África do Sul e Brasil podem colaborar em novo míssil depois do A-Darter

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Maquete do míssil BVR Denel Marlin

Denel Marlin 2

Com o míssil ar-ar sul-africano-brasileiro A-Darter indo para produção no próximo ano, a contratante principal Denel Dynamics está procurando colaborar ainda mais com o Brasil no desenvolvimento de mísseis, desta vez no míssil ar-ar Marlin guiado por radar, com alcance na faixa de 100 km.

O A-Darter está em sua fase final de desenvolvimento, com produção prevista para começar no próximo ano e os primeiros mísseis devem estar em serviço em 2016.

Testes e integração já foram feito nos caças Gripen C/D da Forças Aérea da África do Sul (SAAF), o que deve acelerar a integração da arma no futuro Gripen NG do Brasil, quando estes serão entregues a partir de 2018.

a-darter

FONTE: www.defenceweb.co.za

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Clésio Luiz

E então, qual é o melhor para nós a longo prazo: comprar um míssil estrangeiro e esquecer do resto, ou comprar pequenas quantidades do estrangeiro e começar a desenvolver essa que pode ser considerada a mais importe classe dos mísseis ar-ar?

juarezmartinez

Vai depender de uma coisa chamada escala de produção que só é viavel se tiver PEDIDOS, se não vai tudo por agua abaixo. Não adianta produzir tres dúzias por ano, porque se não cada míssil vai custar 20 milhões de dólares, tem que existir um compromisso REAL de compra por parte dos governos ao longo de alguns anos para viabilizar o négocio( é aqui que a porca costuma torcer o rabo), e para sedimentar possíveis vendas ao exterior, se não vira pó….. A propósito quantos MAA1B foram fabricados??? Quantos a FAB comprou? Funcionou??? Pois é, as respostas as perguntas acima… Read more »

Lyw

Eu vejo uma viabilidade para o Brasil entrar no negócio!

Se desenvolvermos o míssil ar-ar em conjunto com os sul-africanos e prosseguirmos com o desenvolvimento de uma versão superfície-ar de lançamento vertical, com motor de aceleração (booster), que possa ser lançado de plataformas em terra derivadas dos veículos do sistema astros e em navios.

Flighting Falcon

Se o objetivo é desenvolver outras armas a partir da tecnologia adquirida, é uma boa entrar nesse projeto, caso contrário é melhor comprar um pouco e operar até o limite.

Colombelli

É uma tecnologia cujo domínio é muito útil e interessante, pois em caso de necessidade, não se consegue desenvolver em um par de meses e cuida-se de um setor vital de defesa,

Mas como bem disse Juarez, não se pode falar em desenvolvimento de tecnologia com meia duzia de unidades. Neste caso melhor tem um estoque mais reforçado de equipamento adquirido.

Ai vem a pergunta: quantos misseis de longo alcance a FAB estaria disposta a ter em estoque? de quantos ela precisa?

Eu de minha parte vejo com muito bons olhos a parceria com os sul africanos.

joseboscojr

Se o míssil original ar-ar puder ser desdobrado também como sup-ar, de lançamento terrestre e naval, ele pode ter escala de produção. Também, se for em “estado da arte”, ele pode ter encomendas externas. O que não dá é fazer um míssil ultrapassado para que só tenha como cliente a FAB. Aí sim é melhor comprar de prateleira. Por exemplo, duvido muito que o MSS 1.2 tenha sucesso. Ele não deverá ter encomendas externas porque é naturalmente defasado. Não creio que esse procedimento seja o melhor, mesmo que à primeira vista traga benefícios na área de independência tecnológica. Se formos… Read more »

joseboscojr

Correção:

“Se formos participar do restrito clube de produtores de mísseis, que sejamos competitivos como os indianos, turcos, sul-coreanos, etc.”

Nick

Torcendo para que esse acordo vá em frente. No portfólio tupiniquim, está faltando exatamente essa peça, que no meu entender tem muitas possibilidades além de um BVR de 5ª geração.

Com base nesse BVR pode ser desenvolvido um missil para Defesa de Área, tanto em versao naval como terrestre.

Sim, existe o risco do baixo volume de encomendas. Mas criando, versões dedicadas, as possibilidades de sucesso são boas.

[]’s

juarezmartinez

Eu sei as repostas de todas perguntas acima, mas tenho outra para fazer para vocês:

O UInkhonto é bom míssil dentro da sua categoria, vendeu para quem???

Quantas unidades??

Quanto custa???

As respostas são as mesmas….

Grande abraço

nadimchaachaa

Um esclarecimento, hoje me parece que o que há de melhor em termos de BVR no Ocidente é o Meteor e seu sistema de propulsão. Desenvolver o Marlin não seria investir em algo como um MAA1B?

nadimchaachaa

Não seria mais interessante investir no desenvolvimento de um míssil, em parceria com a África do Sul e mesmo a Suécia, que viesse a substituir o Igla e o RBS70? Um mini MICA com 2 sistemas de guiagem, IR ou laser, dependendo da situação e ao gosto do freguês. E utilizando o tipo de propulsão do Meteor…Um super Igla/RBS70. E paralelamente investir em parceria com os suecos no míssil de cruzeiro que eles estão interessados em criar. E aí sim, partir para um BVR de ponta. Criar agora um BVR novo com tantas opções no mercado…Espero que não estejamos criando… Read more »

joseboscojr

Nadim, Diferente de um míssil WVR, um BVR pode ter requisitos bem diferentes e ainda sim ser letal e avançado. Há uma relação complexa entre o RCS do caça, a capacidade do sistema defensivo, a capacidade do seu radar e o desempenho do míssil, que pode favorecer um míssil de menor porte/menor alcance. Isso sem falar em questões de cenários previstos (incluindo as prováveis aeronaves inimigas e seus mísseis) dentro do teatro de operações da AL. Muito provavelmente não haverá nada parecido com o Meteor operando com nossos vizinhos de fronteira dentro de uns 20 anos, o que poderia justificar… Read more »

Mauricio R.

Interessante ninguem considerar o MAR, como possível fonte de tecnologia p/ um SAM ou um AAM BVR.

joseboscojr

Diferente dos mísseis ar-ar WVR, os mísseis BVR são de difícil classificação já que não há uma homogeneidade. Basicamente os mísseis ar-ar BVR são classificados quanto à massa em: Leves (até 150 kg): Mica, Derby, A-Darter Médios (150 até 300 kg): Amraam, Amraam D, Sparrow, Skyflash, Aspide, R-23, R-27, R-77, R-77M, AAM-4, Sky Sword II, R-530, Super R-530D, Meteor, Astra. Pesados (de 300 a 500 kg): R-33 e Phoenix. Super pesados (acima de 500 kg): R-37 e KS-172. Somente dentro de uma organização quanto à massa (peso) é que passa a fazer algum sentido em classificá-los em gerações, caso contrário… Read more »

nadimchaachaa

Bosco,

O A-Darter é BVR? Não é para combate aéreo?

Clésio Luiz

Bosco, eu colocaria o R-27 na categoria dos pesados, já que ele é enorme e tem versões com mais de 300 kg e mais de 100 km de alcance.

joseboscojr

Se fôssemos incluir os mísseis leves, de modo geral eles compõe a Segunda Geração.

joseboscojr

Correção: “compõem” e não “compõe”.

Clésio,
Valeu! Creio que você esteja certo.
Mas vale salientar que ele tem uma função mais clássica, daí talvez não fique bem junto com os “pesados”.
Ou não?

nadimchaachaa

Já vi no seu comentário acima Bosco. Só não sabia que podia ter orientação por radar…

joseboscojr

Nadim,
Foi erro meu. Quis dizer R-Darter.
Valeu!

joseboscojr

A Primeira Geração engloba os mísseis de médio alcance (MRAAM) guiados por radar semiativo , antirradiação e por IR.
A Segunda Geração, os mísseis de médio alcance guiados por radar ativo (e por imagem IR se incluirmos o leve Mica-IR).
A Terceira Geração, os mísseis de longo alcance (LRAAM) com datalink de duas vias, GPS, radar de varredura eletrônica, etc. Não necessariamente tudo junto. rsrsss
A Quarta Geração já está se delineado e deve incluir mísseis com duplo ou triplo sistema de orientação e função ar-sup. Ex: Stunner, NGM (cancelado), etc

eduardo pereira

Boscao e o A-Darter fica em qual geração dentro de suas colocações?????

Baschera

O Umkhonto é utilizado por apenas três operadores: O Exército (versão terrestre) e a Marinha da A. do Sul e também fazem parte dos sistema AA das minhas naves prediletas…as Hamina, da Marinha da Finlândia.

Diz-se que cada míssil custa próximo de Us$ 1 milhão… talvez o motivo para sua parca produção.

Sds.

Baschera

Tem até uma piadinha que dizia que um Umkhonto custava “um conto” de Us$….

Sds.

Fernando "Nunão" De Martini

Baschera,

Mas que míssil do tipo custaria muito menos do que “um conto”?

Por exemplo, cada míssil ar-ar MICA (que também pode ser utilizado como defesa antiaérea por navios) que a Índia adquiriu para equipar seus Mirage 2000 em modernização saiu por quase US$ 3 milhões cada. A Coreia do Sul requisitou no ano passado 260 mísseis AMRAAM por 452 milhões de dólares (o que dá um pouco menos de 2 milhas cada um).

joseboscojr

Eduardo, O A-Darter não é BVR e sim WVR (alcance visual). Os WVR possuem uma classificação já bem estabelecida e aceita por todos. Nessa classificação, que vai da Primeira à Quinta, o A-Darter é de 5ªG. O que tem acontecido é que parece haver uma tendência de congruência dos mísseis WVR com os BVR leves, haja vista que são basicamente da mesma categoria de peso e há alguns ditos WVR que possuem capacidade NBVR (quase BVR) e até mesmo BVR (AIM-9X Block III). Sem falar que há mísseis como o MICA, que transita entre os dois polos naturalmente. Acaba que… Read more »

joseboscojr

Clésio,
Dei uma conferida no R-27 e realmente ele tem versões de mais de 300 kg.
Em teoria tem também uma versão por radar ativo (R-27EA), o que colocaria como sendo de Segunda Geração, mas ela nunca se tornou operacional de fato.

Marcelo

Interessante essa proposta do BVR Marlin. Confesso que não conhecia, apesar de ter ido à LAAD (muita coisa para ver e pouco tempo). Espero que se concretize a parceria, dando continuidade ao conhecimento adquirido e desenvolvido com o A-Darter. E por enquanto vamos de Derby, mesmo nos Gripens NG. Não creio em compra do Meteor.

Baschera

Fernando “Nunão” De Martini
20 de maio de 2014 at 12:00 #
Baschera,

Mas que míssil do tipo custaria muito menos do que “um conto”?

Bem… a piada diz “um conto”… mas pode ser um pouco a mais….

Os nossos mísseis são baratos se comparados aos exemplos citados pelo amigo.

Vendemos 100 MAA-1B por Us$ 108 milhões e mais 100 MAR-1 por Eur$ 85 milhões ao Paquistão.

Nota: Valores divulgados extra oficialmente e noticiados aqui mesmo no Poder Aéreo.

Sds.

Fernando "Nunão" De Martini

Ok, Baschera, mas estou tentando comparar mísseis mais ou menos comparáveis, ainda que “um conto” seja algo aproximado.

Como mostrei, um Mica, que pode ser lançado verticalmente de navios e tem características similares ao míssil Umkhonto quando em uso naval, custa quase três contos…

Quando ao emprego aéreo, não dá pra comparar um AMRAAM e um Mica, em suas características, com o MAA-1B, e sem demérito para o míssil brasileiro. São categorias (e preços) bem diferentes.

juarezmartinez

Nunão, o “um conto” é um míssil IR. Existem misseis IR no mercado(não estou incluindo “PIranhas”) abaixo de um milhão de dólares. Um AIM 120 que é bem superior realmente deve custar uns dois milhões, um Meteor deve custar mais, um Iris T, um pouco mais de um milhão, mas tem coisa boa e mais barata.

Grande abraço

Fernando "Nunão" De Martini

Sim, Juarez, mas é um míssil IR de emprego mar-ar / terra-ar com alcance e capacidades similares a outros, como os Mica VLS, que são IR ou EM e bem mais caros.

Sobre outros IR citados (ar-ar) vale acrescentar à lista o AIM-9X, que tem custado cerca de “um conto e meio” cada para vendas via FMS, por exemplo. Mas é um dos “tops” dos IR, de fato há outros que custam mais barato.

Almeida

Acho muito boa essa parceria com os sul africanos. Mas como eles também estão com dificuldades orçamentárias, pensar na escala de produção se faz necessário antes de investir neste projeto, como bem avaliado pelos demais colegas.

Sem uma versão ar-sup terrestre e naval, não tem futuro. Armando os exercitos, marinhas e força aéreas dos dois países participantes garantiria o mínimo para produção industrial, algo como pelo menos uns 300 mísseis. O ideal seria passar de mil unidades.

Será que FAB, MB e EB absorveriam pelo menos 50 unidades cada? Acho bem possível.