Para Saab, ideal é país comprar caças agora
Virgínia Silveira
A possibilidade de adiamento da compra de 36 caças de combate para a Força Aérea Brasileira (FAB), programa conhecido como F-X2, pode reduzir as oportunidades oferecidas pela sueca Saab para desenvolver em conjunto a nova geração de seus caças Gripen.
Segundo o diretor da Saab no Brasil, Bengt Janer, a produção será iniciada em 2014, a partir de uma encomenda de 82 aeronaves feita pelos governos da Suécia e da Suíça. “Este é o momento ideal para a decisão de compra dos caças pelo Brasil, pois nos próximos dois anos a produção do Gripen NG estará a todo vapor”, afirmou. A proposta da Saab para o programa F-X2 prevê que 40% do caça e até 80% da sua estrutura sejam feitos no Brasil.
Já Jean-Marc Merialdo, representante do Consórcio Rafale Internacional no Brasil, formado pelas companhias francesas Dassault Aviation, Thales e Snecma, disse que se houver o adiamento de dois anos da compra de novos caças de combate, a empresa aproveitará este tempo para firmar novas parcerias estratégicas com empresas Brasileiras e ampliar a oferta de transferência de tecnologia.
O consórcio francês participa do programa F-X2 da FAB com o caça Rafale. O executivo disse desconhecer a possibilidade de adiamento da concorrência e que no próximo dia 30 termina o prazo de validade das propostas enviadas pelas três empresas que participam do programa F-X2.
“O pedido de extensão da validade das propostas, feito a cada seis meses, normalmente acontece dias antes do vencimento do prazo”, disse. Até o momento, segundo o executivo, a FAB ainda não teria feito o pedido. “Não vemos problemas nisso”, disse.
Sobre as informações de que existem dificuldades nas negociações com os franceses quando o assunto envolve transferência de tecnologia, fator de maior peso na avaliação das propostas, Merialdo afirma que o consórcio francês oferece transferência de tecnologia abrangente e irrestrita e com garantias do governo da França. “Não precisamos de autorização de outros países para repassar nossas tecnologias”. O executivo ainda minimizou a proximidade entre a americana Boeing e a Brasileira Embraer. “Não vejo reflexos disso na compra dos caças”.
A diretora de comunicação da Boeing no Brasil, Ana Paula Ferreira, disse que a oferta da empresa americana para o programa mantém-se competitiva independentemente do cenário político. Trata-se, segundo a executiva, de uma questão a ser resolvida entre governos, sem nenhuma participação da Boeing.
FONTE: Valor Econômico, via Notimp
NOTA DO EDITOR: sobre a informação do vencimento das propostas no próximo dia 30 de setembro (segunda-feira), o Poder Aéreo encaminhou mensagem para o CECOMSAER (Centro de Comunicação Social da Aeronáutica), mas não obteve retorno até o momento.
o FX2 acabou, conforme eu comentei anos atras, o entao Presidente da LM previu o que ocorreu, o FX2 nao passou de um grande embuste.
O tempo de participar desse desenvolvimento passou a alguns anos.
Para variar o Brasil sempre perder boas oportunidades para então justificar os interesses de alguns e fazer compras diretas ou de prateleira visto a necessidade que urge ser resolvida o mais rápido possível.
Pena.
Quanto ao comentário do pessoal da LM acho que agora é o que todos pensam sobre o país, caso abram um novo FX-n provavelmente poucos vão se candidatar e se houver candidatos os valores serão bem mais altos para arcar com o ônus de tanto investimento e lobby para fazer acontecer.
A FAB não pode nem considerar a possibilidade de pedir mais uma extensão da validade das propostas. Estamos falando de propostas elaboradas em 2008! 2008! P@#%&&!@U!!!!!!!!!!!!!!!!
Se não houver decisão até o vencimento dessas propostas. Cancela esse FX-2, compra com orçamento próprio umas 100 células de F-16 Desert, faz a modernização pela Elbit/Israel e retrofit pela OGMA, que já tem expertise para isso, e bola pra frente.
[]’s
Eu ainda acredito no Gripen para segunda feita se Wotan quiser…..!!!
Quis dizer na Segunda Feira dia(30)..rsrs..
Nick disse: 27 de setembro de 2013 às 10:19 Parceiro eu gosto desse comentário, não seria a melhor coisa a fazer mas devido a situação a qual chegamos em função da irresponsabilidade dos governos que passaram tratando-se do FX, essa seria a saída. Eu até acho que já esta chato essa história de FX e que inclusive como critica construtiva ao site não se deixem mais influenciar por essa irresponsabilidade, existem outras coisas a serem tratadas a respeito de Defesa Aérea, estamos aproveitando mau a capacidade técnica de discussão dos leitores deste veiculo, mudemos o foco talvez seja hora de… Read more »
Até onde sei, a questão do FX-2 nunca foi dinheiro, ou a falta dele.
Então, se não conseguem definir um caça novo, não há argumentos que justifiquem que partam para um usado.
Esqueçam….. não haverá nada !!
Sequer tampões….. sequer escolha…. nada !!
Tampões ex-USAF ??
A Tia iria infartar !!
Sds.
Se é verdade que a presidente Dilma foi capaz de deixar de propósito uma tradutora brasileira num aeroporto internacional, por mero capricho pessoal, é altamente provável que ela seja similarmente tão sensível a divulgação das escutas americanas a SUA PESSOA que postergue uma decisão INADIÁVEL PARA A NAÇÃO para simplesmente aplacar sua ira interna pela SUA violação de privacidade… Com o orçamento atual do país e dentro da mentalidade de sua GERÊNCIA TÉCNICA, a “DECISÃO” da Presidenta no FX-2 tornou-se uma simples compra de menor preço e ponto final… Para quem como eu é contra qualquer aeronave americana, há uma… Read more »
“Jean-Marc Merialdo, representante do Consórcio Rafale Internacional no Brasil:
A empresa aproveitará este tempo para firmar novas parcerias estratégicas com empresas Brasileiras e AMPLIAR a oferta de transferência de tecnologia.”
Mas não era TOT irrestrita , total e absoluta?
Prometeram 100% de tudo e agora querem aproveitar o atraso da escolha do FX-2 para pensar em como aumentar a TOT?!
Para quanto?
Mas não era TOT irrestrita , total e absoluta?
Prezado Max
Não estou aqui para ser advogado desta ao daquela proposta, mas a afirmação acima merece outra interpretação.
A Dassault pode colocar na sua oferta até 100% de transferência de tecnologia que ela domina. Claro que isso tem um preço. Se o Brasil quiser pagar é só colocar isso no contrato após a escolha.
Mas no meu entendimento a FAB não quer e não tem como absorver 100%. Para a Aeronáutica interessa apenas uma parte disso, que eu incluo a integração das armas que ela bem entender.
Hehehe, os franceses ainda irão aumentar a ToT irrestrita para 120% e mandar a Carla Bruni de presente pro Brasil, escreve aí, vai acontecer, kkkkk…
Pilantras…
Para a SAAB o IDEAL para ELA é o Brasil comprar agora.
Mais tarde encerra a produção para Suécia e Suíça do Gripen E/F e eles vão estar ocupados com o FS 2020…
ANTES eles teriam que enrolar por que só tinham o Gripen de PAPEL…
Digamos que a produção em larga escala do Gripen NG comece em 2017 e que a primeira aeronave seja entregue em 2018. Com uma cadência de 20 aeronaves por ano (maior que a produção atual do Rafale e menor que a produção do Super Hornet), as encomendas atuais manteriam a linha de produção por cerca de cinco anos (considerando que a produção no primeiro ano seja menor que na dos demais).
hahahaha, para a Saab é ÓBVIO que o ideal é comprar agora…..cada uma…..
Poggio desde que a ToT passou a ser considerada essencial na aquisição no processo FX no governo Lula o receptor da Tecnologia do processo obrigatoriamente SERIA a Embraer. A última informação que tenho é que em função do sequestro da tecnologia de fibra de carbono e compósitos desenvolvida e financiada no Brasil para as indústrias e centro de pesquisa da Embraer em Évora, já foi decidido que JURIDICAMENTE as tecnologias de Defesa adquiridas e financiadas com recursos da UNIÃO não poderão mais ser adjudicadas a empresas mesmo que 100% brasileiras. Será criada uma estatal que terá a titularidade jurídica destas… Read more »
Poggio desde que a ToT passou a ser considerada essencial na aquisição no processo FX no governo Lula o receptor da Tecnologia do processo obrigatoriamente SERIA a Embraer.
Não exatamente caro Gilberto Rezende.
Se assim fosse (a Embraer como receptora obrigatória e única de tecnologia), a Dassault e as demais concorrentes não assinariam parcerias (ou Memorando de entendimento) com diversas empresas brasileiras.
A própria reportagem informa que o representante da Dassault no Brasil “aproveitará este tempo para firmar novas parcerias estratégicas com empresas Brasileiras”.
Guilherme , eu entendo , mas por que oferecer mais do que já tinham prometido e que já era muito mais do que a FAB precisa? A questão é que o governo federal diz que quer uma transferência de tecnologia grande o suficiente para dar um “up” nas indústrias nacionais da área de defesa conseguindo futuramente a autossuficiência. Ainda me parece uma coisa tendenciosa prometer 100% e algo mais. Estão querendo aproveitar para negociar tecnologias que não lhes pertencem? Interessa isso a FAB? A Boeing não prometeu 100% de todas as tecnologias do Super Hornet, prometeu entregar tudo o que… Read more »
O Gripen, nesse momento, seria a escolha mais óbvia e a mais lógica também. Isso, claro, se o maior interesse não fosse o desmonte da FAB como força de combate. Estamos ficando tão desdentados que logo até o Uruguai vai achar viável tomar uma parte de nosso território. Só fico pasmo como é que os comandantes militares se prestam a isso, a permitir esse estado de coisas. Fico enojado quando vejo cenas como a da entrega dos Skyhawk da MB. Os caras fazendo a maior firula pelo recebimento daquela porcaria. Firula aliás, como a que fizeram quando começaram a receber… Read more »
Materia interessante do FT onde o CEO da SAAB diz que o Gripen nao necessita de producao de centenas de unidades. No entanto, a materia nao explica por que. Seria porque o Gripen tem consideravel COTS que, por definicao, tem escala? Afinal apenas 82 unidades eh complicado.
“Saab chief says low price tag makes Gripen jets stand out from rivals”
http://www.ft.com/intl/cms/s/0/81c5eae6-25ff-11e3-8ef6-00144feab7de.html#axzz2gLiBCqEw
[]s!