Departamento de Estado dos EUA aprova venda do AT-6C para o Iraque

20

AT-6 - foto mission ready

Total divulgado é de 24 aeronaves de ataque leve AT-6C Texan II, por 790 milhões de dólares, incluindo sobressalentes, treinamento e apoio

O Departamento de Estado dos Estados Unidos aprovou uma possível venda militar ao exterior (sistema FMS – Foreign Military Sale) relacionada a 24 aeronaves de ataque leve / COIN (contra-insurgência) AT-6C Texan II ao Iraque. A venda está estimada em 790 milhões de dólares e inclui equipamentos associados, peças, treinamento e apoio logístico, sendo que a Agência de Cooperação em Defesa e Segurança (DSCA –  Defense Security Cooperation Agency) dos EUA notificou o Congresso do país sobre essa possível venda nesta terça-feira, 13 de maio.

O Governo do Iraque solicitou a compra das 24 aeronaves AT-6C Texan II, num pacote que também inclui, como sobressalentes, dois motores PT-6A-68, dois sistemas dispensadores de contramedidas ALE-47 e / ou dois sistemas AAR-47 de detecção de disparo de mísseis. O negócio também envolverá múltiplas viagens ao Iraque de representantes do governo e das empresas contratadas, por um período de cerca de 15 anos para gerenciamento e revisão do programa, treinamento, apoio de manutenção, entre outras atividades.

Elemento de AT-6 em voo - foto Mission Ready - Beechcraft

As principais empresas norte-americanas contratadas para o negócio deverão ser a Beechcraft Defense Company, a Lockheed Martin Mission Systems and Training, CAE USA, Hartzell Propeller e L-3COM Systems, havendo também as canadenses Pratt & Whitney Corporation (incluindo a unidade americana da Virgínia Ocidental), Canadian Marconi e L-3COM, além da Martin Baker do Reino Unido.

FONTE: DSCA (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)

FOTOS: Beechcraft

NOTA DO EDITOR: deve-se lembrar que o Iraque já opera o avião de treinamento T-6 Texan II, sendo a aquisição da versão de ataque leve AT-6C (que foi derrotada na concorrência LAS da Força Aérea dos EUA para emprego pelas Forças Armadas do Afeganistão) uma consequência lógica.

VEJA TAMBÉM:

Subscribe
Notify of
guest

20 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Bogaz

Pera aí. E os Super Tucanos. Ainda vão para o Afeganistão?

Mauricio R.

Não tem nada a ver, o LAS é completamernte distinto disto.

Bogaz

Ainda bem. Valeu Mauricio.

eduardo pereira

Levei um sustaaaaasso quando vi esta reportagem caro Nunao ,que bom estes esclarecimentos, pois manter a amizade com o titio Sam ,creio eu< é importante e sempre pode gerar bons negócios!!

Guilherme Poggio

Esta venda dá fôlego ao projeto do AT-6, que até então não tinha nenhum comprador.

Isto também alivia um pouco a pressão sobre o Super Tucano no programa LAS que a bancada (leia-se lobby) anti-Embraer/anti-Super Tucano ainda teima em fazer.

Observador

Senhores, Eu acho péssimo. Virou, mexeu conseguiram uma boquinha para o AT-6. Já que não deu no LAS, o negócio é arrumar um cliente externo para comprar um equipamento que é inferior. Fizeram o Iraque engolir o avião. Certo que a compra será financiada pelos EUA, mas ocorre que após a primeira venda externa o AT-6 pode começar a concorrer com o ST em outros mercados. A EMBRAER devia é ter comprado a Beechcraft Defense enquanto esta estava com a corda no pescoço. Se o AT-6 tiver o lobby americano por trás empurrando e a oferta de crédito para a… Read more »

Vader

Isso não é bom para a Embraer, que deveria ter matado a Beechcraft quando teve chance.

Mas não acho que foi empurrado ao Iraque não. Tal país foi lá e escolheu: tivessem escolhido o ST daria na mesma pro Tio Sam.

Reinaldo Deprera

Concordo com o Vader.

Há uma coisa acontecendo no Iraque que certamente fez o governo daquele país escolher tal avião. É o tal do milagre econômico. Aonde o tio Sam faz a limpa, deixa o rastro do progresso.

A Coréia do Sul é o novo Japão, o Iraque será a nova Coréia do Sul e let’s go.

Save Ferris!

Iväny Junior

Não foi boa notícia para o Super Tucano não. Se fizerem uma versão embarcada do AT-6, os marines pegam e o ST irá ficar sem ver navios.

Guilherme Poggio

Não foi boa notícia para o Super Tucano não. Se fizerem uma versão embarcada do AT-6, os marines pegam e o ST irá ficar sem ver navios.

Prezado Iväny Junior

Eu acho difícil alguém produzir uma versão embarcada de aeronave COIN. No máximo estes aviões decolam extraordinariamente de navios, como era o caso do OV-10 Bronco.

Iväny Junior

Oi Nunão, vi agora sua mensagem. Eu acredito que poderiam operar em qualquer navio que os super hornet’s operam, e em alguns que os Harrier usam. Os Marines, especificamente, mencionaram os Super Tucano para missões de COIN e AS. Eu acho que uma versão apta a operar em NAes não seja coisa do outro mundo porque a velocidade e o peso destas aeronaves são bem inferiores aos jatos de combate.

Vader

Ivany, o USMC cogitou os Super Tucanos para operar de TERRA em apoio aéreo aproximado, jamais se falou de STs embarcados. As modificações exigidas o tornaria em outra aeronave.

Iväny Junior

Caros Dentro das campanhas e segundo relatorios dos proprios Marines, as aeronaves a bordo não são totalmente usadas. Dentro das necessidades das missões uma versão de aeronave embarcada (como o próprio bronco) resolveria muitos problemas em termos de projeção de força. Pensei que os Harriers americanos operavam em NAes em conjunto com hornets, mas de todo modo uma pequena de AT-6 ou ST operaria sem muitos problemas. COIN e AS são missões normalmente travadas quando já existe o controle aereo. Os Marines fazem isso (e muito mais) com os Harriers (tanto, que aqui mesmo já vi matérias que eles não… Read more »

Iväny Junior

Entendo. Mas uma versão embarcada flexibiliza ainda mais o cenário, e, ainda pode caçar helis e navios, em tese.