Missão não cumprida
Por Rubens Barbosa
O aproveitamento do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) e o desenvolvimento de veículos lançadores de satélites (VLS) são prioridades no âmbito do Programa Nacional de Atividades Espaciais do Ministério da Defesa. O funcionamento de um centro de lançamento competitivo permitiria a entrada do Brasil no importante nicho de mercado de satélites de telecomunicações e de meteorologia.
Um programa desse porte só será possível se houver um entendimento com o governo dos EUA. A Base de Alcântara só poderá tornar-se viável comercialmente quando um novo acordo de salvaguardas entre o Brasil e os EUA tiver sido negociado, uma vez que, por motivos ideológicos, o anterior nunca foi ratificado.
A oposição do PT a esse acordo, que iria regulamentar o uso comercial da base de lançamento de foguetes de Alcântara por empresas americanas, na prática, excluiu o Brasil de um mercado anual de US$ 12 bilhões. Procurando contornar essa dificuldade, o país está tentando desenvolver um VLS próprio, outro com a Ucrânia e conduzindo um programa de lançamento de satélites com a China. Anuncia-se para o dia 29, como parte desse esforço o lançamento em Alcântara de foguete de sondagem, que pela primeira vez testará no Brasil combustível líquido embarcado.
A grande ironia em todo esse Affair é que, sem o acordo com os EUA, nem o programa com a Ucrânia poderá avançar, apesar dos milhões de dólares investidos pelo Brasil.
No fim da visita do presidente Obama ao Brasil, em março de 2011, ficou decidido que os entendimentos sobre o acordo de salvaguarda seriam retomados com o objetivo de renegociar o texto para consideração do Congresso Nacional. Com isso, poderia ser viabilizado o programa de lançamento de satélites com a Ucrânia e ficaria aberta a porta para a cooperação entre empresas brasileiras e americanas na área de lançamento de satélites, tornando de fato efetivo o uso da Base de Alcântara. Com a divulgação da espionagem da NSA à presidente Dilma e a relação entre os dois países bastante dificultada, os entendimentos nem chegaram a começar.
Espera-se que, nos próximos quatro anos, sem preconceitos partidários e com razoável dose de pragmatismo, o futuro governo empreste ao programa espacial brasileiro uma efetiva prioridade. Com a conclusão da negociação do acordo de salvaguarda tecnológica com os EUA e com recursos financeiros adequados para garantir a continuidade dos esforços – que, por falta de apoio, caminham com grande dificuldade -, os programas poderão avançar e ser concluídos com êxito.
Em agosto de 2003, sério acidente na Base de Alcântara paralisou o projeto por algum tempo e fez desaparecer uma elite técnica que conduzia o programa do veiculo lançador de satélite. O VLS-1, que estava sendo preparado, explodiu e matou 21 cientistas, adiando ainda mais o projeto que colocaria o Brasil numa posição competitiva no mercado de satélites comerciais.
É urgente recuperar o tempo perdido.
FONTE: O Globo
Algumas observações: Curiosa a sutil inferência do Barbosa a um próximo governo sem preconceitos partidários. Ou presume que não haverá reeleição, ou que o atual governo deixará de ter preconceitos o que, se de fato for o caso, acho difícil de ocorrer. Não por ser esse ou aquele governo mas por ser essa a natureza humana. Adquirir preconceitos é bem mais fácil que se livrar deles. NSA (e tudo que se relaciona com esse assunto) à parte, negociar esse acordo é muito mais uma questão de vontade do que de dificuldades propriamente. Basta oferecer um desconto interessante para os lançamentos… Read more »
Já dizia o meu Tio (que não vou divulgar o nome) trabalhou no CTA e Barreira do Inferno.
Esse país só irá almejar conquistas espaciais quando os militares deixarem os programas da AEB e transformarem a Agência ou criarem uma empresa como a EMBRAER para lançar satélites.
Não adianta não o negocio e vender logo essa base para os Âmis e trocar o nome desse pais para Estados Unido do Brasil e ponto final zê finiiii…
Fonte: Assessoria de imprensa O líder do Democratas na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (PE) entrou com um requerimento de informação para saber os reais motivos por trás do atraso no programa espacial Alcântara-Cyclone-4, firmado entre o governo brasileiro e a Ucrânia. O Requerimento 4476/14 apresenta um questionário a ser enviado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para que este preste esclarecimentos. O projeto se baseia na empresa pública binacional criada em 2003, a Alcântara Cyclone Space (ACS), que prevê a construção e operação de uma base de lançamento em Alcântara (MA) para foguetes de tecnologia ucraniana. A projeção… Read more »
Não bastaria dar “um bom desconto” para os americanos. Tudo o que eles não querem é mais um concorrente nesse mercado já com “fatias” contadas.
O Brasil possui condições ímpares para o lançamento e mesmo com o custo Brasil, com 30% menos combustível, faríamos lançamentos muito mais baratos, desbancando-os. Além do mais, correr-se-ia o risco dessa tecnologia parar nas mãos de personas non gratas.
A proposta americana que foi rejeitada pelo Congresso Nacional, na gestão FH, simplesmente EXCLUÍA completamente o acesso do Brasil, não só à tecnologia, quanto nos manteria a quilômetros distantes da base. Usá-la? Nem a pau Juvenal.
Boa tarde a todos! A incrível INÉPCIA (sinonímia de INCOMPETÊNCIA) dos vários governos nacionais, das últimas décadas, é que nos levou ao quadro atual. Não sou de esquerda, nem guardo muitas simpatias por esta vertente política, mas sou contra um arrendamento da base aos EUA, nos moldes pretendidos por este país. Não basta o que a United Steel fez com nossas reservas de manganês no AP? Ainda mais da forma como foi? Respeito muito a grande nação norte americana, seja pelo que conquistou (a custo de muito suor, trabalho e sangue), seja pelo que ela é e representa. Agora, só… Read more »
O programa espacial brasileiro foi vítima da divisão política dos ministérios no primeiro governo Lula que neste primeiro mandato ficou a cargo do PSB com 3 nomes seguidos: Roberto Amaral de 01/01/2003 a 21/01/2004 Eduardo Campos de 23/01/2004 a 18/07/2005 e Sérgio Machado Rezende de 19/07/2005 a 31/12/2010 RE-lembro que a malsinada engenharia política que gerou a ACS foi obra e graça de Roberto Amaral que gerou o acordo político final que se iniciou ainda no governo FHC em 1999. “A concretização da criação da empresa foi realizada em 21 de outubro de 2003, na assinatura do Tratado de Cooperação… Read more »
O programa espacial Brasileiro é vítima de seus governante e militares. Explico: Todo mundo na comunidade informações SABE de cor e salteado que este programa disrfarçado e” Roberta closeado” de lançador de satélites é na verdade e sempre foi um programa militar para o desenvolvimento de mísseis de médio e longo alcance, todo mundo sabe disto, até o meu cachorro. O Tio Sam, a França, a Rússia, , a China, a India e todo mundo que lança satélites para si e para terceiros não quer concorrentes, então só dois tipos de pessoas acham que podemos fazer parcerias tecnológicas com algum… Read more »
O Programa Espacial Brasileiro não funciona pelos motivos a seguir:
– Trata-se simplesmente de mais um cabide empregos;
– As verbas são liberadas a conta gotas;
Outros países, muito mais instáveis fizeram seu programa espacial, portanto, esse negócio de culpar os EUA pelo fracasso brasileiro é desculpa esfarrapada.
É como o Pré-Sal: elaboraram toda uma nova lei para impedir empresas estrangeiras de extrair petróleo. O resultado está ai!
Ú, ú ú… é o fantasma dos americanú mavaldú assombrando a grande potência. Querem nos tirar tudo. Fora us americanú malvadú. Fora!
Ridículo isso. A verdade é que países que estabeleceram relações séria com os EUA se desenvolveram. O resto, aqueles que são contra, seguem na mediocridade.
Kkkkkkk, é isso aí… Manda mermo “usamericanu malvadiu bobu, feiu i chatú, cumedô di bêicon” pros quintos dos infernos… Ao invés de fazer acordo com os EUA o negócio é fazer com os quilombolas e com os MSTs da vida… Estes sim “manjam” de mandar coisas para o espaço… 🙂 Amigos, existem aqueles que querem; existem aqueles que podem. E existe o Brasil, que nem quer e muito menos pode. O Programa Espacial Brasileiro precisa ACABAR! Cancelado! Fim! C’est fini! Depois, um dia, se e quando nos tornarmos um país sério, começamos do ZERO! Essa historinha de ficar querendo desenvolver… Read more »
Aliás, o “Pograma Ispacial Brasirêru” precisa mesmo é de um Collor de Melo pra meter-lhe uma PÁ DE TERRA, como ele fez com a Bomba Atômica Tupiniquim!
Depois libera pra iniciativa privada fazer como quiser, porque as ÚNICAS poucas coisas que realmente funcionam “nefte paíf” são as que são INTEGRALMENTE tocadas por esta.
O Estado Brasileiro tem o “Toque de Midas” ao contrário: tudo o que o Rei Midas tocava virava ouro; tudo que o Estado Brasileiro mete as patas vira m.!
A propósito pessoal, os Argentinos acabaram de testar o Tronador II, que segundo elee, pode colocar um satélite de até 250 Kg em órbita, e olha com toda incompetência da Piranha dos Pampas e com toda merd… financeira, os caras foram lé e fizeram, aqui este poço de mentiras, de falcatruas e incopetência que é AEB, CTA, ITA, IAE e todos estes bostas que estão metidos neste troço. Chega de jogar o dinheiro da gente no lixo. Querem fazer um míssil balistico: encomendem para iniciativa privada, paguem o custo e terão o dito em dois anos. Queremos um VLS, deixem… Read more »
Mais do mesmo…. mas que &*%#$@*( …. fazem décadas que esta coisa nem lançar foguetes caramuru consegue. O coisa é simples: Quem manda no pedaço são os EUA. Ponto. Eles não vão admitir mais um país, eterno em cima do muro… mas que tem chances iguais (50%/50%) para cair de um lado ou de outro em futuro próximo, passe a ameaçar seu território com foguetes de capacidades nucleares ou similares. Como as tecnologias, em maior ou menor grau tem que passar por alguma coisa que eles produzem e/ou detém os direitos …. eles não vão liberar nada sem ter certeza… Read more »
Pois é Basca. Eu defendo que se ponha uma pá de cal nesta lambança de missil balistico disfarçado de veículo lançado de satélites e deixar a iniciativa uma empresa da área tocar este negócio, vender o serviço, ganhar dinheiro e retornar ao tesouro com impostos destes serviços de lançamento.
Chega de incompetente e sangue suga neste troçoe agente pagando a conta para eles bricarem de fogos caramuru.
Grande abraço
O problema é que a iniciativa privada brasileira também não tem capacidade técnica pra tocar o negócio, nós podemos arrendar a base pra Nasa ou pra SpaceX no fim dá na mesma, só estaríamos alugando o espaço para estrangeiros, eu não vejo nenhum grupo brasileiro que possa assustar este negócio, espero estar enganado mas é o que penso.
*Assumir
Juarez até poderia ser que o foguete ucraniano pudesse virar míssil balistico mas para botar o quê na ogiva? Fernando I fez aquela pataquada em Caximbo e Fernando II assinou o Tratado caracu de não proliferação nuclear e encaminhou a cessão de Alcântara para os Yankees que foi abortada no governo Lula. Algum dia quando houver uma situação de crise com uma potência nuclear sul-americana onde aquele músculo que impede que nós saiamos sujando tudo ao andar por aí estiver violentamente contraído de medo, os políticos retirem da nossa constituição esta renúncia INGÊNUA de uso da energia nuclear para fins… Read more »
Interessante,
prestem atenção nos termos, nas datas e no estado que fica Alcântara.
Detalhe: emissora “chapa branca” .
https://www.youtube.com/watch?v=aGuwZMGcJYs
http://www.valor.com.br/empresas/3673426/primeiro-foguete-brasileiro-com-etanol-sera-testado-hoje-no-maranhao
Juarez e Gilberto, concordo com os dois. Fui lá ver o buraco em Cachimbo.
Cel, esta lambança não teria começado, se determinados malucos não tivessem comprado aquelas seis ogivas sul africanas, fizeram merd…, agora aguentem o tranco.
Grande abraço
Acho que isso foi fruto da nossa birra (e deles conosco) com a Argentina.
Graças a Deus isso é passado.
esta lambança não teria começado, se determinados malucos não tivessem comprado aquelas seis ogivas sul africanas, Falando nos sul-africanos, outro dia sobrevoei o Vastrap, no deserto do Kalahari. O local fica exatamente na rota do voo Johanesburgo – São Paulo. Para quem não conhece, o Vastrap é o equivalente sul-africano ao Cachimbo, ou seja, local onde a SAAF treina e testa armamentos. E também foi o local onde eles construíram dois poços para testes atômicos. Satélites soviéticos descobriram o local e os russos avisaram os norte-americanos sobre a instalações. Reza a lenda que a USAF mandou um SR-71 para confirmar… Read more »