O que fazer com uma centena de F-35?
Os caças F-35 já produzidos possuem versões de software limitadas. Em função disso estas aeronaves possuem restrições operacionais (não podem voar a noite ou com mau tempo, por exemplo) e não podem entrar em combate. Até mesmo para simples treinamentos eles se mostram deficientes. A solução seria atualizar todos os aviões, mas a que custo?
A Força Aérea dos EUA (USAF) está planejando uma atualização individual ou em blocos múltiplos de pelo menos 80 aeronaves Joint Strike Fighter já entregues com pacotes de software que incluem pouca ou nenhuma capacidade de combate, com o objetivo de tornar estes aviões plenamente capazes de combater. A mudança vai adicionar ainda mais custos de curto prazo para o programa F-35, mas, segundo esperanças das Forças Armadas, reduzirá o custo do ciclo de vida dos aviões ao longo do tempo e impedirá que os aviões fiquem restritos a missões de treinamento diurnas.
No momento os oficiais da USAF não estão debatendo muito sobre a melhora na capacidade dos aviões, e os jatos podem até ficar em suas configurações atuais enquanto a Força Aérea preenche sua frota projetada para 1.763 caças F-35. Em vez disso, a USAF está trabalhando para definir a forma mais eficiente de realizar as atualizações.
As duas principais opções são: esperar até que uma versão mais avançada do software, a Bloco 3F, esteja disponível por volta de 2018 ou atualizar gradativamente esses jatos com softwares intermediários, como 2A e 2B, até que o 3F esteja pronto. O último processo poderia começar no ano fiscal de 2015, disseram as fontes, e parece ser a opção preferida, enquanto se aguarda os resultados de uma análise de custos.
Estes aviões modernizados poderiam ser utilizados em treinamentos nas unidades operacionais de F-35. Em contraste, outro caça de quinta geração da Força Aérea – o F-22 – está sendo submetido a um upgrade rigoroso e caro depois que a produção terminou.
Similar aos programas de aquisição de aeronaves do passado, os F-35 foram entregues à Força Aérea e outros usuários com aumento da capacidade à medida em que o tempo passa. Mas a forma como programa se desenvolveu significa que a primeira centena de aeronaves deverá ser atualizada – alguns de forma mais branda, outros de forma mais significativa – até que elas possam ser consideradas operacionais. A primeira versão de software considerada como tendo a capacidade de combate limitada é chamada Bloco 2B e deve estar disponível no final do próximo ano, enquanto o bloco esperado para conter muito mais opções de combate, a Bloco de 3F, está programada para completar os ensaios em voo no final de 2017.
Por volta desse ano, as aeronaves que estiverem saindo da linha de produção da Lockheed Martin serão entregues com muitos ou todos os sistemas definitivos que tornarão as funcionais as características únicas do F-35. Os demais usuários do JSF, no entanto, terão que decidir como as aeronaves previamente entregues devem ser configuradas e a que custo. Esse ônus pertence principalmente à Força Aérea e aos Fuzileiros Navais, que possuem cerca de 90% de todos os F-35 atualmente em atividade.
A Lockheed possui um gráfico com a lista de todos os aviões entregues até janeiro deste ano, incluindo o modelo, o cliente, a variante, o bloco de software que foi instalado e quando saiu da fábrica de Fort Worth. A Força Aérea e os Fuzileiros receberam cada um cerca de 40 aviões, enquanto a Marinha dos EUA, o Reino Unido e a Holanda receberam um outro tanto de seus respectivos modelos encomendados.
Na frota atual da Força Aérea, 15 aeronaves são do bloco 1, enquanto 21 foram entregues como aeronaves Bloco 2A e serão atualizadas para o Bloco 2B. Com os recursos já disponíveis a USAF adquirirá outras 47 aeronaves no sexto e no sétimo lotes de produção que serão entregues como Bloco 3i, de acordo com os “press releases” emitidos pela Lockheed e pelo escritório do programa após a formalização desses contratos. Isso traria uma estimativa conservadora de 83 aeronaves pertencentes aos sete primeiros lotes que necessitariam de atualizações, não incluídas aqui as plataformas de teste. Essa estimativa também não inclui as unidades adquiridas no Lote 8, composto por aeronaves Bloco 3i, e que ainda está sendo negociado entre a Lockheed e o governo e portanto não estão incluídos oficialmente. É provável que o número fique próximo de 20.
O quadro atual, composto por 83 aeronaves, representa cerca de 5% por cento do programa proposto pela Força Aérea para o F-35A.
Em uma entrevista recente o coronel Sam Shaneyfelt e o tenente coronel David Chace, ambos da USAF, disseram ao ‘Inside the Air Force’ que a Força Aérea está comprometida em elevar todos os seus jatos ao padrão Bloco 3F, em havendo recursos, ao invés de relegar um papel secundário para estas aeronaves apenas em operações básicas de voo de treinamento. Shaneyfelt e Chace são, respectivamente, o comandante e subcomandante do escritório de gerenciamento do sistema F-35 no Comando de Combate Aéreo da USAF, que será responsável pela operação do F-35A da Força Aérea.
“A autorização do Congresso representa um segundo passo, mas nós planejamos[em nosso programa de defesa futuro] financiar as melhorias do bloco e elevar todas as nossas aeronaves ao padrão 3F”, disse Chace.
Considerações de custos de missão e simultaniedade
A decisão de atualizar a frota em alguns aspectos desempenha a pior face da simultaniedade [quando o desenvolvimento do produto ocorre em conjunto com a produção de aeronaves] o que levou e levará a modificações caras para produtos já entregues apenas para torná-los operacionalmente relevantes. Essas despesas poderiam ser minimizadas ser o Pentágono esperasse até que o programa estivesse mais maduro antes de iniciar as compras . Por outro lado, Shaneyfelt e Chace disseram que deixar os F-35 que a Força Aérea já comprou em uma configuração inferior limitará imprudentemente a sua utilidade, criará desafios logísticos, aumentará os custos de apoio e, provavelmente, necessitará de financiamento para atualizar aeronaves antigas.
A Força Aérea pretende declarar a capacidade operacional inicial (IOC) com o software Bloco de 3i em 2016. O Corpo de Fuzileiros Navais espera atingir IOC um ano antes, provavelmente colocando ainda mais pressão sobre o corpo para atualizar seus caças F-35, logo que o progresso do desenvolvimento e financiamento disponível permitirem.
Os custos para atualizar o hardware e o software, necessários para elevar os jatos inicialmente produzidos até um nível totalmente operacional, serão somados ao preço já pago pela Força Aérea por cada aeronave . De acordo com dados fornecidos pela Lockheed Martin, o preço “flyaway” de um F-35 do LRIP 1 começou em US $ 214 milhões e caiu – embora alguns tenham questionado estas estatísticas – para 98 milhões de dólares americanos no LRIP 7.
As aeronaves que exigirão as modificações mais sérias para atingir o nível Bloco 3F foram construídas nos primeiros cinco lotes de produção e entregues com software Bloco 1A , Bloco 1B e Bloco 2A. O custos destes aviões: US$ 214 milhões para LRIP 1, US$ 159 milhões para LRIP 2, US$ 127 milhões para LRIP 3, US$ 11o0milhões para LRIP 4 e US$ 106 milhões para LRIP 5, segundo Siebert da Lockheed. O financiamento para a modernização destes aviões está incluído no programa de defesa dos anos vindouros, de acordo com Chace e Shaneyfelt , mas exigiria a aprovação do Congresso. E Chace disse que todos os aviões Bloco 1A já foram elevados ao padrão Bloco 1B.
Chace disse que o custo previsto de modificação de aviões específicos ainda está em estudo, e o valor dessa modernização deve variar de acordo com o que está sendo proposto para o F-35 atualizado, quando essa modificação será realizada , e a que padrão do jato deverá ser elevado. Chace disse que informações mais detalhadas sobre o custo provável deveriam ser endereçadas ao escritório do programa do F- 35, que não respondeu a várias chamadas e e-mails solicitando comentários. Ele e Shaneyfelt também não responderam a uma série de perguntas de acompanhamento previstos para Comando de Combate Aéreo , em 3 de fevereiro.
Análises em andamento estão avaliando se é mais eficiente em termos de custo esperar até que o Bloco 3F seja liberado para a frota e, em seguida, iniciar a atualização de aeronaves ou começar a fazê-lo em breve. Se a diferença de custo é insignificante, Chace disse que a preferência da Força Aérea é, de longe, iniciar a modernização das atuais aeronaves imediatamente.
“Quando você olha para a forma como este programa é planejado, ele deverá ser feito em um par de anos até o 2B, e outro par de anos até o 3F, por isso a partir de uma perspectiva de formação e para maximizar o uso de um bem que já foi pago, estamos pedindo e analisando para que o processo de atualização ocorra o mais cedo possível” , disse ele.
Como exemplo do benefício proveniente das atualizações, Chace citou o processo pelo qual a Força Aérea libera seus aviões para voos noturnos e sob mal tempo. O Joint Strike Fighter deve possuir uma configuração Bloco 2 ou superior para voar em outra condição que não seja sol e céu azul, deixando assim qualquer aeronave Bloco 1 inútil para voos à noite ou em sob tempo ruim. Além disso, ter aeronaves em várias configurações de software – como bloco 2A, 2B , 3i e 3F – , necessitaria de certificações separadas para cada um, criando um trabalho considerável e custos para Air Force Life Cycle Management Center.
Possuir pequenas frotas de aviões F-35 com softwares específicos também aumenta os custos de sustentabilidade, disseram Chace e Shaneyfelt. Essa ideia é consistente com a filosofia emergente da Força Aérea de operar frotas relativamente grandes de aeronaves multimissão e despojar-se de plataformas dedicadas, como o C-27J , MC-12, e , possivelmente, o A-10 e KC- 10.
“Se tivéssemos que optar por manter nossas aeronaves, digamos, no padrão 1A, 1B ou mesmo um bloco 2 quando todo o resto está no padrão 3F, então eu teria uma pequena frota de aeronaves com componentes diferentes da maior parte da frota de 3.000 aviões ou mais”, disse Chace. “Portanto, se eu mantiver aeronaves com uma configuração diferente, seja um processador, um software, uma antena, então eu tenho que pagar mais dinheiro para estoques, laboratórios, bancadas de teste para manter a frota. No final, se você gastar um par de milhões de dólares por avião para atualizá-los para os blocos seguintes, no longo prazo você poupa o seu dinheiro”.
Além disso, os funcionários do Comando de Combate Aéreo sugerem que é muito mais inteligente treinar um piloto no nível máximo possível em sua unidade de treinamento antes de transferi-lo para uma unidade operacional que eventualmente poderia se engajar em um conflito. Essa estratégia garante que o piloto possa se concentrar em táticas de guerra, ao invés das qualidades de voo do avião quando ele chega à ala operacional. Para que isso ocorra na comunidade F-35, esquadrões de treinamento deveriam ter o software Bloco 3F disponível nas aeronaves de treinamento ao invés de Bloco 1 ou 2.
A outra opção, manter os aviões como estão hoje até que o Bloco 3F esteja pronto para a instalação nas aeronaves operacionais, seria similar ao programa de atualização de pós-produção desenvolvido para o F-22, disse uma fonte. Os Raptor estão sendo equipados hoje com sistemas verdadeiramente modernizados, mas também com alguns recursos que faziam parte do conjunto de exigências originais do jato. O mesmo poderia ocorrer no F-35 , dependendo das preferências de cada um dos clientes.
Modificação de expectativas
Ir de uma versão de um determinado bloco para outro – de 1A a 1B , por exemplo – supostamente envolveria apenas atualizações de software, que custam menos, levam menos tempo e tornam as aeronaves disponíveis para a frota mais rapidamente do que o trabalho de hardware. Mas Chace disse a Força Aérea teve que realizar algumas alterações de hardware quando modificou seus jatos Bloco 1A para uma configuração 1B, e é provável que ocorra o mesmo para passar de Bloco 2A para o Bloco 2B.
A atualização de um bloco para outro é mais significativa e mais cara. Chace reconhece que a mudança de aeronaves do Bloco 1B para o Bloco 2A vai exigir mudanças de hardware e software , e o salto do Bloco 2B para Block 3i será ainda mais exigente. O conteúdo dos softwares Bloco 2B e 3i são quase idênticos, mas rodam em hardwares diferentes, incluindo um novo processador central que é fundamental para as capacidades do Bloco 3.
“Em teoria, uma atualização de 1A para 1B passa somente pelo software”, disse ele. “Atualizar do Bloco 1 para Bloco 2, posteriormente, requereria uma combinação de hardware e software. Com os Blocos 2 , 2A e 2B, trata-se apenas software, em teoria. Vamos ver. Com o passar do tempo, se eles acharem que há um componente de hardware que deve ser devidamente alterado no momento certo, então assim será”. Ele referiu-se ao salto do Bloco 2B para Block 3i e, posteriormente, para o Bloco 3F, como “uma modificação muito maior de hardware porque você está mudando o núcleo do processador”.
Onde essas modificações seriam realizadas e por quem permanece como uma questão em aberto para as aeronaves dos Blocos 1 e 2 . Mas a modificação do Bloco 3i para Block 3F é projetada para ser bastante simples e envolver apenas atualização de software. Chace disse que a Força Aérea espera fazer essas alterações com as equipes de campo e evitar ter que levar os caças F-35 para outras instalações como os parques de manutenção.
Uma exceção a toda a discussão em torno dos jatos JSF dos lotes de produção inicial é o estado do programa de teste do F-35. Na Base Aérea de Edwards, na Califórnia e na Naval Air Station Patuxent River, os jatos de teste foram atualizados ao longo do tempo conforme o avanço do programa de teste de desenvolvimento avançou de um bloco para o outro, disse o tenente-coronel Mark Massaro em uma entrevista. Massaro, o diretor de operações do 461 Flight Test Squadron e um piloto de teste de JSF, disse que alguns dos aviões em sua frota foram projetados para teste, e pelo menos dois foram concebidos como F-35 de produção, mas em seguida transferidos para teste após um grande revisão do programa há vários anos. Não importa a sua origem, essas aeronaves foram modernizadas sequencialmente conforme as configurações de software e hardware mais recentes tornaram-se disponíveis, disse ele, e eles acabarão por ser equipado com o bloco 3.
FONTE: Inside Defense (tradução e edição do Poder Aéreo a partir do original em inglês)
VEJA TAMBÉM:
- Desenvolvimento do software do F-35 avança, mas alguns problemas persistem
- F-35A não é mais ‘caça VFR’
- Ele vai voar? (PARTE I)
- Ele vai voar? (PARTE II)
- Ele vai voar? (PARTE III)
- Ele vai voar? (PARTE IV)
- Lockheed Martin celebra a entrega do 100° F-35 Lightning II
- Programa do caça F-35 alcança 10.000 horas de voo
O que fazer?
Despejar muito mais grana, porque agora estão em um processo do qual não dá mais pra sair.
A culpa disso é principalmente dos EUA que deixaram um projeto duvidoso correr à revelia.
A Lockheed ofereceu a solução de “trocar” por f-22 faz tempo, mas pra desenvolver um f-22 V/STOL e um especificamente naval também fica ruim… SInuca de bico. Os Marines e a Navy tem os Harrier, o lobbynho e o lobbão. A USAF tem F-15, F-16 e F-22. Dependendo da vida útil dessas aeronaves, talvez possa pintar uns Silent Eagle’s para amenizar.
Engraçado como eles falam do F-35 como se fosse um computador de mesa. 🙂
Só tem uma pequena diferença de algumas centenas de milhões de dólares…rssss
[]’s
Ano passado eu disse que a Lockheed estava construindo protótipos em escala industrial. Houve quem discordasse de mim, mas agora está aí o resultado: uma quantidade enorme de aeronaves que não servem para esquadrões de linha de frente e que para serem transformados em aeronaves operacionais, devem receber caras modificações. O programa JSF é provavelmente o maior fracasso administrativo do Pentágono. Fizeram um contrato onde o fabricante tinha um cheque em branco nas mãos, e cada lorota contada era aceita quase se resistência, como por exemplo, começar a construir em série sem ter um padrão operacional pronto (não completo, mas… Read more »
Cada um com seus problemas!
Nós ficamos vinte anos pra substituir os Mirage III enquanto a USAF com 100 F-35 sobrando.
Ô problema grave esse, sô!!!
Rsrsrss
E isso porque eles estão quebrados. rsrss
O mais difícil é ter as aeronaves. Se vão gastar mais para deixá-las no padrão e aptas ao combate é um problema menor.
Isso me lembra um fato que ocorreu comigo. Estava eu na fila de um caixa automático quando chega um conhecido e na conversa ele reclama que tinha que pagar 18 IPTUs. Eu fiquei com tanta dozinha dele!!!
Ô, coitado!!!
Rsrssss
Difícil acreditar que a maior Fora Aérea do mundo tenha cometido uma catástrofe dessa! Imaginem se fosse aqui!
Será que rolaram cabeças lá na COPAC deles? É muito erro primário em gerencia de projeto.
Será que eles não tinham milestones pra cumprir?
E olha que o nosso FX-2 seguiu a sistemática deles… Um dos oficiais nossos do programa realizou o curso de aquisições na USAF.
Tá parecendo T-25 modernizado! Só voa de dia.
¨Força Aérea¨.
E por que a gente não fala de coisa boa? Vamos falar de Gripen! Todo o desenvolvimento de software deverá ser efetuado nos atuais demonstradores e futuros protótipos entregando tudo “pronto” ou podemos esperar uma versão inicial com menores capacidades? Lembrando que até mesmo o Eurofighter e o Rafale tiveram versões iniciais com capacidades reduzidas e até hoje foram lançados diferentes lotes. Mesmo o PAK-FA deverá passar por este tipo de experiência. Outra curiosidade: também houve este tipo de diferença de lotes com o Super Hornet? Nunca escutei nada sobre este em se tratando deste assunto. F-15 e F-16 nem… Read more »
Outra curiosidade: também houve este tipo de diferença de lotes com o Super Hornet? Nunca escutei nada sobre este em se tratando deste assunto.
Prezado Ricardo Cascaldi, a maior diferença entre os Super Hornet produzidos está entre os do Blcok I e os do Block II. Os primeiros não tinham radar AESA (dentre outras coisas) e jamais poderão ter. Isto porque para as aeronaves do Block II foi projetada uma nova fuselagem frontal capaz de abrigar o radar e seus acessórios. Portanto, os do Block I deverão ser os primeiros rumo ao deserto do Arizona (mas isso lá para 2030).
Tá parecendo a reforma do beira-rio lá no RS…no projeto tava tudo acertado, lindo e maravilhoso, “não haverá dinheiro público” e etc. De repente, na última hora, começou a confusão: construtora recuando, piso do entorno sem solução, mais 30 milhões (da bolsa da viíuva, óbvio) para “estruturas temporárias” (leia-se, gambiarras para agradar a FIFA e que desaparecerão após a Copa), em suma, o mesmo método brasileiro de sempre: bagunça, gambiarra, deixar tudo pra última hora e fazer, no final, de qualquer jeito, na correria, usando dinheiro público, óbvio. E com a mídia encobrindo tudo numa cortina de fumaça de “pão… Read more »
Caro Ricardo Cascaldi Essas comparações não se aplicam simplesmente porque o f-35 atual nem capacidade de combate tem. Quando da época do lançamento do primeiro tranche do Typhoon, por exemplo, ele veio com uma ótima capacidade ar-ar. Inclusive em um link que o Almeida postou (e ele não é lá muito fan do Typhoon) o tranche 1 aparece como o melhor dogfighter do mundo e o segundo melhor BVR. Se voce pegar o super lobby, rafale, enfim, todos os outros que você citou, tinham uma capacidade relevante de combate. O f-35 atualmente não pode passar de mach 1, não possui… Read more »
Acho que o pessoal está confundindo atualização de célula com atualização de software. A atualização de software não é um problema.
Atualizar os softwares do F-35 não é muito diferente da atualização de outros softwares. O diferecial de custo fica restrito às questões de segurança da informação.
@Reinaldo Deprera De fato o upgrade de software só tem custo significativo na hora de programar, mas fazer a instalação nas aeronaves é quase de graça. Porém, como pode ser observado na notícia, vários computadores da aeronave precisam ser trocados para rodar o software novo, e esse hardware novo tem custo significativo: “A atualização de um bloco para outro é mais significativa e mais cara. Chace reconhece que a mudança de aeronaves do Bloco 1B para o Bloco 2A vai exigir mudanças de hardware e software , e o salto do Bloco 2B para Block 3i será ainda mais exigente.… Read more »
O problema todo do F-35 é o modo como o contrato foi feito e como o programa vem sendo conduzido. Se a Lockheed trabalhar rápido e entregar a aeronaves no prazo o dinheiro entra no caixa. Mas se ela atrasar e levar anos além dos prazos iniciais, o dinheiro continua entrando (o contrato assinado é o “cost plus”, onde se o projeto não for concluído dentro do orçamento inicial, o governo americano cobre os custos adicionais). E é óbvio que ela optou pela segunda alternativa. O Pentágono está pagando para a Lockheed consertar os erros que ela mesmo cometeu. O… Read more »
EU TENHO A SOLUÇÃO !
CONTRATA O _________ PARA VENDEDOR MASTER EXECUTIVO TÉCNICO – MASTER SALE MANAGER TECHINICAL.
As 100 células serão vendidas numa velocidade igual ao do “Rafale Americano.”
Todas para Museus ! kkkkk rsrsrsrs
Eita nóis, tô ferrado …..
EDITADO: COMENTÁRIO PROVOCATIVO
Nada diferente do que ocorreu também com o F-22A. Até hoje não entregaram todas as capacidades requisitadas e ele ganhou IOC assim mesmo. Agora tão lá cobraram alguns milhões para colocar capacidades que caças muito mais baratos e antigos possuem há anos, como Link 16 e HMD. Esse relacionamento entre USAF, Pentágono e Lockheed Martin tá pra lá de pernicioso, faz tempo. O lobby corre solto e os políticos não querem perder seu currais eleitorais. Já quanto ao Super Hornet, Rafale e Typhoon, todos eles começaram a produção e atingiram a IOC com lotes capazes de voar em quaisquer condições… Read more »
Pq demoraram tanto para completar o F 22 ???
Pq demoraram tanto para completar o F 22 ???
Dinheiro (ou melhor, a falta dele)
http://www.aereo.jor.br/2011/11/21/us-74-bi-para-a-lockheed-martin-modernizar-os-f-22/
Lembro no ano de 1986, quando começou a ser publicada aquela coleção Aviões de Guerra, logo num dos primeiros fascículos falava do F-15. Explicava que o avião contava com um super computador de 48KB ou 64KB (não lembro exatamente, mas pouco importa) e que esse potente computador dava ao avião a capacidade de monitorar 6 alvos (ou algo assim).
Hoje, quando temos celulares com zilhões de vezes mais capacidade de processamento, eu achava que computadores não seriam mais problema para os caças. E eis que surgem notícias como essa para meu espanto.
Existe um ditado que diz que, quanto mais potente fica o hardware, mais preguiçosos os programadores ficam, pois qualquer falta de otimização no código é compensada por um processador mais potente. Isso é uma meia verdade. Antigamente se programava para tirar leite de pedra das máquinas. Mas ao mesmo tempo eram programa muito mais simples que os de hoje. Podemos dizer que o Mozilla Firefox 1.0 era mais leve que o Firefox 27.0, mas em compensação não tem 1/3 dos recursos do atual. Do mesmo modo, um radar do F-15C só podia operar em um modo por vez, enquanto caças… Read more »
Obrigado pela resposta Clésio. Mas atualização de software não é mais fator de peso em orçamentos de projetos em geral. Mesmo que o update implique em alterações no hardware do caça. – Hardware hoje em dia, é commodity. Lembrando que estamos falando de hardwares de processamento de dados e comunicações do F-35 – Não consigo imaginar em um hardware fundamental para a computação dos dados no F-35 que não esteja na prateleira agora ou nos próximos anos O artigo dá a sensação de que o upgrade do “núcleo de processamento” custaria o olho da cara. E isso não pode ser… Read more »
Reinaldo Deprera escreveu:
Mas atualização de software não é mais fator de peso em orçamentos de projetos em geral. Mesmo que o update implique em alterações no hardware do caça.
Prezado Reinaldo Deprera
Talvez não em outras situações. O texto fala sobre “gastar um par de milhões de dólares por avião”. Seriam 200 milhões para cem aeronaves. Tudo bem que estamos falando da USAF, mas em tempos de sequestration não dá para dizer que é dinheiro de pinga.
Wagner, Mas o F-22 nunca teve nenhuma restrição operacional por conta de suas atualizações (ou falta delas). Ele não opera com datalink com outras aeronaves, só com F-22, embora possa receber dados dos E-3. De modo geral isso nunca configurou um problema porque devido à sua especificidade ele opera mesmo “sozinho”. Ele não opera com o AIM-9X e com o JHMCS, mas combate aproximado nunca foi prioridade para ele. O AIM-9X foi considerado operacional em 2003 e o Raptor em 2005, e os caças de quarta geração tiveram prioridade em integrar este míssil de quinta geração e o JHMCS, já… Read more »
Valeu Bosco.
Ei, mas esses aesa que vc disse, extras, eles nao são analogos aqueles radares extras que o T 50 tem ??
Se há irregularidades, corrupção, propina etc, com as condenações e pagamento de multas e indenizações, poderia ajudar ou quem sabe cobrir o gasto para a atualização.
Se há condições de fazer isso, é outra estória ……
Wagner:
Salvo engano os AESA das asas do T-50 operam em uma frequência diferente.
O T-50 ainda é uma incógnita, mas ao que parece possui 6 radares, um AESA, no nariz, voltado para a frente, de banda X. dois AESA também instalados no nariz, um de cada lado, de banda L, um na cauda de banda X e dois nos bordos de ataque das asas, de banda L. Além de 2 IRSTs, um voltado para a frente e um voltado para trás, situado atrás do canopi. Comparando com o F-22 o caça americano perde feio, já que tem somente um radar. Já o F-35 tem um radar, 6 câmaras de imagem térmica (DAS) e… Read more »
Ter vários radares como o T-50, em todas as bandas imagináveis significa que…
Ele terá a assinatura de uma árvore de natal! 🙂
Das grandonas, rsrsrsrs…
“All aspect” ou seja: o caça “istélfi” russo poderá ser visto de frente, de lado, de trás, de cima e de baixo, hehehehe…
Esses russos, rsrs… Vão fazer o primeiro caça stealth visível em todas as frequências de radar…
E depois nego quer que a gente não zoe…
Seria mais ou menos como neste vídeo Vader?
https://www.youtube.com/watch?v=g7T4TyOWR8U
Ops!
Os dois radares laterais são de banda X e não de banda L. Os de banda L (baixa frequência) são só os localizados nas asas.
Os russos devem pensar que é melhor ter os radares e não precisar usar do que não tê-los. Logicamente eles os usarão de forma parcimoniosa. Pouco provável que liguem os seis de uma vez, mesmo porque não deve ter eletricidade pra tudo funcionar ao mesmo tempo. E embora pouco se divulgue, com certeza eles usarão técnicas LPI. Mas com certeza há uma diferença de conceito entre os caças de quinta geração americanos e o T-50 russo, e essa diferença diz respeito à ênfase que os primeiros deram aos sensores ofensivos passivos (vide DAS e ARL-94) e os russos aos sensores… Read more »
Pra variar:
ARL-94 = AN/ALR-94
Sory!
Sory = Sorry
Interessante como o Advogado do “Rafale Americano” não se manifestou sobre o Título e a matéria.
E ainda sou censurado ?
Alguns se devoram por estas bandas, através de linguagem subliminar(nem sempre) e tudo bem ?
E nada de GR como exemplo tá !
Nada como jogo de compadres !
Para encerrar:
“Est modus in rebus, sunt certi denique fines”
Bosco:
Com tantos sensores ativos no T-50 lembrei que nos anos 70 a Hughes desenvolveu um ARM Ar-Ar a partir do AIM-7. Denominado Brazo, foi bem sucedido nos testes mas o programa não foi adiante. Não seria a hora de ressucitar essa iniciativa?
Tireless,
Seria interessante sim, principalmente se associado a um sensor IIR. Com tantos sensores ativos a temperatura do corpo da aeronave deve sofrer um sensível aumento.
Vale lembrar que os mísseis ar-ar radar guiados hoje em dia se comportam como mísseis anti-radiação quando usam o modo “home on jam”, passando a perseguir a fonte de interferência e inibindo o radar ativo.
Não é à toa que há uma tendência futura de que mísseis ar-ar tenham também função ar-sup, sendo usados como mísseis anti-radiação e até contra alvos móveis quando associados a um terceiro sensor, tipo IIR ou MMW.
Um abraço.
Clésio Luiz, Parabéns !!! Você acertou no ponto focal da matéria e talvez o principal problema do programa JSF – Joint Strike Fighter: o estranho contrato (Cost Plus) e a (ainda mais) estranha gestão… para não usa adjetivo mais forte. No popular, vc “botou o dedo na ferida”. A questão aqui não é a aeronave, seus avanços ou as escolhas furtividade e desempenho, mas como um programa vital para a defesa ocidental (USA, OTAN e aliados) foi deixado na mão dos executivos de uma empresa. Sem falar que é a velha conhecida Lockheed… Se houver um erro, no problem, o… Read more »
De fato o Clésio tocou no ponto.
Não conheço bem o contrato, mas pelo que os artigos e os comentarista daqui na trilogia de defesa já mostraram, o contrato do F-35 parece mais um contrato para desenvolvimento de software ou criação de campanha publicitária do que um contrato de um caça.
Esse tipo de contrato é bom para quando o cliente muda muito os requerimentos ao longo do projeto, mas não acho que seja bom para o cliente que encomenda um caça.
Vai entender.
“Ivan
18 de fevereiro de 2014 at 13:48 #”
Caros Ivan & Clésio Luiz
Concordo 100% com suas afirmações.
Ronin é um belo filme e o ator creio ser o Robert de Niro, correto ?
Essa Joça não é somente um único grande ralo onde escoa recursos do contribuinte, é centenas de ralinhos por onde escoam, entenderam ?
Cobre um Santo, descobre outro.
É a “copa do mundo deles” e a LM é a NO dos EUA !
E o Advogado da Joça ? O gato comeu ?