Venha ‘voar’ num QF-16 enquanto ele serve de alvo para míssil
Neste vídeo divulgado pela Boeing na terça-feira, 26 de agosto, câmeras mostram o interior da cabine vazia de um QF-16, que iniciou suas missões como alvo aéreo para validar um míssil terra-ar. Você pode até imaginar como seria estar voando naquele assento, com um míssil se aproximando, mas não espere nenhuma explosão: basta que o míssil atinja determinadas coordenadas em relação ao alvo, sem destruí-lo, para que os sistemas embarcados do QF-16 validem o disparo como correto, podendo trazer todos os dados para terra e ser reutilizado como alvo numa nova missão.
O QF-16 é um programa em que a Boeing restaura e transforma caças F-16 retirados de serviço em alvos aéreos remotamente pilotados, o que anteriormente era feito em jatos F-4 Phantom da época da Guerra do Vietnã, transformados em alvos QF-4. Diferentemente dos velhos QF-4, os novos QF-16 proporcionam alvos com desempenho semelhante aos caças atuais. A Boeing já realizou a transformação para QF-16 em seis caças F-16 aposentados e estocados na Base Aérea de Davis Monthan, no Arizona.
No vídeo, o piloto Michael Macwilliam, que voou caças F-16 em toda a sua carreira, desde 1985, faz a checagem de pista, sobe à cabine e prepara a aeronave para decolagem. Após deixar o QF-16, este decola sozinho para uma missão de alvo aéreo para mísseis terra-ar, com câmeras internas (e outras em terra) acompanhando o voo. Segundo Macwilliam, o QF-16 “é um alvo aéreo de quarta geração. O F-16 é muito mais manobrável. Ele pode dar aos nossos clientes um alvo aéreo que tem muito mais capacidades.”
O primeiro QF-16 voou em 19 de setembro do ano passado, quando dois pilotos de teste da USAF (Força Aérea dos EUA) controlaram a aeronave a partir de uma estação em terra, numa missão que incluiu uma série de manobras, voo supersônico, volta à base e pouso, sem que um piloto estivesse na cabine. O passo seguinte seria utilizar o QF-16 como alvo aéreo em testes de mísseis terra-ar, o que é mostrado neste vídeo.
O engenheiro-chefe do programa, Paul Cejas, esclarece que o QF-16 é projetado para coletar dados e devolvê-los ao lançador: “A missão do QF-16 é realmente atuar como um alvo e validar sistemas de armas. Assim, temos um sistema de ranqueamento de pontaria no avião, e seu trabalho é nos dizer basicamente o quão perto o míssil chegou, e qual a sua trajetória.”
A estação de terra estabelece as coordenadas para o míssil. A partir daí, utilizando seu sistema embarcado, o QF-16 valida se o míssil atingiu ou não essas coordenadas, detectando a distância e a velocidade do mesmo. Se os dados conferem, a missão é considerada um “abate”.
Além de missões como a mostrada no vídeo, para testes de mísseis terra-ar, segundo a Boeing o QF-16 também vai ajudar pilotos de caça a aprimorar suas habilidades de combate, engajando o alvo aéreo.
FONTE / FOTOS / VÍDEO: Boeing (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de originais em inglês)
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Queria saber quais baterias antiaéreas seriam essas, parecem ser mísseis de curto alcance…
Abraços!
Humm…
Um aparelho desses poderia operar como um VANT numa missão sobre território hostil. Sem dúvidas que seriam necessárias mais mudanças, mas é o caso de “ressuscitar” um avião já aposentado. Poderia ser mais uma arma no arsenal americano. E que preservaria a integridade do piloto.
SDS.
Até agora, todos os QF-4 e QF-16 que eu vi estão em ótimas condições. Sem as famosas rachaduras de fuselagem. Da pra ver o HUD funcionando perfeitamente.
Uma pena ver isso e saber que a gente tá dando duro pra manter os F-5 voando.
Não sei o que é pior, neste caso. Saber que mesmo que nos “doassem” 56 F-16A/C a gente não teria como operar todos, ou, vê-los sendo destruídos (não foi o caso do vídeo).
Nossos QF, vejam como os velhinhos estão abandonados:
http://www.youtube.com/watch?v=p5IpAzx19Lc