Equipamento ultrapassado de auxílio de pouso será desativado até 2020
Por Fernanda Pires | De Santos
A Aeronáutica irá desativar até 2020 o uso do equipamento conhecido como NDB (Non Directional Beacon, em inglês), que auxilia o pouso por meio de sinal de rádio. Ele será substituído pelo VOR, uma tecnologia mais moderna e de maior precisão. O NDB é usado por mais de 50 aeroportos no país, incluindo a Base Aérea de Santos, onde a desativação está prevista para janeiro de 2020. O plano de desativação começou no início deste ano.
“A operação é considerada totalmente segura, desde que o piloto siga todo o perfil e obedeça as restrições previstas nas cartas de aproximação por instrumentos”, diz a Aeronáutica.
Opera-se via instrumento quando há restrição de visibilidade, devido, por exemplo, ao mau tempo. No dia 13 de agosto, esse era o caso na Base Aérea de Santos, localizada em Guarujá. Lá, o pouso via instrumento restringe a aterrissagem a uma das duas cabeceiras da pista, a de número 35. Em outros termos, o avião só pode descer vindo na direção mar-terra, pois isso permite o contato visual do aviador com o paredão da Serra do Mar. O Cessna Citation 560 XL, prefixo PR-AFA, fazia esse procedimento antes de arremeter.
A restrição é considerada um complicador, mas não determinante para causar acidentes. “Em outros aeroportos, como o Santos Dumont (RJ), a operação via instrumento também é realizada em apenas uma cabeceira da pista”, afirma Alberto Henriques, piloto há 22 anos e que contabiliza cem pousos na Base Aérea de Santos.
Segundo a Aeronáutica, o fato de o aeródromo estar próximo à Serra do Mar não representa risco, pois são obedecidos todos os critérios de segurança. Pilotos experientes acreditam não haver interferência do fator infraestrutura no acidente que vitimou as sete pessoas no jato Cessna. E que estar próximo ao mar é bom para voar, porque a densidade do ar é menos rarefeita do que nas altitudes de cruzeiro normais.
O aeródromo recebe jatos particulares mediante pedido de autorização. Neste ano até o dia 15 de agosto, a Base Aérea de Santos atendeu 190 aeronaves civis, média de 23,75 por mês.
Não há estatísticas do número de arremetidas na história do aeródromo.
Quando há mau tempo, a orientação é que o piloto, ao atingir 700 pés de altitude e não enxergar a pista, deve desistir do pouso e arremeter.
“Geralmente quando o teto está entre 800 pés e 850 pés vamos para o aeroporto de Itanhaém (SP) ou Campo de Marte”, diz o empresário Pepe Altstut, que mora em Santos e usa a base cerca de duas vezes por mês há 20 anos. “Nunca tive problema”, afirma.
O deputado federal Beto Mansur (PRB-SP), que também é piloto, diz que o aeródromo não tem qualquer problema: “A pista é mais longa que a do Santos Dumont”. São 1.385 metros de comprimento e 45 metros de largura.
FONTE: Valor Econômico
“Há um erro, pois nessa situação (de Santos ) deveria ser empregado o VOE – Voando e Olhando o Estuário”. Existia uma linha da 4a.Zona Aérea – não lembro se mencionava do CAN – que saía de S.Paulo, Bauru, Campo Grande, Cuiabá, (a perna maior) Xingú – vezes ou outra estendia-se a Cachimbo e Jacareacanga, feita na minha época no C-47. Em uma das situações o Ten. virou-se da cabine e avisou; “Pessoal pra janela e achem o rio”. O famoso VOR da época. Deixando essas coisas pro lado da memória, em certa comentário aqui já feito, quando uma matéria… Read more »
É sim, Sergio Cintra.
E de lá do Monte Serrat dá pra ver bem alguns edifícios da base e parte da pista, conforme as fotos abaixo que tirei do alto do monte, há uns dois anos:
http://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads//2012/03/Base-A%C3%A9rea-de-Santos-no-Guaruj%C3%A1-foto-Nun%C3%A3o-Poder-A%C3%A9reo.jpg
http://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads//2012/03/Base-A%C3%A9rea-de-Santos-no-Guaruj%C3%A1-foto-2-Nun%C3%A3o-Poder-A%C3%A9reo.jpg
Nunão
Excelente angulo e belas fotos. Vejo que para uma situação transversal a coisa é complicada também.
Grato
Não entendi. Mudar a posição da pista como? Só se aterrarem.
Precisa é de um procedimento RNAV pra localidade, com MDA mais baixa.
A AZUL tem interesse em operar aí.
Nery
Pois é através das fotos do Nunão aparenta ser muito complicado, estou “cutucando” aqui para ver ser encontro essa menção – que na época era bem argumentatitva.
Nery Estes foram os comentários em outra oportunidade: “Guarujá terá aeroporto para 1 milhão de passageiros até a Copa de 2014” HRotor 14 de março de 2012 at 20:56 # sergiocintra, a Base de Santos nasceu “aeronaval” em 1922. São dessa época o belíssimo hangar e o prédio do comando, voltado para o canal (e “nos fundos” da base para quem chega de carro…). Nessa época, a pista era de terra, ficava a 90° com a atual, e o hangar tinha uma frente para essa pista e a outra para o canal, já que operavam hidroaviões. A pista atual é… Read more »
Para Sergio Cintra:
Certamente servistes no QG4 na década de 70. E conheces a Base de Santos desta época. Há um episódio de acidente com um extintor de incêndio envolvendo um homônimo teu, SÉRGIO. É a mesma pessoa?
Para Alexandre Galante:
Apreciaria ver o texto original do qual saiu este “clipping”. Podes mandar o link.
Grato a ambos – Franco
Há um episódio de acidente com um extintor de incêndio….” ??
Não entendi a menção ?
Carlos
Um extintor de incêndio portátil (10 kg) explodiu, em Santos, nas mãos de um Soldado Bombeiro de nome Sérgio. O problema foi transferido para o QG4 (SP) e eu pude ajudar na solução dele. O meu texto refere-se a tentar relacionar o nosso sergiocintra, frequentador deste site com o acidentado do evento que descrevi aqui, nada mais.
Forte abraço – Franco
Boa noite, Coronel!
Bom vê-lo por aqui novamente.
Pelas fotos do Nunão podemos ver bem as elevações em volta da pista. É um lugar bem complicado de operar asa fixa. Por isso o 1º/11º GAV era sediado lá, além de outros motivos.
Cel Franco Ferreira Sim fomos contemporâneos, no QG e cheguei a pura emoção quando li o vosso livro, pois em 1973/4, servimos aos mesmos comandos – Brig. Délio e Cel. Osório. Duas figuras que compunham o arduo trabalho de montar e mostrar caminhos. Não sou o Sérgio do extintor, mas um S1 que era do prédio atrás do QG – o 4o. EPA – e posteriormente (como não abandonei a escola, cursando o 3o. colegial ) almas abnegadas “descolaram” o segundo andar do QG na Seção de Procura e Compras – sob o comando do Cap. Vasconcelos.- assim poderia ter… Read more »
Sérgio Cintra;
No início de 1974, eu fui expurgado do Comar IV (Veja 193 a 206, principalmente 199). No período, estive à disposição do COMAR IV. O H-13 que Você viu pela janela operando lá no estacionamento estava comigo.
O assunto do tomo II está na página 339.
Forte abraço. Forte abraço – Franco Ferreira
Ao Cel. Rinaldo Nery; prezado conviva no “site”. As elevações das cotas entre o vale do Rio Ribeira e o litoral Norte do Rio de Janeiro, chamam-nas de “ramo marítimo da Serra do Mar”, bem assim as ilhas existentes no Oceano. O maciço primário, o contraforte da Serra, tem cerca de 800 metros de altura e é um paredão que, no Rio de Janeiro, chamam de Serra das Araras e de Serra dos Órgãos. Várias baixadas existem entre o maciço primário e o mar (isto me ensinaram) naquelas áreas onde a Serra afasta-se de seu ramo marítimo. As baixadas de… Read more »
Sim, há no site do DECEA o plano de desativação dos NDB. Tudo será substituído por RNAV. Antigamente os procedimentos RNAV necessitavam de um auxílio rádio como back up, hoje não mais. Sérgio, o então TCel Miglorancia foi instrutor da Intendencia na AFA, quando eu era cadete. Trabalhava na Divisão de Ensino. Quando eu era Capitão, implantando o 2/6GAV em 1999, lá nas instalações do COMGAR, fui chamado na sala do então Cmt da Aeronáutica, o então TB Brauer, pra explicar porque o valor das obras do prédio do Esquadrão, na BAAN, ultrapassaram o valor estabelecido pelo mesmo. Fomos eu… Read more »
Cel. Nery
Grande nota!
Brauer não tinha sorrisos. Fiz algumas coisas para ele, mas sempre “econômico” nas palavras e o Miglô – os oficiais mais intimos assim o chamavam – sempre alegre.
Perfis antagônicos!.Mas respeitosos.
Grande!
Abraços e obrigado.
Sérgio Cintra e Cel. Rinaldo Nery;
Que coincidência enorme! Faz poucos dias (não mais que uma semana) fui ao Hospital, no meu des(!)interesse. Enquanto esperava, foi com o TB Brauer que conversamos.
Na hora de vir embora, chegava o Miglorância. Atrasei-me meia hora para sair de lá. Muito boas as duas conversas!
São coisa de velho!
Abraços. Franco
Como diz o dito popular: “Com certeza as orelhas dos dois estarão quentes na data de hoje”.
Off topic..
Aos editores minhas desculpas, mas é uma maneira dos convivas conhecer-me.
http://extra.globo.com/noticias/rio/projeto-da-uff-usa-natacao-para-melhorar-dia-dia-de-pessoas-com-necessidades-especiais-em-niteroi-13794631.html
Estou na 2a. foto ao lado do neto.
Abraços a todos
Clicando acima das fotos, aparecem as legendas, que estão invertidas 2a. e 3a.