Air Canada está próxima de comprar até 60 jatos, dizem fontes
A Air Canada parece próxima de decidir se compra até 60 novos aviões da Airbus ou da Boeing, uma decisão que pode definir qual das fabricantes ganhará a corrida anual por encomendas, disseram fontes da indústria.
A companhia canadense disse que está avaliando a renovação de sua frota de aeronaves de corredor único, que inclui mais de 50 Airbus A320 e A321, assim como 45 aviões 190 da Embraer.
A Air Canada também poderia fazer encomendas adicionais por aviões menores posteriormente, e espera-se que ela compare o novo avião CSeries da canadense Bombardier, com a família de aviões de segunda geração da brasileira Embraer.
O analista da RBC, Walter Spracklin, disse em uma nota a clientes na sexta-feira que a Air Canada poderia potencialmente fazer uma encomenda por 30 aviões CSeries.
Companhias aéreas estão aguardando para fazer decisões de pedidos firmes do CSeries, que começou a ser testado em setembro, até que a Bombardier divulgue dados de voo.
“Dados completos de performance devem ser divulgados dois a três meses”, disse Spracklin.
O presidente-executivo da Air Canada, Calin Rovinescu, havia dito anteriormente que esperava que a decisão fosse tomada até o final do ano, observando que ela envolveria mais de 100 aviões.
Um porta-voz da Air Canada disse que nenhuma decisão havia sido tomada, mas duas pessoas familiares com o assunto disseram que a decisão pode ser feita nesta semana, quando o conselho de administração da empresa se reúne.
Fontes da indústria disseram que a Air Canada enfrentaria suas necessidades de renovação de frota em duas fases, começando com uma decisão sobre a possibilidade de ficar com a Airbus para jatos de médio curso, e escolher a versão renovada A320neo, ou mudar para o Boeing 737 MAX.
A empresa deve optar por 30 ou mais jatos ao fazer uma encomenda firme com opções por até outros 30 aviões.
O negócio seria avaliado em até 6 bilhões de dólares se todas as opções forem exercidas.
Airbus e Boeing não quiseram comentar o assunto.
FONTE: Reuters, via Estadao