Para a Lockheed Martin, modernização dos caças F-16 da USAF não está descartada

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F-16 em formatura - foto 2 via Code One Magazine

Empresa confia na volta do tema da modernização CAPES do F-16, cuja longevidade será celebrada no mês que vem, no RIAT

Segundo reportagem publicada por Stephen Trimble para o site Flightglobal nesta terça-feira, 10 de junho, a Lockheed Martin confia que o tema da modernização dos caças F-16 da USAF (Força Aérea dos EUA) deverá voltar à pauta.

No início do ano, o futuro do F-16 no seu maior operador, a USAF, foi posto em dúvida. Um programa de 2,5 bilhões de dólares para modernização de aviônicos e sistemas de defesa chamado CAPES (combat avionics programmed extension suite), que incluia um radar de varredura eletrônica ativa (AESA) da Northrop Grumman, foi retirado da proposta orçamentária dos EUA para o ano fiscal de 2015. Isso levantou questões sobre como a USAF poderá operar cerca de 350 caças F-16 em missões de combate aéreo para além de 2025, como originariamente planejado.

Executivos da Lockheed Martin, porém, continuam acreditando que o CAPES foi apenas adiado, e não eliminado. Bill McHenry, chefe da área de desenvolvimento de negócios da empresa, afirmou que “o requerimento da modernização CAPES para a Força Aérea dos EUA permanece.” O executivo também disse que a crise (“sequestration”) orçamentária imposta poderia levar a USAF a se basear, numa maior extensão, no programa de modernização já financiado para a frota de caças F-16 de Taiwan. “Estão analisando quais opções terão. Por exemplo, a de nivelar num patamar mais alto o que está acontecendo em Taiwan e seguir o que estão fazendo”, disse McHenry.

Além de um novo radar e aviônicos, o F-16 precisa de outras melhorias críticas. A frota da USAF está se aproximando de seu limite de 8.000 horas de serviço. Um programa de extensão da vida útil poderia adicionar 10 a 12 anos de operações, aumentando o número de horas de voo para 10.000 ou 12.000 em cada célula. A Lockheed Martin está, no momento, submetendo um F-16 Block 30 a três testes de ciclo de vida em fadiga, que determinarão a extensão das modernizações necessárias para o programa.

F-16 da USAF - foto via Code One Magazine

Esse programa de extensão da vida em serviço continua com financiamento, o que dá à empresa mais esperança de que a USAF voltará ao tema do programa CAPES. Ainda segundo McHenry, “já que você vai estender a vida útil, talvez se disponha a fazer algumas atualizações de aviônicos também.”

Assim, quarenta anos após o primeiro voo do protótipo YF-16, o caça vivencia um incomum renascimento, apesar de desafiador, no sentido financeiro. Vale lembrar que a linha de montagem da Lockheed Martin em Fort Worth, no Texas, tinha previsão de fechamento em 2009, mas permanece com encomendas suficientes para mantê-la até o terceiro trimestre de 2017, e com possibilidade de novos pedidos no horizonte.

A longevidade do caça será celebrada em julho no “Royal International Air Tattoo” (RIAT), no Reino Unido, para o qual foram convidados todos os operadores do F-16 que, após a adição recente de mais dois, hoje somam vinte e oito.

F-16 em formatura - foto via Code One Magazine

FONTE: Flightglobal (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)

FOTOS via Code One magazine (revista de divulgação da Lockheed Martin

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