Mi-28N ‘Night Hunter’ oficialmente aceito pelo Ministério da Defesa russo
Informação foi dada pelo site da Russian Helicopters
O helicóptero russo de combate Mi- 28N Night Hunter, produzido pela Russian Helicopters – uma subsidiária da Oboronprom e parte da Corporação Estatal Rostec – entrou oficialmente em serviço com o Ministério da Defesa russo, conforme ofício assinado pelo ministro da Defesa, Sergei Shoigu. Antes de entrar oficialmente em serviço o helicóptero Mi-28N Night Hunter foi operado pelas Forças Armadas russas por vários anos.
O Ministério da Defesa testou a aeronave sob várias condições e desenvolveu uma base de apoio e treinamento dedicada. Este trabalho foi realizado em conjunto com especialistas da fábrica da Mil Moscow Helicopter, que desenvolveu o Mi-28N Night Hunter, e a fábrica da Rosvertol, que produz o helicóptero em série desde 2005. A Russian Helicopters produziu, até o momento, várias dezenas de helicópteros Mi-28N Night Hunter para o Ministério da Defesa russo.
“O fato do Ministério da Defesa aceitar oficialmente o Mi-28N significa que o ‘Night Hunter’ cumpre os requisitos para um helicóptero de combate, tendo passado em todos os testes necessários, e está pronto para entrar em serviço com a Força Aérea da Rússia”, disse Alexander Mikheev, CEO da Russian Helicopters. “As empresas de helicópteros russas não estão apenas cumprindo com sucesso a solicitação do governo, mas também estão continuamente se esforçando para melhorar e modernizar helicópteros de combate e, assim, reforçar as defesas do nosso país.”
O Mi-28N Night Hunter cumpre todos os requisitos de combate de helicópteros atuais, e tem despertado interesse entre os potenciais clientes. O modelo de exportação é conhecido como Mi-28NE Night Hunter.
Os helicópteros Mi-28N Night Hunter possuem capacidades de voo superiores, permitindo-lhe executar manobras acrobáticas. A lendária equipe de acrobacias Golden Eagles ( Berkuty ) voa helicópteros Mi- 28N Night Hunter desde 2012.
A Russian Helicopters está constantemente trabalhando para aprimorar ainda mais e melhorar as capacidades de voo do helicóptero Mi-28N Night Hunter. Um Mi-28N especial com comandos duplos foi desenvolvido para treinamento de pilotos e completou seu primeiro voo em 9 de agosto de 2013.
FONTE: Russian Helicopters (tradução e edição do Poder Aéreo a partir do original em inglês)
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Nunca consigo entender porque helicópteros desse tipo são operados por forças aéreas ao invés de exércitos. Como aliás não entendo porque os Mil que foram comprados pelo GF foram parar na FAB e não no EB. Quer dizer, entender até entendo, o que não entendo é porquê ainda não foram transferidos para o EB.
Aliás, ainda que off-topic, o que os colegas achariam se ao invés de 3 forças armadas singulares tivéssemos uma força de defesa unificada?
Simples, custos vs doutrina. Para você operar helicópteros, ou até mesmo aeronaves por duas ou mais forças, você vai necessitar fornecer para ambas as forças sistemas de treinamento, como simuladores, instrutores, horas de voo, seleção de pilotos, peças de reposição, mecânicos, bases, estocagem, transporte, etc. Em se tratando de helicópteros, muitas vezes, senão todas, o primeiro contato do soldado-piloto recruta começa em aeronaves de asa fixa para depois se especializar em asa rotativa. Além disso, também estão relacionados os fatores de manutenção e logística, que podem ser simplificados e barateados no caso da operação exclusiva de uma única força. No… Read more »
É um ótimo helicóptero. Para o apoio e o ataque, a meu ver, não importa qual força o adote. Em outros países, existem várias forças “mistas”; Marines dos EUA são um corpo de fuzileiros navais que operam todo o tipo de equipamento, bem como, em todas as forças de lá existem diversos tipos de operação.
É, mas no Brasil o EB já possui toda essa infraestrutura de pessoal, doutrina, treinamento e equipamentos. Por que então os Mi-35M foram parar na FAB?
Ótima pergunta Almeida.
A a resposta a ela parece residir na entubação dos helicópteros. O EB que quer de ataque não queria aqueles, que estavam sendo comprados sem avaliação.
Certamente o EB sabia que os recebendo perderia a oportunidade de adquirir o desejado depois.
Sobrou pra FAB.
Acho que o EB deve ter os seus helicópteros de ataque. Alias, oficialmente a missão que eles cumpririam ja é feita pelos Esquilo, em parte.
“Mayuan
3 de janeiro de 2014 at 21:37 #
3 forças armadas singulares tivéssemos uma força de defesa unificada?”
Caro Mayuan, qual FFAA’s que tenha alguma projeção significativa adota sua sugestão ?
“Blind Man’s Bluff
3 de janeiro de 2014 at 22:54 #”
Concordo em parte contigo caro Blind Man’s Bluff,
mas há outras variáveis.
Caro Colombelli
Concordo contigo, mas:
“Certamente o EB sabia que os recebendo perderia a oportunidade de adquirir o desejado depois.”
Qual é o desejado ? Creio que você conhece a direção do EB quanto aos Heli’s de ataque desejados !
Caro Almeida,
OS MI-35 da FAB são para as missões da FAB. Exemplo,
SAR, combate ao Narcotrafico, etc. Não foram comprados com o objetivo de ataque anti-tanque. Apesar que nada impede que possam ser usados em missões conjunto com o EB.
Lembrar que na época o ideal para a FAB seria os PaveHawk.
[]’s
O Mi-35 é um helicóptero de assalto. O único lugar do mundo em que ele é empregado do modo como está sendo na FAB é no Brasil. É uma pena porque é um bom equipamento só que usado de modo equivocado. Quanto a helicóptero de ataque esse russo é sem dúvida excelente, só que acho grande pra nós. No meu modo de ver um peso leve/médio seria mais apropriado, e claro, operado pelo EB. Outro ponto “negativo” pro heli russo é sua dotação de mísseis, que são teleguiados (por laser ou RF). Preferiria um dotado de mísseis autoguiados como o… Read more »
Falava-se que o Brasil estava desenvolvendo um míssil antitanque “pesado” para helicóptero, derivado do MSS-1.2.
Pelo visto seria guiado por CLOS/beam rider laser e teria algo em torno de 5 km de alcance.
Claro, melhor que nada, mas também me parecia uma decisão/opção equivocada.
Vale salientar que russos e israelenses têm expertise suficiente para fazerem mísseis do jeito que bem entendem, portanto, seus mísseis seguem a doutrina que suas forças armadas apregoam, não devendo nada em termos tecnológicos ao outros que eu citei.
“Nick
4 de janeiro de 2014 at 9:36 #
SAR ??”
Blind Man´s Bluff Esse é o problema ao meu ver de termos forças singulares ao invés de Forças de Defesa que possam compartilhar estruturas de treinamento. Justamente devido aos custos, deveríamos ter uma escola de asa fixa, uma de asa rotativa e etc. Uma de asa fixa atenderia o público da FAB e MB. A de asas rotativas atenderia as FAB, EB e MB. Só nas escolas de voo quanto economizaríamos de seleção e treinamento? Quanto teríamos de benefícios em sinergia já que os aviadores se conheceriam desde o início da carreira? Quanto teríamos de flexibilidade já que pilotos qualificados… Read more »
Mayuan, Os soviéticos acho que se empolgaram com os assaltos de helicópteros no Vietnan feito pelos americanos e imaginaram o que seria ideal naquele cenário e fizeram o Hind. Nem sei se cabe mais aquele tipo de assalto (a la “Apocalypse Now”) na guerra moderna com mais de 100.000 manpads dando bobeira por aí, salvo é claro contra uma vila de costureiras e pescadores. Na minha concepção os Hind são tão arcaicos quanto os ekranoplanos soviéticos e já deveriam fazer parte da história. Claro que os Mi-35 podem ser usados para patrulhar a selva e pegar traficantes na floresta Amazônica… Read more »
Caro Mayuan 1.- “o que os colegas achariam se ao invés de 3 forças armadas singulares tivéssemos uma força de defesa unificada?” 2.- “que possam compartilhar estruturas de treinamento. …………………………………………….”Se os recursos são poucos, tem que ser usados da melhor forma possível. Para o bem deles mesmos. 3.- “Forças de Defesa de Israel.” ?? Vamos lá: 1.- Como você mesmo afirmou: forças de defesa unificada em vez de 3 forças, isso não há em lugar nenhum do mundo. Só nas Costa Rica que não tem FFAA’S e sim uma Guarda Nacional. 2.- Compartilhar certas/algumas estruturas de treinamento é viável, acontece… Read more »
Operar uma força unificada só o seria a nível de uniformes e quadro de patentes.
Em algum momento ela se torna tão especializada que não vejo com dar certo.
Caro Carlos Alberto Soares,
Sim, SAR, mas claro, não SAR em alto mar, mas sim na amazônia. Especificamente em caso de queda de uma aeronave,. em busca de sobreviventes, e inclusive sob forte fogo inimigo. Os MI-35 tem bom poder de fogo e podem dar cobertura, enquanto um outro heli faz a extração.
Mas entendo que os Pave Hawk podem dar poder de fogo, e ao mesmo tempo, fazer a extração.
[]’s
“Nick
4 de janeiro de 2014 at 21:02 #”
Caro Nick, é verdade, lembro-me agora de um exercício nessa direção.
“joseboscojr
4 de janeiro de 2014 at 15:59 #”
Caro Bosco, é 98% por aí ….
Na minha opinião deveríamos ter um desmembramento maior ainda das FFAA, ao invés de unificar. No caso, com a criação de uma Guarda Costeira para operar as Classes de Navios de Patrulha, NaPaOc incluído.
Abs
Bosco, o uso de “tanques voadores” dizia respeito a doutrina de assalto blindado que vigorava nas forças terrestres soviéticas durante a GF. O fato do Hind transportar uma espécie de infantaria orgânica relacioava-se ao modo de emprego: os soviéticos pretendiam que nuvens de “tanques voadores” seguiriam na frente dos tanques de modo a “amaciar” as defesas antitanques da OTAN antes da chegada das forças blindadas. Até onde eu saiba, não houve relação entre qualquer exame da doutrina n.americana – que, ao longo da GV foi adaptada pelo mns três vzs – não se pode esquecer que essa guerra durou mais… Read more »
Bitt, Valeu meu amigo. Muito interessante seus esclarecimentos. Quanto aos “soviéticos imitarem os americanos no Vietnam” foi mais ironia de minha parte do que uma tentativa de ser historicamente correto. Há muito tempo li um livro de um oficial soviético que havia desertado (não me lembro o nome do livro) onde ele descrevia como funcionava o exército soviético e num dos capítulos ele explicava a doutrina por trás do Hind. Curioso que dentro do heli, de acordo com o autor, havia mais mísseis e foguetes e a aeronave podia pousar numa clareira e ser rearmada pelos soldados embarcados e voltar… Read more »
http://www.youtube.com/watch?v=SiF_MpHcjd0
Prezado Carlos, Estive fora e pretendia continuar nosso debate. Escrevi uma porção de coisas mas percebi no meio do caminho que nada do que escrevesse faria qualquer diferença pois as FAs e o GF nunca vão querer cortar na própria carne para fazer as mudanças necessárias pra fazer valer cada real de nossos impostos no sentido de nos prover com uma defesa adequada ao que o país merece. O fato de não haver algo como o que sugeria não significa que não possa ser criado. Esse argumento de que ninguém mais faz não quer dizer necessariamente que não é bom… Read more »
Uma país que teve umas soluções interessantes foi o Reino Unido. Lá o treinamento básico é igual para as três forças. O vootatico fez uma interessante análise de como são as coisas por lá, comparando com o sistema do EB.
http://vootatico.com.br/a-formacao-dos-pilotos-de-helicoptero-no-exercito-britanico/
Pois é Renato. Sei que o que falei não é solução e nunca seria adotado mas que algo precisa ser feito pra melhorar o uso da grana que se tem, isso é óbvio ululante né não?