Homenagem ao Mirage F1
Vídeo publicado em 6 de junho no canal da Força Aérea Francesa no youtube, em homenagem ao caça Dassault Mirage F1, cuja saída de serviço na França estava programada para esta sexta-feira, 13 de junho de 2014. Clique nos links a seguir para ver algumas das diversas matérias já publicadas no Poder Aéreo sobre o Mirage F1.
COLABOROU: Clésio Luiz
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Sábado não foi dia 14? 😛
Corrigido, Almeida. Grato.
Que vídeo hein!!!!! Cadê as fotos de alta resolução dessa homenagem??
“Rogério em 15/06/2014 as 1:28″
Rogério, assim que a Força Aérea Francesa divulgar imagens dessa homenagem e da cerimônia de desativação, publicaremos, como temos feito nos últimos anos.
Enquanto isso, você pode ver várias imagens do Mirage F1, em tamanho razoável, nos diversos links ao final da matéria, aí em cima.
F-1 iraniano:
http://i1.minus.com/iSarXVvMawWEw.jpg
F-1 com o missil russo kh-29
http://fc07.deviantart.net/fs70/f/2013/271/d/b/222esg7_by_michelum-d6oeb2z.jpg
Esse F.1 biposto iraniano está carregando os tanques de 1.000L do F-5E.
Meu Mirage, au revoir, snif, snif, snif!!!
Pois é, Maurício. Aproveite os últimos dias (ou horas) antes que o pessoal que atualiza o site da Força Aérea Francesa se lembre de ir na página das aeronaves de caça para apagar o Mirage F1 CR, que já é o último da lista…
http://www.defense.gouv.fr/air/technologies/aeronefs/chasse/chasse
Nesse momento (23h20 horário de Brasília, 4h20 da madrugada em Paris) ainda não começou o expediente de segunda-feira por lá, e o avião continua na página, firme e forte, assim como o Esquadrão Savoie, na página dos esquadrões.
Pois é nesse
http://www.defense.gouv.fr/air/technologies/aeronefs/chasse/chasse
da vel max do Rafale como
Vitesse maximale : Mach 1,8
Rogério, já que você levantou a questão, eu tenho essa mesma dúvida.
A Dassault informa a velocidade máxima de mach 2 para o Rafale, sem maior detalhamento quanto às versões.
A Armée de L’Air informa mach 1,8.
A Marine Nationale (por que não Armée de La Mer?) informa mach 1,6 para o Rafale M.
Então, há alguma diferença nos critérios de cada um?
Pangloss,
Não sei onde você pegou essa informação de Mach 2, mas na verdade a Dassault informa (e acho que sempre informou) Mach 1.8 para o Rafale:
http://www.dassault-aviation.com/en/defense/rafale/specifications-and-performance-data/
Nunão, desculpe a referência errada. A Dassault realmente informa mach 1,8. Quem atribui mach 2 é a Wikipédia, de confiabilidade bem menor.
Talvez mach 2 fosse o valor alcançado pelo Rafale A, que era maior e usava duas GE F404.
Olá.
Pena que a Dassault não tenha “evoluído” o modelo, como fez com o Mirage III (para Mirage 2000).
Bom, se eu não estiver enganado, a empresa queria mesmo era vender o Super Mirage 4000. O 2000 era um “plano B”.
Uma modernização dos F-1 nos moldes do que fora feito no 2000 poderia ter resultado num aparelho bem interessante…
SDS.
Maurício Silva, a Dassault inicialmente propôs o Mirage F2, maior que o F1, com dois assentos.
A Armée de L’Air, entretanto, preferiu a opção mais em conta.
No caso do Mirage 2000, a mesma cena foi repetida, com outros atores: a Dassault propôs o Super Mirage 4000, mas os militares ficaram satisfeitos em optar pelo Mirage 2000.
Pangloss e Maurício Silva, Só complementando, na verdade a Dassault propôs sim uma evolução significativa do Mirage F1. Foi o Mirage F1.M53, esse acréscimo de “M53” ao final significando uma mudança na motorização: ele recebeu o motor turbofan Snecma M53 do Mirage 2000 no lugar do Atar 9K50, representando um grande aumento na potência e, ao mesmo tempo, uma eficiência maior no consumo de combustível. Com a remotorização, foi preciso mudar o diâmetro das entradas de ar, reprojetar parte da estrutura, conseguindo-se também um aumento da capacidade de combustível (propulsor quase um metro mais curto e de peso pouca coisa… Read more »
Amigos, boa noite. A maioria dos caças modernos têm um limite estabelecido de velocidade supersônica. Esse limite não é obrigatoriamente um limite de potência versus arrasto. O mais provável é que tenha sido estabelecido para proteger o material RAM e outros revestimentos (principalmente de sensores). O voo supersônico aquece a estrutura, e esse aquecimento se acumula com o tempo. Ir a Mach 2 pode não aquecer muito, mas voar estabilizado nessa velocidade é outra coisa. Outro fator é que a maioria dos caças atuais é otimizada para uma operação multitarefa. Os aviões não são mais interceptadores puros, nem voltados especificamente… Read more »
Olá Nunão. Parece que, inclusive, parte dessa atualização do F1 foi usada na modernização de algumas células marroquinas. Mas a minha questão é: por que a armée de l´air escolheu o Mirage 2000 em vez do F1 atualizado (questão de timing, pois o Mirage 2000 “chegou antes”?). Não seria um F1 “melhorado” mais capaz que um M-2000? Provavelmente nunca saberemos, de verdade… Justin, embora seja uma tendência mundial, a idéia de um aparelho multifunção, me parece mais uma “saída comercial” que uma escolha tática. Principalmente porque mesmo um aparelho multifunção somente será capaz de desempenhar uma de cada vez (mesmo… Read more »
“Mauricio Silva em 16/06/2014 as 22:12 Mas a minha questão é: por que a armée de l´air escolheu o Mirage 2000 em vez do F1 atualizado (questão de timing, pois o Mirage 2000 “chegou antes”?).” Mauricio, não consigo entender a lógica dessa questão. Em que pese sua semelhança externa com o Mirage III, o Mirage 2000 é um projeto fundamentalmente novo, projetado desde o início para receber um turbofan (ao invés de um turbojato), para ter muito mais manobrabilidade por também incorporar desde o início a estabilidade relaxada e os comandos fly-by-wire assistidos por computador. É um projeto que nasceu… Read more »
Justin
O Gripen voa a mach 2, e o Typhoon, reconhecidamente melhor que o rafale, também voa mach 2, e, ambos têm supercruise, coisa que o rafale não tem.
As Forças Aéreas têm optado pelo multi role por conta de redução de custos. Ninguém está podendo esbanjar. Talvez a China… O GDA sempre quis fazer ar-solo, também. Só que o combinado não foi isso. Mesmo dedicado à missão ar-ar, nunca fizeram uma campanha de tiro aéreo. Os únicos Jaguares que fizeram tiro aéreo no F-2000 (lá na Córsega), foram o Mioni e o Grolla, os dois instrutores formados em Orange. Os aviões passaram por aqui sem nunca ter disparado um tiro sequer. Mas, em compensação, introduziram o combate BVR na FAB. Os Esquadrões de F-5M aprenderam a forma correta… Read more »
Iväny, boa noite.
Não tenho dúvidas de que o Gripen, o Typhoon, o Mirage 2000, e até o Mirage III “correm mais” do que o Rafale, mas no que isso invalida o que eu disse? Aliás, meu comentário foi generalizado. Não citei qualquer avião.
Além disso, muitos aviões da década de 60 já eram mais rápidos que o atual Typhoon, que foi concebido com foco prioritário no ar-ar.
Abraço,
Justin
Eu jurava que o Rafale era mach 2
Sim Justin
Mas a premissa do seu comentário não foi que novos e melhores caças não utilizarão a mach 2?
Claro que estou falando ainda da 4ª geração, mas o Gripen E fará supercruise e atingirá a referida velocidade, sendo um avião cogitado por todos os RFI’s atualmente. Então um multirole pode se dar ao luxo de não ter supercruise e mach 2 para enfrentar vetores que operem a mesma qualidade de aviônicos e armamentos controlando a entrada e saída na zona de combate?
Abraço
A diferença de velocidade final de um Rafale C (e um F-18) para um Gripen ou Typhoon não passa de 200 km/h. E sabe quantas vezes todos eles poderão operar à essas velocidades em combate? Quase nenhuma. Atingir velocidades máximas leva MINUTOS usando pós-combustão. Coisa que não é nada boa do ponto de vista da autonomia, em caças de peso leve e médio como os citados. E leva mais tempo ainda se eles estiverem operando com mais que 2 Sidewinders nas asas. Os únicos caças atualmente em operação que tem alguma chance de empregar mach 2 em combate é o… Read more »
Olá. No caso brasileiro, o caça “carregador de piano” já foi escolhido: é o Gripen. Antes dele, era (é) o F-5, com apoio do A1. O Gripen deverá substituir F-5 e A1. Mas os Mirage (III e 2000) do GDA serviam como interceptadores, numa missão especializada porém compatível com a estratégia de defesa (uma primeira linha com F-5 e A1 e a última com os Mirage, para interceptar aparelhos que “escaparam” da primeira linha). Assim, creio que ainda vamos necessitar de um aparelho de elevada velocidade (próxima a Mach 2, pois permite rápido deslocamento no nosso país de grandes dimensões)… Read more »
“Mauricio Silva em 17/06/2014 as 10:53 No caso brasileiro, o caça “carregador de piano” já foi escolhido: é o Gripen. Antes dele, era (é) o F-5, com apoio do A1. O Gripen deverá substituir F-5 e A1. Mas os Mirage (III e 2000) do GDA serviam como interceptadores, numa missão especializada porém compatível com a estratégia de defesa (uma primeira linha com F-5 e A1 e a última com os Mirage, para interceptar aparelhos que “escaparam” da primeira linha).” Maurício, o Gripen de nova geração deverá ser um interceptador tão bom (na verdade, muito melhor, devido aos armamentos e sistemas… Read more »
Olá Nunão. Vamos por partes: Mirage 2000 x Mirage F1 “modernizado”. O Mirage III era um caça com asas em delta. O Mirage F1 usou asas enfechadas numa configuração geral muito semelhante ao Mirage III e conseguiu um desempenho geral melhor. Então, por que a Dassault voltou para a configuração de asas delta no seu novo (para época) avião (o Mirage 2000)? Ok, a história não é tão simples assim, reconheço. Mas não teria sido mais lógico “evoluir” o F1? Tudo bem, você já escreveu que houve sim uma evolução do aparelho. Porém, o tal modelo se destinou a uma… Read more »
“Mauricio Silva em 17/06/2014 as 11:49 Então, por que a Dassault voltou para a configuração de asas delta no seu novo (para época) avião (o Mirage 2000)?” Porque a configuração em delta também tem suas vantagens, e as desvantagens principais dos deltas originais como o Mirage III estariam minimizadas devido às novas tecnologias de estabilidade relaxada e fly-by-wire, sem falar na nova geração de propulsores. “Em resumo: um F1 “modernizado” não teria um desempenho melhor que um 2000 visto que o F1 original o tinha, em relação ao III?” Acho difícil, pois um nasceu, desde a prancheta, para incorporar diversos… Read more »
Só para clarear mais um pouco, o “fim” do Mirage 4000 não foi só o seu auto custo em relação ao seu irmão, o 2000, o que faltou foi um financiador externo. Esse possível patrocinador na época era a Arabia Saudita que preferiu ficar com o F-15 ao invés de embarcar no 4000. A Dassault o projetou em paralelo com o Mirage 2000, mas ele possuía alguns refinamentos que influenciariam o projeto do Rafale uma década depois. Eu gostaria de ver dois esquadrões (nos dias de hoje mesmo), de 18 aeronaves cada, dessa beleza em um hipotético 1º e 2º… Read more »
Olá Nunão.
“Isso é coisa de meados para o fim dos anos 80, pós-governo militar, e eram a versão chinesa do MiG-21. Não se cogitava caças do bloco soviético nos anos 60 / 70 para a FAB, em plena ditadura militar bastante alinhada, especialmente no início da década de 1970, com o bloco ocidental na Guerra Fria.”
Correto. O que eu queria enfatizar no texto era a necessidade de um número de vetores compatível com a necessidade do país. E na época (década de 80) vários F-5 já haviam sido perdidos, necessecitando de substituição ou de um novo aparelho.
SDS.
“Mauricio Silva em 17/06/2014 as 14:44 E na época (década de 80) vários F-5 já haviam sido perdidos, necessecitando de substituição ou de um novo aparelho.” Olá, Maurício. Da mesma forma, vários Mirage III haviam sido perdidos até meados dos anos 1980 (proporcionalmente em relação ao total, até mais do que perdas de F-5, se não me engano), e a solução encontrada para recompor as frotas tanto de F-5 quanto de Mirage III foi adquirir caças do mesmo tipo, usados, nos EUA e na França. Já mais para a virada do século, com a diminuição da quantidade de F-5 devido… Read more »
Aproveitando para responder mais uma vez ao Rogério do terceiro comentário de cima para baixo.
A Força Aérea Francesa divulgou finalmente as imagens da cerimônia de despedida do Mirage F1.
Mas não são lá grande coisa. Então nem iremos publicar. Esse vídeo é uma homenagem bem melhor.
Quem sabe divulguem fotos melhores em 14 de julho (comemoração da Queda da Bastilha), quando os dois últimos jatos farão o derradeiro voo de celebração (esta a única informação interessante da matéria divulgada pelo Armée de l’Air sobre a cerimônia).
http://www.defense.gouv.fr/air/actus-air/le-mirage-f1-passe-le-relais-a-mont-de-marsan
Vlw Nunão, uma hora aparece alguma coisa nos flicks da vida 😀