AT-26A: prestes a ser espetado, mas ainda não acabado

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AT-26 Xavante que vai virar monumento em Ribeirão Preto - foto via Estadao

Primeiro jato brasileiro vira atração em Rio Preto

ClippingNEWS-PAUm avião Xavante fabricado pela Embraer em 1971 e que serviu à Força Aérea Brasileira (FAB) vai se transformar em atração turística em São José do Rio Preto. A aeronave, doada ao município pela base aérea de Recife (PE), foi desmontada para o transporte.

As partes chegaram sobre uma carreta nesta terça-feira (3) à cidade, chamando a atenção durante o trajeto.

De acordo com a prefeitura, trata-se do primeiro avião a jato fabricado no Brasil e integrou esquadrões de caça e reconhecimento da FAB. Três oficiais da força aérea em Recife estarão em Rio Preto para fazer a montagem do jato.

A aeronave será instalada sobre uma base de concreto no Lago 2 do Parque da Represa, o cartão postal da cidade.

O avião, um Xavante AT-26, tem 10,84 metros de envergadura, 10,65 m de comprimento, 3,72 m de altura e 19,75 m de área de asa.

O Xavante foi fabricado no Brasil sob licença da italiana Aermacchi e atuou na FAB durante 39 anos. O modelo, que serviu de protótipo para os primeiros jatos desenvolvidos pela Embraer, foi ‘aposentado’ em 2010.

FONTE / FOTO: Blogs Estadão – Pelo Interior

NOTA DO EDITOR 1: O título faz menção a outras matérias publicadas aqui sobre aeronaves AT-26 Xavante “espetadas” como monumentos. Já o título da reportagem original é o subtítulo.

NOTA DO EDITOR 2: a reportagem indica que o exemplar que virará monumento em São José do Rio Preto (interior de São Paulo) é um “Xavante AT-26”, ou seja, uma aeronave montada no Brasil. Mas como bem reparou o leitor “Nautilus”, a imagem mostra um monoposto AT-26A, originário de um lote de Impala Mk2 adquirido usado da África do Sul em 2004 (que também montou versões do jato Aermacchi MB 326 sob licença).  Inicialmente os Impalas (recebidos tanto do modelo monoposto Mk2 quanto biposto Mk1) seriam utilizados como fonte de peças para a frota de AT-26 Xavante em serviço na FAB, mas foram postos na linha de voo por alguns anos no 1º/4º GAV, o Esquadrão Pacau. Os AT-26A receberam matrículas FAB 4630 a 4643, o que condiz com o indicativo 32 exibido pelo exemplar da foto.

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Mauricio Silva

Olá.

Pena. Avião não é “escultura”. Se é para virar “banheiro de pombos”, pelo menos usem um modelo de fibra de vidro. Modelos reais devem ser preservados, usados como fonte de peças ou mesmo reciclado.
Para mim, avião não deve ser “espetado”. Ou está preparado para voo (mesmo que não voe), ou está sendo aproveitado de forma prática. Poderiam até ser vendidos para entusiastas.
Minha opinião.
SDS.

desastreBR

Estes dias atrás estava vendo na tv um pessoal nos EUA usando jatos antigos da Rússia, muito bacana. Estavam impecáveis, quem gosta cuida.

Rafael Oliveira

Caro Maurício,respeito sua opinião, mas creio que as opções não sejam excludentes, ainda mais em se tratando de aeronave com mais de uma centena fornecida à FAB.

Fora que fazer um modelo de fibra deve ser mais caro do que espetar um avião “aposentado”.

No mais, ainda que eu prefira vê-lo num museu, como são poucos neste país, prefiro vê-lo em um parque público, exposto à curiosidade do povo, em vários cantos do Brasil.

Ainda mais porque homenagens às Forças Armadas são cada vez mais raras e um pouco de inspiração para nossas crianças é algo bem vindo.

Saudações!

Mauricio Silva

Olá Rafael. “Fibra de Vidro” é somente uma forma de dizer. Um modelo feito de qualquer material (concreto moldado, madeira ou material reciclável) seria igualmente válido, visto que somente a forma e as cores são “aproveitáveis” num aparelho de exposição ao ar livre. Infelizmente nossas FFAA não tem a cultura de vender os equipamentos militares obsoletos/antigos para entusiastas particulares. Seria inclusive uma forma de gerar algum recurso financeiro. Ok, concordo que não há mercado para todos os modelos aposentados. Mas os não preservados poderiam servir de fonte de peças para manutenção. Acho muito importante que as nossas FFAA sejam homenageadas,… Read more »

Nautilus

Na realidade não se trata de um AT-26 Xavante, mas de um dos Impala II monopostos adquiridos à Força Aérea da África do Sul. Mas vale… 🙂

Rafael Oliveira

Olá Maurício,

Quanto à venda de modelos para entusiastas eu também acho uma ótima ideia.

Sobre fornecer peças para manutenção, estou presumindo que o modelo foi integralmente aposentado ou que as peças úteis já foram retiradas.

Em relação a não ser a forma mais adequada de exposição, eu concordo. Só acho melhor do que ir para o ferro-velho ou ficar jogado numa base áerea qualquer.

Saudações.

Marcelo Pamplona

Nunão, boa tarde!

Na segunda nota, creio que o correto seria São José do Rio Preto, e não Ribeirão Preto.

Sim, eu sei, sou chato às pampas…

Rsrsrs…

Sds.

Justin Case

Amigos,

A vinda desse avião para o Brasil ocorreu por uma falha de comunicação.
Perguntaram qual seria a solução para a baixa disponibilidade do Xavante e a resposta veio: EMPALA!
Foram à Africa do Sul e compraram IMPALA! 🙁
Abraços,

Justin

Guilherme Poggio

Perguntaram qual seria a solução para a baixa disponibilidade do Xavante e a resposta veio: EMPALA!
Foram à Africa do Sul e compraram IMPALA! 🙁

Ou a resposta certa seria: EMPALHA? (não deixa de ser uma ave, certo)

Mauricio Silva

Olá Justin.

Hehehehehehe. Muito bom!

SDS.

Phacsantos

O IAE/CTA também fez ensaios do projeto MARE (Materiais Absorvedores de Radiação Eletromagnética) no Xavante.

Luiz Fernando

Ótima iniciativa a da FAB de doar estes Xavante (ou Impala). Este tipo de preservação é muito comum nos EUA e em muitos outros países. Existem Xavante preservados em Museus (o da TAM tem, e o Musal também). Além disso todas as peças aproveitáveis são removidas. Normalmente o que vai pro espeto é a “casca”. Essas aeronaves ajudam a disseminar a cultura aeronáutica, faz propaganda da força e estimula o sentimento de fazer parte da força nos jovens. Acredito que assim ainda é mais útil do que virar matéria prima de panela. Sou contra preservar desta maneira aviões raros, esses… Read more »

Carlos Alberto Soares

Enquanto isso, no Mistério da Defesa em Brasília/DF/Brazil:

http://www.youtube.com/watch?v=8MJ4-0Qf-m0

Joker

Fernando “Nunão” De Martini
4 de junho de 2014 at 13:48 # Edit

Nunão, melhor que alugar Drone por 1 milhão de doletas por cada lançamento ou disparar contra Flare.

Lembrando que desses “Drones” alugados não são destruídos, ficam apenas manobrando e quando o míssil chega “junto” é detonado por radiofrequência sem atingir o “Drone”. Se destruir o “drone” temos que reembolsar a empresa. Um desses drones usado em teste, quase caiu em uma estrada movimentadíssima durante a recuperação.

Já o flare ou explode por espoleta de proximidade ou acaba na água (se for em Cachimbo-PA pode ser na floresta).

Rinaldo Nery

Fabricaremos aqui um alvo para lançamento de mísseis ar-ar e solo-ar, dentro do offset do programa CL-X. Já foi matéria aqui no site.
Quanto à decisão de fazer os IMPALA voar, só quem foi da FAB conhece essa história e o nome do autor dessa decisão ridícula. Um companheiro de turma, hoje também na AZUL, servia no PAMARF à época e contou-me detalhes. Valha-me Deus…