Novos vetores econômicos
A escolha do caça sueco Saab Gripen NG para reforçar a defesa da Força Aérea Brasileira (FAB) representa mais que opção mais barata. A compra de 36 aviões vai custar aos cofres da União US$ 4,5 bilhões (cerca de R$ 10,4 bilhões). O pacote inclui a transferência de tecnologia e deve ser um marco no desenvolvimento, com reflexos diretos na região.
O lobista e prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, que defendia a opção sueca, contou com fatores externos para que a decisão fosse favorável. Os contratempos políticos pesaram contra os modelos derrotados. O Rafale, que chegou a ser o preferido no governo Lula, perdeu espaço quando a França, em 2010, não apoiou acordo capitaneado por Brasil e Turquia para a crise nuclear do Irã. Mais recentemente, a Boeing viu suas chances diminuírem com o escândalo de espionagem americana.
O fato da Saab-Scania, dona do Gripen, ter sede em São Bernardo há mais de 50 anos, é uma garantia importante para montagem de nova fábrica na cidade, que irá desenvolver as asas do caça. Além disso, a decisão deve dar impulso ao já existente Centro de Inovação Suécia-Brasil, que os suecos investiram R$ 50 milhões.
Com a posição do governo federal a favor dos suecos, a região vai ter novo vetor industrial e reflexos positivos na economia regional, totalmente dependente da cadeia automotiva. Outro aspecto importante, a partir da transferência de tecnologia sueca, é em relação à pesquisa que irá impulsionar os centros universitários na região, capitaneada pela Universidade Federal do ABC. Apesar da vitória pessoal do prefeito Luiz Marinho, é necessário, porém, esperar que todos os anúncios virem realidade.
FONTE: Repórter Diário
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O tópico a seguir “Além dos caças” dá o tom, lá está o comentário do pensador que dão consonância a este tema e meus comentários.
Ter esse cidadão ai metido em traje de voo, uma espécie de Jobim de SBC, é uma vergonha.
Ridículo, no mínimo.
O Luiz Marinho, como prefeito de São Bernardo, fez a parte dele. Queria atrair investimentos para sua cidade e o fez, é uma conquista, sem dúvidas, tanto que as outras concorrentes foram obrigadas a fazerem acordos semelhantes.
Sobre ter pilotado um Gripen, mais um ponto pra ele. Afinal que não queria fazer um vôo na faixa, e ainda atrair atenção para seu lobby? 🙂
[]’s
Ele fez a parte dele e ainda admitiu que a vitória da SAAB teve uma uma grande ajuda de eventos geopolíticos e por outro lado não ficou se vangloriando dessa ou da quela ação feita por ele. Quanto a ele estar com traje de voo, nada de mais, isso é fazer negócio e a SAAB estava fazendo a parte dela. Em marketing existe um questão que só agora está sendo abordada por empresas brasileiras que é a seguinte pergunta. QUAL A SUA EXPERIÊNCIA DE COMPRA? E é exatamente isso que a SAAB fez, ela deu uma “amostra gratis”, assim como… Read more »
Apenas para relembrar a todos: o Luiz Marinho também voou no Rafale e assinou acordo com a Dassault.
http://www.aereo.jor.br/2011/02/03/marinho-visita-a-thales-apos-voo-no-rafale/
http://www.aereo.jor.br/2011/02/08/marinho-garante-aporte-da-dassault-em-sao-bernardo/
Faltou só voar no Super Hornet.
Bem lembrado Nunão.
Sou um dos críticos mais veementes de nossos governantes por aqui, fato.
Mas é fato também que, neste caso, este prefeito fez exatamente o que seus eleitores e demais cidadãos esperavam dele. E fez muito bem, parabéns!
Fez muito melhor que um certo prefeito de uma certa cidadezinha no interior de Minas Gerais, que tem uma certa fábrica certamente sob controle estrangeiro envolvida com negócios suspeitos com certo ex presidente e certos políticos corruptos.