Algumas patriotadas à parte, um baita filme. E uma baita trilha sonora.
É claro que a parte ruim da história, com corpos de soldados americanos arrastados pelas ruas e a simulação de canibalismo com partes dos corpos pela população de Mogadíscio não foi muito explorada, por motivos óbvios
Baschera
Visitante
11 anos atrás
O filme é realmente muito bom…. e as cenas da batalha são impressionantes. Mas os americanos falharam…..
Há um interessante relato de um êxito no mesmo local na capital da Somália por uma tropa francesa capitaneada pelo Cel. Saqui, também a serviço da ONU, alguns meses antes (junho de 1993).
Os militares franceses pertencentes a operação Oryx realizaram com êxito o resgate de um grupo de militares paquistaneses no mesmo bairro, e contra as mesmas forças de milicianos do ‘senhor da guerra” Aidid.
Sds.
Baschera
Visitante
11 anos atrás
Há, inclusive uma análise interessante que compara o método de intervenção americano utilizado na ação dos Delta e Rangers e os comandos franceses nas duas operações.
Sds.
Mayuan
Visitante
11 anos atrás
Baschera, não sei se você teve a oportunidade de ler o livro que, como sempre, é bem mais completo que o filme. Nele, mas também no próprio filme, é mostrado uma das coisas que, em minha opinião foi um dos fortes fatores para o resultado daquele evento. Devido aos constantes acionamentos da tropa, realizados antes do dia em si, os Rangers desenvolveram uma atitude tranquila demais com relação aos perigos que o mercado de Bakara oferecia. Em vários momentos se ressalta que muitos soldados acreditavam piamente que seria uma missão piece of cake, deixando de levar cantis, munição em quantidade… Read more »
Baschera
Visitante
11 anos atrás
Mayuan 8 de outubro de 2013 at 20:36 Não. Não li o livro, mas vi o filme. Então, confio na sua interpretação. Outros pontos, que estão na análise que me referi acima, também são importantes: O primeiro é que, apesar do maciço emprego de tecnologia por parte dos americanos, notadamente nas comunicações, um fato pesou: as comunicações saiam do TO e iam até o Comando da força, que demorava a decidir e depois tinha que voltar ao comando da tropa para então ser divulgada aos soldados. Isto tudo levava tempo, que somado ao tempo de decisão (de que tipo e… Read more »
DrCockroach
Visitante
11 anos atrás
o DrCockroach eh agnostico e, portanto, tb nao deveria acreditar em supersticoes ou bruxas (“Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay”: Cervantes). A operacao exibida na materia (batalha de Mogadiscio) ocorreu em 3-4 Outubro de 1993. Mas nao eh que em 4 de Outubro de 2013 (exatamente 20 anos depois), os Navy Seals falharam em capturar um terrorista novamente na Somalia (60 milhas de Mogadishu), supostamente relacioando com a matanca no Kenya? Felizmente, desta vez, nenhum dos Seals, ou civis, foram mortos. A reportagem diz que a missao fracassou porque um “guarda” saiu p/ fumar durante… Read more »
Mauricio R.
Visitante
11 anos atrás
O que realmente pesou contra os americanos, foi a falta de densidade da tropa empregada.
Sem blindados e Apaches, não havia o que lhes desse alavancagem contra a superioridade numérica somalí.
O Spectre que o general tentou conseguir, mas o comando lá no CONUS, negou tb fez bastante falta.
Mauricio R.
Visitante
11 anos atrás
Mandaram os Seals na operação errada, eles deveriam ter ido p/ a Líbia.
E deixado a operção da Somalia p/ os Rangers do US Army.
Mayuan
Visitante
11 anos atrás
Baschera: Das particularidades do povo Somali, uma das principais particularidades citada pelo Mark Bowden, é que normalmente civis correm dos sons de uma batalha. No caso dos Somalis, eles se armavam e corriam para a rua. Uma das cenas do filme mostra essa facilidade acesso às armas quando mostra um ambulante que tem em sua barraquinha AKs e Pechenegs (ou alguma prima russa dela) muita munição. O pior é que, novamente segundo o autor, mesmo os civis desarmados corriam para as ruas e formavam junto com os armados, uma turba composta de homens e garotos armados com velhos, crianças e… Read more »
Mayuan
Visitante
11 anos atrás
Maurício, No que se refere ao apoio para os infantes, creio que APCs teriam sido muito úteis (como foram quando ficaram disponíveis) que MBTs, Apaches ou principalmente os Spectre. As ruas em que os combates aconteceram eram estreitas e coalhadas de civis. Isso limitou a mobilidade dos APCs e certamente tornaria MBTs alvos fáceis dos RPGs, principalmente os disparados dos telhados, onde a blindagem não é a mais forte. Além disso, das armas dos MBTs, a .50 provavelmente seria a mais efetiva mas deixariam seus artilheiros tão vulneráveis quanto os dos Humvees. Já Apaches teriam muito mais capacidade de sobrevivência… Read more »
Colombelli
Visitante
11 anos atrás
Blinados em área urbana e com presença de RPG não é uma boa aposta. Se deu certo no fim foi pela presença maciça de tropas e degaste dos dois lados. Uma ação eixada inicialmente com eles poderia ter redundado em verdadeiro desastre, talvez até pior. Mas o Apache, este sim teria feito enorme diferença. Poderia fazer fogo de supressão imune ao fogo somali e com um poder de intimidação inigualável. A so presença deles poderia ter mudado tudo. Outro aspecto negligenciado foi a utilização de uma ação diurna. Com isso , jogaram fora a sua principal vantagem tecnológica: visão noturna.… Read more »
Mayuan
Visitante
11 anos atrás
Colombelli:
Li seu comentário e fiquei pensando no assunto. Pensando melhor, acho que você está certo. Acabei pensando também em outra coisa. Como teria sido se na época houvessem os atuais IFV com torres remotamente controladas equipadas com metralhadoras .50 ou maior?
Mayuan
Visitante
11 anos atrás
Ah, esqueci, com relação à operação ter sido diurna, eles não tiveram opção pois o horário da ação foi ditado pela hora da reunião que eles invadiram. A única opção teria sido não realizar a ação. Ocorre que como disseram na época, eram muitos ovos podres numa cesta só então o comando da tropa achou que valia a pena o risco. Mesmo assim, concordo plenamente que se a ação tivesse sido noturna a coisa seria completamente diferente.
Black Hawk Down.
Algumas patriotadas à parte, um baita filme. E uma baita trilha sonora.
É claro que a parte ruim da história, com corpos de soldados americanos arrastados pelas ruas e a simulação de canibalismo com partes dos corpos pela população de Mogadíscio não foi muito explorada, por motivos óbvios
O filme é realmente muito bom…. e as cenas da batalha são impressionantes. Mas os americanos falharam…..
Há um interessante relato de um êxito no mesmo local na capital da Somália por uma tropa francesa capitaneada pelo Cel. Saqui, também a serviço da ONU, alguns meses antes (junho de 1993).
Os militares franceses pertencentes a operação Oryx realizaram com êxito o resgate de um grupo de militares paquistaneses no mesmo bairro, e contra as mesmas forças de milicianos do ‘senhor da guerra” Aidid.
Sds.
Há, inclusive uma análise interessante que compara o método de intervenção americano utilizado na ação dos Delta e Rangers e os comandos franceses nas duas operações.
Sds.
Baschera, não sei se você teve a oportunidade de ler o livro que, como sempre, é bem mais completo que o filme. Nele, mas também no próprio filme, é mostrado uma das coisas que, em minha opinião foi um dos fortes fatores para o resultado daquele evento. Devido aos constantes acionamentos da tropa, realizados antes do dia em si, os Rangers desenvolveram uma atitude tranquila demais com relação aos perigos que o mercado de Bakara oferecia. Em vários momentos se ressalta que muitos soldados acreditavam piamente que seria uma missão piece of cake, deixando de levar cantis, munição em quantidade… Read more »
Mayuan 8 de outubro de 2013 at 20:36 Não. Não li o livro, mas vi o filme. Então, confio na sua interpretação. Outros pontos, que estão na análise que me referi acima, também são importantes: O primeiro é que, apesar do maciço emprego de tecnologia por parte dos americanos, notadamente nas comunicações, um fato pesou: as comunicações saiam do TO e iam até o Comando da força, que demorava a decidir e depois tinha que voltar ao comando da tropa para então ser divulgada aos soldados. Isto tudo levava tempo, que somado ao tempo de decisão (de que tipo e… Read more »
o DrCockroach eh agnostico e, portanto, tb nao deveria acreditar em supersticoes ou bruxas (“Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay”: Cervantes). A operacao exibida na materia (batalha de Mogadiscio) ocorreu em 3-4 Outubro de 1993. Mas nao eh que em 4 de Outubro de 2013 (exatamente 20 anos depois), os Navy Seals falharam em capturar um terrorista novamente na Somalia (60 milhas de Mogadishu), supostamente relacioando com a matanca no Kenya? Felizmente, desta vez, nenhum dos Seals, ou civis, foram mortos. A reportagem diz que a missao fracassou porque um “guarda” saiu p/ fumar durante… Read more »
O que realmente pesou contra os americanos, foi a falta de densidade da tropa empregada.
Sem blindados e Apaches, não havia o que lhes desse alavancagem contra a superioridade numérica somalí.
O Spectre que o general tentou conseguir, mas o comando lá no CONUS, negou tb fez bastante falta.
Mandaram os Seals na operação errada, eles deveriam ter ido p/ a Líbia.
E deixado a operção da Somalia p/ os Rangers do US Army.
Baschera: Das particularidades do povo Somali, uma das principais particularidades citada pelo Mark Bowden, é que normalmente civis correm dos sons de uma batalha. No caso dos Somalis, eles se armavam e corriam para a rua. Uma das cenas do filme mostra essa facilidade acesso às armas quando mostra um ambulante que tem em sua barraquinha AKs e Pechenegs (ou alguma prima russa dela) muita munição. O pior é que, novamente segundo o autor, mesmo os civis desarmados corriam para as ruas e formavam junto com os armados, uma turba composta de homens e garotos armados com velhos, crianças e… Read more »
Maurício, No que se refere ao apoio para os infantes, creio que APCs teriam sido muito úteis (como foram quando ficaram disponíveis) que MBTs, Apaches ou principalmente os Spectre. As ruas em que os combates aconteceram eram estreitas e coalhadas de civis. Isso limitou a mobilidade dos APCs e certamente tornaria MBTs alvos fáceis dos RPGs, principalmente os disparados dos telhados, onde a blindagem não é a mais forte. Além disso, das armas dos MBTs, a .50 provavelmente seria a mais efetiva mas deixariam seus artilheiros tão vulneráveis quanto os dos Humvees. Já Apaches teriam muito mais capacidade de sobrevivência… Read more »
Blinados em área urbana e com presença de RPG não é uma boa aposta. Se deu certo no fim foi pela presença maciça de tropas e degaste dos dois lados. Uma ação eixada inicialmente com eles poderia ter redundado em verdadeiro desastre, talvez até pior. Mas o Apache, este sim teria feito enorme diferença. Poderia fazer fogo de supressão imune ao fogo somali e com um poder de intimidação inigualável. A so presença deles poderia ter mudado tudo. Outro aspecto negligenciado foi a utilização de uma ação diurna. Com isso , jogaram fora a sua principal vantagem tecnológica: visão noturna.… Read more »
Colombelli:
Li seu comentário e fiquei pensando no assunto. Pensando melhor, acho que você está certo. Acabei pensando também em outra coisa. Como teria sido se na época houvessem os atuais IFV com torres remotamente controladas equipadas com metralhadoras .50 ou maior?
Ah, esqueci, com relação à operação ter sido diurna, eles não tiveram opção pois o horário da ação foi ditado pela hora da reunião que eles invadiram. A única opção teria sido não realizar a ação. Ocorre que como disseram na época, eram muitos ovos podres numa cesta só então o comando da tropa achou que valia a pena o risco. Mesmo assim, concordo plenamente que se a ação tivesse sido noturna a coisa seria completamente diferente.