‘Ah moleque, eu sou sinistro!’

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gripen-ng-7

Alexandre Galante

O título deste post é uma expressão usada pela juventude carioca, por aqueles que sabem que são bons em alguma coisa ou que se destacam em alguma atividade. Se o caça Gripen falasse, certamente ele usaria essa frase quando foi declarado vencedor do Programa F-X2 da Força Aérea Brasileira.

Caças SuecosA Suécia é uma nação orgulhosa da sua história e sempre procurou manter a neutralidade diante dos grandes conflitos mundiais, como a Segunda Guerra Mundial. Mas isso nunca foi uma tarefa fácil, pois a Suécia possui fronteiras extensas, uma população pequena e um produto interno bruto que não se compara ao das grandes potências. A ameaça de invasão e de aniquilação de seu povo esteve quase sempre presente.

Para agravar a situação, durante a Guerra Fria a Suécia teve que investir em sua defesa para dissuadir a União Soviética, que tinha intenções expansionistas claras, com grande probabilidade de invadir seu território. Como barrar o grande e poderoso urso?

Surpreendentemente, contra todos os fatores adversos, desde o pós-guerra a Suécia produziu uma série notável de caças que se destacaram pelo design, simplicidade e inovação, além da capacidade de combate.

Os aficionados mais novos podem não conhecer, mas os mais antigos lembram do belo Saab Lansen, equivalente ao também elegante Hawker Hunter inglês. E o revolucionário delta Saab Draken, que já na década de 1960 usava link de dados e foi considerado superior ao Mirage III francês?

A Svenska Flygvapnet (Força Aérea Sueca) sempre teve que usar a criatividade para possibilitar que um pequeno orçamento pudesse prover a proteção de um país com grandes fronteiras e população pequena, de cerca de 9 milhões de pessoas em 2012.

Os suecos sempre souberam que no primeiro dia de guerra com a União Soviética suas bases aéreas seriam neutralizadas, por isso desenvolveram a estratégia de dispersão, desdobrando suas unidades aéreas pelo país, empregando rodovias como pistas de pouso e decolagens e usando as grandes florestas de coníferas como camuflagem, para ocultar edifícios de comando e comunicações e depósitos de combustível e munições.

J 32 Lansen Försvarets Bildbyrå
J 32 Lansen

 

O caça Saab J35 Draken era excelente, mas não tinha as características adequadas para desdobramentos em estradas, por causa das elevadas velocidades de pouso e decolagens.

Svenska Flygvapnet precisava então de uma nova aeronave capaz de realizar as missões de ataque, reconhecimento, defesa aérea e treinamento operacional. E ela também precisava operar em bases avançadas e com apoio reduzido, em pistas e estradas com trechos cobertos de neve.

Saab J-35 Draken
Saab J-35 Draken

 

A aeronave precisaria também decolar e pousar curto, com características próximas de operação em porta-aviões.

Nasceu então o Viggen, cujo primeiro protótipo voou em 8 de fevereiro de 1967. Foi o primeiro caça europeu dotado de canards que melhoravam sensivelmente a manobrabilidade e a atitude para pouso curto: o Viggen conseguia pousar numa pista de 400 metros, usando também o reversor de empuxo da turbina Volvo Flygmotor RM-8, versão militarizada da Pratt & Whitney JT-8D-22, usada nos jatos B727. Ele decolava usando somente 500m de pista!

O Saab Viggen quando entrou em serviço usava a última tecnologia em radar e mísseis ar-ar, graças ao auxílio norte-americano, que tinha grande interesse que a Suécia fosse capaz de dissuadir e se possível deter, pelo menos por alguns dias, o avanço soviético no norte da Europa, em caso de uma Terceira Guerra Mundial.

Saab Viggen 5
Saab JA37 Viggen

 

O desempenho do Viggen só não era melhor porque não existia ainda, naquela época, a tecnologia FBW (“fly-by-wire”) de estabilidade relaxada, que só viria a ser empregada no seu substituto, que começou a se estudado em 1979.

O substituto deveria ser uma aeronave com moderada carga alar, empregando material composto na sua construção e um radar multimodo. Ele também deveria ser capaz de substituir as quatro versões do Viggen!

Além disso, a aeronave deveria ser mais leve e mais barata, para poder ter alguma chance de exportação, mas a carga de armamento e o raio de ação deveriam ser os mesmos do Viggen. Estudos indicavam que o avanço da tecnologia permitiria que os objetivos de projeto fossem atingidos e que um caça leve com grande capacidade seria possível.

Nasceu então o Gripen JAS39, e um consórcio foi formado pela Saab-Scania, Volvo Flygmotor, Ericsson e FFV Aerotech para projetá-lo e produzí-lo.

Como no caso do Draken e do Viggen, foi buscado no exterior um motor capaz de ser licenciado, desenvolvido e otimizado pela Volvo. Três possibilidades foram estudadas: P&W 120, GE F404 e RB199. No final, o escolhido foi o GE F404, que equipava o F/A-18 Hornet.

O Gripen JAS39 acabou usando a mesma configuração de delta com canards do Viggen, mas agora com canards totalmente móveis. A tecnologia FBW empregada era da Lear Astronics norte-americana, que era muito sensível e precisou de ajustes, depois de alguns acidentes. No final, com as mudanças no software das leis de controle, o Gripen foi declarado estável.

O bem-sucedido desempenho do Gripen na Svenska Flygvapnet e a parceria britânica da British Aerospace estabelecida em 1995 ajudaram a tornar o avião um sucesso de exportação e hoje ele voa também nas cores da África do Sul, Hungria, República Tcheca e Tailândia.

Saab Gripen JAS39
Saab JAS39 Gripen

 

O Gripen NG

O Gripen NG é um demonstrador de tecnologias para uma futura versão melhorada do JAS39 Gripen, com motor GE F414 mais potente, com maior capacidade de combustível, maior carga útil, aviônicos atualizados e um novo radar AESA. O demonstrador foi apresentado em 23 de abril de 2008.

O novo Gripen NG (Next Generation) é propulsado por uma turbina GE/Volvo Aero F414G, uma evolução do motor do F/A-18E/F Super Hornet. Ele tem 20% a mais de empuxo (22.000 libras), permitindo a velocidade supercruise de Mach 1.1, armado com mísseis ar-ar.

Comparado com o Gripen D, o peso máximo de decolagem do Gripen NG aumentou de 14.000 para 16.000kg (30.900-35.300 libras), com um aumento de peso vazio de 200kg (440 lb).

A principal mudança externa em relação ao Gripen original foi a realocação do trem de pouso principal, aumentando a capacidade interna de combustível em 40%, resultando no aumento da autonomia de traslado para 4.070 km (2.200 milhas náuticas). O raio de ação para combate aéreo (com 4 mísseis BVR, dois WVR e dois tanques) é de 1.300km. O nova configuração do trem de pouso também permite a adição de dois pilones sob a fuselagem.

Com a vitória do Gripen NG na Suíça e no Brasil, e as encomendas da própria Suécia, o desenvolvimento do Gripen NG está garantido e o novo caça se tornará mais um na longa linhagem de caças bem-sucedidos da Saab.

Gripen NG under

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Mauricio R.

Quem achar neste post, um jao executivo ou regional, ganha um doce…
É por isso que eu digo que vamos fazer um péssimo negócio, pagando a uma empresa privada, p/ aprenderem a fazer aeronave de caça.

Alfredo Araujo

Mauricio…

Não sei o q vc é (profissão)…. mais tem q estar muito por dentro dos detalhes do contrato, que por sinal ainda nem existe, para dizer se é um bom negócio ou não…
Ou então ter lido a proposta sueca… proposta essa que não foi divulgada ao público…

Se vc tem alguma informação privilegiada, divide ae conosco !!!

Gilberto Rezende

Uma correção importante Galante a turbina F-414G é 100 % americana e da GE.

A Volvo Aero fez modificações importantes mas foi para a a turbina RM 18 que equipa os Gripens C/D baseada que é baseada na GE F404.

Acho que misturasse as bolas aqui…

A turbina do Gripen DEMO é a mesma do Super Hornet a própria GE fez PEQUENAS modificações no FADEC e no alternador de partida para a SAAB e só…

Aqui uma fonte da Força Aérea da África do Sul…

http://www.af.mil.za/news/2007/094.htm

Aqui da própria SAAB:

http://www.saabgroup.com/Global/Documents%20and%20Images/Air/Gripen/Gripen%20segment%20solution/Gripen_news_gripen_demo.pdf

HMS TIRELESS

Gilberto:

Há controvérsias….segundo um exemplar mais ou menos antigo da Revista Força Aérea, os trabalhos executados pela Volvo no F-404 atingiam algo em torno 20-30% do motor, que inclusive implicaram em aumento de potência e um sistema de controle que impedia falhas em caso de aceleração brusca. Assim, me parece natural que tenham sido desenvolvidos trabalhos dessa magnitude nos F-414.

Mauricio R.

Alfredo Araujo,

Não tem nada a ver c/ contrato, nem negociação alguma, mas tão somente engenharia.
A Saab tem mais de 60 anos de experiência no desenvolvimento, projeto e principalmente, construção, de caças.
Os caras são abertos, inovadores, determinados.
Qual é mesmo a experiência da Embraer, nesse segmento de mercado???
E não venha citar o Xavante e menos ainda o AMX.
Não se faz aeronave de caça c/ tecnologia de jatos executivo ou regional.
É esse o nível tecnológico da Embraer, sem choro e nem vela.
Eis pq faremos um mau negócio.

Fernando "Nunão" De Martini

HMS Tireless, Foram feitos trabalhos dessa magnitude no F-414 sim, mas pela GE, e não pela Volvo. As melhorias da GE no 404 para levar ao 414, até onde sei, foram em pequena parte baseadas no trabalho feito antes pela Volvo no 404, mas também creio que o 414 será 100% importado para os Gripen E de produção, como foi no demonstrador, até por questão de manter o custo mais baixo (na época do Gripen inicial, era importante para a Saab a fabricação sob licença para ter a expertise da manutenção e apoio à frota, mas isso já foi conquistado,… Read more »

Mauricio R.

A motorização dos Gripens A/B/C/D, é a RM-12, versão especialmente modificada da GE F-404.
A motorização do Gripen DEMO e do Gripen E, é a GE F-414, derivada da motorização do SH.

Clésio Luiz

Na época do Draken, o mesmo foi avaliado junto ao F-104 e do Mirage III para a concorrência da força aérea da Suíça. Curiosamente, o Mirage III foi considerado como tendo as menores distâncias de pouso e decolagem. Somados a outros fatores, foi o escolhido por um país com necessidades e usos muito parecidos com a Suécia. Inclusive o Draken foi testado por pilotos da FAB e preterido em favor do mesmo Mirage III. O que leva a crer que o francês deveria ser melhor mesmo para justificar a escolha, pois apenas poucos anos antes, a França estava em crise… Read more »

Nick

Existem empresas que produzem caças e aviões comerciais. Boeing, Dassault, EADS… aliás fica por aqui a lista. A Embraer poderia ser mais uma delas. A Embraer se tivesse tido o devido suporte por parte do GF para desenvolver sua própria linhagem de caças a faria e com a mesma competência dos suecos da SAAB. O FX-2 é mais uma janela de oportunidade. Se bem aproveitada poderemos ver em médio prazo um caça de 5ª geração com algum DNA sueco e é verdade, mas com participação brasileira também. Ou pode dar em nada, já que já tivemos vários começos e no… Read more »

Alexandre Galante

GE Aviation and Volvo Aero Corporation will be working collaboratively on the new F414G fighter engine for the Gripen Demonstrator programme.

The F414G engine selected by Saab uses a similar architecture to the popular F414-GE-400 engine powering the F/A-18 Super Hornet, with minor changes to the alternator (for added aircraft power) and modified Full Authority Digital Electronic Control software for enhances single-engine operation. The F414 engine is capable of producing more than 22,000 pounds (96 kN) of thrust.

Fernando "Nunão" De Martini

Clésio, Depende do que é melhor em que e para quem. Em desempenho de pista, ou em sistemas de combate? Quanto aos sistemas de combate o que a Suíça fez, por exemplo, foi praticamente transformar a aviônica do Mirage III para que essa ficasse muito parecida com a do… Draken! E gastaram os tubos nisso (coisa que os tornou bem mais azedos depois com gastos em caças, o que levou a um referendo sobre o F-18 e agora sobre o Gripen): http://www.aereo.jor.br/2012/02/16/mirage-iiis-precedente-suico-na-escolha-de-um-caca-que-so-existe-no-papel-2/ Em aerodinâmica e desempenho supersônico, o Mirage III era um projeto mais equilibrado, pois com menor peso e… Read more »

Marcos

“O Saab Viggen quando entrou em serviço usava a última tecnologia em radar e mísseis ar-ar, graças ao auxílio norte-americano…”

“A tecnologia FBW empregada era da Lear Astronics norte-americana…”

“…e a parceria britânica da British Aerospace estabelecida em 1995 …”

Pois é! Parece que, apesar de alergia de alguns, us americanu contribuíram e contribuem em muito com essa aeronave.

Gilberto Rezende

TIreless não CHUTA e leia por favor os links que postei. A Saab fez apenas pequenas alterações de software para adaptar a turbina americana feita para o Super Hornet (que presume o uso de duas turbinas e que poderia se desligar em algumas condições de dano prematuramente pois supõe operar num biturbina o que seria fatal num Gripen o tal “sail safe home” que se referem nos textos) e alguns pequenos ajustes de componentes externos para acomodar a turbina para o Airframe do Gripen DEMO. Este trabalho DEVE estar sendo refeito na corrente montagem do primeiro protótipo do Gripen E… Read more »

Nick

Caro Gilberto,

Sua postura é elogiável.

Muitas “viúvas” sejam do SH, Rafale, Su-35S, se recusam a aceitar o fim do FX-2. 🙂

Agora é hora mesmo de acompanhar a evolução das negociações que cuminarão na assinatura do contrato em 2014.

Sobre a idéia de um Gripen 2 motores, sou mais a favor de uma turbina com mais potência, pode ser até a GE F-414 EPE, que praticamente sozinha fornecerá a mesma potência que 2 M-88. E claro, com um novo airframe furtivo, que por enquanto atende pelo nome de FS2020.

Mas quem sabe ele não se chamará Harpia? 🙂

[]’s

Clésio Luiz

12.000 contra 16.000? hum…

Nautilus

Gilberto Rezende e Alexandre Galante, está havendo um pouco de “jamming” na comunicação entre vocês. Um pouco de história: a GE ficou sensivelmente impressionada com o trabalho que os engenheiro da Volvo fizeram no seu turbofan F-404, modificando vários itens, como a câmara de combustão, o PC e o FADEC, conseguindo um desempenho melhor em 10% e otimizando o motor para uso em caças monomotores. Então, convidou a Volvo a participar do desenvolvimento da F414-GE-400. EU tinha um link de uma matéria que falava do MOU entre as duas empresa, e que traz detalhes como datas etc. Quando a Saab… Read more »

Marcos

Gilberto Concordo em grande parte, apenas com alguns contrapontos ou complementos: a) Assim COBRAREI do nosso governo o FINANCIAMENTO do desenvolvimento da variante Gripen F a ser feita pela SAAB… Vai ter de cobrar mesmo. Lembro que no caso do KC-390 o GF incentivou muitas empresas nacionais a participarem do projeto. Gastaram o que não tinham para entrarem no negócio e depois o governo deixou todos na mão, tanto que a Embraer teve de passar o chapéu mundo a fora para não parar o desenvolvimento. b) acho FUNDAMENTAL para a independência militar que o Brasil tenha capacidade de construir suas… Read more »

Nautilus

Gilberto Rezende, gostei também de sua postura acima. Deveria ser acompanhada por todos que se consideram “viúvas” do Super Hornet ou do Rafale. Acho que este seria o posicionamento correto e era o que eu assumiria, caso o Rafale, por exemplo, tivesse sido o escolhido. Também sou completamente a favor da montagem sob licença da F414G no Brasil, principalmente considerando que poderemos ter mais de 100 Gripen NG voando no Brasil até 2025-2030. Mais ainda com os que poderão ser adquiridos pela MB. Aliás, sobre isso, quero acrescentar que muitos questionam o fato de que, para termos o Sea Gripen,… Read more »

Alexandre Galante

Os caças bimotores só eram imprescindíveis quando os motores não eram muito confiáveis ou quando se seguia a filosofia americana “Bigger-Higher-Faster-Farther” (“Maior, Mais Alto, Mais Rápido e Mais longe”).

Está aí o F-35 que é monomotor e deverá cumprir missões na US Navy ao lado do Super Hornet bimotor.

Marcos

Nautilus

NAe da onde?
Os investimentos da Marinha estão alocados no baleião das profundezas. E, creio, haverá outras prioridades, como Fragatas.

ricardo_recife

A turbina do Gripen E/F é 100% norte-americana. Mas é claro que, dependo do desenvolvimento futuro, pode ser fabricado ou modernizado com componentes suecos ou de outro país, a depender do que as empresas e os governos envovidos no processo decidam, como aconteceu como Volvo RM-12. As turbinas de todos os F-5, SuperTucanos, Hercules, BlackHawk, P-3, C-295, dentre outros, são fabricadas por empresas dos EUA. As turbinas dos KC390 serão fabricadas pela IAE International Aero Engines AG, que tem 49,5% de ações de empresas norte-americanas ou subsidiarias europeia delas (se forem observados aquelas que tem participação acionária importante dos EUA… Read more »

Mayuan

“Alfredo Araujo Mauricio… Não sei o q vc é (profissão)….” Essa é fácil! Chato! Desconsidera porque prefere que se alguém quer que algo aconteça, ou mete a mão na massa ou dá dinheiro para que aconteça. O GF vê no desenvolvimento e capacitação da Embraer o caminho para que sejam gerados empregos diretos e indiretos, bem como impostos, ampliação do parque industrial Brasileiro, capacitação de engenheiros de ponta e etc. Vai fazer como, com apoio moral? Vai Embraer vai! Acredito em você! Você é capaz! Tá certo que a Embraer é privada, que seus lucros pertencem somente a seus acionistas… Read more »

Gilberto Rezende

Nick e Galante, Esta discussão de mono e biturbina é antiga mas deixo de pronto minha posição. Em qualquer situação um caça biturbina bem projetado é melhor e superior a um caça monoturbina bem projetado PRINCIPALMENTE quando você tem um país continental a defender ou quer projetar seu poder aéreo mais longe e por mais tempo para derrubar seu oponente. Meu sonho profissional na MB ERA ser piloto e em qualquer situação sobre o mar só com o convoo do meu PA para pousar se me fosse dada a escolha ter duas turbinas SEMPRE seria a MINHA escolha. O Super… Read more »

Mayuan

O Gripen foi medido, pesado, analisado e considerado adequado. O Rafale, no cenário atual de restrições orçamentárias de toda natureza, seria inadequado pois acabaria parado no chão por falta de verba, trazendo prejuízos à nossa capacidade de defesa. No entanto, temos carência de um grande número de aeronaves graças à aposentadoria de nossos atuais vetores em futuro não muito distante. Nada impede, portanto que, no futuro, caso se julgue necessário depois de algum tempo de uso do Gripen, que se comprem caças mais pesados para complementá-lo e formar um mix hi-lo. Considerando então que a melhor decisão é quase sempre… Read more »

Gilberto Rezende

Mayuan o Gripen foi medido, pesado, analisado e considerado adequado pela Dona Dilma. Caso não tenhas percebido pelo atropelo e o certo despreparo no anúncio do FX-2 a decisão da presidenta foi de supetão e pegou tanto o Ministro Amorim como o Saito meio desprevenidos. O Candidato do Brigadeiro Saito era o Super Hornet, dito por ELE MESMO. O Gripen foi colocado na short-list pela FAB para retirar o SU-35 que era o candidato do Mangabeira Unger e do Celso Amorim. O candidato do Nelson Jobim e do Lula era o Rafale. A Dona Dilma só queria gastar pouco e… Read more »

Penguin

Documento interessante:

This computer, CK37 used in the Saab AJ37, was the first airborne computer in the world to use integrated circuits
(first generation ICs): http://www.datasaab.se/Papers/Articles/Viggenck37.pdf

Rafael M. F.

Gilberto Rezende
22 de dezembro de 2013 at 20:38

“O Candidato do Brigadeiro Saito era o Super Hornet, dito por ELE MESMO.

O Gripen foi colocado na short-list pela FAB para retirar o SU-35 que era o candidato do Mangabeira Unger e do Celso Amorim.

O candidato do Nelson Jobim e do Lula era o Rafale.”

Me corrijam se eu estiver errado, mas pelo COPAC, a classificação foi a seguinte:

1) Pulga Atômica
2) Marimbondo
3) Croissant

Fernando "Nunão" De Martini

“O Candidato do Brigadeiro Saito era o Super Hornet, dito por ELE MESMO.“ Engraçado, Gilberto. Uma suposta declaração do comandante Saito e que, até onde sei, saiu numa única matéria e de um único jornal, que tratava principalmente de uma questão corporativa e que, além disso, era creditada a algum informante na reunião, pelo jeito ganhou para você ares de verdade absoluta. Ao mesmo tempo, inúmeras matérias no passado, que colocavam o Gripen como melhor pontuado em relatório vazado, ou que colocavam o Rafale como a proposta mais cara, assim como reportagem recentíssima logo após a visita de Hollande, que… Read more »

Clésio Luiz

Essa estória de sobrevivência de mono VS bi turbina é cheia de furos. De cabeça eu lembro de 3 acidentes de caças biturbinas: – A recente queda do MiG-31; – A morte de Kara Hultgreen (primeira piloto de Tomcat) por falha na turbina pouco antes de pousar num PA; – A queda de um MiG-29 em um show aéreo por falha em uma turbina. Já relatos de caças monoturbinas retornando a base com acerto de mísseis na tubeira não faltam, como: – O MiG-15 chinês que voltou com um Sidewinder na traseira; – O Mirage F1 sul-africano que foi atingido… Read more »

Rafael M. F.

Clésio Luiz
22 de dezembro de 2013 at 23:06

Matô, caboclo!

Ainda tem mais:

– Um Mirage IIIC hebreu que voltou à base depois de atingido por um AA-2 Atoll

– Inúmeros F-105 Thunderchief que voltavam à base aos pedaços.

– Um Mirage IIE porteño que foi atingido por um AIM-9L e retornou à base, somente para ser abatido pela AAA hermana…

phacsantos

Olha, é muito CHATO ficar ouvindo esse chororo :
“monoturbina não presta ”
“a Suécia não tem 100% do Gripe”
“Embraer que se vire sozinha”
“fomos estudados”

Poderiam ir assistir algum programa de culinária francesa e deixar os brasileiros esperançosos terem esperança?

Rafael M. F.

Ah, e não custa nada lembrar de um trecho dos célebres textos sobre John Boyd editados no PA:

“(…)um avião de dois motores que perde um motor em combate é praticamente inútil e a probabilidade de falha no motor dobra quando se tem dois deles.”

phacsantos

*”entubados”

Gilberto Rezende

Nunão o que foi divulgado pelo jornal foi dito a uma audiência de militares, e a frase dita que o reconhecendo que o Gripen não assusta mas impões respeito por exclusão aponta a mesma preferência. Outra coisa que TEM de ser reconhecida é que com a decisão do FX-2 é que estamos na mesma posição geral de MEDIOCRIDADE da Suíça na aviação militar onde o fator PREÇO tem maior peso relativo. Continuar com este discurso que o Gripen é melhor que um Super Hornet, Rafale ou Su-35 é se expor ao ridículo JUNTO com os suíços… Neste sentido temos o… Read more »

Oganza

AESA, fusão de sensores, DATALINK superior, super cruiser, BVR 4ª/5ª geração, WVR 5ª geração(?), armas stand-off, MAIOR raio de ação já adquirido pela FAB… etc.. etc… Meus queridos, a FAB ainda vai ter que aprender a lidar com tudo isso… indepedente de qualquer coisa que vocês digam, a FAB e as FFAA brasileiras NUNCA tiveram um vetor que entregasse tanto, e TUDO o que ela sabe sobre isso é PURAMENTE TEÓRICO. A FAB vai voltar a escolinha para fazer uma atualização, para FINALMENTE poder introduzir todas essas capacidades em sua doutrina e em certos pontos, rever tais doutrinas se for… Read more »

Rogério

O Gilberto não acerta uma, quer dar uma de fontado mas erra feio, kd,a afirmação dele “Oh o Hornet não opera em PA de 40ton e por isso esta fora, oh o Gripen só tem a versão terrestre e por isso está fora, pq o caça da Marinha deve ser o mesmo” pois é Gilberto, foi escolhido um concorrente sem versão naval e aí??? Que q a Marinha vai fazer mesmo?

Mayuan

Gilberto: “Mayuan o Gripen foi medido, pesado, analisado e considerado adequado pela Dona Dilma.” Não, pela COPAC. “O Candidato do Brigadeiro Saito era o Super Hornet, dito por ELE MESMO.” Todos os integrantes da short-list atendem as necessidades da FAB. Também dito por ele mesmo. Pode até existir alguma superioridade técnica por parte do Rafale. Muitos duvidam. Eu não tenho como afirmar. De garantido, apenas que ele faz parte de um pacote com preços de aquisição e operação mais altos além de uma má fama por parte dos franceses. Os Sukhoi também são excelentes vetores mas seus custos e a… Read more »

Oganza

Gilberto Rezende

larga esse mi mi mi… e essa frustração pessoal pleeeeease.

ACEITA uma coisa: A MB NÃO TEM um PA.

e

APRENDE uma coisa tb: A MB NÃO TERÁ um PA, não nos próximos 20 anos, e quando tiver, você poderá levar seus netos para visitalo, ok?

Obs.: vai levar 20 anos, pq logo logo esses alimirantes que ai estão vão pegar suas gordas aposentadorias e seder lugar para gente mais competente e com maior senso prático e de PRIORIDADES. SIMPLES ASSIM.

Sds.

Rafael M. F.

Gilberto Rezende 22 de dezembro de 2013 at 23:40 “Outra coisa que TEM de ser reconhecida é que com a decisão do FX-2 é que estamos na mesma posição geral de MEDIOCRIDADE da Suíça na aviação militar onde o fator PREÇO tem maior peso relativo.” De medíocres os suíços não têm nada. O que eles possuem é respeito pelo dinheiro do contribuinte. Já tiveram uma experiência terrível com o Mirage IIIS. Lembre-se que possuirão Gripen, mas também possuem F/A-18. E o Gripen substituirá seus F-5. “Continuar com este discurso que o Gripen é melhor que um Super Hornet, Rafale ou… Read more »

Rafael M. F.

Fernando “Nunão” De Martini 22 de dezembro de 2013 at 15:47 “Já o Draken tinha aviônica muito mais avançada, sendo capaz de interceptações em curso de colisão, ao invés de curso de perseguição, bem antes do Mirage fazer isso a contento, e mais tarde manteve a dianteira com o enlace de dados.” Me lembro de uma edição da RFA que afirmava que a SFV foi a primeira força aérea no mundo a usar o Datalink, justamente com o Draken. Isso em 1964/65. Procede isso? De resto, é um dos design de caças mais curiosos (E um dos meus favoritos). Mas… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

“Rafael M. F.em 23/12/2013 as 2:23
Procede isso?”

Significa, quer dizer, procede!

ricardo_recife

Caramba,

Como as viuvas do Rafale são chatas!

95% desta discussão já acabou! Simplesmente morreu depois da escolha feita.

Viva o Gripen monoturbina.

Abs,

Ricardo

joseboscojr

Sempre houve aeronaves embarcadas monoturbinas muito bem sucedidas, haja vista o A-4 e o A-7. Claro que eram aeronaves de ataque e não caças de defesa de frota, que permanecem toda a missão em patrulha sobre o mar, mas mesmo assim é de se levar em conta. O fato de um caça ter 2 turbinas não tem diretamente nada a ver com o alcance, mas tem de forma indireta. Uma aeronave com duas turbinas pesa bem menos que duas aeronaves com uma turbina, portanto, uma das maiores razões de se colocar duas turbinas em uma aeronave é otimizar a relação… Read more »

joseboscojr

O “problema” é que não basta dobrar a quantidade de combustível levada por um caça para que ele vá duas vezes mais longe ou fique duas vezes mais tempo voando. A massa maior de combustível obriga que haja uma célula muito maior e mais robusta para conter o combustível a mais,o que obriga que haja trens de pouso muito mais maciços e pesados e tudo isso para levantar do solo obriga que haja uma certa quantidade de potência que em geral é suprida pela instalação de duas turbinas, o que produz mais peso que deve ser compensado por uma estrutura… Read more »

champs

Oganza 22 de dezembro de 2013 at 23:41 “…ou mesmo quem sabe a proposta do Nunão de esquadrões maiores, uns 4 esquadrões com 18 aeronaves, totalizando 72 caças (o dobro do FX-2).” Mayuan 22 de dezembro de 2013 at 23:52 “Vale também lembrar que a 4ª geração está no limite de seu desenvolvimento. Muita gente já está desenvolvendo a 5ª e alguns até a 6ª como a Boeing por exemplo que acaba de afirmar que gostaria de continuar mantendo laços conosco. Vale então a pena comprar o modelo mais caro da lista?” Sou 100% a favor destas opiniões. – Esquadrões… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

“Esquadrões com 18 aeronaves seriam melhor racionalizados, e 4 esquadrões de Gripen, totalizando 72 caças, seriam o suficiente para caças de 4ª geração na FAB.” Senhores, Defendo há bastante tempo a preferência por esquadrões de caça com mais aeronaves, mesmo que ao custo da quantidade de esquadrões. Até cheguei a dizer que, com meia dúzia de esquadrões de 18 aeronaves cada, e com grande capacidade de desdobramento, estaríamos muito bem na fita e com uma racionalidade bem maior do que um número superior (7 ou 8) de esquadrões com 12 aviões cada. Porém, creio que isso só poderia ser implementado… Read more »

eduardo pereira

Pqp parece que escolhemos um lixo pela choradeira de alguns . Como (se é que viu) alguém mete o pau em um aviâo após ver um vídeo como o do Gripen ?? Cada um tem sua opiniao e seu favorito mas desmerecer e ridicularizar um projeto muito bem feito e estruturado é no mínimo irracional. O país custa anos pra escolher um caça, escolhe um e tem gente que fica chorando? Vai comprar o seu entao poxa, e se nao quer voar caça mono (se for piloto) pede pra sair e deixa quem estiver feliz e doido pre por a… Read more »

joseboscojr

No F-X2 eu achava o SH o caça ideal tendo em vista: 1- Ele iria substituir diretamente o Mirage 2000, 2- Não haveria um caça tampão para cobrir o tampão Mirage 2000, até a chegada do “F-X2”, 3- São somente 36 unidades, 4- Nunca levei a sério a tal “transferência irrestrita de tecnologia” Ao meu ver o F-18 SH era o que melhor se enquadrava tendo em vista que já estava pronto e que tinha um custo razoável, tanto de aquisição quanto de operação. O que mais me incomodava nele era o fato de ser uma versão naval, mas em… Read more »

Clésio Luiz

Com relação a primeira Força a operar uma caça com datalink, vale lembrar que o F-106 era conectado à estações de terra e os soviéticos possuíam datalinks até no MiG-21 na década de 60. Então ser o primeiro é algo meio nebuloso aí. Depende do que se considera “datalink”.

joseboscojr

Uns 50 AMX + uns 40 F-5 + 36 SH (ou Rafales) era razoável

Cento e vinte Rafales, SH ou Su-35 não tem nenhuma lógica. São caças caros, sedentos, com duas turbinas e em tal quantidade iriam onerar por demais o país.

Cento e vinte Gripens NG, como único avião de combate da FAB (além dos ST) é bem equilibrado também.

Cem Gripens NG + 36 Su-50 (??) seria bem interessante, para um futuro de médio prazo.

Mauricio R.

OFF TOPIC…

mas nem tanto!!!

Afinal tb é sobre um canard monoturbina.

Configurações ar-ar do J-10:

(http://snafu-solomon.blogspot.com.br/2013/12/j-10-air-to-air-load-out-via-chinese.html)

Observador

Senhores, Aos perdedores resta o choro. Eu, que era um apostador da quarta opção (ou seja, de que NADA aconteceria), fui surpreendido pela escolha. Mas foi uma surpresa apenas pela tomada de decisão, não pelo aparelho escolhido. Se o Gripen tivesse sido escolhido para substituir um caça pesado e bi-turbina antigo, como os veteranos F-4, bastante comuns em várias forças aéreas, seria até de se estranhar. Mas como sabemos, este não é o caso da FAB. Para o Brasil o Gripen é a melhor opção: irá substituir a curto, médio e longo prazos justamente caças monoturbina (mirages e A-1s) e… Read more »

Control

Srs Há muita água para passar debaixo da ponte até 2018 e maia ainda para 2023. Tendo em vista que o cenário geopolítico está mudando rapidamente, é muito prematuro considerarmos que bastam 36, 72 ou 100 caças para garantir um bom poder de dissuasão ao país como também é muito prematuro atribuir a necessidade ou não do Sea Gripen. No momento, os fatos que temos são: Geopolíticos: • Há uma corrida armamentista na Ásia com o Dragão colocando medo em seus vizinhos ao assumir uma atitude mais imperativa quanto ao que entende ser os seus direitos e quanto ao seu… Read more »