Suécia faz mais uma atualização na aviônica dos jatos SK60
Troca de instrumentos de voo que ainda utilizavam o padrão métrico, entre outras mudanças, facilita a transição para o JAS 39 Gripen
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A Força Aérea Sueca está atualizando parte da aviônica de seus jatos SK60 (Saab 105), utilizados em unidades dedicadas ao treinamento de pilotos e em missões diversas, como ligação, nos esquadrões de caça que voam o Saab JAS 39 Gripen. Em 20 de setembro, a ALA F17 recebeu seu primeiro avião atualizado, que recebeu a denominação Sk60AU (AvionikUppdatering).
As mudanças incluem novos equipamentos de navegação, entre eles o uso de GPS, novo rádio, que introduz novas funções como alerta de altitude, novas funções de áudio, com alertas sonoros (por exemplo, para carga G) iguais aos utilizados nos caças, além da introdução do padrão IU de leitura da instrumentação (pés, milhas náuticas e nós), também padronizando com os aviões de caça.
Os SK60 voam na Força Aérea Sueca desde a década de 1960, e já passaram por algumas modernizações anteriores durante os últimos 25 anos. Por exemplo, há 20 anos os motores foram trocados e, mais recentemente, alguns instrumentos do painel foram trocados por versões mais modernas. Porém, a aeronave ainda mantinha sua instrumentação adequada ao sistema métrico, nos quais o piloto lê as informações de altitude em metros e a velocidade em km/h, que era o padrão da força antes dos esquadrões de caça adotarem o padrão mais utilizado por outros países, com altitude em pés, distância em milhas náuticas e velocidade em nós, adequando-se melhor a operações internacionais (Nota do editor: o novo padrão, adequado a operações com países da OTAN, veio com a versão JAS 39 Gripen C).
Essa mudança para o padrão IU era necessária porque a conversão entre metros e pés, ou km/h e nós, não é algo fácil para o piloto. Até agora, alunos suecos recebendo instrução de voo aprendiam a voar utilizando o sistema métrico e precisavam se adequar ao sistema de pés, milhas náuticas e nós quando faziam a transição para os caças. Com a padronização, além dessa transição ser facilitada, há um ganho em segurança de voo.
O voo nos jatos Sk60AU continua como antes. Porém, Anders Segerby, subchefe de operações de voo da Ala F17, afirmou que agora a sensação é mais próxima a se estar voando um caça. Segundo Segerby, “é muito fácil se adaptar aos novos mostradores de velocidade e ao altímetro, havendo estranhamento apenas em encontrar todos os novos botões do equipamento de navegação. Apenas sinto que tenho que checar novamente os valores de velocidade mínima no pouso, para não confundir com os que usei em cerca de 1.000 pousos já feitos com o SK60.”
Três pilotos da F17 já passaram por treinamento teórico e dois por exercícios com instrutor de voo, enquanto se realiza a entrega das aeronaves no padrão SK60AU. Todos os pilotos da ala deverão receber o novo treinamento ainda neste ano, segundo o planejamento.
FONTE/FOTOS: Forças Armadas da Suécia (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em sueco)
NOTA DO EDITOR: segundo nota da Saab publicada em 2009 (veja primeiro link da lista abaixo), o contrato assinado naquele ano previa o término dessa atualização em 2011. Qualquer que tenha sido o motivo para o aparente atraso nesses trabalhos, pode-se conjecturar que a intenção de desativar os jatos SK60 por volta de 2017 também tenha sido alterada, na mesma proporção, e que as aeronaves só deixem de voar no final desta década.
VEJA TAMBÉM:
Não tenho problema algum com estadunidenses, ingleses, franceses ou qualquer um, mas esse negócio de padrão imperial de medidas é um verdadeiro contrassenso. O mundo inteiro (praticamente) usa o sistema métrico, muito mais simples e moderno, mas nas questões aeronavais ainda reina esse sistema defasado.
Qualquer dia desses ainda veremos implantarem o sentido de direção à esquerda no trânsito como regra padrão, somente porque uns e outros o fazem.
Por isso acredito que poderiamos operar o Xavante por mais tempo. O SK60 é um projeto de 1963 e está aí até hoje. Mas pelo jeito retirar aeronaves sem a devida transição já se tornou padrão na FAB …….
Antonio M, O A-29 substituiu o AT-26 Xavante na FAB. Optou-se por mudar o paradigma, buscando melhor adaptação às novas necessidades (um avião apto a missões de ataque e interceptação na região amazônica, para a qual o Xavante era pouco indicado devido à sua baixa autonomia, e um avião apto a treinamento de pilotos de caça com aviônica 100% digital e custos menores de hora de voo). Houve um preço: perdeu-se a capacidade de treinar esses pilotos em uma aeronave com desempenho de jato subsônico antes deles chegarem à primeira linha. Antes de desativarem o Xavante, chegou-se a mandar pilotos… Read more »
Fernando “Nunão” De Martini 21 de outubro de 2013 at 10:13 # Caro Nunão, mesmo assim li outros artigos com opiniões de militares onde disseram que um avião turbo-hélice nunca poderia dar a mesma sensação/aprendizado de vôo de um jato puro. Mas na parte de aviônica tudo bem o A29 tem todas as condições porém, creio que a modernização do Xavante seria viável no aspecto de se manter um vetor com baixo custo de operação/manutenção também para outras missões de ataque solo e reconhecimento desde que em um padrão “MB339” mas, é apenas minha opinião. E levando em conta que… Read more »
Caro Antonio M
Se o Brasil escolhesse um dos três caças do programa F-X2 (qualquer um) a transição do A-29 para o F-X2 seria muito mais fácil em termos de pilotagem, porque o F-5 é um caça arisco para os dias de hoje.
Caças mais modernos são facilmente “domáveis”, perdoam mais os erros do piloto e possuem potência de sobra.
“Caro Nunão, mesmo assim li outros artigos com opiniões de militares onde disseram que um avião turbo-hélice nunca poderia dar a mesma sensação/aprendizado de vôo de um jato puro.”
Não estou negando isso. E, de fato, cito no meu comentário que havia brigadeiros ponderando até modernização de Xavante, (uns 10 anos atrás, pelo menos) para realizar essa transição.
Fernando “Nunão” De Martini
21 de outubro de 2013 at 12:29 #
Caro Nunão, foi mais ou menos a 10 anos mesmo e ainda, antes disso chegaram a instalar em um Xavante a sonda de reabastecimento. Se fosse modernizado ao padrões do A29 mais os canhões de 30mm acredito que seria um vetor muito razoável porém, creio que a questão sempre foi grana mesmo.
Se o dinheiro não fosse o problema, nem mesmo teriamos recebido os AMX desdentados.
abç.
De fato, esse ponto levantado pelo Poggio é importante. A Suíça, por exemplo, decidiu que pode ser feita sem muitos problemas a transição de seus PC-21 para os F-18 Hornet. Só que o F-18, com seus sistemas de voo mais modernos, é um caça de manejo bem mais “amigável” pra um iniciante em aviões de caça a jato do que um F-5, cujas características de voo mais ariscas, principalmente no pouso, são típicas de uma geração mais antiga que a dos F-18. Toda relação de custo-benefício precisa ser feita olhando não só para o presente, mas para as perspectivas futuras.… Read more »
Roberto F Santana
21 de outubro de 2013 at 11:48
Caro Roberto, achei seu comentário comentário muito pertinente, muito obrigado.
Senhores, muito esclarecedoras todas essas colocações.
obrigado e abraço a todos.
1m3 ≈ 265 gal ou ≈ 35 ft3 ou ≈ 61.000 in3 1000 ml ≈ 33.800 Oz ou tb ≈ 265 gal 1000 kg ≈ 2.205 lb 100 ºC = 212 ºF 0 ºC = 32 ºF e nem estamos falando das subunidade deles como: barris, quartos, pintos, gills, dracmas… etc… etc… vai entender, só olhando a história dessas medidas, como a da polegada, para fazer um pouco de sentido para entendermos, mas de forma alguma justifica. no início eu sofri pacas, mas depois sai na urina… kkkkkk 🙂 – Se vc tem um Pálio (≈48 litros), para encher meio… Read more »