Denel prepara o míssil A-Darter para qualificação no Gripen NG
Reportagem publicada no site Flightglobal nesta quinta-feira, 18 de setembro, informou que a empresa sul-africana Denel Dynamics planeja começar, em novembro, os testes de voo de pré-qualificação do míssil ar-ar A-Darter no caça Saab Gripen NG, em antecipação a encomendas da Força Aérea Brasileira. A informação foi dada por um porta-voz da empresa.
Após quase 20 anos de desenvolvimento, a Denel já qualificou totalmente o envelope de voo do míssil de curto alcance, guiado por infravermelho, na frota de Gripen C/D, que é operada pela Força Aérea Sul-Africana.
A decisão brasileira pelo Gripen, em dezembro, abriu uma oportunidade nova para o programa A-Darter. O Brasil já se envolveu com o desenvolvimento do míssil para integração a seus caças modernizados F-5M, mas teria dado preferência a integrar o Python da IAI (Israel Aerospace Industries), segundo a reportagem do site.
O Brasil ainda não anunciou planos de operar o A-Darter no Gripen NG, mas a Denel está se antecipando, com a utilização de um avião da Força Aérea Sueca. Enquanto isso, a Denel continua a trabalhar com engenheiros da empresa desenvolvedora de mísseis brasileira Mectron.”Uma das próximas fases será a industrialização do A-Darter no Brasil”, disse o porta-voz.
A Denel também aguarda um contrato da Força Aérea Sul-Africana para iniciar as entregas de mísseis operacionais para sua frota de Gripen, o que permitiria à empresa iniciar os esforços de comercialização do A-Darter para outros clientes. A empresa também lançou estudos iniciais para um programa de modernização de meia vida da arma.
FONTE: Flightglobal (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)
IMAGENS via Denel
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Só faltava o Brasil comprar mais Python no lugar do A-Darter para os Gripen da FAB. 😛
[]’s
ja vi tudo…
alguns ganharam muito $$$$$$$$$ com essa parceria sul africana…
no final vamos comprar um missil pronto de israel… vergonha…. tipico do Brasil…
Espero que a decisão de integrar somente o Phyton no F5 tenha sido ecônomica, devido a aproximação de sua aposentadoria, para direcionar os parcos recursos na integração do A-Darter com o Gripem.
Outra parceria fora do buraco. Os novos mísseis IR já tem capacidades BVR, como o IRIS-T, AIM-132 e Sidewinder block II. Teria sido mais barato comprar o IRIS-T (f-22 eater), que dispõe de uma NEZ maior que 30km e alcance de mais de 50km.
Enfim, foi muito bom pra denel que não tinha dinheiro para desenvolver, e os otários aqui financiaram pelo BNDS. A mectron, só terá capacidade de reproduzi-lo. Poderiamos estar utilizando o IRIS-T em maior quantidade do que temos Python (os últimos modelo 4 fabricados, diga-se de passagem) por uma fração do preço.
Pessoal,
Mas alguém ainda acredita nessa tal de Mectron, que nem site tem mais. O que tinha já era meia boca e mais fraquinho que o da pré-escola da minha filha de 4 anos.
Nick 19 de setembro de 2014 at 7:41 #
Só faltava o Brasil comprar mais Python no lugar do A-Darter para os Gripen
Já comprou um lote P IV, chegaram logo após o final da copa, porque?
Porque não haviam mais mísseis reais com validade nos paíos, lembram daquela última campnha de tiro???
Quando e se ficar bom, a FAB vai integrar eles ao caça que vier utlizar.
Grande abraço
Em comparação com o Python IV e V, quais são as capacidades do A-Darter? Ele pode ser considerado melhor ou pior?
Daniel,
Por possuir um seeker de formação de imagem o A-Darter é equivalente ao Python V e superior ao IV que possui um seeker com menos elementos sensíveis e que por isso não formam imagem.
Só de curiosidade, o A-Darter possui um sistema TVC que em tese o faz mais manobrável na fase propulsada da trajetória do míssil, enquanto o míssil israelense não faz uso desse sistema, mas de acordo com o fabricante tem manobrabilidade equivalente fornecida pelas múltiplas superfícies de controle.
Ambos possuem capacidade LOAL, podendo em tese adquirir alvos no quadrante traseiro, desde que designados por um HMD.
Juarez já respondeu os Pythons IV foram adquiridos porque não dava para esperar os A-Darter.
Agora gostaria de saber que avião é esse citado “com a utilização de um avião da Força Aérea Sueca” ???
A única aeronave factível MEIA-BOCAMENTE falando para qualificar o A-Darter com o “Gripen NG” é o protótipo de dempnstração confhecido como Gripen DEMO.
Gripen NG não existiu e NUNCA existirá, o que está em trabalho de PARTO previsto para sair do Hangar SÓ no ano que vem lá em Liköping é o primeiro protótipo do programa Gripen E da Suécia.
“joseboscojr
19 de setembro de 2014 at 11:29 #”
Caro colega, tens o custo de cada um e o prazo de vida útil ?
Abs
Carlos, Não sei não, mas chutando, esse tipo de míssil costuma ter o prazo de vida útil de pelo menos 15 anos “dentro da caixa”, mas ele vai se reduzindo na medida que o míssil sai em missões. E quanto ao custo, não duvido que cheguem a faixa de “milhão” já que tudo tá um absurdo de caro. Antigamente se comprava 10 mísseis que custavam 100 mil dólares e pagava-se ao fabricante um milhão de dólares. Hoje se compra 10 mísseis e paga-se 10 milhões de dólares porque entra na conta o míssil de manejo, o custo de desenvolvimento, o… Read more »
Caro Bosco
Obrigado.
Lembre-se: o convite para o MD está “de pé” !
“….a transportadora ….”
Chamamos o Juarez, rachamos o super faturamento ok ?
joseboscojr a cabeça de guerra do míssil (qualquer deles) pode ter 15 anos (ou mais) de vida operacional útil, mas em geral o estágio propulsor de combustível sólido tem validade bem inferior na faixa de 5 a 8 anos dependendo do uso. Quanto mais vezes o míssil for armado em aeronave e não disparado, exposto ao tempo e ao sol, mais rapidamente seu propelente sólido poderá se degradar quimicamente. Basicamente este foi o problema da MB com os Exocets MM38 e MM40 que a foi resolvido com a nacionalização do estágio propulsor. Só que GRANDE diferença é que na MB… Read more »
Gilberto, o Bosco está correto, se o míssil for mantido no paiol e este tiver controle de temperatura e ele pode durar isto, mas a medida que é retirado e é exposto a intempéries ele vai se degradando.
Grande abraço
E os reveses promovido pela exposição do míssil quando instalado em um caça e que provoca a degradação do propelente é bem real mesmo. Por exemplo, o Hellfire não pode ser usado por aeronaves de alto rendimento (caças), mas só por helicópteros e aeronaves lentas (de hélices), onde a exposição dele aos fatores nocivos é bem menor. Se for levado por um caça uma única vez seu propelente simplesmente pifa e não funciona. O “substituto” do Hellfire, que deve ser o JAGM, tem motor foguete otimizado e poderá ser usado por caças, como o Brimstone. O problema da degradação do… Read more »
Os paquistaneses vão adquirir o A-DARTER, barateando um pouco o valor unitário.
Sábado encontrarei com um oficial que trabalhou no projeto na DENEL. Vou tirar minhas dúvidas.
Que otima noticia Cel. Rinaldo Nery