Gripen E em detalhes
Ilustração da Saab, mostrando algumas das partes em “raio-x” (cutaway) do novo Gripen E, com legendas em inglês. Inclui detalhes recentemente divulgados como a tomada de ar extra na base do leme. Clique na imagem para ampliar.
Se quiser acessar o arquivo com o mesmo tamanho, mas com melhor resolução (300dpi) clique aqui. Se preferir ver o mesmo arquivo optando por legendas em alemão, italiano ou francês, basta clicar aqui para acessar a página de detalhes técnicos da campanha do Gripen para a Suíça. As opções de linguagem estão no canto superior direito da página.
COLABOROU: Roberto Bozzo.
Visualmente parece que os trilhos das pontas das asas sofreram mais mudanças, pelo menos é o que chama mais a atenção.
De resto não vejo grandes mudanças, com o objetivo obvio de o desenvolvimento dessa versão não ficar muito caro.
Agora é aguardar o roll-out do 1º protótipo. 🙂
[]’s
Falando em roll out do primeiro protótipo…
Os rapazes e moça da trilogia estarão presentes no voo inaugural do KC 390 este ano?
E nenhuma menção de que no “fin pod” e no ” wing tip station” estão as antenas da suíte de guerra eletrônica desta aeronave.
Verdade, Maurício. Considero isso uma falha nas legendas, mesmo levando em conta que são bem mais sintéticas do que numa “cutaway” mais tradicional, com números nos locais e lista em separado relacionada aos números. O fato de novas antenas de guerra eletrônica ficarem nas estações das pontas das asas (que por isso mesmo, de avantajadas que já eram nas versões anteriores ficarão ainda mais no modelo E) são diferenciais que deveriam ter uma setinha indicando, como outros que foram destacados. Aliás, dá pra ver como as estações nas pontas das asas cresceram ao longo do desenvolvimento da nova geração do… Read more »
Realmente a estação de ponta de asa ficou parecendo um tip tank.
Pra mim o erro maior desse projeto é não prever nenhuma baia interna de armamentos. Na minha opinião a SAAB deveria dar um passo além e prever, ainda que fosse como opcional, baias internas de armas, nem que fosse apenas para carregar um par de mísseis WVRs.
Como é uma evolução do modelo anterior, ou seja, o corpo central sera praticamente igual e sendo um avião de dimensões pequenas e corpo estreito, seria impossível ter baias internas para levar alguns tipos de misseis. Quem sabe qdo a SAAB projetar um 5 geração, totalmente novo consiga implantar no projeto baias internas.
O Gripen já tem um RCS muito baixo; muito provavelmente o Gripen NG terá um RCS ainda mais baixo, por conta da evolução das técnicas de forma e da “popularização” dos materiais “radar absorvent”. Com todos seus avanços em eletrônica, integração de sistemas e consciência situacional aumentada, faltaria bem pouco para ser um 5a geração legítima: justamente as baias internas de armamento. Bastava uma baia de cada lado, que comportasse ao menos um míssil de curto alcance cada e voilá! Estaria feita a mágica: a SAAB poderia dizer que havia fabricado um caça de 5a geração, embora, nesta configuração, carregasse… Read more »
Vader, Na nova geração do Gripen (que por ser justamente uma nova geração projetada a partir da anterior, e não um projeto inteiramente novo) um dos espaços que poderia ser ocupado por alguma baia conformal ou coisa do gênero foi aquele justamente ocupado pela realocação do trem de pouso. E o espaço gerado na fuselagem, pela saída do trem de pouso para carenagens sob a raiz das asas, foi utilizado para ampliar a capacidade de combustível, que era uma demanda clara para aumentar a competitividade da aeronave. Usar esse espaço criado para instalar baias internas negaria esse aumento da capacidade… Read more »
Vader
4 de maio de 2014 at 18:25
Uma baia interna eu não digo, mas faria muito bem incorporar ao Gripen algumas das tecnologias propostas para o “Super Hornet International Roadmap”, tais como tanques conformais e casulo central para armas.
Assim, seria possível reduzir o RCS do aparelho mantendo-o armado e ao mesmo tempo dando-lhe mais autonomia sem o uso de tanques sub-alares.
Isto sim, levaria o avião a um novo limite.
A alteração de baia interna no Gripen-E não surtiria o efeito desejado de um legítimo 5ª geração e prejudicaria sua excelência na 4ª geração.
No exemplo em tela, atrevo-me a fazer uso das palavras do Franco Ferreira, que por sua vez parafraseou seu pai, retiradas de trecho de seu livro reproduzido na última RFD – 10ª Edição: “Melhor ser cabeça de sardinha que rabo de baleia”.
Ozawa, Suponho então que sua revista já chegou, certo? Observador (e Vader, de quebra), O Gripen E já ganhou uma espécie de “carenagem conformal” na junção inferior das asas com a fuselagem para a realocação do trem de pouso, o que deve ter acarretado um sensível aumento do arrasto – ainda assim, compensado pelo motor de maior potência, que proporcionou a capacidade supercruise da qual o Gripen C já se aproximava. Acho que, dada essa adição que já houve, seria forçar um pouco a barra a colocação de mais um item conformal (tanques) na parte superior dessa mesma junção asa-fuselagem.… Read more »
Nunão, off topic na esteira da sua pergunta:
Não esperei chegar… Quando a vi na banca literalmente “na porta do meu trabalho”, reluzente…, adquiri na hora.
MInha matéria preferida, se é que se pode falar de uma em detrimento de outra, foi a das “Inhaúmas”.
A RFD com “itens conformais” está espetacular !
Nunão, entendi plenamente o que vc quis dizer e concordo que a proposta do Gripen NG seja realmente esta; mas ainda acho que a SAAB poderia ter ousado mais.
A idéia da “cobertura stealth” nas estações ventrais é boa. Também a título de idéia, talves fosse possível colocar o aumento de combustível proporcionado pela realocação do trem de pouso como como baia interna configurável, ou seja: tanques internos de combustível que poderiam ser retirados para se substituir por bais de armamentos, podendo ser configurado conforme a missão.
Enfim, não sei. Mas impossível com certeza não era.
Abraço.
Quero ver como vai ficar a equação combustívelx armamentoxraio de combatex mtow.
Estou muito curioso n a solução da SAAB.
Grande abraço
Pessoal,
A SAAB sequer colocou reentrâncias sob a fuselagem para mísseis ar-ar de modo a levá-los de forma conformal, o que os obriga a serem lançados de pilones. Compartimento interno então, nem com reza brava.
“A SAAB sequer colocou reentrâncias sob a fuselagem para mísseis ar-ar de modo a levá-los de forma conformal” Mas Bosco, Esse “sequer colocou” da sua frase serviria também para algo como “sequer colocou pás de bulldozer para limpar a pista” antes de voar. Simplesmente não vejo sentido em sequer cogitar colocação desse tipo de coisa, na minha opinião, em caças projetados para não exagerar no tamanho e peso. Reentrâncias sob a fuselagem, para mísseis, são coisas de jatos maiores ou menos esguios, como o Tornado de defesa aérea (que, mesmo sendo grande e bimotor, ainda precisou ter a fuselagem alongada… Read more »
Como todos os caças de 4,5ªG o Gripen E terá um RCS entre 0,1 e 1 m², limpo.
Não há porque reduzir mais o RCS de um caça que não tem compartimento interno já que as armas “dependuradas” irão de qualquer forma deixá-lo com RCS acima de 1 m².
Nunão, Concordo com vc. Mas uma carenagem stealth sob a fuselagem poderia criar problemas de arrasto aerodinâmico, deixando o pequeno Gripen “Gordinho”, ou pelo menos “barrigudo”. Talvez uma solução no estilo Boeing como o Enclosed Weapons Pod (EWP) montado na estação ventral. Mas o conceito por trás do Gripen é diferente do adotado pelo JSF ou PAKFA. A idéia é ser competitivo, moderno e linkado, mas em uma plataforma com baixo custo de produçção e operação, o que leva a necessidade de ser pequeno. Sim, ser pequeno era essencial, como vc sabe melhor que eu, sendo que a escolha dos… Read more »
Amigos, Mísseis de curto alcance, que têm grande possibilidade de uso em dogfight , normalmente são lançados de trilhos. O motivo é que a arena de combate “gira” muitos graus por segundo até que o míssil seja ejetado, aceso e liberado para manobrar. Nesse momento, pode ser que o alvo desejado já esteja fora do ângulo de visada do sensor do míssil, ou ele tenha que manobrar muito forte (atrasando e perdendo energia) para sua perseguição ao alvo. Em termos de arrasto e RCS, um trilho na ponta da asa ou apenas um pilone na fuselagem/asa devem ter resultado semelhante.… Read more »
Mas vocês estão discutindo a possibilidade teórica de ser instalado baias internas de armas ou portas recobrindo os lançadores ventrais de mísseis, e o que espanta é a minha colocação absolutamente pertinente de que o Gripen E sequer tem capacidade de levar mísseis de forma conformal? Armas conformais não precisam ficar embutidas, bastando que fiquem semi-embutidas ou apenas bem justapostas à aeronave numa dada reentrância, sem que haja nenhum dispositivo intermediário. Sinceramente não vejo o que o tamanho do caça tenha a ver com o conceito. Mesmo um caça pequeno como o Gripen E, que inclusive deverá ser capaz de… Read more »
“Mas vocês estão discutindo a possibilidade teórica de ser instalado baias internas de armas ou portas recobrindo os lançadores ventrais de mísseis, e o que espanta é a minha colocação absolutamente pertinente de que o Gripen E sequer tem capacidade de levar mísseis de forma conformal?” Bosco, só deixando claro: Eu (esclareço mais uma vez: falando só por mim) não discuti a possibilidade, e sim a impossibilidade ou inviabilidade de tudo isso. Pode rever meus comentários. A única coisa que cogitei (e, ainda assim, no sentido de achar algo com alguma pertinência mas pouquíssima possibilidade ou viabilidade) era uma cobertura… Read more »
PS – só vi agora o comentário do Ivan de ontem às 22:55. Ele resumiu em poucas linhas o que gastei vários parágrafos para desenvolver, rsrsrsrs.
No meu entender a solução para o Gripen não é baias internas, mas um EWP semelhante ao do SH.
[]’s
Justin, Acredito que é por aí! Outro ponto que nosso amigo Bosco deve considerar são as exigências de projeto do Gripen NG e do Rafale, como caças originalmente multirole. Penso que “reentrâncias” cabem aos caças prioritariamente pensados para superioridade aérea, como Tornado ADV, Typhoons e mesmo os veneráveis Phantoms. (Mas ressalvando que os especialistas em superioridade aérea normalmente se saíram bem em missões ar-solo, como interdição, SEAD e outras). O Gripen NG com 3 (três) reentrâncias na parte inferior da fuselagem ficaria ótimo para missões ar-ar. Mas o que fazer quando precisar trocar para ar-terra e decolar com um par… Read more »
Bosco, Vc e Nunão já andaram debatendo este assunto por aqui: http://www.aereo.jor.br/2014/05/02/crise-na-ucrania-reforca-necessidade-suica-de-comprar-o-gripen/ Acredito que solução proposta separadamente por Nunão e pelo Justin do uso de pilones sem trilho (se é que entedi corretamente) pode ser mais viável do que comprometer dois ou mais pontos de armas ar-terra com reentrâncias específicas para mísseis ar-ar. O Gripen é discreto por sua pequena dimensão, como os A1 Ghibli italianos no Kosovo. Não cabe pretender ser furtivo como os especialistas. Terá que usar outros recursos, inclusive a cortina de confusão que toda batalha levanta, inclusive eletrônica. Furtividade é mais caro e exige aeronaves maiores.… Read more »
Creio que a célula seja por demais estreita, p/ poder receber recessos p/ AAM BVR “a la F-4 Phantom”, e ainda acomodar cargas nos 3 ptos duros da fuselagem central.
Lembrando ainda que há uma “station” dedicado ao “targeting pod”, em oposição ao canhão Mauser.
No link abaixo, do site da T&D, detalhe da nova estrutura central, p/ o Gripen E:
( http://www.tecnodefesa.com.br/admin/public/files//Foto3GripenNGnewinfo.jpg )
Não há espaço sobrando, de jeito e maneira.
Que assinem logo o contrato e os C/D chegue logo ao Brasil como tampões
Prezados,
Uma dúvida: A supermanobrabilidade não exige a instalação de empuxo vetorado? Se é assim e o motor americano no Gripem não tem esse mecanismo, ele tem supermanobrabilidade como mencionado em um dos comentários?
Beleza Ivan e Nunão. Vale salientar que eu não estou cobrando que haja reentrâncias (ou mais corretamente, como citou o Maurício: recessos) no Gripen E de modo a transportar mísseis BVR de forma conformal ou semi-conformal. Minha colocação foi no sentido que se ele não tem esse detalhe, que considero simples, e que ajuda de algum modo a reduzir o arrasto, o peso e o RCS, mais complicado seria dotá-lo de baias internas. Mas sem querer insistir, não é porque o Gripen E será capaz de levar 3 pilones para mísseis BVR que os recessos para esses mísseis precisariam ser… Read more »
nadimchaachaa 5 de maio de 2014 at 8:19 # Defina supermanobrabilidade, em primeiro lugar. O fato: o Gripen realiza sem vetoramento de empuxo as mesmas manobras que o Su-30 MKI, por exemplo, realiza com seus bocais direcionáveis. Exemplo: a manobra conhecida como “Pugachev Cobra”. Vetoramento de empuxo acrescenta peso e custos a um projeto. Compensa? Bem, o Gripen só com seus canards faz a mesma ou quase a mesma coisa. Os americanos colocaram vetoramento de empuxo no F-22 (2D). Mas desistiram no F-35. Porque será? 😉 O vetoramento de empuxo, como só é relevante em manobras de baixa velocidade, ajuda… Read more »
Beleza Vader, entendi. Não sabia que o Gripen era TÃO manobrável assim. Mais um ponto a favor do danado…
Obrigado.
Que pena, retiraram umas das coisas que mais gostava nele: a bequilha dupla. Mas continua bonito, com aquele aspecto de “caça espacial”…
Mauricio R. 5 de maio de 2014 at 0:48 # Creio que a célula seja por demais estreita, p/ poder receber recessos p/ AAM BVR “a la F-4 Phantom”, e ainda acomodar cargas nos 3 ptos duros da fuselagem central. Lembrando ainda que há uma “station” dedicado ao “targeting pod”, em oposição ao canhão Mauser. No link abaixo, do site da T&D, detalhe da nova estrutura central, p/ o Gripen E: ( http://www.tecnodefesa.com.br/admin/public/files//Foto3GripenNGnewinfo.jpg ) Não há espaço sobrando, de jeito e maneira. Maurício, tem certeza que é uma estação para “targeting pod” próximo ao trem de pouso dianteiro ? É… Read more »
Roberto, Acho que você está enganado de novo (rsrsrs). Naquela ocasião, nós estávamos falando de outra coisa, de uma entrada de ar pequena e centralizada, que existe no biposto… O que o Maurício está falando aqui é de um pilone na parte anterior da fuselagem, do lado direito (boreste), logo abaixo da tomada de ar daquele lado, enquanto o canhão fica do lado esquerdo (bombordo). Na ilustração que é tema desta matéria, esse pilone aparece logo atrás do assento do piloto como “raio-x”, em cor mais azulada porém com contorno pontilhado (indicando que se está olhando “através” do caça para… Read more »
A moda do TVC deve voltar com os caças de 6ªG, mas não para prover supermanobrabilidade, e sim, manobrabilidade básica, tendo em vista que algumas superfícies de controle podem não ser utilizadas, tais como os estabilizadores verticais e lemes, e o controle dos gases de exaustão dos motores se fará necessário. Também o TVC será útil para prover capacidade SSTOL (pouso e decolagem supercurto). Mesmo no caso de serem “não tripulados” não vejo os caças de 6ªG com supermanobrabilidade. Ela não fará falta nem para o ataque e nem para a defesa. Sem falar que estamos a ver o nascedouro… Read more »
Putz Nunão, você tá certo (de novo kkkkkk), estava analizando a imagem que o Maurício colocou e aí percebi meu engano….
Mas ainda vou descobrir o que é aquela peça com certeza.
Roberto Bozzo,
Caso você ainda passe por aqui, encontrei citação em material da Saab descrevendo a tomada de ar sob a fuselagem do Gripen biposto (exclusiva desse modelo) que você tinha curiosidade:
“A central under-fuselage air intake for the environmental Control system (eCs) replaces the twin intakes of the single-seat version.”
Vader 5 de maio de 2014 at 13:21 Vader, é muito comum as pessoas associarem o vetoramento de empuxo com manobras à baixa velocidade, que os russos popularizaram em shows aéreos, mas a sua utilidade vai além disso. Veja essa interessante entrevista do Paul Metz, o principal piloto de testes do F-22 na fase de desenvolvimento (pós YF-22): http://www.ausairpower.net/API-Metz-Interview.html Lá ele fala sobre alguns mitos do empuxo vetorado e cita exemplos da sua utilidade, como por exemplo o baixo arrasto em manobras à velocidades supersônicas (com o supercruise do F-22). Imagino que os motivos que deixaram o F-35 sem bocais… Read more »