Compra de ‘Grippen’ é passo para desenvolvimento de caça brasileiro, diz embaixador

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Gripen NG - foto Saab

ClippingNEWS-PAA aquisição pelo governo brasileiro de 36 aviões de caça suecos Grippen (sic), anunciada em dezembro de 2013, será o primeiro passo para o desenvolvimento pelo Brasil de seus próprios aviões militares, disse nesta quinta-feira (24) o embaixador designado para representar o país em Estocolmo, ministro de primeira classe Marcos Vinicius Pinta Gama. Sua indicação recebeu parecer favorável da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), juntamente com a indicação da ministra de primeira classe Carmen Lídia Richter Ribeiro Moura para representar o país na Bulgária.

Em sua exposição aos senadores, Gama observou que a Suécia nunca foi uma potência militar intervencionista, mantém postura de neutralidade e não participa de guerras há 200 anos. A manutenção desse “esplêndido isolamento”, prosseguiu, teve como preço o desenvolvimento de uma indústria de ponta no setor de defesa, o que inclui a fabricação dos aviões de caça que comporão a nova frota da Força Aérea Brasileira.

– O contrato de compra dos Grippen (sic), que será firmado até o final do ano, permitirá ampla transferência de tecnologia e fabricação conjunta das aeronaves. Devemos pensar nesse projeto como nossa graduação para projetar e construir nosso próprio avião de caça no futuro – afirmou Gama, ressaltando que o negócio, envolvendo US$ 4,5 bilhões, permitirá ao Brasil contar com uma aeronave de menor custo e alto desempenho, já vendida a países como África do Sul, Tailândia e Suíça.

Caça Gripen da África do Sul voando no Cabo da Boa Esperança - foto F Dely - Saab

Segundo o embaixador, não haverá um “foco exclusivo” em defesa no relacionamento bilateral. Ele mencionou que os dois países têm “forte convergência” em temas globais como promoção da democracia, proteção aos direitos humanos, governança da internet, redução da pobreza e promoção da paz. Outro motivo de aproximação, recordou, é a recente oferta pelo governo sueco de 1600 vagas a estudantes brasileiros no programa Ciência sem Fronteiras.

No que se refere à economia, Gama – cuja indicação teve como relatora a senadora Ana Amélia (PP-RS) – disse que pretende se empenhar pelo equilíbrio no comércio bilateral, atualmente deficitário para o Brasil. Ele ressaltou a importância da criação de um centro binacional de inovação tecnológica, em São Bernardo do Campo (SP), e na parceria com a Suécia na promoção dos biocombustíveis. Gama representará o Brasil, cumulativamente, na República da Letônia.

Dilma

A embaixadora designada para representar o Brasil em Sofia disse que as relações com a Bulgária tiveram um impulso com a eleição da presidente Dilma Rousseff, cujo pai é búlgaro. Dilma visitou a Bulgária em outubro de 2011. Naquele país, como recordou a embaixadora, ainda há minorias ameaçadas pela pobreza. Por isso, um dos principais enfoques do relacionamento bilateral será a cooperação na implantação de programas sociais, nos quais o Brasil tem obtido significativo sucesso.

Carmen Lídia – cuja indicação teve como relator o senador Luiz Henrique (PMDB-SC) – admitiu que o comércio bilateral é pequeno. Ela ressaltou, porém, as possibilidades de ampliação nas relações bilaterais em setores como cultura e educação. A diplomata também representará o Brasil junto à Macedônia, república de dois milhões de habitantes que fazia parte da antiga Iugoslávia e que enfrenta uma taxa de desemprego de 30%, além de “fortes tensões étnicas entre eslavos e a minoria de origem albanesa.

Durante o debate, Ana Amélia, que presidiu a reunião, ressaltou a importância da prioridade dada por Brasil e Suécia aos biocombustíveis. Ela lamentou, contudo, ter visto naquele país propaganda contra a importação de álcool do Brasil, por causa de suposta produção de cana-de-açúcar na Amazônia.  O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) apontou a importância de se debaterem, durante as sabatinas com futuros embaixadores, temas como meio ambiente, comércio ilícito de mulheres e crianças e o armamentismo. Por sua vez, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) chamou atenção para o progresso alcançado pela Suécia na redução das desigualdades sociais.

Batalhão Suez

Ao final da reunião, Suplicy leu parecer favorável ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 332/11, de autoria do senador Humberto Costa (PT-PE), que determina a concessão de pensão especial a ex-integrantes do Batalhão Suez, enviados pelo Brasil ao Oriente Médio na década de 50 como parte de um programa de paz da Organização das Nações Unidas. Como se trata de matéria terminativa na comissão e não havia quórum suficiente para deliberação, a votação do projeto ocorrerá em uma próxima reunião.

CRE - Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional

FONTE /FOTO DE BAIXO: Agência Senado

FOTOS DO ALTO: Saab

NOTA DO EDITOR: não queremos ser chatos ou preciosistas, afinal, “herrar é umano” e atire o primeiro míssil quem nunca escreveu errado o nome de um caça. Mas será que a mania brasileira das últimas décadas de achar “chique” dar nomes próprios com consoantes repetidas (e algumas outras acrescentadas) pegou a tal ponto que contamina a escrita dos nomes de aviões de caça? Afinal, não é incomum encontrar essa criatividade estampada em nomes como “Phellippe”, “Estephannie”, “Ellisson”, entre alguns exemplos, e não é a primeira vez que se chama, por aqui, o caça sueco de “Grippen” ao invés de Gripen. Não será de se estranhar se, um dia, ganhar um “pph” e virar “Gripphen”…

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Fighting Falcon

Desenvolvimento do caça nacional…
Esses políticos e pessoal do primeiro escalão são comediantes hein…
Vamos ter verba que seja disponibilizada para manutenção e investimento do que precisamos atualmente, comprar reabastecedores, LIFT, caças para a MB, A-12 funcionando novamente a pleno vapor, entre outros que ficar falando besteira de desenvolver um caça nacional.
Mais de uma década para comprar 36 caças (poderiam ter fechado um lote de uns 50/60 com entregas até 2025) e com esse discurso para desenvolver uma aeronave dessas aqui.
Vamos em frente.

nadimchaachaa

Grippen…Gripphen…hífen…hímen…chega…
Porque não adotamos o nome no nosso idioma? Grifo…

Nadim.

nadimchaachaa

RRrsssss…Intercepte sua gripe com Gripen 1.000.000.000.000 Mg… Cordialmente, Nadim. P.S.: Mas nenhum dos que mantivemos o nome original foi construido aqui. Além do Super Tucano, tivemos o Xavante, que na Itália certamente tinha outro nome e foi construido aqui. Lendo a Revista de Defesa 9 aprendi que nosso AMX (que para mim, sem entender porque, sempre foi AMX), para os italianos era o Ghibli, para nós era A-1 Falcão…Concordo que o animal não tem nenhuma afinidade com nossa cultura mas, além de ser um animal mitológico bem bacana e que representa bem a personalidade de nosso caça, sim, porque já… Read more »

eduardo pereira

Ae colocariam o caça na caixinha e na propaganda diriam lance um misil e abata sua gripe com Gripen 1000.000.000.000 mg com um caça abatendo o virus da gripe !!!

Sds

Penguin

Off: About the Service Life of the F/A-18 (Source: Swiss Dept. of Defence, Civil Protection and Sport; issued April 24, 2014) (Issued in French; unofficial translation by Defense-Aerospace.com) With the acquisition of 22 Gripen, the F/A-18 C/D fighters will be decommissioned in about 2030. Without the Gripen, however, the Air Force would be forced to operate the F/A-18 fleet at a higher rhythm and, consequently, the service life of these aircraft would likely end in 2025. The Swiss Air Force’s F/A-18s are allowed to fly up to 5,000 flight hours per aircraft over its service life. The entire fleet of… Read more »