GEIV será reequipado com aeronaves da Embraer
Jatos operados hoje pelo Grupo Especial de Inspeção em Voo são do modelo Hawker 800XP, da foto acima
–
O Grupo Especial de Inspeção em Voo, subordinado ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo da Força Aérea Brasileira (FAB), deverá se reequipar com aeronaves da Embraer.
Extrato de Inexigibilidade de Licitação foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) na semana passada, informando um valor global de pouco mais de 662 milhões de reais para um contrato ratificado com a Embraer. A ratificação foi feita em 30 de abril, informando-se um total de três itens licitados, dentro de um processo que tem como objeto seis aeronaves para Inspeção em Voo.
Abaixo, o extrato publicado no Diário Oficial da União (clique aqui para acessar na página do DOU):
EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO
Nº 8/2014 – UASG 1200006
Nº Processo: 67701027048201361 .
Objeto: Aquisição de 6 aeronaves de Inspeção em Voo
Total de Itens Licitados: 00003.
Fundamento Legal: Art. 25º, Caput da Lei nº 8.666 de 21/06/1993.
Justificativa: Dotar a Força Aérea Brasileira com uma aeronave de inspeção em voo com capacidade de homologar os auxílios à navegação
Declaração de Inexigibilidade em 28/04/2014. JOSE AUGUSTO CREPALDI AFFONSO. Ordenador Despesa Copac.
Ratificação em 30/04/2014. JUNITI SAITO. Comandante da Aerónautica.
Valor Global: R$ 662.261.166,02.
CNPJ CONTRATADA : 07.689.002/0001-89 EMBRAER S.A.
A imagem do alto (Agência Força Aérea, Sgt Batista) é de um dos jatos que equipam atualmente o GEIV, modelo Hawker 800XP, que na FAB tem a designação IU-93A (total de 4 unidades adquiridas no final da década de 1990).
O extrato acima não faz referência ao tipo de aeronave adquirido junto à Embraer, mas no último dia 7 a revista Asas publicou um “furo” de reportagem sobre contrato (assinado justamente em 30 de abril, segundo a revista) para aquisição de seis unidades do Embraer Legacy 500 para o GEIV, embora sem trazer informações sobre o valor do contrato.
As imagens logo acima (da Embraer) e abaixo são de aeronaves Legacy 500. Clique aqui para acessar a notícia dada pela revista Asas, que informou também que as entregas deverão se realizar em 2016, com aeronaves configuradas para inspeção em voo.
VEJA TAMBÉM:
- Primeira inspeção em voo completa 51 anos
- HS-125 no Museu TAM
- Embraer voa o terceiro protótipo do Legacy 500
- Vídeo: Legacy 500 da Embraer pousa em Genebra para a EBACE
- Legacy 500 fará primeira aparição pública no Brasil
- Voa segundo protótipo do Legacy 500
- Legacy 500: o primeiro voo
- Embraer apresenta jato executivo Legacy 500 pela 1ª vez
- Legacy 450 e Legacy 500 ganham prêmio IDEA/Brasil 2009
Considerando a padronização é uma excelente escolha.
Também estão seguindo a risca a Lei 8666 art. 3º:
“…promoção do desenvolvimento nacional sustentável…”
O Hawker 800XP não conseguia mais cumprir a missão?
Ou isso é um “agrado” para a Embraer?
Bom, tomara que as compras para a FAB não parem…
Pouco provável que a FAB esteja fazendo algum agrado.
Mas a pergunta é válida: “não consegue mais cumprir a missão?”, pois as aeronaves são relativamente novas.
No que se refere à opção pelo Legacy 500, entendo que não resta alternativa, pois o Phenom 300 é muito pequeno e as demais aeronaves tem preço mais alto.
Aproveitando o embalo: e as compras dos Phenom 300 por parte da FAB, o que virou?
Amigos,
Pelo que li em outros fóruns, a intenção é substituir os
EC-95 Bandeirante do GEIV, não os Hawker.
Abraços,
Justin
Marcos e Rafael, Os Hawker 800XP não são nem tão novos nem tão velhos – já que têm uns bons 15 anos de uso, pelo menos. Mas talvez as agruras do fabricante nos últimos anos (a Hawker Beechcraft, hoje só Beechcraft) que passou por concordata, ofertas de compra da China e até da Embraer, não estejam ajudando muito na logística dos jatos (apenas uma hipótese). http://www.aereo.jor.br/2013/12/27/textron-vai-comprar-beechcraft/ http://www.aereo.jor.br/2013/10/23/embraer-novamente-interessada-na-compra-da-beechcraft/ Agora, se é para estranhar alguma coisa, eu pergunto: Depois de tanta celeuma e contas de padaria feitas nas matérias sobre compra dos três aviões SC-105 da Airbus por 186 milhões de euros,… Read more »
Faria sentido, Justin.
Primeiro substituir as aeronaves mais antigas em uso, em serviço meados dos anos 70 (se não me engano, ainda que tenham sido atualizadas) e depois os Hawker, que já tinham substituído modelos HS-125 também dos anos 70.
Amigos,
Aqui tem um link para uma revista do DECEA, na qual é citada a necessidade de substituição daquelas aeronaves, cogitando mais Hawker ou aquisição de aviões da Embraer:
http://www.decea.gov.br/wp-content/uploads/2008/10/aeroespaco21.pdf
Justin
Valeu pelo link, Justin. Apesar de ser uma publicação já um tanto velhusca (do final de 2006, e já falando da necessidade de substituir os Bandeirante do grupo) traz um monte de informações importantes para se conhecer os equipamentos de uma aeronave de inspeção em voo.
Mais velha que a revista, Nunão, pelo jeito, é a necessidade. Como sempre, as soluções se arrastam.
Mas acho que há projeto oficial e ativo para adquirir aeronaves da Embraer, tanto para VIP como para a Inspeção em Voo.
É bem provável que a Inspeção em Voo tenha sido contemplada antes por ter maior aceitabilidade perante a opinião pública.
Justin
O Propósito, segundo Mr fuentes, o objetivo é substituir os dois pelo Legacy 500. Os Bandecos deles estão no pau da goaiba e os 800 estão ficando muito indisponíveis por falta de suprimento.
Grande abraço
Nosso amigo Mauricio R pira nesse topico…
Uma noticia boa, pois o ridículo seria comprar uma aeronave extrangeira quando se tem um fabricante nacional, pois mesmo que aparentemente se tenha um preço mais barato importando, se computarmos os impostos e geração de empregos, para o país é melhor comprar por qui.
Quando não se tem opção brasileira, ai sim, deveria se recorer a importação.
Tudo de novo para as forças é bem vindo, e quando nacional e técnicamente bem escolhido, é melhor ainda. 🙂
Concordo com o Justin, no sentido de que a intenção é substituir os Bandeirante do GEIV, já que os HS-800 ainda têm muita hora de voo pra oferecer.
Portanto, passamos ao ponto seguinte: quando se vai comprar jatos executivos para o GEIV, será que não faz sentido comprar da Embraer em vez de comprar da Hawker Beechcraft, especialmente depois da cena que eles aprontaram com a Embraer no caso da concorrência do Super Tucano? Neste sentido, não deixaria de ser um “agrado” à Embraer…
Elezer, acho que esse raciocínio de agradar a Embraer ao invés da Beechcraft, nesse caso, não faz sentido algum, assim como a aquisição do Hawker 800XP há uns quinze anos não poderia ser considerada, por sua vez, um “desagrado” à Embraer. Não creio que a compra de mais Hawker 800XP para a função tenha sequer sido seriamente cogitada, já que se busca privilegiar empresas nacionais tanto quanto possível (o que inclui a logística para operação da aeronave ser de uma empresa brasileira, e não estrangeira) Enfim, não faria sentido algum a aquisição de mais aeronaves Hawker 800XP para a função… Read more »
O Nunão já me defendeu. Na verdade, o que eu quis dizer com “agrado” a Embraer seria do GF e não da FAB. Mas não quero sair do tópico, conforme a política do Poder Aéreo. A minha dúvida seria: essa é realmente uma prioridade da FAB? Estamos sem tampão, sem reabastecedor decente, as aeronaves da AFA estão bem judiadas, a modernização do A-1 anda a passos lentos e etc. Fora que a minha pergunta foi feita antes de eu saber que seriam destinados a substituir o Bandeirante, em vez do Hawker. Por isso achei que a substituição poderia ser “precoce”.… Read more »
“Extrato de Inexigibilidade de Licitação foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) na semana passada, informando…”
Conversa para boi dormir, se não for Embraer, não pode comprar, pq o “Império do mal de SJC; reclama e sai mexendo seus pauzinhos!!!
Compromissos de campanha, explicam isto.
Esse mesmo filme já passou no GTE, anos atrás.
“…promoção do desenvolvimento nacional sustentável…”
Outra piada de gosto absolutamente duvidoso, p/ não dizer mentiroso.
A Embraer não é nenhuma neófita no mercado de aeronaves executivas.
“Uma noticia boa, pois o ridículo seria comprar uma aeronave extrangeira quando se tem um fabricante nacional, pois…”
Ridículo é compra governamental sem concorrência.
“pois mesmo que aparentemente se tenha um preço mais barato importando, se computarmos os impostos e geração de empregos, para o país é melhor comprar por qui.”
Os Phenoms são fabricados na Florida, os Legacy 450 e 500 serão fabricados em Portugal.
Pagaremos impostos e geraremos empregos aonde mesmo???
Os HAWKER fizeram parte do pacote SIVAM, juntamente com seis GRAND CARAVAN, dos quais transladei um para o Brasil em 2000 (FAB 2721). Encontrei os companheiros do GEIV em Wichita fazendo o curso da aeronave.
A atribuições do GEIV são grandes e o mesmo não tem dado conta de todas as inspeções/homologações que tem que realizar. Novas aeronaves são bem vindas.
O lobby da EMBRAER junto ao GF é fortíssimo, e a nossa PresidANTA entuba quase tudo o que eles pedem. Quando era chefe da Casa Civil comprou os LEGACY do GTE. Porém, melhor comprar aqui que nos EUA.
Quem disse que os Legacy 450-500 são fabricados em Portugal?
Algumas partes são, outras não. Mas não se pode generalizar. E são fabricadas pela Embraer.
Quando se fala em gerar empregos não devemos pensar somente na mão de obra direta, que está pondo a mão na massa na produção. Temos que levar em conta a mão de obra de engenharia, suporte ao cliente, manuais, qualidade, etc. que estão aqui no Brasil.
Quanto ao preço é bom lembrar que ele pode incluir o desenvolvimento desta nova versão, pois não é um avião de prateleira, pois carrega novos equipamentos e antenas.
Luiz Fernando escreveu:
Temos que levar em conta a mão de obra de engenharia, suporte ao cliente, manuais, qualidade, etc. que estão aqui no Brasil.
Eu diria até que essa parte é mais importante do que simplesmente fabricar peças em uma linha de produção.
Os Phenom 100 e 300 são montados aqui e nos EUA.
Os Legacy 500 serão montados aqui.
“Quanto ao preço é bom lembrar que ele pode incluir o desenvolvimento desta nova versão, pois não é um avião de prateleira, pois carrega novos equipamentos e antenas.”
E pq raios a FAB tem que se resignar a pagar o preço da Embraer???
Tem que comprar de quem tem o preço mais competitivo, se a Embraer não é capaz, problema dela.
Meio Off Topic, mas como se trata de Embraer, não é tanto… A Air Canada vendeu para a Boeing 20 dos seus 45 E190, como parte da negociação para adquirir os 737MAX. Quanto aos restantes 25 E190, a Air Canada afirmou hoje o seguinte: “…With respect to the remaining 25 Embraer 190 aircraft in the airline’s fleet, after careful consideration, Air Canada has decided to continue to operate the aircraft given their young age, productivity and high customer acceptance on existing routes and to avoid additional capital expenditures and debt.” Outro trecho de artigo: Bombardier Inc. (BBD/B) suffered a setback… Read more »