Nuvens baixas atrapalham avião da FAB no combate a incêndios no Chile

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Brasil mandou avião com tanque de água para combater fogo em florestas. Região montanhosa dificulta acesso a algumas áreas, diz capitão da FAB.

 

C-130 da FAB combatendo incendio no Chile - foto FAB

ClippingNEWS-PA A nebulosidade e a topografia do Chile estão dificultando a atuação das tropas da Força Aérea Brasileira no apoio ao combate aos incêndios florestais. A pedido do governo chileno, o Brasil mandou para lá no último dia 19 duas aeronaves C-130, uma delas composta com o sistema MAFFS (Modular Airbone Fire Fighting System), que leva cinco tanques de água, para apoiar o combate ao fogo que se alastra pelo país.

“Estamos operando em uma região muito montanhosa. A presença de nuvens baixas tem dificultado nosso acesso a algumas áreas”, afirma o capitão da Aeronáutica Thomas Rodrigues de Oliveira, que está no Chile.

Oito das 15 regiões do Chile sofrem com incêndios atualmente. As mais afetadas são Bío-Bío, Maule e La Araucanía, além de Santiago, que recebe ainda fumaça das chamas de El Canelo, 30 quilômetros ao sudeste da capital. O Brasil está ajudando a combater focos nas regiões de Florida e Temuco, que foram bastante devastadas.

O ministro da Defesa, Celso Amorim, autorizou a missão no dia 17 e a FAB mandou dois C-130: um com os tanques de água e outro com 30 militares que devem operá-lo. A operação começou dia 19 de janeiro, quando as aeronaves decolaram da Base Aérea do Galeão (BAGL), no Rio de Janeiro, com destino a Concepción.

Como funciona o sistema

Da porta traseira da aeronave saem dois tubos que, a uma altitude média de 46 metros de altura, despejam água sobre as áreas em que o fogo deve ser combatido. A capacidade total de carga do sistema chega a 10,4 mil litros de água.

Segundo o capitão Thomas, os pilotos que operam o C-130 Hercules da FAB com o sistema MAFFS passam por um treinamento específico em que é necessário um mínimo de 500 horas de voo na aeronave. “Para operar o MAFFS, os pilotos precisam ter saber passagens a baixa altura e com velocidade reduzida”, afirma ele.

Adquirido em 2007 pela Aeronáutica, o sistema com tanques de água foi utilizado em apoio a combate de incêndios no Equador, em 2012. No Brasil, o MAFFS foi usado em 2008, para apagar incêndios na Estação Ecológica do Taim, no Rio Grande do Sul, e no Parque Estadual da Chapada Diamantina, na Bahia, e em 2011, no Distrito Federal.

 

FONTE: G1

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