimoramentos no radar, espera-se que o F-22 também possa empregar cerca de oito bombas de pequeno diâmetro (SDB).

F-22 Raptor - baias de armamentos abertas - foto USAF

FONTES: ABC News, Wall Street Journal e Defensetech (compilação, tradução e edição do Poder Aéreo a partir de originais em inglês)

FOTOS (em caráter meramente ilustrativo): USAF

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tiagobap

Enquanto uns estreiam, outros não saem de cena, por mais que tentem aposenta-lo…

http://www.ibtimes.com/10-thunderbolt-saved-congress-joins-airstrikes-against-isis-syria-1693329

Iväny Junior

Será que um dia o f-22 irá criar dentes?

Reinaldo Deprera

Estaria o F-22 baseado em Aviano?

Vader

Por mais que uma aeronave de combate exista para ser usada, acho difícil que F-22 tenham sido usado justamente para a missão para a qual ele não foi projetado, qual seja, ataque, uma vez que no arsenal americano há INÚMERAS armas melhores para tal missão, inclusive o Super Hornet. A desculpa de que a antiaérea síria é mais perigosa do que a líbia não cola: depois de 3 anos de guerra civil generalizada, deserções e etc provavelmente estas nem mais existam e se existirem devem estar só o pó da rabiola. O F-22 é um caça nobre demais e CARO… Read more »

Corsario137

Vader,

Concordo plenamente, porém – e sempre há um porém – em momentos em que se discute a manutenção ou não de verbas para vários projetos nos EUA, mostrar o 22 em combate pode ser uma pequena contribuição da USAF para aí mesma.

Ainda que eu concorde com você. Só não descarto por inteiro a possibilidade. O 22 foi feito pra ficar onde está, no hangar. E que continue assim! Afinal, se os EUA precisarem utilizar ele, a coisa vai estar muito braba.

joseboscojr

Vader,
Mas o F-22 foi sim projetado para ataque terrestre, inclusive, substituindo os F-117.
Em princípio ele é uma das pontas do tridente de um ataque aéreo americano (as outras duas pontas são os B-2 e os Tomahawks) e tem como função primária estabelecer a superioridade aérea, que inclui não só limpar os céus de caças inimigos mas também de mísseis sup-ar.
Ele é que seria usado contra as baterias de mísseis de média e grande alcance/altitude, como os sistemas Buk e S300/400.
Isso não quer dizer que seu uso nesse cenário seja justificado.
Um abraço.

Groo

Se lembrarmos que o F-117 teve seu batismo de fogo no Panamá, não temos motivos para estranhar o uso do F-22 na Síria.

Foi basicamente apenas mais um teste operacional.

Edgar

Isso é o mesmo que usar um Igla pra matar pombo 😀

Vader

Bosco, eu sei, mas a capaciade de ataque do F-22 é, digamos, residual. Não é um avião projetado PARA isso, a meu ver.

Enfim…