Futura base dos caças Gripen NG comemora 42 anos
Neste sábado (5/4), a Base Aérea de Anápolis (BAAN) comemorou 42 anos de sua criação. Criada em 1972 para abrigar os jatos Mirage III, a Base vive hoje a expectativa da chegada dos Gripen, novos caças da Força Aérea Brasileira. A BAAN também se prepara para, ainda em 2014, receber o Terceiro Grupo de Artilharia Antiaérea de Autodefesa (3º GAAAD), que capacitará os militares de infantaria a dar apoio, em solo, às missões aéreas, em tempos de paz ou de conflito.
O aniversário foi comemorado em uma solenidade realizada na última sexta-feira (4/1) com a presença de militares que já serviram na BAAN, como o Major-Brigadeiro do Ar Antônio Carlos Moretti Bermudez, atual Comandante do Sexto Comando Aéreo Regional (VI COMAR). Também estavam presentes representantes da primeira turma de soldados formados na BAAN, em 1974. A solenidade envolveu ainda uma homenagem aos ex-comandantes da Base Aérea de Anápolis, a entrega da Menção de Destaque Operacional Ouro e a entrega da Medalha de Ouro a militares com 30 anos de serviço na FAB.
Uma vida em Anápolis
Dos 46 anos de vida do Suboficial Paulo Henrique Dias de Carvalho, os últimos 28 foram dedicados à Base Aérea de Anápolis. “Vim direto da Escola de Especialistas da Aeronáutica. Gostei muito daqui e por isso nunca quis mudar. A Base é bem operacional, com excelentes profissionais. Fui mecânico de Mirage e vi muitas coisas acontecerem aqui. Apesar de muitas horas sem dormir, de dedicar minha vida em prol do desenvolvimento do esquadrão, sou muito feliz aqui”, diz o militar, que do atual efetivo é que conta com mais tempo na BAAN.
Localização estratégica
No início da década de 70, a cidade de Anápolis foi escolhida para receber os então novos caças Mirage III por sua localização estratégica, a 130 quilômetros de Brasília. O objetivo do então Ministério da Aeronáutia era criar a primeira “Unidade de Interceptação” da América do Sul para defender o espaço aéreo brasileiro e, principalmente, a capital federal. Oficialmente, a Base Aérea de Anápolis e o 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA) eram a mesma unidade até 1979, quando faziam parte da 1° Ala de Defesa Aérea (1° ALADA). A ligação entre a BAAN e o GDA se manteve: cabe à Base prestar todo o suporte necessário para que a unidade aérea cumpra a sua missão.
Em 2000, foi incorporado à BAAN o Segundo Esquadrão do Sexto Grupo de Aviação (2º/6º GAV). Equipado com jatos E-99 e R-99, fabricados pela Embraer e que destacam pelos seus sistemas embarcados, o esquadrão faz missões de alerta em voo, reconhecimento e participa do Programa SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazônia).
Em 2005, os Mirage III foram retirados de serviço e, entre 2006 e 2013, o 1° GDA operou com os Mirage 2000. Agora, as unidades aguardam a chegada dos caças Gripen enquanto caças F-5, vindos de unidades das Bases Aéreas de Manaus (AM), Canoas (RS) e Rio de Janeiro (RJ), realizam o alerta de defesa aérea a partir da BAAN.
FONTE: FAB
A minha dúvida em relação a Anápolis é a seguinte:
Anápolis protege o QG dos bandid..ops..do nosso Governo, mas quem ou o que protege Anápolis? Existe um sistema de defesa para uma de nossas principais bases aéreas?
Roberto F Santana
Na minha opinião o que deveria haver é uma padronização de nossos armamentos. A Saab já anunciou a possibilidade de produzir o Sea Gripen, versão naval do Gripen NG, da FAB. Seria muito mais interessante do que ficarmos reformando esses combalidos A-4, avião que admiro muito, mas não serve mais.
Aliás não vejo também necessidade do Brasil possuir um porta-aviões, precisamos de projeção de força?
Talvez bases navais costeiras estratégicamente posicionadas, equipadas com sistemas de mísseis, aviões de patrulha, anti-submarino, caças e helicópteros seria uma melhor opção.
O A-4, assim como o MiG-17, possuía uma grande taxa de curva sustentada. Mas isso é contido com a geriátrica tática do B&Z. E não tem escapatória.
Eu pessoalmente acho que a compra dos Mirage IIIE foi melhor, era uma aeronave multifunção, fazia as duas coisas. Era a mais equilibrada aeronave da época.
Com a súbita chegada do F-5E no mercado, não fazia mais sentido a FAB buscar novas compras de Mirage como pretendia. Era mais moderno, mas barato, quase perfeito para nossas necessidades.
Com a súbita chegada do F-5E no mercado, não fazia mais sentido a FAB buscar novas compras de Mirage como pretendia. Era mais moderno, mas barato, quase perfeito para nossas necessidades.
E vinha com REVO.
Roberto, mísseis tem envelope de engajamento. Saia deles e o disparo é perdido. O alcance do Sidewinder por trás é muito curto, 3, 5 km no máximo, para um alvo subsônico. Numa eventual peleja entre o Mirage III e o A-4, o francês (ou Lighting, F-104, Draken) pode desengajar a vontade, e atacar quando for vantajoso. O A-4 não tem desempenho para perseguir. Acima de 7, 8 mil metros o A-4 não faz nada. E se modernizados, com mísseis atuais, o Mirage ainda tem vantagem cinética, podendo dar maior alcance aos seus mísseis. E na era pré-AIM-9L, o Mirage tinha… Read more »
Desculpem aos amigos ai de cima. Tipo de comentários que em nada tem a ver com o aniversário da BAAN.
Parabéns BAAN e se prepare bem bonita para a chegada de seus novos “Guardiões”!
Também meus agradecimentos a todo esse pessoal mencionado na matéria que fizeram historia desta base, desde o sentinela ao piloto de caça!
Roberto,
E o “Canbrerra” peruano “perdido” no RS???
Não seria o tipo de incidente que justificaria a criação da base em Anápoplis?
Clésio,
O F-4E tinha canhão interno e era dos tempos pré -9LIMA.
É eu sabia que alguém iria lembrar dessa 🙂
No Atlântico Sul o SHAR (Sea Harrier) era subsônico e os Mirages e Fingers argentinos foram tdos alvejados pela cauda.
No Atlântico Sul o SHAR (Sea Harrier) era subsônico e os Mirages e Fingers argentinos foram tdos alvejados pela cauda.
Exatamente. Não conheço combate a curta distância que não seja em velocidade subsônica.
Maurício R, boa noite.
Os deltas argentinos não tinham autonomia para realizar operação útil a mais de 400 milhas de distância em configuração supersônica.
Abraço,
Justin
Srs Os Mirage III foram concebidos para interceptar bombardeiros em alta altitude, similar aos deltas norte americanos F102 e F106 ou aos F104 e Lightning. Era subir rápido, dirigir-se ao alvo com apoio dos sistemas de controle de terra, localizar no radar ou visualmente e atirar. Não foram concebidos para dogfight. O Mirage III ganharam fama na mão da IAF mais pela capacidade dos pilotos e do uso de táticas desenvolvidas para compensar suas limitações na funções em que foram usados, combate aéreo próximo e ataque ao solo. Anápolis foi escolhida, realmente, para proteger Brasília e fazia parte de um… Read more »
Olá Roberto, vou tentar esclarecer de forma mais clara a minha posição: – Sim AIM-9L tem o seu envelope de engajamento. Fora deles é como você descreveu, um tiro no vazio. Porém, ele ainda pode ser evitado com curvas de alto G, quando disparado sob certos ângulos do alvo. Nem todo tiro dentro do envelope é garantia de sucesso. E nem falamos sobre contramedidas; – O alcance por trás é quando o míssil é disparado às 6 horas do alvo. Um Sidewinder pode engajar um alvo de frente (às 12 horas do alvo) a uns 10 km, mas quando disparado… Read more »
“O alcance nao muda, voce confunde a relacao de movimento dos corpos. Lembre-se, a distancia percorrida so interessa a quem dispara o missil.Portanto se quero interceptar alguem com Spad armado com Sidewinder devo procurar alguem que esteja dentro de 10 Km. Agora se estou num F-22 com o mesmo missil meu alcance permanence os mesmos 10 km.” Roberto, Permita-me entrar na conversa para dizer o que eu acho que o Clesio quis dizer, aproveitando este seu exemplo. Se você está num hipotético SPAD armado com Sidewinder, voando a 200km/h e o seu alvo é outro SPAD em velocidade semelhante e… Read more »
Complementando, Este trecho de interessante artigo publicado na ABRA-PC e que replicamos aqui em 2010 trata de engajamento com disparo de míssil de curto alcance, num combate entre aeronaves com diferentes capacidades: no caso, um F-16 contra um A-29, mostrando como varia o alcance conforme uma ou outra aeronave seja a atacante (A-29 disparando contra um F-16 ou F-16 disparando contra um A-29). http://www.aereo.jor.br/2010/03/16/armamento-ar-ar-para-o-at-29-uma-analise-da-eficacia-operacional/ O texto esclarece como o envelope pra engajamento num caso e no outro varia e muito, o que deixa toda a iniciativa por conta da aeronave com maior desempenho, que pode atacar a outra de menor… Read more »
Roberto, o alcance dos mísseis, quando perseguindo um alvo por trás, cai significativamente. Isso é de conhecimento geral. Você é o primeiro que vejo dizer que não ocorre.
Gostaria que um dos colegas do Poder Aéreo que possui conhecimento na área, pudesse fazer um comentário e explicar isso em termos claros.
Quanto ao desempenho do A-4 em dogfight, vejo que o amigo é admirador da aeronave, então vou parar por aqui 🙂
rsrsrsrs…
Roberto, já discordei muitas vezes do Clésio (em outras tantas, concordei), estou longe de ser um “fiel escudeiro”. Apenas aprecio um bom debate.
Abraço!
(PS – esse filme é sensacional)
Sem querer meter a colher nesse assunto entre vocês, mas já metendo…
Sugiro a leitura do seguinte artigo:
http://www.aereo.jor.br/2010/03/16/armamento-ar-ar-para-o-at-29-uma-analise-da-eficacia-operacional/
Destaco uma frase dele
“Concluímos que para as condições citadas o alcance do míssil varia em 130%. Tem-se uma medida da influência do fator velocidade do vetor lançador no desempenho de um míssil.”
“Guilherme Poggio 10 de abril de 2014 at 19:34”
Pois é, Poggio, justamente o artigo que eu sugeri a leitura às 17h41, e do qual coloquei um trecho.
Abs!
Que é isso Roberto, não há derrotas aqui, mas trocas de informação. É bem melhor que as discussões sobre política que a gente vê por aí.
Vixe Maria!! Numa matéria sobre o aniversário da BAAN, recebemos várias aulas sobre combate aéreo, dos nossos amigos caçadores! Pena que o treinamento BVR em Anápolis acabou no último dia 02… Como já foi postado acima, a construção da BAAN e a compra dos F-103 fizeram parte de um pacote, o de aquisição de um sistema de Defesa Aérea, que funciona muito bem, e não ficou pras ¨calendas gregas¨. Ainda bem que a BAAN foi construída, pois é a Base que possui as melhores instalações para a implantação do GRIPEN, Passei 7 anos da minha carreira lá. Se não fosse… Read more »
Roberto, conheço sim o Avialogs, de muitos anos até. Peguei vários manuais lá antes de virar pago. Inclusive tinha enviado o manual do Mirage IIIE (em francês) para um pessoal que frequenta o Poder Aéreo. Vou compartilhar com você outro site interessante, que disponibiliza documentação oficial: http://www.alternatewars.com/SAC/SAC.htm Ele disponibiliza a ficha de desempenho das aeronaves, a partir de testes da USAF e USN. É bem bacana e são dados oficiais, nada de website de fabricante e da USAF cujo estagiário não sabe o que é MACH e bota valores errados… As fichas de quase todas as versões do A-4 estão… Read more »
P.S. O dia que você achar o manual do SEPECAT Jaguar A francês, não deixe de me avisar.
Caro Roberto F Santana
Eu já encontrei sim uma vez. Foi no scribid. Aqui está a versão do manual em russo (http://pt.scribd.com/doc/35654147/ussr-information-book-sepecat-jaguar). Se procurar melhor pode achar a original em inglês. Baixei vários manuais de diversos aviões lá. Inclusive do Tucano e do AMX.
Abrs