Gripen E, nova geração do caça da Saab, será 50% sueco
Segundo reportagem do jornal sueco Svenska Dagbladet, resumida no blog oficial do Gripen, a nova versão Gripen E do caça, em desenvolvimento pela Saab, tem 50% de conteúdo sueco. Empresas baseadas nos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França e Suíça produzem diversos componentes importantes para o jato. A maior contribuição, fora da Suécia, vem da norte-americana General Electric, que fabrica o motor F414 que equipa a aeronave.
Porém, os elementos básicos de todo o desenvolvimento do sistema, o projeto, uma grande parcela dos sensores, dos aviônicos e ca composição do avião são fabricados na Suécia. De acordo com a reportagem, cerca de 1.500 pessoas no total estão trabalhando no Gripen E, a maioria na sede da Saab em Linköping e outros em diversas cidades suecas, como Göteborg, Arboga e Trollhättan.
FONTE: Gripenblogs (para acessar matéria original do Svenska Dagbladet, em sueco, clique aqui).
FOTOS (Gripen F de testes, fabricação de Gripen C e cronograma de desenvolvimento e entregas, em caráter ilustrativo): Saab
NOTA DO EDITOR: alguns pontos interessantes da reportagem original do Svenska Dagbladet são de que, na Agência Sueca de Material de Defesa (FMV), cerca de 110 pessoas trabalham dedicadas aos processos de aquisição de partes para o caça, de forma a garantir que o custo do sistema Gripen seja o mais baixo possível ao longo de sua vida útil. Os custos mais baixos para aquisição e operação buscados para o caça são decorrentes, segundo a matéria, de que enquanto outros competidores buscam produzir a maior parte das aeronaves no próprio país, a Suécia compra componentes de companhias de outros países, com ênfase em encontrar, no mercado, o que há de melhor e de mais barato.
Os softwares que rodam nos computadores do caça são suecos, e a nova arquitetura computacional separa programas críticos para o caça de outros programas, tornando mais simples atualizar e mudar os sistemas. Entre esses programas, está o de guerra eletrônica, totalmente novo. Quanto aos componentes externos, somente o motor fornecido pela General Electric dos EUA responde por 1/5 do custo da aeronave. Por fim, a matéria relembra que, até o momento, há 82 encomendas na perspectiva do Gripen E, 60 para a Suécia e 22 para a Suíça, sendo que este último deverá operar por cinco anos 11 jatos Gripen C/D por leasing, enquanto aguarda pela entrega, a ser iniciada em 2018, de metade de sua encomenda.
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Está muito bom. Este índice deve ser superior ao de conteúdo nacional nos aviões da Embraer.
a Suécia compra componentes de companhias de outros países, com ênfase em encontrar, no mercado, o que há de melhor e de mais barato.
Este também é um princípio que norteia a Embraer.
Amigos, boa tarde.
Esses 50% são percentuais do quê?
– Valor de materiais e equipamentos adquiridos?
– Serviços?
– Peso?
Como a Suíça e os terceiros países dividem os restantes 50%?
Abraços,
Justin
Justin Case, Como foi citado na matéria que o motor responde por 1/5 do preço do Gripen, creio que o critério para os 50% deve ser justamente o de valor dos materiais e equipamentos adquiridos. Para os percentuais suíços e equipamentos que a indústria suíça irá fornecer, há uma série de matérias publicadas aqui dando algumas noções do que está sendo acordado com os suecos, ligado a programa de offset com cláusulas de metas para serem cumpridas antes mesmo da assinatura do contrato definitivo, atendendo por hora ao acordo-quadro assinado entre os países (esse processo de acordos industriais está em… Read more »
Eh sempre muito interessante notar como na Suecia existe muita consciencia e responsabilidade com o dinheiro publico. Primeiro se trabalha com um demonstrador de tecnologia p/ testar e minimizar drasticamente os riscos (1 Gripen), depois se entra na fase de pre-producao (novamente mais um, no momento), e entao somente inicia a producao: comparem isto com o que aconteceu com o F-35 que entrou em producao sem ter atingido niveis mais altos nos testes de tecnologia (concurrency costs). Tambem admiro a gestao em que busca-se no mercado (COTS) uma parcela e outra eh desenvolvida internamente. Um modelo muito mais interessante, na… Read more »
Isso porque é um “avião de papel”.
E pensar que o país poderia estar participando mais efetivamente desse programa.
Amigos,
Como escrito no post, a SAAB resumiu e disponibilizou no seu blog oficial partes de um artigo publicado na imprensa sueca.
Quem quiser conhecer o artigo completo, pode acessar aqui: http://www.svd.se/naringsliv/nyheter/sverige/osakert-utfall-for-jatteprojektet-gripen-e_8647446.svd e usar um tradutor da internet.
É interessante, pois traz comentários mais detalhados sobre o assunto, principalmente quanto aos riscos do projeto e sobre a dependência de compradores externos para que seja implementado.
Abraços,
Justin
Qual será o RCS desde Gripen? A SAAB desenvolveu alguma melhora em comparação a versão C/D, ou a versão anterior já apresenta valores satisfatórios?
Saberia me dizer Nunão…
Eu gostaria de ver o Gripen e F-18 juntos nas cores da FAB.
24 F-18 e 36 Gripen. Mas 60 Gripen resolveria a atual penumbra.
Sonhar não custa!
“Justin Case 31 de outubro de 2013” Justin, desconhecia esse “artigo completo”. O link original só dava para uma matéria específica, sobre os 50% suecos do Gripen, com o título “Drygt hälften svenskt när nya Gripen byggs “, e é o mesmo link que disponibilizamos aqui e colocamos os principais pontos na nota do editor (por falha minha de edição, o link tinha sumido, mas já coloquei de volta). Já essa matéria que você colocou o link em seu comentário, pelo que entendi, é outra, não sei se faz parte do mesmo “artigo completo”. Todavia, é bastante interessante. Estou lendo… Read more »
“eder albino 31 de outubro de 2013 at 15:27” Eder, a assinatura radar do Gripen já é considerada bastante baixa em relação a seus pares de quarta geração ou quarta geração “plus”. Desconheço se estão sendo implantadas mais melhorias nesse quesito que possam ir além de outros fatores que servem para melhorar a sobrevivência da aeronave por outros meios como, por exemplo, o sistema de guerra eletrônica totalmente novo que estão desenvolvendo. Na revista Forças de Defesa número 5 há um artigo que discute todos os fatores que influem na capacidade de sobrevivência de uma aeronave, e a furtividade é… Read more »
Obrigado Nunão, tive curiosidade justamente porque estava lenda essa matéria da edição nº5.
Tem razão, Nunão.
Procurei um artigo e encontrei outro. São diferentes, embora estejam no mesmo jornal e sejam da mesma época.
Este então é o link para o artigo original:
http://www.svd.se/naringsliv/nyheter/sverige/halften-svenskt-nar-nya-gripen-byggs_8647454.svd
Desculpem pela associação indevida.
Como sugestão, vocês poderiam inserir no “Veja também” como prática usual o link para os arquivos que deram origem ao post? Principalmente em caso de clipping ou de traduções? Há algum impedimento técnico ou legal?
Acho que isto poderia proporcionar informação mais detalhada e evitar confusões como esta.
Abraço,
Justin
Justin, Esse é um cuidado básico nosso. Sempre que traduzo e edito informações de um arquivo original publicado em outra língua, coloco o link para o artigo / reportagem original, em inglês, francês, sueco, italiano, espanhol, tcheco, alemão etc. E quando a fonte é em português, também colocamos o link para o original. Se você encontrar uma matéria sem o link da fonte original, é porque erramos ou esquecemos do procedimento, o que pode acontecer eventualmente (nessa matéria agora, por exemplo, eu havia colocado um “clique aqui” que estava sem o link, por um erro meu, mas já corrigi). Normalmente… Read more »
Um modelo semelhante ao da Embraer, só que com um percentual de nacionalidade muito bom.
Este é o caça, compra um lote de 36, já deixando amarrado opção para mais 36, para que os próximos governos já tenham uma certa obrigação em exercer a compra.
72 caças de 4,5ªg já estaria mais do que bom, a partir daí é 5ª geração.
Que… aproveitando a experiência no uso dos Gripens poderia muito bem ser o FS2020