Su-30MKI faz novo teste de disparo do míssil BVR indiano Astra

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Teste Míssil Astra em Su-30MKI - foto DRDO

Em 20 de junho, um caça Su-30MKI da Força Aérea Indiana realizou um novo teste de disparo do míssil BVR (além do alcance visual) Astra, desenvolvido na Índia. O lançamento foi feito a uma altitude de 6.000 metros, demonstrando com sucesso a interceptação de um alvo simulado eletronicamente, em longo alcance. Segundo a Organização de Pesquisa e Desenvolvimento de Defesa da Índia (DRDO – Defence Research & Development Organisation), que divulgou nota sobre o teste, esse lançamento se soma a outro realizado em 9 de junho, que demonstrou as características aerodinâmicas do míssil, para demonstrar as capacidades do Astra como um sistema de armas.

Em 4 de maio, a DRDO havia informado o primeiro lançamento do míssil, também por um Su-30MKI. Ainda segundo a organização, os testes de lançamento do míssil BVR Astra estão sendo realizados conforme o cronograma e com o apoio da Força Aérea Indiana, para atender aos requerimentos de desempenho da força.

Teste Míssil Astra em Su-30MKI - fotos DRDO

O Astra, conforme divulgado anteriormente pela DRDO, é um míssil com características de alta probabilidade de acerto num único disparo (SSKP – Single Shot Kill Probability), o que o torna altamente confiável. A arma é do tipo “all aspect – all weather” (disparo com alvo em qualquer posição relativa ao lançador e em quaisquer condições meteorológicas), com cabeça de busca por radar para a fase final do engajamento. Também dispõe de “excelentes características ECCM” (contra-contra medidas eletrônicas), processamento melhorado para cenários multi-alvos, destacando-se também a propulsão sem fumaça, como se pode ver nas fotos disponibilizadas. Além do Su-30MKI, a arma deverá ser integrada ao caça leve Tejas.

FONTE / FOTOS: DRDO (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)

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luizblower

Solta menos fumacinha que o Su-30…

rommelqe

Caros,
Alguem poderia fornecer mais detalhes de como é realizada a ” …simulação de um alvo eletronicamente, em longo alcance. ” Entendo que a aquisição do sinal de feed-back da posição do míssel é uma medição trivial porém a cabeça de busca do radar embarcado no mesmo deveria ser testada quanto à aquisição de um “alvo” físico; talvez a emissão de um radar embarcado em outra aeronave ?

Clésio Luiz

OFF TOPPIC:

Por falar em fumaça, um F-35A sofreu um princípio de incêndio ontem:

http://www.flightglobal.com/news/articles/f-35a-sustains-fire-damage-during-aborted-take-off-400687/

Isso vem estranhamente pouco tempo depois do mesmo tipo de incidente e curiosamente com características muito semelhantes com o Sukhoi T-50. Eu acho que isso é obra da guerra fria que está ocorrendo entre os hackers das principais potências… É por essas e outras que deveríamos ter ficado com o Mirage III. Aviônicos analógicos são os melhores.

Clésio Luiz
Galeão Cumbica

Sempre pensei que o missil, antes de ativar o motor, demorava um pouco mais se separando mais da asa para não danificar o pilone!

sds
GC

joseboscojr

Galeão,
Tem dois tipos de lançadores de mísseis, os de trilho, onde o míssil já sai com o motor ligado, e os ejetáveis, onde o míssil é ejetado primeiro e só liga o motor quando já afastado da aeronave.
Nesse caso foi usado o tipo “trilho”.
Alguns mísseis, como esse ASTRA, aceitam os dois métodos, outros, só um ou outro.
Um abraço.

wwolf22

a falta de fumaca no missil se da por conta do motor ou combustivel ?? Ha alguma diferença entre mísseis que soltam fumaca dos que não soltam ?? (fora a fumaca eh lógico) ?? velocidade, alcance, …

Galeão Cumbica

Obrigado Bosco por esclarecer o assunto pra mim, há alguma vantagem de utilizar um ou outro? isso depende do tipo de missil/armamento a ser utilizado ou do avião?

sds
GC

Almeida

“É por essas e outras que deveríamos ter ficado com o Mirage III. Aviônicos analógicos são os melhores.”

HAHAHAHAHAHAHAHHAAA

Virou stand-up isso aqui? Sensacional Clésio! 🙂

joseboscojr

Galeão, Depende do míssil. Por exemplo, se o míssil ar-ar for disparado de cabides subalares, pode ser disparado diretamente do trilho, já se o mesmo míssil ar-ar for disparado de estações ventrais, ele terá se ser ejetado, já que se for lançado direto, por um trilho, iria colidir com a fuselagem do caça. No caso de ser lançado das baias internas de um caça furtivo, obrigatoriamente tem que ser “ejetado”. Outro exemplo é de um míssil turbo-propulsado, como por exemplo o Harpoon. Ele tem que ser ejetado já que a versão lançada do ar não tem o booster. Mísseis como… Read more »

joseboscojr

wwolf,
Os motores foguetes de baixa emissão de fumaça são possíveis devido ao tipo de propelente usado. A princípio não há diferença entre o desempenho do motor foguete com propelente de baixa emissão de fumaça com o tradicional.
Estão também desenvolvendo motores foguetes com baixa emissão de chama, para poder dificultar sua visualização noturna.
E pasme, há pesquisa tentando reduzir a emissão térmica dos motores foguetes na tentativa de dificultar serem detectados por câmaras térmicas.
Vou procurar o site que fala sobre o tema e vou postar o link.
Um abraço.

Rinaldo Nery

Roberto, você tá inspirado hoje, hein? Escreveu uma ode ao ADI! Deve ser o clima da Copa….

Ivan

É a bola rolando…

…no coração e na mente!

Rinaldo Nery

Vi funcionando no simulador do Mirage III.

Ivan

O programa de mísseis ar-ar Astra é tão importante quanto o LCA – Light Combat Aircraft, ou mesmo o desenvolvimento do turbofan Kaveri. O ideal indiano, que começou no século passado, era dispor de um caça leve nacional, o HAL Tejas, propulsado por uma turbina nacional, a Kaveri, e armado com mísseis nacionais, o Astra. Sem abandonar os fornecedores internacionais, que continuariam a entregar sistemas mais sofisticados, poderia formar a espinha dorsal de sua força aérea com um sistema de combate aéreo simples, adaptado às suas necessidades, produzido localmente em grande quantidade com menor dependência estrangeira. Um objetivo nada modesto,… Read more »

Almeida

Bosco,

Os AIM-9M não são lançados de trilhos pelos F-22A? Até onde eu sei ele abre a baia, eleva o trilho pra fora da fuselagem e lança o míssil. Mas é trilho, não ejeção.

Devem fazer o mesmo com as “canoas” do T-50 né?

joseboscojr

Almeida,
É isso mesmo. O AIM-9M que é lançado pelo F-22 é por trilho.
O ASRAAM que será lançado do F-35 também, “parece”, será por trilho.
Nesse caso não estão prevendo o modo “LOAL” e o míssil vai ter que adquirir o alvo antes do lançamento.
No caso do T-50 ainda temos que ver, porque ninguém ainda viu as tais “canoas” abertas.
O furtivo chinês, também irá lançar o PL-10 por trilho.
Ou seja, desdizendo o que disse, rsrss, se o míssil for ar-ar de curto alcance, mesmo quando lançado de baia interna de caça furtivo, será lançado por trilho.