Mais um operador do Gripen a caminho: a Eslováquia

Ministro da Defesa Martin Glvác confirmou que há um acordo para alugar os jatos suecos, segundo a Rádio Slovakia International

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Na segunda-feira, 28 de julho, o site da Rádio Slovakia International noticiou em sua edição em espanhol que o ministro da Defesa da Eslováquia, Martin Glváč, afirmou que os caças Gripen JAS-39 da empresa sueca Saab definitivamente farão parte das Forças Aéreas Eslovacas. A declaração que confirma a existência de um acordo para alugar os jatos suecos foi dada ao diário econômico Hospodárske noviny.

O acordo entre o Ministério da Defesa e o consórcio sueco, um dos maiores negócios do país nos últimos anos, será assinado antes do final do ano, segundo a Slovakia International.

Sobre o assunto, o site Airheadsfly também informou que o país tem pressa em fazer “leasing” de oito a doze caças Gripen C/D, com validade entre 10 a 15 anos. As conversações já ocorrem há algum tempo, e o objetivo do Governo Eslovaco é que os caças entrem em serviço a partir de 2016. Os eslovacos também têm se aproximado dos tchecos, com os quais formaram um único país entre 1918 e 1992, lembrando que a República Tcheca tem se mostrado satisfeita com a operação dos caças Gripen desde 2004.

O Gripen sueco foi considerado pela Governo Eslovaco como o único real candidato a substituir a envelhecida frota composta de seis caças MiG-29AS (monopostos) e dois MiG-29 UBS (bipostos) que operam em Sliač, programados para desativação a partir de 2016 e dos quais apenas dois são mantidos em condições de voo a qualquer tempo, segundo fontes. Na Suécia, fontes ligadas à Saab e à organização de exportação de material militar sueca (FXM) confirmaram que conversam com a Eslováquia sobre o assunto, mas não revelaram em que fase essas conversações estão.

Os planos do Ministério da Defesa da Eslováquia são aprofundar a cooperação com a Força Aérea da República Tcheca, que voa 14 caças Gripen no Esquadrão 211, baseado em Čáslav. Pilotos eslovacos já realizam visitas regulares ao Centro de Simulação Tática no país vizinho, segundo o site. O objetivo dos dois países é deixar os dois espaços aéreos semi-integrados, com surtidas transfronteiriças e pousos em bases de um ou outro país. Haveria até discussões sobre uma base aérea conjunta, mas esta é apenas uma de várias opções sendo examinadas.

A Força Aérea Sueca teria 88 caças Gripen em operação, com outros 24 estocados, dos quais 10 a 12 estariam reservados ao Brasil. Isso deixaria 14 disponíveis para operações de “leasing” a países como a Eslováquia. O Gripen é operado hoje, além da Suécia, pelas forças aéreas da República Tcheca, Hungria, Tailândia e África do Sul, sendo que pilotos brasileiros e suecos deverão operar a nova versão E/F.