Helicópteros usados pela polícia do RJ estão parados
Aeronaves eram usadas em ações de combate ao crime. Segundo a secretaria, uma delas não tem previsão para voltar a operar.
Dois helicópteros da Polícia do Estado do Rio de Janeiro, usados em operações aéreas contra o tráfico de drogas, estão parados há meses. Junto com eles, equipamento de alta tecnologia que deixaram de monitorar a ação de criminosos.
As aeronaves eram usadas em várias ações de combate ao crime. Uma delas, que aparece nas imagens coberta por uma lona de plástico, caiu em maio do ano passado durante um treinamento. Na queda, parte da câmera que funcionava no helicóptero para registrar a ação de criminosos também foi danificada. De acordo com o Diário Oficial, o valor de contrato de compra da câmera, com os acessórios, foi mais de R$ 2,5 milhões.
Outra aeronave blindada e usada em operações em comunidades do Rio está parada há quatro meses. O helicóptero conhecido como “Sapão” está coberto por um plástico preto e cartazes, que dizem que está faltando uma peça para funcionar. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (Seseg), a pela quebrada é uma das paletas do motor. Ainda segundo a secretária, a aeronave custou aproximadamente R$ 8 milhões aos cofres públicos.
No mesmo terreno, há outros equipamentos importantes, que também estão parados e fazem parte de um projeto da Seseg e juntos custaram ao estado mais de R$ 10 milhões. O contêiner onde funcionavam os equipamentos de capitação e edição das imagens geradas pelas aeronaves está trancado. Uma van usada para a transmissão das imagens em tempo real também está parada. Todo o material está registrado no Diário Oficial do estado.
Os equipamentos foram utilizados em operações importantes, como a que resultou na morte do traficante Matemático em maio do ano passado e a ocupação da Rocinha, em novembro de 2011. Mas também serviu de prova contra a própria polícia, quando agentes foram flagrados mudando corpos de lugar depois de um confronto com traficantes na Favela do Rola, em agosto do ano passado. O caso ainda está sendo analisado pela Justiça, que pediu novos laudos da câmera da aeronave.
A Seseg disse que a aeronave que caiu em maio teve avaliação de perda total pelo seguro. O sistema de filmagem, que foi danificado na queda, está em processo de licitação para o conserto, mas não há nenhuma previsão para que o serviço seja feito. Em relação ao helicóptero Sapão, a secretaria disse que a substituição da peça quebrada já está sendo providenciada e que a aeronave deve voltar a funcionar no mês que vem.
FONTE: G1
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