Míssil A-Darter: FINEP destina 59 milhões para a Fase 4 do projeto
Termo de cooperação assinado no dia 26 de dezembro destina até 59 milhões de reais ao projeto do míssil ar-ar A-Darter, para a fase de integração de subsistemas e desenvolvimento da industrialização
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Na segunda-feira, 30 de dezembro, foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) o Extrato de Termo de Cooperação Ref. 1373/13, assinado no dia 26 entre a FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos) e a União, representada pelo Ministério da Defesa / Comando da Aeronáutica.
Conforme o extrato, estão destinados por aporte direto até 59 milhões de reais para a Fase 4 do projeto A-Darter, míssil ar-ar guiado por infravermelho que vem sendo desenvolvido em conjunto pelo Brasil e a África do Sul (veja links ao final para saber mais sobre o programa). Essa fase está relacionada à integração de subsistemas e desenvolvimento da industrialização, com previsão de 24 meses para execução física e financeira.
Abaixo, o texto original do DOU (clique aqui para acessar a página em que foi publicado, na edição do dia 30)
EXTRATOS DE TERMOS DE COOPERAÇÃO
Ref. 1373/13;
Data da Assinatura: 26/12/2013; Partes: Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP , CNPJ n.º 08.804.832/0001-72 e Acordante/Executor: União Federal representado pela ministério da Defesa/Comando da Aeronáutica , UG Nº: 120002, Gestão Nº: 00001; Objeto: “Projeto A-DARTER- Fase 4- Integração dos Subsistemas e Desenvolvimento da Industrialização” Valor total: até R$ 59.000.000,00 (cinquenta e nove milhões de reais) destinados ao Acordante por meio de aporte direto; Fonte: Ações Transversais; Prazo de Vigência e Execução Física e Financeira do Projeto: até 24 (vinte e quatro) meses, a partir da data de assinatura do Termo de Cooperação; Prestação de Contas Final: até 60 dias contados da data do término da vigência.
IMAGENS (exceto a primeira): Denel e Saab
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Depois que eu ganhar na mega da virada compro ações da empresa e injeto alguma grana eu mesmo, desde que me paguem royalties sobre os mísseis vendidos para a FAB. Hmmm, pensando bem, parece mau negócio 😉
Entendi!
O governo financia o desenvolvimento;
Depois uma empresa irá fabricar o míssil e vendê-lo ao governo.
Mayuan: assim não precisa nem da Mega Sena.
Ué, e não é exatamente isso que acontece no mundo todo?
O Governo Francês financiou (e financia) o desenvolvimento do Rafale, e compra o produto pronto da Dassault. Se exportar, a conta vai melhorar.
O Governo Sueco financiou (e financia) o desenvolvimento do Gripen, e compra o produto pronto da Saab. Quando exportou, a conta melhorou.
O Governo Brasileiro financia o desenvolvimento do KC-390 e deverá comprar o produto pronto da Embraer. Se exportar, a conta vai melhorar.
que coisa né…………………….. as vezes fico imaginando que alguns colegas foristas daqui esperam que consigamos alguma independência tecnológica sem puxar as aranhas do bolso…………
Nada é de graça pessoal, nem mesmo barato. Ou mudamos nossa mentalidade sobre esse assunto ou ficaremos ad- eternun comprando equipamento de outras nações e torcendo para que o humor deles não mude em relação à nós.
Abraços.
Num primeiro momento esta grana deve ser usada para integrar o míssil ao F-5M e ao AMX-M a integração ao Gripen fica mais na teoria para o Gripen E/F uma vez que eles ainda não estarão disponíveis durante os 24 meses de vigência do contrato. A integração com o Gripen C/D é bem mais simples uma vez que eles estão sendo ensaiados na África do Sul neste caças então devemos gastar pouco ou mesmo nada para integrá-los aos nossos futuros TAMPÕES… E ESTE MÍSSIL (ao contrário dos caças) é mais de aterrorizar que impor simples respeito… Os Gripens e os… Read more »
A Boeing, a LM, a Saab, a Dassault não são empreiteiras da vida!
Prezados, O financiamento com dinheiro publico (nosso) p/ empreendimentos privados precisa se justificar em algumas bases pois, primordialmente, isto nao eh atribuicao do governo: – eh comercialmente viavel (mas neste caso, a principio, devem buscar financiamento junto ao setor privado que considera retorno e risco); – tem spillovers significativos p outros setores (inclusive tecnologias de uso dual) que justificam o investimento; – eh um setor (empresa, produto,…) estrategico; – uma combinacao dos itens acima. Vamos tentar enquadrar estes criterios nos casos mencionados pelo Nunao: – Rafale: alguem arrisca aqui? Eu nao sei o suficiente sobre a Franca, mas a decisao… Read more »
DrCockroach a justificativa é estratégica e o prejuízo que alude chama-se RISCO. Em todo empreendimento tecnológico há SEMPRE o risco de frustração de objetivo (perda total por não obtenção do produto) ou perda parcial (por obter um produto ruim ou caro). Isto é um salto de FÉ no país, neste sentido se o GOVERNO não acredita no seu próprio país é melhor voltarmos as carvernas e desistirmos deste troço de civilização ou pedir inscrição ao Tio Sam como quiquagésimo primeiro estado americano como muitos brasicanos adorariam por aqui… MESMO que dê prejuízo total ou parcial o conhecimento obtido de como… Read more »
Não tenho nada contra que se financie o KC-390, por exemplo, porque até onde sei a Embraer não vive de pagar propina para político brasileiro. Se descobrir-se algo, minha opinião muda. Não ocorre o mesmo com certas empreiteiras que nasceram, cresceram e se sustentam pagando propina, ou seja, vivem, não de tirar o suor do brasileiro, mas o próprio sangue. Nessas alturas consigo entender Lenin.
Prezado Gilberto, Nao precisa baixar o nivel, “burocrata Dilma” ninguem merece… 🙂 Alias, burocrata eh quem acha que pode, em conceito, usar dinheiro dos outros sem mostrar os calculos de custo e beneficio. Burocrata eh quem acha que o governo pode muito, quando pode, e deveria, fazer menos o que nao sabe e mais o que deveria fazer (educacao, saude, seguranca, saneamento,…) Este eh meu ponto: Onde estao as avaliacoes? Estas sao corretas? Foram bem feitas e com as tecnicas apropriadas? Quem serah responsabilizado se sair errado? “Acreditaram” no Pais com a reserva de informatica…mas como com boas intencoes o… Read more »
“Gilberto Rezende 1 de janeiro de 2014 at 10:58 # Num primeiro momento esta grana deve ser usada para integrar o míssil ao F-5M e ao AMX-M a integração ao Gripen fica mais na teoria para o Gripen E/F uma vez que eles ainda não estarão disponíveis durante os 24 meses de vigência do contrato. A integração com o Gripen C/D é bem mais simples uma vez que eles estão sendo ensaiados na África do Sul neste caças então devemos gastar pouco ou mesmo nada para integrá-los aos nossos futuros TAMPÕES… E ESTE MÍSSIL (ao contrário dos caças) é mais… Read more »
Carlos e Gilberto, Pouco provável que o A-Darter seja integrado aos caças F-5M e Gripen. Se forem os Gripen sul-africanos nem é certeza que eles operem o R-Darter. Provavelmente os Gripen que servirão como tampex operam o Amraam como míssil BVR, mas é provável que nem virão com um. Se forem sul-africanos e estiverem integrados ao R-Darter (??) provavelmente serão compatíveis com o Derby, já que eles comungam uma série de características. Na verdade são mísseis gêmeos, com a diferença que o míssil sul-africano não conta com um data-link (up-link), podendo operar no modo LOAL, mas sem atualização de meio… Read more »
“E ESTE MÍSSIL (ao contrário dos caças) é mais de aterrorizar que impor simples respeito… Os Gripens e os F-5 vetorados pelos E-99 e equipados com o A-Darter serão nosso escudo aéreo desta década.” Cumpanhero Gilberto, este míssil que você trata como a grande vantagem tecnológica brasileira, nada mais é que um míssil ar-ar de curta distância, possivelmente inferior aos Python, certamente muito inferior aos novos Sidewinders, IRIS-T e MICA. Caso você ainda não tenha notado, estamos em 2014 e a Guerra do Vietnam já ficou pra trás a tempos e, hoje, já existem mísseis BVR competentes, principalmente voando nos… Read more »
Caros Amigos, vou pegar carona aqui, durante uns poucos dias de férias, para esclarecer alguns pontos: – os financiamentos podem ser a fundo perdido, reembolsados pelos tomadores ou contrapartidas de royalties futuros. Nos comentários acima, temos um pouco de cada: => o KC-390, por exemplo, pagará royalty ao governo, desde o primeiro avião vendido, como forma de reembolsar o investimento estatal no projeto. => Projetos de pesquisa são por vezes financiados pela FINEP, o que ajuda o país a desenvolver tecnologias de ponta. Sem isso, seremos eternos vendedores de commodities. => A FINEP não financia a produção, apenas pesquisa, o… Read more »
Baptista Jr. e Rinaldo Nery sempre oferecem contribuições valiosas que esclarecem pontos obscuros sobre as aquisições da FAB.
Será que sabem e podem divulgar a quantidade de mísseis A-Darter que a FAB pretende adquirir?
Grato.