25 anos da estreia internacional do Su-27, em Le Bourget

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Su-27 e Su-27 UB em Le Bourget 1989

Em nota divulgada em seu site em 11 de junho, a Sukhoi relembrou os 25 anos da estreia internacional do caça Su-27, no Salão Aeronáutico de Le Bourget (França) de 1989. Na ocasião, no início de junho daquele ano, foram exibidos no solo e em voo dois aviões, um Su-27 monoposto e um Su-27UB biposto, que voaram de Moscou para Paris (2384 km) sem escalas em três horas de voo, pilotados por Victor Pugachev e Yevgeny Frolov, e que foram agraciados com os títulos de Heróis da União Soviética e da Rússia, respectivamente.

Su-27 UB em Le Bourget 1989

As apresentações das aeronaves tiveram ampla repercussão, incluindo a manobra que se tornou famosa como “Cobra de Pugachev”, em homenagem ao piloto que a exibiu em Le Bourget, na qual se faz uma súbita e radical elevação do nariz, seguida da volta ao voo nivelado. Em agosto do mesmo ano, o Su-27 foi exibido ao público pela primeira vez em um show aéreo na Rússia.

O desenvolvimento do Su-27 foi iniciado em 1969, segundo a Sukhoi, e o voo do primeiro protótipo deu-se em 1977. O voo do primeiro exemplar de série foi realizado em junho de 1982, e a entrada em serviço deu-se em 1984. Desde então, foi desenvolvida uma família de caças, como o Su-27M, Su-27SK, Su-27SKM, Su-30MK, Su-30MK2 e Su-35, em serviço na Rússia e em mais de 30 países.

Su-27 UB e Su-27 no Salão de Le Bourget 1989

Su-27 em Le Bourget 1989

Su-27 UB decola em Le Bourget 1989

Su-27 UB no Salão de Le Bourget 1989

Confira a “cobra de Pugachev” no vídeo abaixo, com uma contextualização histórica (em inglês):

FONTE: Sukhoi (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em russo)

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Clésio Luiz

Como as coisas mudam. Naquela época você só tinha acesso a fotos de boa qualidade (e vídeos) quando os soviéticos faziam o favor de visitar o ocidente. Agora mal o protótipo voa do lado de lá e já temos quase todo tipo de informação sobre ele. Fico no aguardo para a estreia ocidental do T-50. Interessante como as coisas diminuíram o ritmo depois do fim da Guerra fria. Começou a ser projetado em 1969 e 45 anos depois ainda estão construindo versões novas dele. Isso vale pro F-15 também. E com 30 operadores, ele obtém quase o dobro do caça… Read more »

Clésio Luiz

Como era de costume naquela época (e seguindo o exemplo da campanha de difamação do MiG-25) depois das apresentações do Su-27, parte da imprensa, fomentada por militares ou “analistas”, começou a questionar as manobras do Flanker em combate, chegando a afirmar que a aeronave era incapaz de realiza-las em configuração de combate. Incomodado com as afirmações do ocidente, Mikhail Simonov mandou que a apresentação do (então) novo Su-35 fosse realizada em configuração “full” como um cala-boca aos críticos:

https://www.youtube.com/watch?v=03dkxAk5Qpc#t=138

Clésio Luiz

A apresentação começas aos 2:15min.

Wagner

Concordo plenamente com seus comenários, Clésio. Existe muito preconceito no ocidente contra qualquer coisa que é feita na Rússia. A família Flanker é notável. Fico muito feliz de saber que hoje a VVS está se recuperando, com novos Flankers entrando em serviço. Aliás, se observarmos, aquele clima de Guerra Fria entre Rússia e Ocidente, que ainda existia em 89, voltou neste ano. Claro que não naquela escala ideologica dantesca, mas, as rivalidades geopoliticas voltaram a tona. Lembram da capa daquela enciclopedia ” Guerra nos céus ” ?? Um dos ultimos fasciculos, acho que o nº 58, ou 59, dizia OTAN… Read more »

Ivan

Clésio, “Agora mal o protótipo voa do lado de lá e já temos quase todo tipo de informação sobre ele.” Acredito que a palavra mágica é ‘mercado’. Até mesmo os comunistas chineses e russos aprenderam que é necessário respeitar esta entidade empírica se deseja vender seus produtos (armas e aviões são produtos), realizando ‘lucros’ (outro paradigma) para financiar suas próprias indústrias de defesa. Hoje estamos ‘vendo’ Chengdu e Sukhoi promovendo seus ultra secretos J-20 e PAKFA para consolidar suas marcas como modernos fornecedores de aeronaves, e não apenas de combate. Pena que alguns brasileiros não entendem este tal de ‘mercado’.… Read more »

Iväny Junior

Imponente.

Marcelo

Eu montei o “388” em escala 1:72, kit da Italeri….bons tempos 🙂

Clésio Luiz

Eu estava matutando e concordo com a linha de pensamento do Ivan.

Se o objetivo da China e Rússia é intimidar o ocidente eles não precisavam soltar tantos detalhes das aeronaves. Bastava permitir que sua existência vaze pelos canais habituais e deixar os detalhes das aeronaves para a imaginação dos especialistas, como aconteceu com o MiG-25, que teve suas capacidades exageradas e acabou influenciando negativamente o projeto do F-14 e F-15 (em termos de custos).

Se o objetivo é vender armas, quanto mais propaganda, melhor, como os ocidentais bem sabem.

Reinaldo Deprera

15 de junho, feriado internacional do antiamericanismo patológico. A cobra de Pugachev é uma manobra suicida, deve ser usada para tentar colidir contra o caça às 06:00 horas. Quem realiza essa manobra tem que torcer para haver colisão ou, que o inimigo continue voando na mesma trajetória. Visto que a perda de energia dessa manobra deixará o caça vulnerável a dezenas de manobras evasivas, principalmente àquelas que trocam energia por altitude. Essa é minha opinião, gostaria de saber a opinião dos colegas que dominam o assunto. Por essa e outras que prefiro a família MIG-29 ao invés dos Flankers. O… Read more »

Clésio Luiz

Reinaldo, a utilidade da Cobra é discutível até hoje, mas um exemplo fácil de sua aplicação é quando 2 caças se encontram num círculo onde nenhum consegue vantagem sobre o outro. Você apela para uma Cobra e permite o disparo de um míssil. É uma manobra para atacar, não se defender. Muitos vão apontar falhas nisso, mas é só um exemplo.

Quanto a agilidade do Flanker, basta dizer que sua taxa de curva sustentada é a maior que qualquer caça moderno, inclusive o MiG-29, à baixas e médias altitudes e em velocidades subsônicas.

Rinaldo Nery

Quem vem atrás vai bater nele se não desviar. Acho difícil acontecer. Só se estiver voando na ala.
Em combate WVR não se reduz a velocidade sem necessidade, a fim de não perder energia. A regra básica ¨velocidade é vida¨ ainda está valendo.

Oganza

Antes que digam maravilhas da “cobra” ou qualquer outra manobra, acho que temos que entender como se dá as manobras, as distâncias e as velocidades envolvidas em uma arena WVR moderna. E elas não se parecem nem um pouco com o que temos em games, filmes ou animações promocionais como a akela do Gripen “killer Flaker”, que por sinal é muito boa. No fim, segue o link do promocional feito para 2012 RAYTHEON AWARD, nele poderemos acompanhar dois combates WVR entre caças F-15 muito bem registrados, apesar deles estarem um pouco mais lentos do que estariam em um WVR real,… Read more »

Oganza

Segue o do ano passado: 2013 Raytheon Award Video
tem menos combate, na verdade tem meio… porem com disparo de canhão 🙂 mas é plasticamente mais bem feito.

http://www.youtube.com/watch?v=EpQYC1ugAxc