Aviões A-29 Super Tucano e T-27 Tucano celebram histórico de operações na Força Aérea Brasileira
O A-29 Super Tucano, monomotor turboélice de ataque leve e treinamento avançado, estabeleceu este mês uma marca importante ao completar 10 anos de operação na Força Aérea Brasileira (FAB). A aeronave, que recentemente foi selecionada pela Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) para o programa Light Air Support (LAS), ou Apoio Aéreo Leve, já superou a marca das 200 mil horas de voo. Atualmente, o modelo está em operação em nove forças aéreas na América Latina, África e Sudeste Asiático.
Este ano, o A-29 Super Tucano também foi escolhido como o novo avião do EDA (Esquadrão de Demonstração Aérea) da FAB, mais conhecido como “Esquadrilha da Fumaça”, em que substituirá o venerável treinador T-27 Tucano. O T-27 é usado na formação dos cadetes da Academia da Força Aérea (AFA) e está celebrando 30 anos de operações na FAB. Para celebrar a efeméride, uma das aeronaves da AFA recebeu uma pintura especial que será apresentada ao público pela primeira vez na cerimônia de formatura dos aspirantes-a-oficial, que se realiza hoje (6/12), na sede da AFA, em Pirassununga (SP).
Sobre o A-29 Super Tucano
O A-29 Super Tucano é resultado de um projeto desenvolvido de acordo com as rigorosas exigências da FAB. Com mais de 210 encomendas e mais de 170 aviões entregues, é totalmente compatível com as operações de combate em ambientes complexos. Além da reforçada estrutura para operações em pistas não pavimentadas, o avião conta com avançados sistemas de navegação e pontaria de armas, o que lhe garante alta precisão e confiabilidade, utilizando tanto armamento convencional como inteligente, mesmo sob condições extremas. O avião requer apoio logístico mínimo para operações contínuas. O A-29 Super Tucano está em operação em nove forças aéreas, executando com sucesso missões de treinamento avançado, vigilância de fronteiras, ataque leve e contra-insurgência.
Sobre o T-27 Tucano
Monomotor turboélice de asa baixa, o T-27 Tucano é equipado com um motor Pratt & Whitney Canada PT6A-25C, de 750 shp, com hélice tripá e trem de pouso retrátil. Foi o primeiro treinador básico turboélice a utilizar assentos ejetáveis configurados em tandem (um atrás do outro). Outras novidades do projeto eram o avançado cockpit, com instrumentos dispostos de forma semelhante aos modernos caças a jato, e o fato de reunir os comandos de potência do motor, abertura e fechamento de combustível e funcionamento da hélice em uma única manete, facilitando a operação e tornando a pilotagem similar a de um avião a jato. Os primeiros aviões de produção foram entregues em 29 de setembro de 1983. No total, foram produzidas mais de 630 unidades do avião para forças aéreas de 14 países.
FONTE: Embraer
Que lindo ficou esse Tucano!
Que avião espetacular, parabéns à Embraer e à FAB pelo T-27, um avião na acepção da palavra
Guizmo
Concordo 110% e acrescento o A-29, nessa todos os
envolvidos acertaram. Esperemos o mesmo para o KC-390.
Espetacular as imagens. Parabéns ao Sargento Johnson e aos pilotos envolvidos.
O EMB-312 é de longe o mais bonito treinador da sua geração. Uma pena que as exigências operacionais tenham descaraterizado sua aparência no EMB-314.
É triste constatar que o T-27 saiu de linha. Quando a gente vê porcarias como o unasur, bem que ele poderia voltar.
Que bela aeronave, essas fotos estão espetaculares, uma coisa que me chamou atenção foi o canopy, eles redesenharam foi? Estou achando diferente, menos angular, isso foi depois do incidente com o passado que quebrou e atingiu o oficial instrutor? Achei que ficou bem melhor.
Desculpem confundi o T27 com o T29, mas o canopy do T27 liso é muito mais bonito deveriam adaptarem ao T29.
Santana Denis,
Não existe a denominação T-29, apenas A-29 (Super Tucano). Quanto ao canopi, o do A-29 tem o formato de bolha mais acentuado justamente por ser uma aeronave projetada para missões de combate, conferindo muito mais espaço para o piloto esticar o pescoço e olhar para os lados e para baixo sem bater o capacete no canopi.
Avião magnifico, preparado e pilotado por pessoas que amam o que fazem, não poderia ficar melhor.
Parabéns, e não mensionem aquele “Una alguma coisa” em uma matéria do T-27 e A-29, é um abismo INALCANÇAVÉL perante o projeto Embraer.
Modo fã off.
Isso, obrigado pela correção.
E esclarecimento claro, mas que o canopy liso da um ar de modernidade além de beleza da. =)
Srs
O T27 tem um design mais equilibrado e limpo. É um ótimo projeto. Pena que a Embraer abandonou o T27 e o mercado dos treinadores, pois o design é ótimo e uma evolução em materiais e da motorização poderia render algumas novas versões interessantes. O A29 foi uma boa evolução para a função COIN, porém, além de mais pesado tem um design desequilibrado e é mais caro, o que limita seu mercado.
Sds
A bola da vez são os Grobs, o T-27 teve seu espaço e seu tempo, mas o momento de substituí-lo definitivamente chegou.
O redesenho do canopy do A-29 tem a ver com o novo assento ejetável, instalação do head up display e requisitos de corredor de ejeção. O T-27, projetado sob o FAR 25, não obedece os requisitos de corredor de ejeção. Se o piloto ejetar bate com a ponta dos pés no painel. As botas são padronizadas, e possuem uma biqueira de aço. Ainda guardo as minhas…
A Embraer é apenas uma covarde comercial por não modernizar sua aeronave, mas está mais que na hora do Comando da Aeronáutica decidir se vai atualizar o T-27 ou substituí-lo por um novo projeto.
O T-25 infelizmente será substituído pelo UNASUR I e o T-Xc da Novaercraft vai ter de lutar para sobreviver…
Roberto,
Em caso de uma pergunta em post tão distante já da primeira página como este, acho melhor você copiar e colar num mais recente, como “off-topic”. É uma das poucas situações em que achamos válido o “off-topic”, se não há post sobre Tucano / Super Tucano na primeira página.
Isso porque dificilmente a pessoa que você quer conversar vai ver seu comentário (a não ser que esteja online enquanto seu comentário está na lista dos mais recentes).
Sobre ar-condicionado, o que posso lhe adiantar é que o Tucano não tem.
Nunão, boa tarde.
O Tucaninho tem (ou teve) ar condicionado, se não estou enganado.
Era um sistema problemático, de baixa confiabilidade. Pode ser que tenha sido retirado.
O principal motivo das constantes panes acho que era a sua concepção, que se assemelhava mais com o tipo utilizado em automóveis, pois utilizava um compressor acionado por correia em vez de usar diretamente o ar de alta pressão do compressor do motor.
Abraço,
Justin
Vou falar de novo por aqui, porque acredito que alguém da Embraer lê esse blog.
Cadê a versão embarcada do Super Tucano?
Iväny Junior escreveu:
Cadê a versão embarcada do Super Tucano?
Prezado Iväny Junior
Será que precisa? O OV-10 era operado a partir de NAes ou navios anfíbios de convés corrido sem o uso da catapulta.
Olá, Roberto. Essa parte do ar condicionado referente à refrigeração é realmente crítica nas operações no solo ou voando em baixa altura. Em voo de cruzeiro alto, o normal em um avião não-pressurizado é sentir os pés gelados e o efeito do sol no corpo. Atualmente é inconcebível ter um avião com motor a jato (turboélice, turbofan ou turbojato) sem ar condicionado. O sistema que usa ar do compressor do motor é muito simples. Ergonomia e conforto do piloto é essencial para missões de maior duração. Sobre a decisão pelo Gripen, todos sabem que sempre defendi uma escolha que proporcionasse… Read more »
Prezados, o T-27 possui ar-condicionado. Certa vez acompanhei uma turma de alunos de eng. mecânica, ênfase em aeronaves (hoje há a eng, aeronáutica), a uma visita à AFA. A disciplina era sobre manutenção (eu era aluno da UFSCar) e um sargento nos mostrou alguns sistemas do T-27, entre eles o de ar-condicionado. Faz muito tempo mas lembro-me de ele ter citado alguma deficiência do mesmo. Roberto, em outro post você mencionou sobre asas e trem de pouso do Tucano terem semelhança com o Piper Navajo. Lembro-me de ter lido algo a respeito em uma revista Motor 3, certamente em um… Read more »
Gratos pelas respostas sobre ar-condicionado.
Estou sem tempo de procurar, mas tinha um artigo de revista que falava da ausência do mesmo. Pode ser que já fosse da época em que, segundo se está dizendo, o sistema problemático foi retirado.
Quando encontrar, avisarei.
Caro Poggio
Eu acredito que não precisa, pela baixa velocidade de pouso e decolagem e pelo peso da aeronave. Mas isso é achômetro. Se realmente não precisa, a Embraer tem que demonstrar isso (e aqui na MB poderia fazê-lo, junto ao NAe São Paulo), justamente para ganhar a certificação.
Quando ele começou a ser cogitado pelos Marines para apoio aéreo, já deveria ter-se feito um teste ou desenvolvido uma versão para que ele pudesse operar em porta aviões.
Saudações.
Em tempo. A turma que eu acompanhei de carona era da EESC-USP.
Lembro -me do sargento que nos recebeu ter dito, se não me falha a memória (isso deve ter sido em 1994), que havia um T-27 da Academia “bom de ar-condicionado”. No dorso da aeronave existem dois trocadores de calor que são abaixados para refrigerar o sistema de A/C. Nesse T-27 específico esses trocadores viviam permanentemente baixados (uma pane) e, por conta disso, o A/C estava sempre resfriado e o mesmo ocorria com a cabine.
Isso tudo se nãome falha a memória!
Em post de T-27 e A-29, um off topic sobre um antepassado, o T-6.
Alguém já havia visto esta foto:
http://www.esquadrilhadafumaca.com.br/christianopessoa/rasante-em-copacabana/rasantet_6copacabana/
Isso sim é rasante!
É, sem palavras…
Off sobre o T6 indiretamente, hehehe
http://www.youtube.com/watch?v=RlC0wUxEmmo
Iväny Junior
28 de dezembro de 2013 at 0:03 #
Boa lembrança do P6, para lembrar que mesmo os melhores equipamentos podem durar mas não são eternos. Do que adianta estar produzindo T27 se não estiver vendendo? O modelo tinha e tem ótimos concorrentes então a decisão fazer o ST mesmo com seus riscos se mostrou acertada e partiram para atuar em outro nicho de mercado.
E lembrar também desse grande humorista, dos que faziam humor com qualidade sem apelação e pioneiro do “stand up”, termo usado por aqui a pouco tempo.
Antonio M
Se não tem mercado, não adianta. Consta, inclusive, que o Super Tucano nasceu da necessidade de uma concorrência americana. Acredito que o Tucano (com motores mais potentes, como os ingleses) seja melhor treinador que o ST.
Mas se é mais barato produzir A-29B (que incorpora várias características de treinamento, apoio e ataque) do que manter dois modelos na linha (mais o short Tucano, por exemplo) que se faça.